Nesse ponto da história, há uma cisão... Eu poderia ter ficado dentro do armário, desse jeito, a vida toda... Também poderia ter mergulhado fundo nas aventuras que se desencadearam... Mas tudo o que aconteceu me levou ao ápice das experimentações, e depois... Bom... O depois, fica pra contar ao final... Eu vivia meu segredo adolescente... Um garoto que, sozinho, vestia calcinha, e batia siririca, se esfregando no seu capô de fusquinha, pelo volumezinho sob o triângulo da lingerie, até o gozo... Minha mãe, quando voltou de viagem, não deu por falta da peça de roupa, e eu fiquei com ela, cuidando como se fosse uma plantinha... Melava o tecido todo, que era rosinha do tamanho de um biquini, depois lavava, e botava pra secar, do lado de fora do basculante... Quando saía de casa, levava a calcinha escondida na mochila, pra não ser descoberto pela minha avó, que mexia em tudo meu, arrumando a casa que era gerida por ela, na ausência da minha mãe... Eu já tinha uma desculpa armada, se colegas me descobrisse no colégio, com a peça na mochila... Diria que eu tinha roubado da minha prima, pra cheirar e bater punheta... Mas, graças a Deus, nunca fui descoberto nesse esconderijo...
Lembro-me que aos sábados, pouco antes do almoço, eu voltava das aulas de judô, e com frequência encontrava com um menino no elevador do meu prédio, que também retornava de seu treino de volei. Ele tinha uns 16 anos, cara de bom garoto, tímido, loirinho... Também entrava nesse horário, voltando não sei da onde, um homem afeminado, vestido com trajes brancos de religião africana, bastante falante e brincalhão... Uma vez, ele brincou que eu e o loirinho formávamos um belo par... Na mesma hora, nos indignamos, e dissemos que ele estava maluco... Pois bem... Mas por dentro, eu gostei da ideia... E o loirinho passou a fazer parte das minhas viagens, deitado no banheiro, durante a minha masturbação de menina... Por mais alguns meses... Acho que passei a cumprimentá-lo, sozinho com ele no elevador, com um certo jeito de menina, virando o rosto com charme, por cima do ombro, fazendo o cabelo balançar, liso caindo sobre o rosto... E até, com a voz mais fina, discretamente... Ele nem podia reclamar... Eu só dizia "Oooi... Tudo bem?"... Toda vez... Depois, falava algo normal, e com a voz mais normal também... Mas numa manhã qualquer de verão, num sábado, com o prédio bem vazio, aconteceu o que eu não esperava... Eu e ele, dentro da cabine, e o elevador parou... Parou!