Olá meus queridos. Como estão? Lipe, eu amo seus comentários. A vida é assim mesmo meu anjo. Não escolhemos o nosso destino e ao pouco o nosso caminho. AS escolhas que fazemos são parciais, e é a vida quem dita às regras dominada pelo tempo. Bom, o conto chega ao seu término, e mais uma vez quero agradecer o carinho de vocês. São minhas inspirações para escrever. Se cuidem queridos e juízo hein!
Gustavo não conteve a emoção. E quem disse que homens não choram? Choram muito, pois são capazes de expressar o seu mais puro sentimento.
- Você acha mesmo que deixarei fugir da minha vida? Você é meu, pra sempre!
Eles se beijaram desesperadamente.
- Eu nunca, nunca vou te deixar. – Gustavo o abraçava, tocava em sua pele, em seu rosto...
- Foi tudo tão difícil pra mim... A minha família descobriu tudo e eu ouvi coisas absurdas!Ainda estou abalado e não sei como será daqui pra frente; talvez a minha mãe e o meu irmão deixem de falar comigo pra sempre.
- Isso não vai acontecer. Se eles te amam, vão entender. Não foi escolha sua tão pouco minha. Nos apaixonamos um pelo outro e não tínhamos como fugir deste sentimento forte que nos une.Como eu te disse, estou aqui, e juntos, vamos enfrentar qualquer dificuldade. Eu ainda não falei com os meus pais, mas tenho certeza de que eles irão me expulsar da família e farão da minha vida um inferno, mas não estou nem aí. E sabe por quê?... Tenho as pessoas que eu mais amo ao meu lado.
Se beijaram novamente.
- Você deve estar morrendo de fome. Senta aí que eu vou preparar um sanduíche pra você. – disse o Gustavo.
- Mas e o seu trabalho. Você está atrasado. Não quero atrapalhar os seus compromissos.
- Fica tranqüilo. Eu sou diretor. Sou eu que dou as ordens. Claro que preciso resolver muitas coisas na empresa, mas hoje vou ficar aqui com você. Com o meu namorado.
- Eu me sinto seguro ao seu lado. Obrigado por existir na minha vida.
Gustavo fez um carinho nos cachos do Paulo, enquanto este saboreava o sanduíche.
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- Não acredito que irá deixar um homem roubar o seu marido! Que espécie de mulher é você? Levante-se desta cama e vá atrás do seu homem! Não deixe que um gay estúpido tome o lugar que é seu por direito. – a mãe do Paulo estava revoltada e orientava a nora.
- Seu filho foi um cafajeste comigo. Eu não merecia isso. Ele me traiu da maneira mais sórdida e humilhante. Nem tenho cara para encarar os meus pais e os meus amigos. O que vão pensar? Que não sou mulher o suficiente. Ou que me casei com um cara que não é homem de verdade!
- Com certeza este rapaz se aproximou do meu filho, por saber que o Paulo tem empresa é bem sucedido. Deve ser um desses garotinhos que oferecem o corpo por dinheiro. Só de pensar o Paulo deitado na cama com um homem, chega me dá calafrios...
- Eu o conheci, dona Carmem. Eu fui à festa da filha dele. Este rapaz é muito rico e com certeza deve ter o dobro do dinheiro do Paulo. Eu peguei os dois se beijando, fazendo juras de amor...
- Estou horrorizada! Julia olha pra mim. Se eu tivesse em seu lugar, me vingaria deste rapaz. Dê um jeito de destruir a vida dele, da mesma forma que ele destruiu a sua. Mostre para ele que você é uma mulher firme. Queira vingança!
Os olhos da senhora saíam faíscas de ódio, toda vez que falava do Gustavo. Ela estava incentivando a nora a se vingar. O que elas pretendiam fazer? Ou melhor, a Julia?
DUAS SEMANAS DEPOIS...
Os dias se passaram e Paulo e Gustavo assumiram de vez o relacionamento deles. Paulo conseguiu comprar um imóvel num bairro vizinho ao do Gustavo e quase sempre, pra não dizer todos os dias, eles se encontravam. Gustavo decidiu não sair de casa, pois se sentia bem ao lado da filha e da Amanda, que por sinal, estava cada vez mais encantada com o Paulo. Ela não sentia ciúmes e nem excluída, muito pelo contrário, era o tempo inteiro acarinhada pelo Gustavo.
Por outro lado, a Julia nutria a cada instante, uma vingança. Toda vez que ela olhava o seu álbum de casamento, a vontade de destruir o Paulo e o companheiro dele só aumentava. Ela já era uma mulher muito ciumenta, e quando perdia o controle, era capaz de fazer coisas terríveis! O próprio Paulo achara estranho o silêncio dela. Nenhum escândalo até agora, nenhum tumulto causado? Realmente... A Julia planejava alguma coisa...
- Pai, estou me sentindo uma seguradora de velas. Era pra ser um passeio entre vocês dois. O Paulo ficará espantando em me ver.
- Filha, o Paulo já sabe que você irá conosco. Ele adora você. Te acha uma garota linda e divertida.
- Serio? Ele disse isso? É uma pena que o idiota do Renan não pensa isso de mim.
- Quem é Renan? – Gustavo franziu a testa para ela. – Vamos mocinha. Quero saber quem é este tal de Renan.
- É um babaca do colégio que eu pensava está apaixonada, mas já vi que me enganei.
- Filha, você é linda! E terá todos os homens aos seus pés na hora certa. Curta sua adolescência meu anjo. Não se prenda tão cedo e nem sofra tão cedo. Ah, e só pode beijar. Nada mais além de um beijo na boca. Ouviu né?
- Ai pai, deixa de caretice! E relaxa, porque nenhum garoto da escola me encanta mais. Agora vamos sair logo de casa, porque o seu namorado deve está arrancando os cabelos de tanto esperar a gente. Eu já mandei uma mensagem pra mamãe e já peguei tudo que precisava. E olha que nem demorei muito.
- Eu te amo princesa. Vamos. – ele a beijou no rosto, e se virou para trancar a porta. Eles estavam indo passar o dia na casa de praia do Gustavo. Ambos atravessaram a rua em direção ao carro.
- Droga! Deixei meu celular cair do outro lado da calçada. Vou pegar. – disse a Luíza, estendendo a sua mochila ao pai. Ela olhou para os lados e atravessou. – Achei pai!
Ao fazer o percurso de volta, caminhando pela pista completamente vazia, eis que um carro cinza, estacionado a poucos metros, arranca com tudo e o pior acontece. O veículo já estava em cima dela, e a Luíza só pôde ver o reflexo de quem dirigia o carro, até ser arremessada a metros de distância. Gustavo assistiu toda a cena, entrando em desespero, logo em seguida e vendo o carro partir em alta velocidade. A sua filha estava no chão, completamente coberta de sangue e totalmente inconsciente.
CONTINUA...