Era verão, estávamos em ‘off ‘ no site de relacionamentos “swinguistico”. O verão é período do ano que mais trabalhamos: correria, estresse e cansaço. Encontramos o perfil de um casal que nos chamou a atenção e começamos a conversar, virtualmente. Pareciam divertidos e muito a fim de iniciar com casais. Nos momentos que estávamos mais livres, conversávamos com nossos novos amigos, até que resolvemos marcar um encontro para nos conhecermos pessoalmente. O mês era fevereiro, o ano, 2015. Marcamos num domingo à tarde num parque da capital gaúcha. Levamos chimarrão e conversamos como velhos amigos. Os dois têm a mesma idade, 43 anos. Exatamente 10 anos mais velhos que eu. Ela, uma mulher naturalmente bonita, mas que jamais imaginaria ser adepta à esse mundo da putaria. Cabelos crespos , sem nenhuma química, sem maquiagem, vestia um bermudão jeans abaixo do joelho. Ele, mulato claro, cabelo cortado com máquina zero. Usava óculos, camiseta e bermuda. Conversamos e rimos bastante, mas não tínhamos muito tempo porque marcamos tarde e o parque fechava às 17h. Eles teriam de voltar à praia, onde moravam. Estavam encaixotando seus pertences, pois estavam de mudança para a capital. Despedimo-nos, mas ficou aquela sensação gostosa de quero mais.
E o “mais” aconteceu pouco tempo depois. Marcamos de jantar e partimos para o motel. Fazia um tempo que não saíamos com casal e eu estava na dúvida sobre “troca”, pois se não me sinto à vontade acaba não sendo legal. E sim, aconteceu! E sim, me senti bem à vontade. E sim, foi ótimo. Perdemos a hora, ficamos 6 horas no motel numa suíte super top que o bolso sentiu, mas valeu a pena cada centavo. Depois teve outro encontro, e mais outro e novo outro e mais muitos outros. Nunca espaçando o período de um mês. E o sexo, cada vez melhor. Abolimos o motel e começamos a frequentar a casa deles, e eles, a nossa. Festas que duram uma madrugada inteira e depois, dormimos com os pares trocados. Há quem diga que isso foge às regras do swing, pois além de dormirmos assim, iniciamos “os trabalhos” juntos e depois separamos, cada um para um quarto - ou sala, ou sótão. Que seja! Não importa o lugar, não importam regras, só o que importa é aproveitar cada minuto de prazer que os quatro sentem juntos, mesmo aos pares separados.
Nosso último encontro foi no apartamento deles. Era início de julho, num dia muito frio, mas o ar condicionado estava aquecendo a casa toda, deixando a temperatura bem agradável. Eu estava com um vestido preto de mangas longas, meia calça grossa e botas de salto alto e cano baixo. Ela, calça jeans, scarpin com um salto baixo e uma blusa que evidenciava seus belos seios. Estava com o cabelo alisado e levemente maquiada, com um batom vermelho dando destaque ao seu lindo sorriso. Os homens de calça jeans e camiseta, despojados e descontraídos, como sempre. Jantamos fondue de queijo e vinho para acompanhar. DVD do Pink Floyd rodando. A companhia desse casal é muito agradável e divertida. Depois da janta sentamos no sofá e conversamos um pouco. A vontade de pular para “a parte boa” estava grande, então parti para cima e dei um beijo nele, ao mesmo tempo marido e ela começaram também. Estávamos sincronizados, nós duas sentadas de frente para eles, no colo, ela sem blusa, só com a calça jeans. Eu, sem o vestido, só com a meia calça. Ambas com os seios à mostra, alternando beijo na boca e lambidas no mamilo. Beijos intensos cheios de volúpia com direito à lambidinhas na orelha dele, que se derrete todo e consigo perceber sua excitação, então começo um movimento de vai-e-vem, sentindo seu pau duro por baixo da calça. Ela começou a me tocar e tirou minha meia calça, me deu um beijo e desceu até o ‘play’, tirou minha calcinha e começou a usar a língua, como se estivesse acostumada com tal prática. Na hora, estranhei, pois ela não é bi, mas sempre demonstrou estar aberta a novas experiências. Normalmente eu chupo a bocetinha dela sem esperar retorno e nesse dia o retorno veio, com juros e correção monetária. Uma língua macia e deliciosa passando por toda extensão desde a “portinha” até o clitóris e um homem de cada lado beijando-me e tocando-me. Estava eu no céu, cercada de anjos? Ah, não... anjos não têm sexo e são chatos, só sabem tocar harpa. Como diz uma amiga “prefiro ir ao inferno, pois tem sexo grupal todos os dias”. A língua dela deu espaço para a dele, enquanto ela pegou no pau do meu marido e colocou na boca. Dessa vez o casal estava ajoelhado diante de nós, com a boca bem localizada. Não posso dizer da parte dele, que estava sendo chupado, mas da minha, estava indo ao delírio e faltando apenas um curto passo para atingir o ápice. Foi quando os dois retiraram-se da sala, ele sentou-se no sofá, colocou a camisinha e eu sentei naquele pedaço de carne rija num vai e vem lento, aumentando o ritmo gradativamente. Olho no olho, gemidos arfantes, boca entreaberta sedenta. E o Pink Floyd na tevê, iluminando a sala e nossos ouvidos gozando com suas músicas... David Gilmour cantava “There's a hunger still unsatisfied” (Ainda existe uma fome insatisfeita)... sim, estava com uma fome de dar para aquele homem como se não houvesse amanhã. Ele, com as duas mãos segurava meu pescoço e apertava, asfixiando-me, assim como eu gosto, de maneira certa, nem demais, nem de menos. Isso me deixa louca, saio fora de mim, me transporto para um lugar que não existe, mas que já estive algumas outras vezes, ao mesmo tempo que estou ali, sendo possuída de corpo presente.
Saí de cima para retomar o fôlego e posicionei-me de quatro. Ele, segurando minha cintura investia em estocadas firmes, enquanto arriscava alguns tapinhas na minha bunda. Não sou fã desta posição, nem de tapas, mas do jeito que ele executou foi perfeito. Um barulho bem estalado e a mão suave, eu queria mais... E ainda quero.
“Queres comer meu cuzinho?” Dificilmente um homem nega uma pergunta dessas... Adoro dar o cu para ele, adoro sentir seu pau no meu rabo. Posso dizer que é o ponto alto do sexo, mesmo tendo outros momentos de máximo prazer. Dar o cu é gozar de um momento sublime. E de bruços, é gozar de um momento sublime sob total dominação. Adoro! Neste momento Roger Waters cantava “Mother do you think she's good enough - for me?” (Mãe, você acha que ela é suficientemente boa para mim?) Eu, recebendo aquelas estocadas de tirar o fôlego, comecei a rir disse para ele não prestar atenção na letra. “É, esquece a mãe!” Ele respondeu. E caímos na gargalhada.
Foi a hora que tirei a camisinha e caí de boca naquele pau gostoso. Coloco tudo na boca e sugo, dou lambidinhas na cabeça, punhetando, desço com a língua até as bolas, volto a sugar. Percebo sua exaltação, fica maluco de tesão, geme, suspira e eu mantenho o olhar fixo nos seus olhos. Adoro ver sua reação, me fascina o fato e o ato de dar prazer. Ele põe a mão e começa a masturbar-se, mas minha boca mantém-se aberta, com a língua na cabeça, pronta para receber o leite. Até que jorra tudinho dentro da minha boca e eu passo a língua na última gota, tardia. Em uma fração de segundo depois, aparecem os nossos cúmplices na sala, a gente se olha e ri. “Estamos atrapalhando alguma coisa?”, ela pergunta. “Estamos famintos, vamos comer algo?” Todos concordam.
Já era tarde, alta madrugada, eles recolheram-se para dormir. Na sala, ainda estávamos com a companhia do Pink Floyd. Eu, que sou sonolenta, estava sem sono e ainda com tesão. Pedi que repetisse aquele oral lá do início, das preliminares. Ai, aquela língua... morna, molhada, macia em movimentos ritmados e lentos. Queria que o relógio parasse para ficar com aquela sensação por horas. Pedi que introduzisse o dedo e ele sabe muito bem como fazer isso, sabe o lugar exato. Ao mesmo tempo que a língua mantinha-se no clitóris, o dedo fazia um vai-e-vem no ponto certo. Estou tentando achar palavras para descrever a sensação, mas confesso que é difícil de verbalizar. Um tesão inexplicável, uma onda de calor toma conta do meu corpo, as pernas começam fraquejar, a boca semi aberta emitindo um gemido que não se controla, simplesmente acontece. E essa sensação é efêmera. Nesse dia, o orgasmo atingiu o nível máximo. Aquele sentimento de satisfação plena e relaxamento total . O corpo agradece, a mente agradece. Então dormimos como anjos regozijados. Ah não! Anjos são chatos...