POSSO OLHAR VOCÊS FODENDO?

Um conto erótico de Ehros Tomasini
Categoria: Heterossexual
Contém 2087 palavras
Data: 24/08/2015 00:42:41
Assuntos: Anal, Heterossexual, Oral

O Acompanhante - Parte XIX

Depois que nos saciamos de sexo, tomamos um banho morno para relaxar e voltamos para a cama. Perguntei a Márcia como se dera a fuga. Ela disse que tinha sido muito simples: entregara o dinheiro que eu lhe dei ao carcereiro. Ele mesmo contou que havia um plano de fuga em massa das detentas e reservaria um carro para ela em troca de grana. Assegurou que o deixaria estacionado bem em frente ao presídio. Era só ela fazer ligação direta e fugir com ele. Depois, ela podia deixa-lo jogado em qualquer lugar. A polícia o acharia e o devolveria ao dono. Xinguei o guarda da penitenciária, mentalmente. O filho da puta acreditava que meu carro estava sem pegar. Ele mesmo dera uma olhada e não soubera consertá-lo. Mesmo assim, fez o acordo com a fugitiva. Mas isso afastaria as suspeitas de mim, caso a polícia desconfiasse que eu ajudei a loira a escapar do presídio.

- E você sabia como fazer ligação direta num veículo? - perguntei a Márcia.

Ela explicou que, desde pequena, sempre gostou de carros. Seu falecido pai, que tinha uma oficina mecânica, ensinou-lhe tudo sobre eles. Teria sucedido o pai na oficina, se não tivesse casado bem nova com o bicheiro. Completou sua história da fuga da prisão dizendo que assim que conseguiu entrar no carro com as chaves que lhe dei, ouviu as sirenes da polícia. Ao invés de se afastar, fez a volta no carro e dirigiu de encontro a eles, em velocidade moderada. Passaram por ela sem dar-lhe atenção. Mais na frente, fez a volta de novo e seguiu as viaturas à distância. Viu quando várias detentas foram capturadas. Quando passou pelo presídio, viu o guarda conversando com policiais. Apontou, quando reconheceu o carro em que ela estava. Os policiais correram para a viatura e passaram a persegui-la. Conseguiu despistá-los com certa facilidade e foi ao meu encontro no bar. O resto da história eu já sabia.

Márcia me contava esta história aninhada em meu peito. Estava sonolenta. Nem bem terminou, adormeceu profundamente. Eu ainda passei um tempo pensativo, preocupado em como encobrir meu envolvimento na sua fuga, mas depois relaxei. A sargento cuidaria desses detalhes. E ainda bem que não precisei atirar em nenhum policial. Eu também estava cansado. O bom de tudo isso é que eu havia esquecido quase que completamente do meu ferimento. Retirei as ataduras com cuidado e constatei que ele estava sequinho, quase sarado. Não coloquei as ataduras sujas de volta. Joguei-as no lixo e me ajeitei para dormir. Márcia virou-se para o outro lado e eu adormeci quase que imediatamente.

Acordei tarde, por volta das onze da manhã. Márcia não estava na cama. No entanto, eu ouvia claramente a água que jorrava do chuveiro. Peguei uma toalha e caminhei para o banheiro. A porta estava apenas encostada. Tamanha foi a minha surpresa ao descobrir que não havia ninguém lá. Ela deixara o chuveiro ligado e saíra sem que eu percebesse. Senti um baque no coração. Corri até a cama e procurei a arma da sargento sob o travesseiro. O canto mais limpo. Só então, percebi um bilhete sobre a mesinha do quarto. Junto a ele, a cópia da agenda tão procurada pela capitã.

"Obrigada pela ajuda e pela noite maravilhosa de amor. Mas eu tenho coisas urgentes a resolver. Confio em você. Se eu não voltar, acredito que saberá o que fazer com essa cópia autêntica da agenda do meu marido. Porém, estarei morta. Não aguentarei viver fugindo a vida toda. Tenho que dar um fim a essa situação causada por mim mesma. Saiba que eu realmente gosto de você. Ninguém nunca me tratou bem sem pedir nada em troca, como você fez comigo. Obrigada e adeus".

Catei em meus bolsos e todo o dinheiro havia sumido. Gelei. Eu teria problemas para pagar o motel onde estava. Liguei do interfone e uma voz feminina atendeu. Perguntei quanto era a minha conta, disposto a contar que havia sido roubado pela mulher com quem eu pernoitara. A atendente disse que a pessoa que estava comigo pagou por dois dias de estadia. Suspirei aliviado. Ela perguntou se eu precisava de algo. Disse que não e desliguei. Eu estava preocupado em perder a arma da sargento. Mas logo relaxei. Compraria outra para ela.

Tomei um banho demorado, depois voltei para a cama. Daria um tempo, para ver se Márcia voltava. Liguei o televisor e estava passando um filme pornô. Mudei para um canal aberto e sintonizei um telejornal. Não demorou a darem a notícia do assassinato do bicheiro com três tiros. Para minha surpresa, também noticiaram o assassinato da capitã, que ninguém sabia explicar o que ela estava fazendo na casa do mafioso do jogo do bicho. Encontraram a arma que atirou nos dois jogada no chão. Iriam fazer o exame de balística para chegar ao assassino. Havia, também, um corpo feminino carbonizado num carro estacionado perto da residência. Estava sem placa, mas logo desconfiei ser o meu Audi, abandonado lá perto do bar, com a dopada dentro. Teve Márcia a astúcia de pegar um táxi, voltar ao local e carregar a garçonete consigo até a casa do ex-marido e depois tocar fogo no carro, matando a mulher carbonizada? Não duvidei. Afinal de contas, havia mandado matar o detetive Otávio, que eu considerava meu amigo.

Então, Márcia estava viva! O corpo da garçonete iria dar a entender à polícia que a assassina do bicheiro e da capitã havia cometido suicídio depois. Mas, não acho que a polícia fosse tão ingênua ao ponto de acreditar nessa história. Iriam investigar e, por certo, descobrir o meu envolvimento. Eu não podia deixar que descobrissem que eu estava com a cópia da cobiçada agenda. Iriam desconfiar que eu assassinara a loira, depois dela matar a capitã e o bicheiro, para ficar com o documento.

Liguei para a sargento. Ela já estava preocupada com a minha falta de notícias. Contei do sumiço da arma. Ela rebateu que, com a morte da capitã, isso não seria problema. Para todo efeito, o policial que atirara nela se apossara da sua arma e praticara o duplo homicídio. Ela ficaria "na moita" por uns tempos, até saber quem assumiria o lugar da capitã. Se fosse um policial honesto, denunciaria o esquema de corrupção no quartel. Senão, iria estudar uma maneira de desbaratar a gangue policial. Perguntei se permanecia no motel na cidade de Paulista, onde eu havia estado com Danuza e ela. Respondeu-me que a médica as levou para sua própria casa e agora cuidava dela. Disse, também, que Danuza havia preferido voltar para a residência da mãe e pediu que eu ligasse para ela. Orientou-me para que eu voltasse para o meu apartamento e, se a polícia me interrogasse, insistisse na versão de que tive o carro roubado da frente do presídio. Ela iria atestar que eu estivera lá a seu pedido. Depois inventaria uma história convincente para livrar minha pele.

Fiz o que a policial sugeriu. Como não disse a ela que estava de posse da agenda, levei-a comigo quando saí do motel. No entanto, guardei-a numa caixa postal que tenho nos Correios, antes de chegar ao meu apartamento. Também havia passado num caixa eletrônico e tirado uma grana, pois precisava pagar o táxi que chamei do motel. O vigia do meu prédio veio imediatamente ao meu encontro, quando desci do táxi. Disse que uma negra bonita estivera várias vezes me procurando lá. Afirmou que voltaria ainda naquele dia. Fiquei feliz. Nuella estava de volta. Agradeci ao rapaz e subi ao meu apartamento.

Liguei para o meu escritório. Roxane disse não ter novidades. Mas sua voz estava chorosa. Perguntei o que havia acontecido. Ela disse que o soldado, seu ex-namorado, havia estado lá. Brigaram novamente e ele tornou a lhe bater. No entanto, fê-lo como se estivesse se vingando de uma surra que levou de alguém, pois também estava com o rosto inchado e a boca sangrando. Fiquei imaginando quem teria batido no cara. Perguntaria à médica Helena Mara. Ela, decerto, o saberia. Em seguida, liguei para Danuza. Ela ficou contente com o meu telefonema. Disse que se resolvera a falar com o pai por telefone. Mas gostaria que eu estivesse presente para ouvir essa conversa. Marcamos de nos encontrarmos no outro dia. Finalmente, liguei para a morena lindíssima, que gosta de sexo sadomasoquista.

Ela atendeu ao telefone toda feliz. Disse que, quando levou a sargento para a sua casa, o soldado a estava esperando. Discutiram feio e ele quis bater-lhe. A sargento, mesmo ferida, interviu e deu uma lição no cara. Bateu-lhe tanto que ele fugiu correndo dela, para não apanhar mais. Devia estar envergonhado de não ter sido páreo para uma mulher. Decerto iria deixar-lhe em paz também lá na clínica, onde costumava ir perturbá-la. Então, me fez uma confissão repentina: achava que estava apaixonada pela sargento. Iria aproveitar sua estadia em sua casa para conquistá-la. Eu não disse que a sargento tinha uma namorada. Apenas desejei-lhe boa sorte e sugeri que mantivesse distância do soldado que gostava de bater em mulher.

Nem bem desliguei, Roxane ligou para mim. Pediu-me pelo amor de Deus que eu a deixasse dormir em meu apartamento, pois estava toda cheia de hematomas novamente. Insistiu tanto que eu acabei cedendo mais uma vez. Pouco depois, chegava ao meu apartamento com uma sacola cheia de roupas. Quando eu ia dizer que não permitiria que ela ficasse por mais do que aquela noite, eis que o namorado dela aparece de repente. Havia seguido-a desde o meu escritório. Quando me viu, ficou furioso. Disse que eu estava separando Roxane dele. Eu falei-lhe algumas verdades e ele partiu pra cima de mim. Eu estava já com ódio do cara, rancoroso de quando ele me bateu lá no restaurante, acertando-me bem sobre a ferida no flanco. Minha reação foi de puro reflexo. O murro que eu dei em seu estômago o derrubou por terra, imediatamente. Ficou sem ar, quase desmaiado, no chão. Roxane aproveitou para chutar-lhe entre as pernas. Depois, agarrou-o pelos pés e arrastou-o escada abaixo, fazendo com que o cara batesse várias vezes com a cabeça contra os degraus, desacordando-o de vez.

Voltou esbaforida e abraçou-se a mim. Disse que queria fazer amor comigo. Mas que eu não a maltratasse, pois ela não gostava mais disso. Sinceramente, eu não tinha mais tesão por ela. Pedi que tomasse um banho e relaxasse. Eu estava muito cansado e não queria saber de sexo, por ora. Ficou um tanto decepcionada. Choramingando, entrou no quarto de hóspedes e fechou a porta. Nem me deu boa noite. Desci as escadas e fui ver como estava o soldado. O cara ainda estava desacordado. Liguei para a portaria e chamei o vigia. Quando ele chegou, contei-lhe o ocorrido e pedi que ele tomasse as devidas providências. Saquei do bolso duas notas de cinquenta reais e dei a ele. Contente, o cara disse que deixasse tudo com ele que eu não me arrependeria. Voltei para o meu apartamento.

Nuella chegara ao meu apartamento assim que eu desci as escadas a procura do soldado. Estava belíssima em um vestido branco e curto. Os cabelos também haviam sido cortados bem baixinho, destacando seu longo e elegante pescoço. Riu da minha cara de abobalhado e me deu um longo e delicioso beijo. Mesmo ali no corredor, desabotoou-me a camisa. Ficou feliz em perceber que meu ferimento estava quase cicatrizado. Puxei-a para a sala e fechei a porta do apartamento. Ela despiu-me completamente e seu corpo exalava sexo. Eu ia dizer alguma coisa, mas ela pôs o dedinho em meus lábios, calando-me. Beijou-me o corpo todo com volúpia, até abocanhar a minha glande. Deixei que mamasse um pouco, depois suspendi-a até que me abraçasse a cintura com as pernas. Encaixei minha pica em sua vagina e a penetrei um pouco. Estava muito bem lubrificada. Sua vulva também parecia estar em chamas, de tão quente. Beijou-me os lábios sofregamente. Então, ouvi o ruido da porta do quarto se abrindo. Roxane apareceu no umbral totalmente nua. Primeiro, ficou enciumada. Depois, levou a mão à xoxota e começou a se masturbar. Nuella ainda não a havia percebido. Mas, quando a viu, pareceu ter um acesso de tesão furioso. Estrepou-se em meu pênis de uma vez e começou a cavalgar em frenesi, apertando-me a cintura com as coxas e olhando para a intrusa. Roxane aumentou os movimentos na xana. Nuella explodiu num orgasmo demorado e eu precisei de força e equilíbrio nos membros inferiores para aguentar seus espasmos de gozo.

Fim da Décima Nona parte

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Comentários

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Muito bom, e estamos esperando pelo restante.

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