LOUCO AMOR – metido a machão pegador 2
"Minhas Propostas Podem Ser Fracas
Minhas Rimas Serem Espontâneas
Mas Meus Sentimentos Sempre Serão ... Verdadeiros" (Pedro Soares)
APRESENTAÇÃO DE ALGUNS PERSONAGENS:
João Lucas (eu): 17 anos, terceiro ano do ensino médio, loirinho, cabelo estilo surfista, 68 kg, olhos verdes e 1,70 de altura.
Caio: 19 anos, terceiro ano do ensino médio, moreno, cabelo curto, olhos pretos, 1,80 de altura e bem definido por causa da academia e de alguns esportes praticados, um verdadeiro deus grego.
Teresa: namorada do Caio e melhor amiga de Lucas, 17 anos, terceiro ano do ensino médio, olhos e cabelos e castanhos longos, 1,62 de altura e um corpão de dar inveja a qualquer um.
Anteriormente em “Louco Amor”:
Após eu dá uma festa grandiosa, descubro que um dos convidados não havia ido embora ainda, o Caio, namorado de minha melhor amiga e infelizmente meu amor platônico, ele dormia calmamente em minha cama totalmente bêbado, eu também já alto por causa da bebida, dou muita bandeira no que acaba muito, muito mal.
CONTINUAÇÃO:
Já deitado na cama as emoções começaram a vir com tudo, senti uma dor quase que insuportável, não física mas emocional e não hesitei em colocar tudo pra fora em forma de lágrimas, chorei até começar a sentir raiva, de mim, do Caio, do mundo e quando dei por mim a luz do sol já começava a se esgueirar pela janela e ironia ou não só foi aí que conseguir adormecer.
Só acordei a tarde por volta das 15horas com os gritos estéricos da minha mãe por causa da casa bagunçada e detalhe: ela estava na sala bem longe do meu quarto e parecia que gritava no meu ouvido.
Senti seus passos pesados no chão provavelmente pronta para me degolar vivo, a única coisa a minha altura era cobrir a cabeça com o cobertor.
- João Lucas posso saber qual o nome do furacão que passou na minha casa? – indagou ironicamente forçando a voz para ficar calma assim que entrou no meu quarto.
- Katrina – gritei ainda embaixo das cobertas
- Muito engraçado João Lucas – sentir sem aviso prévio sua mão tirar toda minha coberta e rapidamente me encolhi na cama esperando alguns tabefes mas ela parou abruptamente e olhou pra mim assustada e então segurou o meu pescoço na qual eu gritei de dor.
- O que aconteceu com seu pescoço menino? Ele está todo vermelho e arranhado.
Caio – pensei e corri para o banheiro, realmente estava muito feio, vermelho e muito arranhado e agora ardia.
- Até presumo o que tenha sido isso comparado ao caos que está lá embaixo – falou minha mãe encostada na porta do banheiro talvez pensando que teria sido alguma menina que havia feito isso. Achei melhor não contrariar – Quero você lá embaixo em no máximo 15 minutos para limpar tudo – e foi em direção saída mas não antes de voltar e me dar a sentença – e ah, sem vídeo game e da escola para casa até o próximo sábado.
- Ok – murmurei.
Limpei o ferimento que agora ardia mais do que nunca e desci para limpar a bagunça. Enquanto limpava tudo, passou todo aquele filme na minha cabeça, se não fosse esse ferimento em meu pescoço eu poderia jurar que tinha sido apenas um sonho, realmente não sabia o que fazer dali em diante, não sabia como iria encara-lo de novo, não saberia o que iria sentir se eu visse ele, talvez fingir que nada aconteceu seria a melhor opção, o difícil seria dar uma de ator sem nenhuma experiência. Com tudo já arrumado segui para o me quarto e dei uma checada no meu celular, tinha algumas mensagens, a grande maioria era dos convidados parabenizando pela festa e outros de operadora, como sempre, aff.
Passei o resto do sábado e o domingo em casa, evitando tudo e todos, fiquei incomunicável, tentava comer algumas coisa mas mal entrava. Na segunda-feira bem que eu tentei alegar minha dor de cabeça – que era verdade – para ter que faltar a aula mas não colou e eu tive que ir. Como ficava perto de casa minha escola, retardei ao máximo os passos, o Caio estudava na mesma sala comigo juntamente com a Teresa e sinceramente não estava pronto para encara-los. Como eu iria agir?
E ah, havia vestido uma roupa de frio com a gola alta, em pleno nordeste no verão, tudo para esconder os arranhões provenientes das mordidas que ainda se faziam presente.
Entrei na escola super atrasado. Passei pelos corredores e constatei que estavam todos em suas respectivas salas. Quando cheguei na porta da minha, bateu um medinho de velo e encarar Teresa depois daquilo e não sei por quanto minutos fiquei lá feito besta estacado na porta.
- Vamos entrar Sr. Lucas? – falou meu professor já próximo de mim me fazendo sobressaltar – desculpa se te assustei.
- Ah... Não... só preciso de um pouco de água
- Não na minha aula, depois – e literalmente me puxou para dentro, quando entrei foi a primeira coisa que vi foi ele sentado ao lado esquerdo de Teresa, ele me encorou por apenas um segundo e olhou para baixo, Teresa me olhava e sorria, meu coração parecia que iria sair a qualquer minuto da minha boca, mas mesmo assim acho que consegui agir normalmente – assim espero. Passei do lado de Teresa e me sentei atrás dela, tendo Caio a pouco centímetros de mim. As cadeiras eram demarcadas e em fileira duplas.
- Eu te liguei várias vezes esse fim de semana e nada de você responder – Falou ela se virando para me encarar assim que me sentei.
Por um minuto a fiquei encarando tentando arrumar uma desculpa convincente.
- É que meu celular acabou descarregando, passei esses dias todos de ressaca e acho que me esqueci dele completamente – falei tentando ser o mais convincente possível.
- Hum e para quê essa roupa de frio nesse calor infernal menino kkkk, olha só amor como o Lucas está vestido – se referiu ao caio ao seu lado que fingia escrever algo no caderno, ele apenas deu um sorriso amarelo sem me olhar.
- há há há – fingi uma risada sem graça para ela – pelo incrível que pareça eu estou com frio.
- Com essa para cima de mim João Lucas? Com certeza foi alguma garota que te deu uma chupada nesse pescoço – Falou e institivamente estendeu sua mão para ver mas consegui me desvencilhar. Estremeci completamente e sei que o Caio também com aquela suposição que estaria certíssima se não fosse o fato de ser uma menina.
- Tá ok ok – dessa vez foi o professor – já dei tempo demais para conversarem, agora vamos a aula – salvo pelo gongo.
- Depois quero saber dessa história – insistiu ela e se virou para frente.
As duas aulas seguintes transcorreram normalmente, de vez em quando eu o olhava e queria realmente senti um pouco de raiva mas sinceramente não conseguia, ainda gostava dele e parece que nada tinha mudado em relação a isso, ele estava muito quieto, queria poder falar com ele e dizer que estava tudo bem ou ao menos apenas lhe pedir uma borracha emprestada, qualquer coisa, mas eu precisava ouvir sua voz de novo. Como eu era patético. No intervalo ele deu um chá de sumiço, permanecendo apenas eu e Teresa na sala.
- Nossa, a noite foi quente em – falou ela com um ar de riso examinando meu pescoço todo arranhado de mordidas. Havia resolvido mostrar e inventar uma história meio louca. Só Deus sabia como eu estava me sentido mal naquele momento.
- Pois é – falei ajeitando a gola da camisa.
- Aconteceu algo entre você e o Caio? – disparou ela agora indo realmente longe.
- Nada... nada, porque está me perguntando isso? – falei gaguejando um pouco por causa do nervosismo.
- Sei lá, vocês dois passaram a aula toda sem trocar uma palavra, está meio estranho isso – falou
- Pura impressão sua mas e aí gostou da festa? – mudei de assunto imediatamente.
E assim passamos o resto do intervalo e da aula, falando vários assuntos aleatórios. O caio permanecia na mesma, sempre na dele e vez ou outra me pegava na tentação de falar com ele alguma coisa, conversar sobre o que aconteceu mas poxa eu queria sentir raiva do que aconteceu e também dele mas eu não conseguia e já que eu não eu conseguia sentir poderia fingir.
Já na saída:
- Poxa, que chato, iria te chamar para o cinema amanhã mas já que está de castigo fica para próxima – falou Teresa me dando um abraço
- Pois é, é um saco mesmo – falei saindo do abraço – Então até amanhã
- Até
Olhei para o caio ao seu lado, ele ainda evitava olhar para mim, ou com vergonha ou com raiva. A real era que se eu não desse tchau a ele aí sim Teresa iria encher o meu saco até eu contar o que aconteceu.
- Tchau Caio – falei de uma vez e já fui saindo de perto sem esperar resposta que impressionantemente veio:
- Ei, espera – falou ele e rapidamente me virei – eu vou contigo – ele morava alguns quarteirões depois do meu em um apartamento – vou lá amor – falou com Teresa lhe dando um beijo.
Meu pensamento estava a mil, o que será que ele queria?
Ele me acompanhou e seguimos juntos, meu coração parecia uma bomba relógio prestes a explodir e minha mão suava muito, tinha que a todo estante ficar enxugando na calça, andamos alguns minutos em silencio totalmente ensurdecedor até ele começar a fala:
- Se nem como começar mas vamos lá – suspirou fundo e continuou – acho que se você não tivesse me dado tchau provavelmente eu não estaria aqui – deu um risinho nervoso – sei que você tem todo direito de está com raiva de mim e respeito isso, em hipótese alguma eu poderia ter feito aquilo com você. É por isso que eu evito ao máximo bebida, ela me transforma, parece que tira minha sanidade. Por isso eu escolhi me isolar naquele dia, acredite em mim, eu não tenho bom histórico com a bebida. Mas enfim – ele parou de repente e eu também me detive e então ele me encarou, pela primeira vez naquele dia – respeito o que você sente ou sentia por mim... não sou muito bom com palavras então vou logo ao ponto. Você me desculpa? Não quero perder tua amizade. Agi feito um canalha e é por isso que eu faço tudo que você quiser, exercício de casa, faxina, qualquer coisa, é só me pedir.
Antes nós tínhamos disso, apostávamos tudo, quem perdesse faria algo proposto pelo vencedor mas nunca levamos para o lado da maldade é claro e talvez estivesse disposto a usar aquela tática naquele momento.
Qualquer coisa? – pensei. Iria dizer que estava tudo bem, que eu também havia errado mas diante daquilo me sentir tentado a pedir algo que de proposito deixei escapar da minha boca:
- Eu quero um beijo.
CONTINUA...
Volteiii gente com mais um cap. E espero que tenham gostado, o que acharam da atitude do Lucas? Diz aí.