Assim como nos últimos janeiros, meus avós foram para São Paulo fazer exames médicos de rotina no Hospital do Servidor. Na manhã daquele sábado dei-lhes beijos de despedida e voltei a dormir assim que saíram, já que não poderia acompanhá-los.
Fiquei sozinha em casa e, bem mais tarde, depois de tomar meu café, bateu aquela vontade de tomar um drink, porém, não tinha nada do meu agrado em casa. Fui à adega do Barba comprar algo para satisfazer meus desejos.
Ao aproximar-me do comércio, observei dois homens colocando caixas de cerveja, carvão e outras bebidas dentro de dois carros que estavam estacionados na entrada da adega. No espaço entre um carro e outro, tinha um cara com o tronco inclinado no interior do porta-malas. Tentei passar no espaço sem incomodar o homem, no entanto, eu tenho um defeito de fábrica, não perco a oportunidade de fazer uma graça. No momento em que passava rente à sua bunda, falei em tom de zombaria:
— Olha a raspadinha! (raspadinha = a passar encoxando).
O cara recuou o corpo esbarrando em mim, perdi o equilíbrio e cai sobre o capô do outro carro.
Ele ficou todo sem graça ao ver-me desabando com carinha de criança que fez arte. Segurou-me antes que a queda fosse maior e desculpou-se um milhão de vezes.
Passado o susto e risadas, entrei e fiz meu pedido, uma garrafa de Smirnoff e outra de suco concentrado de laranja. O cara da raspadinha, em tom de brincadeira, perguntou se eu ia beber aquilo tudo sozinha.
— Infelizmente sim, mas se quiser trazer os espetinhos, eu aceito a companhia — falei brincando, a princípio, pois vi as bandejas com espetinhos de todos os tipos de carne no porta-malas do seu carro.
Se ele entrasse no jogo, eu não recusaria sua companhia naquele sábado sem graça e solitário.
O cara era gato demais, não tanto quanto o Denzel Washington, contudo, quase um sósia mais jovem e mais musculoso.
Os outros caras começaram a zoar dizendo que a professora Adalgisa perdeu o noivo. Na hora não entendi nada, mas aquele nome (Professora Adalgisa) ligou meu sinal de alerta e despertou um ódio adormecido em meu interior… Adalgiiiisa! Rosnei mentalmente.
No decorrer da conversa fiquei sabendo que ele (vou chamá-lo de Denzel) se casaria no dia seguinte (domingo) e aquelas bebidas e carnes seriam para a festinha de despedida de solteiro que os amigos organizaram para ele, meio que no improviso. A comemoração seria naquela tarde em algum lugar próximo.
Ao final da zoeira fui convidada pelo Denzel a ir à festinha, deduzi que o convite fora apenas por educação, sendo assim, recusei educadamente de início, mas depois, em um papo rápido com os rapazes simpáticos, acabei cedendo ao convite, principalmente quando fiquei sabendo que a tal Adalgisa era a mesma professora vaca que nas últimas eleições coagiu os alunos da minha sala a distribuírem propaganda eleitoral de um amigo seu que era candidato a deputado estadual. Recusei participar daquilo e disse que não era legal o que ela estava fazendo… “Me ferrei grandão”. Meus últimos meses do curso técnico foram um inferno, tive que suportar sua arrogância, autoritarismo e humilhações. A vadia ainda aqueceu o boato que circulava pelo colégio que eu era a putinha dos professores. Não consegui vingar-me da vaca naquela época, já que o vice-diretor compactuava com ela e a denúncia que fiz ficou no vazio.
Com certeza eu iria à festinha com os rapazes, posto que antevi a chance de dar o troco na vadia.
Levei minhas bebidas até minha casa e voltei rapidão para ir com eles.
O lugar onde fomos era tipo uma casa de campo, distante do meu bairro. Além dos quatro homens, mais quatro mulheres se juntaram a nós no caminho até a casa. Não conhecia ninguém além do Barba e também não fiz amizade com as duas moças e muito menos com as duas senhoras; acho que elas não foram com a minha cara. Contudo, me dei bem com o pagodinho, apesar de não ser meu ritmo preferido, ainda assim dancei muitão com o noivo e um pouquinho com os outros caras.
Pra variar, com o passar das horas, eu já era o centro dos comentários na rodinha das senhoras, elas cochichavam sem parar lançando olhares de desaprovação com um misto de ódio em minha direção.
Era início de noite quando as comadres ficaram com o time desfalcado, uma delas se foi com a filha e o marido. Eu continuava animadíssima e só iria embora quando acabasse. Ainda havia muita bebida, carne assando, som de pagode e homens animados. Também elaborava um plano que atingisse a noiva, no caso, a vaca da professora Adalgisa.
Eu iria animar ainda mais a festinha, pois descobri que por debaixo de uma lona no fundo do quintal, tinha uma piscina inflável. Só de farra falei que iria entrar para me refrescar. Foi a deixa para as outras duas mulheres irem para dentro da casa falando cobras e lagartos a meu respeito, uma delas que cortava um pão de torresmo, fez um gesto ameaçador com a faca que estava em sua mão. Foi então que decidi mergulhar naquele bagulho, nem que fosse só para irritar as duas bruxas.
Dei goles até terminar minha bebida, fui até a piscina e tirei a cobertura. “Maravilha! A bicha está cheia d’água e limpa”. Pensei sorrindo. Os homens estavam distantes uns 20 metros e só ficaram me observando.
Eu não queria molhar minha bermuda, estava com uma calcinha pretinha que parecia um biquíni, fui tirando minha bermuda olhando e sorrindo para eles. O Barba já sabia que eu era doida de pedra, os outros dois ficaram com cara de espanto e sorriso de quem estava torcendo para que eu tirasse toda a roupa.
Como não captei protestos dos homens, terminei de tirar a bermuda e a joguei de lado. Entrei na piscina, ergui e segurei a camiseta na altura dos seios e sentei ficando com a água na altura do umbigo.
O Denzel se aproximou de mim.
— Você é muito doida menina, também é muito gracinha — sussurrou ele.
Eu apenas sorri e soltei um gritinho quando ele encheu a mão de água e jogou em mim.
— Paaara! Você está molhando minha camiseta — falei dengosa e fazendo biquinho.
Em tom de brincadeira ele sugeriu que eu a tirasse. Gostei da ideia e teria tirado se estivesse a sós com ele, no entanto fiz charminho.
— Tá doido? Aquelas duas lá dentro me matam — expliquei.
As mulheres voltaram para o quintal e comunicaram que estavam saindo fora. Não sem antes fulminar-me com seus olhares desaprovadores, murmurarem algo que não ouvi e balançarem a cabeça negativamente. O Denzel foi lá despedir-se delas, gritei para que ele me trouxesse outra bebida.
O Barba levaria as fulanas. Antes de sair ele aconselhou-me:
— Juízo, Mila! — eu já volto.
Todos foram para dentro da casa. Aproveitei que as duas se mandaram, tirei minha camiseta e deitei meu corpo na piscina. O Denzel voltou com a minha bebida e uma toalha, no entanto, chegou apavorando ao ver-me de seios de fora.
— Sai daí garota doida! — e segurou a toalha aberta na minha frente — Você é muito louca, menina, mas se enxuga e veste essa roupa antes que me complique — falou em tom rude.
— Está todo mundo lá na frente, a festa acabou e já estamos indo embora — concluiu.
Eu resmunguei que ainda era cedo, pedi que ele entrasse na piscina e curtisse sua despedida de solteiro comigo. Ele sugeriu que era melhor eu não beber mais, pois eu já estava muito louca. Tomei o copo da sua mão e disse que era a saideira, dei um gole enquanto o apavorado pedia pelo amor de Deus para que eu me vestisse logo antes que o pessoal viesse atrás de nós.
— Tá bão, eu me visto.
Dei o copo para ele e sai da piscina só de calcinha, ele todo preocupado, cobriu meu corpo com a toalha. Enxuguei o excesso de água e me vesti.
Uns minutos depois, na sala, pedi para que ele me desse uma carona, visto que o Barba levaria o outro carinha e as mulheres em sentido contrário.
Chegando à minha rua, ele parou defronte minha casa e recusou o convidei para entrar. Acho que estava temeroso de que tivesse mais alguém na residência. Contei que meus avós estavam viajando e que eu estaria sozinha por todo o fim de semana.
— Entra vai, fica comigo um pouquinho! — supliquei de modo carente.
O homem disse que não poderia entrar, apesar do convite ser tentador, uma vez que ele se casaria na manhã seguinte e ainda tinha muito que fazer naquela noite.
— Está tão escuro, estou com medo de entrar sozinha. Entra só um pouco até eu acender as luzes.
Enfim, o homem disse que entraria comigo. Dentro de casa não foi difícil seduzir aquele macho musculoso. Começamos a trocar carícias assim que fechei a porta. A seguir nossas roupas foram sendo deixadas pelo chão a caminho do meu quarto. Instantes depois ambos estávamos nus e nos pegando nas preliminares com beijos e safadezas gostosas; eu massageando seu membro e ele se divertindo com o meu sexo. Agachei aos seus pés saboreando aquela mangueira. Conseguia engolir mais e mais a cada abocanhada. Fiz minha garganta se acostumar aos poucos com aquele volume roliço.
Ele se acomodou sentando em minha cama e entendi aquele olhar pidão, fui por cima dele, sentei guiando seu membro em minha boceta e desci devagar até ele estar todo dentro. Geeente! Que loucura de pau. Deitei o tronco sobre seu peito, fui remexendo subindo e descendo meus quadris enquanto era estocada gostoso.
Ele segurou e virou meu corpo como se eu fosse uma boneca, colocou-me com a cara enfiada no colchão, a bunda arrebitada e prosseguiu com as estocadas enquanto eu mordia o lençol. Gemi muito putinha quando veio meu primeiro orgasmo e senti meu corpo eletrificado com os tremores do meu clímax.
O homem urrou e despejou todo seu leite dentro de mim, sua ejaculação foi tão forte que a batizei de tsunami. Controlei meus espasmos de prazer entre suspiros e soluços.
Apesar de molinha, consegui levantar, fui ao banheiro por dois minutos. Assim que saí ele entrou para se lavar. Enquanto isso eu fui preparar uma bebida especial.
Retornei da cozinha com um copo de vodka misturado com uma pitada de extrato de suco de laranja. Dei um gole e pedi para ele provar aquela delícia. Ele acabara de sair do banheiro e recolhia sua roupa dizendo que ia embora. Pegou o copo e, enquanto bebia, peguei um tubo de KY em minha necessaire. Falei toda vadiazinha:
— Você vai embora sem provar do meu cuzinho?
O homem sorriu, disse que talvez eu não aguentasse e poderia me rasgar todinha. Ele endoidou quando eu disse que se eu gritasse, seria só de tesão e prazer.
Colei nele, dei mais um gole com o copo ainda em sua mão e o desafiei a matar o restante do copo em um gole. O Denzel disse que preferia saborear a bebida.
Enquanto ele dava mais uns goles, eu peguei o gel, coloquei uma porção em minha mão, ajoelhei e agarrei seu pau o punhetando com as duas mãos. Ele ficou em ponto de bala em segundos, e todo besuntado. O cara largou o copo, pegou o gel e retribuiu a massagem passando aquela coisa geladinha no meu buraquinho. Posicionou-me de quatro com minhas mãos apoiadas no assento da cadeira do meu computador. Meu anelzinho quis sugá-lo assim que ele brincou esfregando a cabeça em meu rego. O danado judiou de mim brincando de pôr e tirar a cabeça. Delirei e prendi a respiração quando por fim começou a penetrar… Ohoooo! A dor era insignificante comparada ao prazer de sentir aquilo tudo deslizando gostoso que parecia não ter fim, momentos inesquecíveis de êxtase.
O homem arregaçou meu cuzinho com bombadas selvagens, contudo, flutuei em um gozo de ir aos céus. Quando tirou de dentro, não me aguentava mais nas pernas, estava molinha e quase apagando em razão da intensidade daqueles momentos de pegação… Também pelo efeito da bebida, nosso copo estava vazio. Seu sêmen escorria do meu ânus e nem conseguia aparar, só tive forças para deitar em minha cama abraçadinha a ele…
***
Era dia claro quando ele me acordou, e estava muito nervoso, pois passavam das 13h do domingo. Era para ele ter casado às 9 da manhã.
Eu falei que sentia muito, nós bebemos além da conta e a transa foi tão boa e intensa que acabamos por dormir demais. Ele quase me agrediu quando viu que seu celular estava desligado, disse que fodi com a vida dele. Foi embora puto da vida.
Eu ainda estava sonolenta apesar de ter dormido por mais de treze horas. Voltei para a cama que estava cheia de marcas de atos sexuais. Antes de dormir mais um soninho gostoso, fiquei pensando sobre a dose cavalar de barbitúrico que coloquei na vodca que preparei para entorpecê-lo; adormeceria por horas até um rinoceronte. Infelizmente também tive que beber do mesmo veneno para não levantar suspeitas. Sei que foi loucura, todavia, serviu aos meus propósitos, já que saboreei satisfeita minha vingança.
Mas a vadia da professora que me aguarde, pois isso foi apenas uma amostra grátis.
Fim
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