Estou descendo as escadas para o pátio. Não consigo deixar de relembrar os momentos tórridos entre mim e Felipe. Transamos dentro do carro dele entre malabarismos de bancos rebaixados até o limite e cavalgadas vorazes fazendo o carro balançar. Ele gozou dentro de mim e quando ergui um pouco o esperma escorreu pelo banco do carro.
Quando quis me vestir novamente ele me puxou pelo braço e deitei sobre o corpo dele.
“Até depois de gozar ainda quero te comer de novo”, ele disse mordendo o lábio inferior.
“Não sei se aguento essa pica tão grande mais uma vez”, o instigo pra que o membro flácido e vermelho dele retorne a endurecer.
É claro que não demorou pra que fodêssemos novamente. Não estava ruim, mas eu senti uma vontade muito grande de sair do abafado e desconfortável daquele carro. Gosto de me movimentar, testar meus limites de flexibilidade. Ver meu macho admirando cada milímetro do meu corpo e ver minha boceta escancarada. Pra que ele me devore inteira.
Saímos do carro e mesmo com a hesitação dele, eu deitei sobre o capô do carro e abri minhas pernas, sem dobrar os joelhos. Ele então abandonou os medos e encaixou meu calcanhar no cangote dele, enfiando o caralho dentro de mim.
Estávamos completamente nus, fodendo, no meio da rua. Era deserta, mas estávamos tão expostos, tão vulneráveis que dificilmente se alguém passasse e nos flagrasse, conseguiríamos nos esconder sem sermos pegos em flagrante.
E isso me excitava.
Gozei duas vezes. Ele se controlou ao máximo que pôde e então me puxando pelo braço me obrigou a ficar de cócoras, com minha linguinha da boceta a milímetros do asfalto sujo e áspero. Ele gozou na minha cara, a gala saindo fraca e aguada.
Eu tinha acabado com ele.
Acordo das minhas lembranças sujas quando vejo minhas amigas reunidas no pátio. Todas. Elas me olham ao longe e pela distância, posso dizer que todas me observam. Aceno e sorrio, me aproximando. Quando estamos a pouca distância percebo a aspereza de seus semblantes. Elas parecem... Bravas.
“Oi, meninas.”
Antes que eu possa piscar sinto um puxão na cabeça que me obriga a me inclinar. Alguém puxa meu cabelo com toda força e quando sinto que não posso aguentar de dor, sinto outro puxão só que na direção contrária ao primeiro. Meu corpo sequer consegue acompanhar o ritmo da agressão, fica a mercê dos golpes. Sinto socos na cabeça, pontapés na barriga e mais puxões de cabelo.
Estou deitada, tentando impedir que elas machuquem meu rosto e consigo. Mas meu couro cabeludo está em chamas e sinto unhas cravarem minha pele. Mais pontapés. Aquilo parece durar uma eternidade, quando ouço gritos, não dos espectadores que antes sorriam e instigavam a covardia, parecia ser o reitor.
“Vagabunda!”
“Piranha!”
“Isso é pra aprender a não dar pro macho alheio!”
“Puta!”
E eu era mesmo. O reitor repousa a mão nas minhas costas e tenta me consolar. Mas não há mais nada a ser feito. A humilhação era monstruosa. Ou será que havia? Minha mente enraivecida produz pensamentos ainda mais vis e logo minha ira dá lugar a satisfação. Talvez houvesse alguma coisa a ser feita.
Vingança.