Olá amigos!!!
Meu contínuo obrigado a todos!!!
Hoje, chegamos ao 12º episódio da série! Estou contente com o retorno dado pelos leitores. Para o primeiro conto postado, certamente estou satisfeito!
Vamos a mais um capítulo!!
Beijos!!
Cap. 12
Juliana sentou-se na cama olhando para os lados, procurando Eduardo. “Ele já deve ter se levantado”, pensou. A noite tinha sido maravilhosa para ambos. Juliana olhou para o teto e ficou pensando no que aconteceria dali para frente. Conseguiria resistir às investidas de Carlos, que certamente não desistiria de tê-la para si? Juliana pensava no quanto tinha sido boba, imaginando que se por um lado a inocência e pureza de Eduardo a atraiam, durante muito tempo ela imaginou que ele não seria capaz de satisfazê-la, e que também não podia ficar sem seu amante, pois era gostoso demais transar com ele. Juliana pensava constantemente, devido a forma como Eduardo agia e pensava, que se transasse com ele, o menino pensaria que ela era qualquer uma, e logo a deixaria. O problema é que ao trair Eduardo, ela se tornara exatamente o que temia que Eduardo pensasse. As coisas foram simplesmente acontecendo, e agora, após um ano e meio de namoro com Eduardo, percebia que de fato amava o rapaz. Na sua mente, não pairava mais a sombra do amor adolescente por seu padrasto. Carlos havia sido um ótimo parceiro na cama, mas as coisas haviam fugido completamente de seu controle. Com o tempo, Carlos estava cada vez mais agressivo, já não era o menino que havia se tornado seu amigo, alguém que ela gostava não só de transar, mas também de conversar, de passar tempo junto. Agora, Juliana se sentia numa enrascada das grandes, e desta vez, não imaginava como poderia se livrar de Carlos, sem que Eduardo ficasse sabendo que ela o traia com o amigo. Mau sabia ela que Eduardo, já sabia de sua traição.
Juliana se pôs de pé, ao lado da cama, e começou a trocar de roupa, ainda pensando em tudo que estava acontecendo. “Nossa... Como será que o Carlinhos está?” “Será que ele passou a noite no hospital?”.
A porta se abriu e Eduardo entrou por ela. Estava sorridente, foi até Juliana e a beijou:
- Acordou meu amor?
- Sim lindo!
- Dormiu bem? Perguntou ele sorrindo.
- Maravilhosamente bem!!! Respondeu Juliana, devolvendo-lhe o beijo. – Mas, tem algo que foi ainda mais maravilhoso do que dormir viu? Disse ela com olhar safado.
Eduardo sorriu ainda mais para sua princesa, sentindo-se extremamente feliz. O garoto imaginava que neste novo contexto, Juliana não o trairia mais. E estava totalmente disposto a se esquecer de tudo que tinha visto. Estava disposto a se esquecer de que chegara a se excitar vendo os dois juntos. E certamente, esse ponto era um dos que mais atormentavam Eduardo. O garoto se recusava a pensar sobre isso, queria enterrar a história, no mais profundo lugar de sua mente, deixando tudo para trás, em prol do bem maior, que era o amor que ele sentia pela garota.
- E o Carlinhos Edu? Perguntou Juliana, interrompendo os pensamentos do rapaz.
- Tá lá na sala... Respondeu ele, desconfiado.
O problema do ser humano, quando quer se enganar, é que ele se vê a todo instante diante de seus medos e traumas. Se tem algo que é impossível de se tirar da mente, é a imagem de uma traição, vista com os próprios olhos.
- Mas como que ele tá? Perguntou ela, enquanto vestia uma calça Jeans básica, com uma blusinha vermelhinha.
Eduardo ficou todo incomodado com a pergunta de Juliana, que nem imaginava a possibilidade de seu namorado já saber que ela o traia. Era difícil demais para Eduardo disfarçar que não sabia de nada.
- Não tá bem não... Afinal, ninguém ficaria feliz, em perder os dentes, ainda mais um dente frontal.
- Nossa! Sério? Eu nem reparei nisso ontem! Disse Juliana. A garota falou isso, e acostumada ao fato de que Eduardo nem desconfiava de suas escapadas, correu em direção a porta, para ver como estava Carlos.
Eduardo ficou parado vendo a reação de Juliana, e percebeu naquele instante, que ele nunca mais seria o mesmo. Não dava para fingir, não dava para aceitar aquelas reações de Juliana, que antes eram normais, porém, agora a cada reação positiva dela com relação a Carlos, eram como estacas fincadas no coração de Eduardo.
Juliana abriu a porta que ligava o quarto à sala, e se dirigiu para o outro cômodo, para ver como estava Carlos, Eduardo a seguiu. A cena que Juliana presenciou, fez com que ela levasse as mãos à boca. Juliana não achou que tivesse acontecido nada demais. Na verdade a garota ainda estava com raiva de Carlos, pela forma como ele tinha se dirigido a ela no dia anterior. Mas isso não significava que ela queria mal o menino. Só não achou que Carlos tivesse ficado mau de verdade.
Carlos se encontrava deitado no sofá da sala, tinha um Edredom cobrindo ele da cintura para baixo. Se via que estava enfaixado na região lombar e costas. Seu rosto estava bem castigado e além de roxo, estava bastante inchado.
- Nossa Carlinhos! Você está bem? Como está se sentindo?
Carlos olhou para Juliana. Estavam ele, Guto e Mônica na sala.
- Estou bem, como pode ver. Disse ele, sarcástico como sempre.
- Nossa! Eu não achei que fosse ficar assim... Dizia Juliana, ainda abismada com o estrago que o grandalhão fizera no rosto de Carlos.
Eduardo apenas observava a reação da namorada, sentindo seu estômago das voltas devido ao ciúme que estava sentindo.
- Também não está tão ruim assim, vai gente... Disse Eduardo.
Carlos tentou virar o rosto, para enxergar Eduardo que estava atrás dele, mas acabou soltando um gemido de dor, desistindo de se inclinar para responder.
- Ah sim né! Não está ruim mesmo, está bom pra caramba. Respondeu ele, gemendo de dor. Mesmo em uma situação de vergonha, por ter levado uma surra diante dos amigos, Carlos não baixava o topete.
- Nossa! Mas... E o cara que bateu nele? Perguntou Juliana, se dirigindo a Augusto que estava sentado ao lado de Mônica no sofá em frente a Carlos.
- Ah... Sei lá meu! O cara sumiu depois do rolo... Respondeu Augusto.
- Mas, vocês não acham perigoso? Imagina se ele vem atrás do Carlinhos outra vez? Questionou Juliana, ainda assustada com o estrago.
- Ahhhhh! Se ele tivesse vindo de frente, a conversa ia ser diferente, é grande, mas não é dois não. Afirmou Carlos, com expressão de dor.
- Você aí, todo arrebentado, e ainda querendo crescer pra cima do cara... Disse Eduardo, reticente.
- Ei! Se liga aí Oh! O cara só me deixou assim, porque me pegou de surpresa, queria ver se ele viesse em uma hora que eu estava esperando. Afirmou Carlos, sem dar o braço a torcer.
- Sei... Disse Eduardo, saindo da sala, se dirigindo até a cozinha. Estava incomodado, por mais que achasse que dava pra lidar com a situação, a cada frase de Carlos, tinha vontade de voar pra cima dele, e arrancar mais algum dente na unha, pra ver se o cara se tocava de quão insuportável era.
- Mas e essas faixas aí? Perguntou Juliana.
- Ele quebrou uma costela. Disse Augusto. – Vai ter que ficar de repouso absoluto.
- Nossa! Juliana estava de fato abismada. – Mas e agora? Você não quer ir embora Carlinhos? A gente liga pros seus pais virem te buscar...
- Eu já fiz isso. Adiantou-se Augusto. – Ele não quer ir embora, mas numa situação dessas... E a Jú tem razão... Vai que o cara volta aí...
- Volta nada... Covarde... Disse Carlos.
- Eu só vou falar uma coisa para você Carlos, disse Mônica, que apenas acompanhava a conversa. – Foi você mesmo que procurou isso. Como que você põe a gente em risco, saindo com uma menina que tem namorado?
- Eu não sabia pow! Ela não falou nada. Respondeu Carlos.
- Não sabia né... Como se o fato de saber mudasse alguma coisa pra você... Mônica também estava de saco cheio, e àquela altura, o único que ainda se mantinha paciente com Carlos era Augusto, talvez por conhecer o menino desde pequeno. Mônica se levantou e foi até a cozinha, onde se encontrava Eduardo, viu que o rapaz estava tomando café sozinho, meio cabisbaixo.
- Tudo bem Edu? Perguntou a amiga.
- Sim Mô! Senta aí! Disse ele, puxando a cadeira para a amiga.
- Não liga pro mala do Carlos não Edu... Disse ela. Estava com pena do amigo.
- Eu não ligo... Disse ele.
Mônica sentia vontade de contar para Eduardo sobre a traição de Carlos e Juliana. Mas sem ter como provar, e muito menos, sem imaginar que o garoto já tinha presenciado os dois juntos, sempre adiava a conversa.
Ficaram por um tempo na cozinha conversando, e depois voltaram para a sala. O clima era de fim de festa. Todo mundo com certo medo de topar com o cara que agrediu Carlos, acabaram ficando dentro da casa durante toda a manhã.
Solange também aproveitara para descansar. Aproveitando que estava com o quarto só para ela, dormira a manhã toda, e só agora, quando o sol já ultrapassava a metade do dia, ela decidira levantar.
Solange tinha achado ótimo o que acontecera com Carlos. Ela estava totalmente disposta a livrar Eduardo daquela situação, mas sentia que o garoto amava Juliana, e não queria ver o sobrinho sofrer. “Juliana não é mulher para Edu... Ela nunca vai parar de traí-lo... Ele merecia alguém que cuidasse dele...”.
Solange tomou um banho demorado, pensando em tudo que tinha acontecido no dia anterior. Lembrou-se de tempos atrás, quando Eduardo era apenas um garotinho, e ela já se sentia atraída pelo menino. Pensou se era um erro, desejar o próprio sobrinho, imaginou que era impossível de qualquer forma ter algo sério com ele, mas também pensou que poderia dar um jeito. De toda forma, eram apenas pensamentos, pois ela sabia que Eduardo nunca teria qualquer tipo de malícia com relação a ela, a não ser que... Ela conseguisse seduzi-lo.
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Era uma sexta-feira esquisita e nublada, não chovia e não estava frio, porém o céu dava mostras de que a qualquer momento poderia cair um belo “pé d’água”.
Eduardo estava tomando um banho. O garoto estava vivendo dentro de um turbilhão de emoções. Se por um lado se encontrava feliz pela noite maravilhosa que teve com Juliana, a sensação de que ela continuaria o traindo, estava castigando a mente do rapaz.
Carlos se encontrava na sala, ainda deitado no sofá, impaciente, aguardando a possível chegada dos pais, que provavelmente viriam o buscar, ainda que a contragosto. O garoto estava literalmente “puto da vida”, e aguardava apenas uma chance, para falar com Juliana. Vendo que todos o rodeavam durante toda a manhã, sem ter a chance que queria, o rapaz ficava cada vez mais inquieto. A chegada de Solange tinha trazido grande dificuldade para ele. Desde que ela chegara, ele não tinha mais conseguido ficar a sós com Juliana. Vendo, porém que Eduardo tinha ido para o quarto tomar um banho, e que Augusto e Mônica tinham se trancado no quarto, e muito provavelmente demorariam a sair de lá, Carlos começou a arquitetar um plano maquiavélico para ter Juliana para si.
“Aquela idiota da Solange, e o imbecil do Eduardo vão se ver comigo... Acham que podem me humilhar... Ridículos... Eduardo não tem a competência de um macho como eu... Aquele lá deve ser veado mesmo” “E a Jú? Acha que pode me evitar assim, depois de tudo? Ela é minha! E vai ser minha, por bem ou por mal...”
Juliana estava limpando a cozinha, lavando os pratos que haviam sido utilizados no almoço. Solange tinha ido ao mercado, para repor a geladeira. Carlos sentiu que aquela era uma oportunidade única de revelar a carta que tinha na manga.
- Jú! Chamou ele, da sala.
Juliana sentiu um frio na espinha, de ouvir a voz de Carlinhos chamando-a. Foi até a sala, dirigindo-se a ele:
- Fala Carlinhos! Tudo bem aí?
- Ai... Bem... Poderia estar melhor né Jú...
- Hum... Diga, o que quer?
Carlos sorriu maliciosamente e chamou-a com o dedo indicador.
- Carlos... Por favor, né... Olha seu estado...
O garoto olhou para ela, expressão séria e disse:
- Calma Jú... Só queria que você me ajudasse a ir até o banheiro... O Augusto tá no quarto comendo a Mônica, você não quer que eu o atrapalhe né?
- Carlos!!! Não fala assim! Que coisa feia viu!
- É só a verdade... Mas e aí? Pode me ajudar?
Juliana pestanejou, ficou ali pensando se deveria ou não ajudar. Mas considerando que Solange não estava, achou que não haveria problemas.
- Tá... Mas sem gracinhas ok?
- Claro linda. Você quem manda!
Juliana foi até o sofá, e ajudou Carlos apoiar-se nela. Foram juntos até o quarto do menino, ajudando-o a andar, apoiado em seus ombros.
- Que cheirosa que você tá em Jú?
- Para Carlos. Pronto. Agora você se vira né. Disse ela em frente à porta do banheiro.
- Poxa... Eu não vou conseguir assim, sozinho. Ajuda eu tirar ele pra fora.
- Oque?
- É Jú, ajuda aí pow... Tira meu pau pra fora.
- Como você é idiota Carlinhos... Eu não vou fazer isso!
- Ah... Não vai é?
- Não! Não vou! Disse ela séria.
- Deixa eu te mostrar uma coisinha então, só pra ver se você muda de ideia.
Juliana olhou assustada para Carlos. Que tipo de mente ele tinha? Estava passando todos os limites da sanidade.
- Do que você está falando Carlinhos? Porque você está fazendo isso?
- Olha aqui putinha! Disse ele, pegando o celular do bolso. Juliana ainda pensou que ele estivesse brincando por um instante, mas no momento seguinte, Carlos apertou o play, e o que se via era um vídeo em seu celular. A personagem principal do vídeo era ela, Juliana. Carlos metia com vontade, pegando ela de quatro, e afundando a rola em seu rabinho. Dava para ver claramente ela gemendo, e pedindo mais. A imagem mostrava que ele segurava o celular enquanto a comia com gosto.
Como Juliana tinha sido tão idiota? Como ela foi se colocar em uma situação como aquela? Juliana sentiu seu mundo desabar diante de suas próprias convicções. A menina estava presa, ligada a Carlos, e agora, contra sua própria vontade. Como ela não percebera isso? Como ele havia conseguido gravar um vídeo, transando com ela, sem que ela tivesse notado? Juliana se sentiu a pior das mulheres neste instante, traída por seus próprios desejos. Naqueles segundos, onde seus olhos ficaram vidrados na tela do celular, sua vida passou como um flash em frente aos seus olhos. Ela estava nas mãos de um rapaz, que pensava ser seu amigo. E que agora se revelava um verdadeiro mau caráter.
- Vvocê... Você... É um filho da puta maldito!!! Disse ela dando um tapa no celular. O aparelho voou longe e caiu, abrindo-se todo.
Carlos olhou para ela com raiva. O rapaz agora, se revelava totalmente.
- Sua vagabunda! Afirmou, segurando-a pelos cabelos.
- Aii! Para! Você tá me machucando!!! Juliana ainda tinha que se esforçar para não fazer tanto barulho, pois poderia atrair atenção de Eduardo que provavelmente já havia terminado seu banho àquela altura.
- Agora, a “titia” Sol, não tá aqui pra te proteger! Você acha que quebrar meu celular vai resolver pra você sua puta? Se não fizer o que eu mandar, eu conto pra todo mundo a putinha que você é.
Juliana começou a chorar, por mais que tivesse sido muita cachorrada da sua parte, o que tinha feito com Eduardo, traindo o menino que a amava, desde o primeiro dia de namoro, agora, a menina colhia os frutos de sua traição da pior maneira que poderia se imaginar, chantageada, pelo próprio amante.
- Por favor Carlinhos! Por favor! Pare com isso! Me deixa em paz, deixa eu e o Edu em paz!
- Para de chorar agora! Que eu não aguento mais ouvir essa “lenga lenga”! Faz oque você sabe fazer melhor, que é chupar um pau! Vai puta! Tô mandando! Ou você chupa logo, ou seu namoradinho vai receber esse videozinho, e não só ele, como toda faculdade, e toda sua família também, dona Juliana.
Juliana ficou paralisada, o que faria? Deveria sair dali correndo e chamar por seus amigos? Deveria interromper Carlos, e contar toda a verdade para Edu, ainda que correndo o risco de perdê-lo para sempre? Se ao menos Juliana soubesse, que Eduardo já sabia que ela o traia, talvez, tivesse se sentido encorajada a fazer uma dessas coisas. Mas o medo, o medo que nos faz muitas vezes tomar a pior decisão, fez com que Juliana olhasse para Carlos e dissesse:
- Eu odeio você! Eu nunca vou te perdoar por isso...
Juliana então enfiou a mão por baixo da calça de Carlos e tirou a rola dele para fora. Se abaixou, e abocanhou de uma vez, chorando em ter que se submeter a ele.
Carlos sorriu vitorioso, tendo aquela boquinha macia envolvendo seu pau, que já estava duro como uma rocha. Juliana tentou chupar rápido, pra acabar logo com aquilo, mas antes que ela conseguisse isso, a porta do quarto se abriu e Eduardo entrou por ela.
Juliana gostaria de ter morrido do coração. Ao menos não sofreria, tendo que encarar a situação, a qual ela mesma havia se colocado.
Eduardo abriu a porta, olhou os dois naquela situação constrangedora, virou-se e saiu sem nada dizer, fechando a porta novamente.
- Hahahahhaha! Gargalhou Carlos.
Juliana se levantou e deu um tapa com toda sua força no rosto do rapaz.
- Idiota! Nunca mais você vai tocar em mim!
Carlos se contorceu de dor, sentindo o rosto queimar, e as costas doerem.
Juliana saiu correndo como um raio de dentro do quarto, atrás de Eduardo. Quando a menina abriu a porta do quarto, viu Eduardo chorando, sentado no sofá da sala. Quem o consolava era Solange, abraçando o sobrinho.
- Edu! Pelo amor de Deus! Me ouve meu amor! Eu não queria... Ele me obrigou! Eu juro!
Eduardo apenas levantou a cabeça, olhando Juliana nos olhos. Havia uma grande decepção em seu olhar. Ele tinha acompanhado boa parte da conversa de Juliana com Carlos, espiando atrás da porta. E se por um lado, ele já desconfiava que talvez Carlos tivesse a obrigado a transar com ele. A conversa havia esclarecido de uma vez, que somente naquele instante Carlos tinha tentado chantageá-la. As outras vezes, a menina tinha traído ele por vontade própria. E isso, mesmo com Eduardo já tendo presenciado a traição, fora como um golpe de misericórdia em sua mente, que até então ainda tentava se enganar.
Carlos saiu pela porta do quarto, tinha aquele mesmo sorriso irônico no rosto, de outras vezes. Quando Eduardo o viu, sentiu como se uma força o enchesse de coragem. Eduardo se levantou, desvencilhando-se dos braços da tia, e correu em direção a Carlos. Juliana ainda tentou impedi-lo, mas com a raiva que Eduardo sentia naquele momento, nada poderia detê-lo. Eduardo se lançou sobre Carlos, que já estava debilitado devido a surra tomada no dia anterior, tentou se defender, mas o soco de Eduardo acerto em cheio a boca de Carlos, fazendo-o tombar para trás.
Eduardo olhou Carlos caído no chão e disse:
- Ri agora seu idiota... Eu tenho nojo de você cara... Você não vale nada... Maldito seja o dia em que achei que você era meu amigo. Dizendo isso, cuspiu em Carlos, caído no chão, se contorcendo de dor.
O barulho, fez com que Guto e Mônica saíssem de seu quarto, para verem o que estava acontecendo. Guto foi ajudar Carlos a se levantar, já prevendo o que teria acontecido. Juliana estava parada, no meio da sala. A menina chorava convulsivamente, mas agora, parecia tarde para mudar o óbvio.
Augusto levou Carlos para dentro do quarto, repreendendo o rapaz. O celular dele estava caído, todo desmontado no chão.
- Caraca velho! Que porra você aprontou mano? Você não aprende não cara?
- Aah cara! Me deixa em paz velho! Respondeu Carlos, maltratando a única pessoa que ainda o ajudava.
Guto se levantou, olhou Carlos sangrando a boca novamente. Estava todo arrebentado, e ainda dava uma de gostoso.
- Cara... Na boa mano... Dessa vez você foi longe demais... O que você fez Carlinhos? Agarrou a Jú na frente do Edu? Você tá doido cara?
- Já falei pra me deixar em paz porra! Gritou ele.
- É... Vou fazer isso mesmo... Se vira aí então cara. Acho melhor você arrumar suas tralhas, e vazar... Antes que eu aproveite o embalo, e te cubra de porrada também, que você tá merecendo... Augusto disse isso, e saiu do quarto.
Juliana chorava na cozinha, ao lado de Mônica, e Eduardo chorava na sala, no colo da tia. Solange, nada dizia, apenas acariciava os cabelos de Edu. Queria poder fazer algo para ajudar o sobrinho. Mas acreditava, que aquilo, fora o melhor, afinal, a verdade liberta...
Seria a ignorância uma bênção?
PS – É queridos!! Capitulo tenso!!! Hehehehe.... Mas necessário para a continuação da história. Aguardem o ante penúltimo capítulo. Não pensem que as surpresas acabaram hehehehehe.
Abraços!!
Cap 13. Entre amanhã e sábado estará no ar.
Beijos!!!