Parte: 03 - Investigação.
Flávio deitado na cama comigo sobre ele: Vai ver é pq eu esteja perdidamente apaixonado por vc.
Esboço o melhor sorriso e digo: Pior que eu tbm.
Ele põe os dedos das mãos entre os meus e me olha com ternura: Bruno, pq todo esse medo de se envolver comigo. E se disser "é complicado" eu te dou uns cascudos.
Sinto os dedos firmes dele na minha mão e os aperto com os meus: Olha, digamos que já senti algo que to sentindo por ti por um cara e o resultado inteiro foi um. Ilusão.
Flávio com a outra mão alisa meus cabelos e passa um dedo sobre minha sobrancelha, depois desce até meus lábios: E o quê vc sentia por ele exatamente?
Eu: Não gosto de falar disso.
Flávio: Tudo bem. Não vou te pressionar, beleza.
Olho pra ele, praquele olhos pequenos que pareciam brilhar quando um sorriso surgia. Vendo ele rir daquele jeito fico desarmado.
Eu: Certo. Vou contar, ok. Afinal, isso não vai me matar e...
Ele coloca um dedo nos meus lábios: Shiii. Não precisa.
Eu: Mas agora eu quero. Bem.. ãhh... uhunn (pigarreio umas duas vezes), eu amava um cara, amava mesmo. Ele era tudo de bom pra mim. Ficamos uns 2 anos juntos e foram os melhores que já tive na vida. Então do nada ele me diz que se iludiu. Que queria filhos e uma família "normal" e que eu jamais daria isso a ele. Que ele pensou que me amava mas estava comigo por pena e pq... gostava do sexo. Mas que tinha chegado ao limite. Depois disso ele sumiu. Nunca mais voltou.
Sinto a mão de Flávio aperta a minha de leve e ele diz: Sinto muito. Isso é bem cruel.
Eu rio e lembro do dia em que levei esse fora. Há uns anos atrás.
"Era um domingo frio e ventoso, meu então namorado Vítor (que tinha uns 1.93 de altura, corpo grande e forte mas não malhado de mais, pele branca feito marfim, com tatuagens pelo corpo inteiro, inclusive uma que cobria todo o braço direito; careca dos olhos extremamente azuis e um rosto quadrado e másculo) havia me chamado até um parque meio abandobado onde não tinha ninguém. Peguei o carro do pai e fui até ele com um pouco de medo pelo que me esperava. Quando cheguei vi seu semblante duro e logo senti medo. Mas eu amava ver aquele homem. Ele tinha uns 24 anos e eu quase 18, mas ele parecia ter mais. Estava encostado no carro com uma camisa branca colada no corpo e um short jeans costumeiro. Ele me olha e eu dou um sorriso tímido, ele não retribui o sorriso. Então ele começa a falar.
"- Vou embora pq não quero mais ficar contigo. Cansei.
"Absorvo aquilo com calma e falo: Sério? Vc ta brincando comigo né?
"Ele se aproxima com a cara de raiva: Pq eu não faria isso? Acha que tô de zoeira? Ta achando que tu me tem na tua mão, viado?
"Tremo pq eu nunca ouvi ele falar daquela forma comigo: Não é isso... mas vc tá querendo...
"Ele ainda com o rosto avermelhado de ira: To te dizendo que nao quero ficar mais contigo e que vou embora. Entendeu? (ele me pega nos ombros e me sacode) entendeu, porra?!
"Faço que sim com a cabeça e ele continua a falar: Os anos que passei contigo foram tudo uma grande ilusão pra mim. O que vou fazer da minha vida sem um filho 'meu' de verdade. Adotar um? Pro inferno! Eu quero uma vida normal... com filhos normais. Com uma mulher e não com um viado como tu, moleque! Quero uma xoxota. Cansei desse teu cuzinho de merda (ele ri com o trocadilho).
"Eu apenas ouço e ele continua: Vai falar nada não?
"Eu faço que não com a cabeça. Mas por dentro estou gritando. Eu entendo a lógica dele. Um gay não procria. Um gay não tem uma vida normal. Ele queria uma vida normal. Ao ver que não falo nada, a não ser fitar o vazio, ele me dá um empurrão e eu caio no chão de terra. Ele vem pra cima e me chuta.
"Ele: Fala alguma coisa, sua merda! (outro chute). Tu é bom de mais pra dizer algo? (outro chute).
"Machucou os chutes mas eu não entendia a ira dele. Algo estava errado, e algo estava sendo morto; eu. A dor no peito crescia e eu quase me debrucei em lágrimas, mas não o fiz. O choque me impedia de dizer algo. De fazer algo.
"Vitor se agacha e pega meu queixo tão forte que machuca: Escuta aqui, to indo embora e nunca mais vou voltar. Nunca mais vou olhar pra essa tua cara de bosta. Estou livre por ficar contigo que aliás eu ficava por pena. Nada mais que isso.
"Então ele fez algo que me deixou ainda mais em choque, cuspiu na minha cara e disse: Um erro na minha vida. Adeus, e não conta nada pra ninguém viu, priminho."
Eu saindo dos devaneios: É. Meu primo foi cruel.
Flávio: Ele era teu primo?!
Não sei se era loucura, mas achei a surpresa dele meio encenada quando narrei isso. Balanço a cabeça afirmando: Pois é. Sangue do meu sangue. Desde pequenos que gostávamos bastante um do outro. Ai no meu aniversário de 15 anos ele se declarou pra mim e eu pra ele. Mas tudo era uma grande ilusão adolescente.
Flávio: E ele foi pra onde?
Eu: Não faço a mínima idéia. Ninguém sabe e eu nunca busquei saber. Ele ainda mexe comigo.
Então Flávio me abraça, o calor do corpo dele é reconfortante e acolhedor. Me sinto um garotinho pequeno nos braços dele. Flavio beija minha cabeça e diz: Confia em mim. Não quero te fazer mal. Cara, não sei como explicar mais desde quando eu te beijei no meu carro antes de irmos ao motel, algo despertou dentro de mim. Sério mesmo. Passei noites insones pensando em ti. Eu não vou te fazer mal. Eu to apaixonado por ti... Eu te amo.
Eu não gosto de palavras sentimentais, acho piegas. Mas sinto uma felicidade quando ouço ele falando isso. Ao invés de dizer algo, eu apenos olho pra ele e dou um selinho nos lábios de macho dele.
(No banho eu faço o possível para não molhar as ataduras nas mãos. Ele pede pra eu pegar a toalha e vejo o anel).
Eu com a garganta amarga: Bonita aliança.
Flávio olha e vejo algo tipo tristeza no olhar dele: Bruno, deixa eu explicar...
Aquelas palavras foram o suficiente: Vai tomar no cu - falo jogando a aliança nele. Pego minhas roupas e vou saindo. Ele vai até a porta do quarto e bloqueia minha passagem. - Sai! Eu já entendi tudo. Te dou prazer, não é isso? Não passa disso. Nada mais que uma aventura!
Ele em tom cansado: Eu sou casado.
Dou um soco no rosto dele. Ele cambaleia e coloca a mão no queixo, se ele reagisse eu apanharia feio. A raiva faz com que eu não dê prioridade a esses pensamentos, eu queria bater mais nele. Então ouço Vitor falar "quero uma vida normal" e quase caio no choro. Mas eu não sou fresco o bastante para tal e mantenho a pouse de durão.
Flávio levanta ainda com a mão no queixo e fala naturalmente: Belo soco.
Eu avanço pra dar outro mas ele é rápido. Segura meu braço. Tento dar outro mas ele também o segura. Então me empurra até a cama e se joga sobre mim me prendendo. Penso, ele vai me estuprar, mas algo me deixa ainda mais pasmo quando ele me dá um beijo rápido e diz: Eu sou casado. Mas não do jeito que vc pensa.
Logo noto que minha toalha caiu e que estamos ambos molhados e pelados. O cheiro de sabonete do corpo dele me deixa meio hipnotizado e aquele corpão molhado sobre meu me trai, pq na hora meu pau fica duro. Sinto o dele endurecer sobre o meu e a quintura da pica dele faz meu coração acelerar.
Eu vacilante: Sai de cima. Sa... s... sai.
Flávio cínico: Eu tenho que te dar uma explicação, não acha?
Eu deveria quebrar essa tua cara não acha, penso. Ele segura meus dois braços me prendendo mesmo. Ainda posso chutar os sacos dele mas parece que ele lê meus pensamentos: Por favor, não me chute as bolas. Doeria. Deixa eu explicar, ok.
Eu ainda com raiva fico quieto e espero. Ele fala: Sou policial... eu sei que naquele disse que não era, mas eu sabia que vc iria notar quando eu disse "que tabalho pra polícia" que eu era um.
Não, eu não notei. Mas tbm naquela noite no pub eu só queria transar com ele que nem ligava pro que ele falava.
Flávio sai de cima de mim, vai até a gaveta e mostra o distintivo da polícia, me entrega e eu pego ele desconfiado. Eu nunca tinha pegado em um distintivo na vida, é pesado e com muitos detalhes. Então leio e fico estupefato; gravado em cima do distintivo estava POLICIA FEDERAL. Logo a baixo AGENTE.
Eu: Caramba. Tu é policial federal. Que legal. Agora enfia isso aqui (jogo o distintivo nele e levanto) no seu cu junto com teu casamento. Vou embora ou vc vai me prender por desacato?
Ele ri e fala: Que gênio esse teu heim. Eu sei, sou foda né. Policial Federal.
Pelo tom dele sei que ele ta brincando e aquilo fervilha por dentro. Antes de eu mandar ele pro inferno ele fala: Ok. To brincando. Mas é que contigo eu me sinto tão bem que abandono meu lado sério de ser.
Eu: Tu tem algum?
Ele ri: Claro ué. Vc ainda não o viu. Mas enfim, eu sou policial casado... mas com o trabalho. Tenho uma mulher mas ela tbm é policial. Somos casados pelo trabalho até o fim de uma investigação.
Fico meio que confuso.
Flávio: Minha esposa e eu estamos casados em uma investigação. Ela se chama Janaina, e é lésbica. Agora ela ta em SP resolvendo uns problemas e visitando sua mulher. Fingimos ser marido e mulher por enquanto. Ela é apenas uma grande amiga, e claro, não fingimos ao pé da letra. Nada de sexo... a não ser que isso seja necessário.
Ainda fico em dúvida quanto isso tudo.
Eu: Mas pq vc ta falando isso pra mim? Isso não é algo sigiloso?
Ele chega mais perto de mim pelado. O pau meio bomba e o corpo já seco: Pra vc não haverá segredos. Vc é um cara bom e sei que não vai comprometer nada. To gamado em ti, lindinho, e quero algo sério contigo.
Eu: Mas vc ta no meio de uma investigação, não é? Vc pode ficar se distraindo assim?
Ele ri: Eu sei o quê faço. E preciso relaxar, sabe.
Pelo tom de voz dele, pelo jeito dele, eu sei que ele ta falando a verdade em tudo. Pelo menos boa parte dela. Mas no fundo algo ainda ta errado, não sei o que é: Ok, agente Flávio (ele ri marotamente) digamos que eu acredite, o quê isso implicaria?
Ele pegando minha cintura me puxando pra si. Aquele toque dele me deixa louco por ele ainda mais: Digamos que eu te peça em namoro.
Eu: Tão rápido?
Ele: Confie em mim. Mas se vc não quiser, eu prometo ser só seu. Pq meu coração e meu corpo vc ja tem.
A boca dele invade a minha e eu deixo as mãos caírem e vão até a cintura dele. O corpo musculoso e durinho dele faz meu pau latejar de tesão, Flávio passa as mãos em minhas costa e desce até minha bunda, aperta ela forte e sussura: Quero te comer de novo, quero meu pau dentro de ti.
Eu: Antes, deixa eu fazer isso.
Desço até seu pau e fico de joelho, o pau dele ta duro feito rocha e babando horrores. Abocanho a pica dele e dessa vez engulo com tudo. Flávio da um urro alto e eu fico contente por isso. Volto até a cabeça da rola dele e engulo de novo. Aquela pica dela me deixava louco e eu queria fazer coisas com ela que até me assustavam rs. Chupo ela por uns bons 5 minutos e enquanto faço isso fico passando as mãos nas pernas dele que eram cabeludas e muito musculosas, como de um jogador de futebol. Deliciosas.
Ele para a mamada e me joga na cama. Pega um lubrificante e passa na entrada do meu cu, passa bastante na pica e já a encaminha ao seu destino. A cabeça grande e rosada entra sem dificuldades e o resto tbm... dói, mas não tanto. Sinto os pentelhos dele batendo na minha bunda e isso aumenta meu prazer.(Não sei vcs, mas quando sinto a virilha cabeluda de um homem tocando na minha bunda, eu vou à loucura. Dos caras que eu me envolvi, muitos raspavam tudo e aquilo já me deixava meio broxado. Eu tenho poucos pelos, mas aparo os da pica pra não ficarem tão grande e raspo os da bunda pra ficar legal. Já homens peludos em tudo - axilas, peito, pernas, virilha... tudo, - me excitam de mais). Flávio tem a cor que eu sempre admirei, o jeito rústico e menino que eu gosto e uma delicadeza desmedida. Como ele disse eu não o vira sério, mas na sala dele, enquanto ele tratava minhas mãos, eu vi um pouco dessa seriedade.
Flávio mete a pica com vontade e força, se inclina pra mim enquanto fico com as pernas, ambas, abertas e com os calcanhares tocando sua bunda. Ele me abraça e me beija enquanto estoca forte. Como ele beija bem, a boca em movimentos selvagens e sincronizados com os meus da minha boca. A língua áspera e gostosa lutando com a minha. Abraço-o e ele me aperta forte enquanto me fode, o barulho da barriga dele já suada batendo em meu pau me deixa maluco. Arquejo e gemo de mais e ele intensifica o vai e vem em rápidas metidas. Então ele põe as mãos na minha costa e me levanta com a pica ainda dentro de mim. Ficamos na posição flor-de-lótus, eu sentando encima dele, e ele sentado embaixo de mim com a rola dentro do meu cu. Ele dá umas estocadas e eu pulo pra ajudar, Flávio pega meu pau e o punheta forte e habilmente. Colamos nossas testas suadas uma na outra e ele me olha nos olhos profundamente e vejo desejo neles. Desejo... Acho que os meus transmitem isso tbm pq eu quero aquele macho pra mim. Cavalgo com intensidade sem desgrudar a testa da dele e ele me masturba, então eu gozo gostoso, quase desmaio de tanto prazer... melo a barriga dele e uma tontura me desorienta. Meu cu contrai a pica dele e sinto ela pulsar quando ele me aperta com seu braço e então ele urra feito um animal. Sinto algo quente dentro de mim e isso me acaba, era muito prazer pra uma trepada só. Nossas respirações ficam irregulares, ofegantes e audíveis de mais.
Eu: Eu to apaixonado por ti. Tbm te quero só pra mim.
Ele me beija rindo e respirando alto: Eu te amo.
Ficamos alí, sentandos e suados enquanto a pica dele vai saindo de dentro de mim.
Depois desabamos na cama. Reúno todas as forças e pego o celular. Aviso em casa de que vou chegar tarde... mas que to bem. Desligo e deito exausto. Flávio me dá um beijo e diz: Que fome. Tu me deixou sem energias, menino. Preciso recarregar. Que tal uma pizza?
Ele pede duas pizzas e come uma sozinho e boa parte da outra. Eu me contento com os meus dois pedaços. Estamos deitados comendo e assistindo futebol, ele torce pro Palmeiras e eu São Paulo, ficamos implicando um com o outro sobre nossos times, brincando sobre coisas banais e nos namorando. Quando dá umas 23:30 pergunto se ele me daria uma carona em casa. Eu tinha que ir pq amanhã eu teria trampo. Ele me dá mais um beijinho e veste uma roupa. Faço o mesmo com as minhas. Entro na ran mostruosa dele e doi um oi silencioso pro carro. Ligo o rádio e procuro alguma estação boa. Paro numa que está tocando Pink, do Aerosmith.
Ele liga o carro e pergunta: Curte o aero?
Eu: Desde quando me entendo por gente.
Ele: tenho um amor incondicional por Led Zeppelin.
Eu rio: Curte rock tbm?
Ele: Os clássicos sim.
Ele dá uma volta na cidade enquanto conversamos sobre músicas, nossos gostos e hoob's. Ele gosta de cinema, eu tbm. Ele ler bastante, eu amo ler. Ele curte jogar uma bola, eu jogo todos os sábados na quadra perto de casa com os parças. Somos semelhantes em algumas coisas e isso me agrada. Quando ele para na frente da minha casa, me dá um selinho e fala: Amanhã te vejo de novo?
Eu: Claro. Amanhã "eu" te vejo de novo?
Ele ri: Claro. Não quero ficar muito tempo longe de vc.
Afago o rosto dele e beijo seus lábios suavemente. Vejo o pau dele endurecer por debaixo da calça: Eita que vc me deixa louco, menino. Ele fala aos sussurros.
Eu dou uma risadinha: Pois mantenha o controlhe, agente.
Saio e ele arranca com o carrão dele. Espero ele virar a esquina e entro. Meus pais, obviamente, estão dormindo. Entro de pé em pé a escada de casa e escapulo pro meu quarto antes que uns dos dois acorde.
Voz: Bruno?
Meu pai chama do corredor antes que eu feche a porta. Praguejo por ele ter estragado meus planos de ir me deitar sem falar com eles.
Eu: Oi, pai.
Pai: Aonde vc estava? Jessica ligou perguntando por vc. Pensei que estivesse com ela.
Eu: Fui na casa de um brother e ficamos bebendo. Ai ele me trouxe pq ja tava tarde.
Ele me estuda: Certo.
Meus pais não sabiam da minha outra opção sexual. Claro, eu já levei umas meninas lá pra casa e dormi com elas, mas nunca tinha mencionado sobre gostar de homens. Quando eu namorei Vítor, estremeço com o nome, eu queria assumir nosso namoro, mas ele não queria... dizia que era pra esperar. Na época ele travalhaba como gerente de uma academia. Apesar de jovem ele era bem inteligente e sagaz, e eu sempre o admirava por ele ser um cara responsável. Mas o que ele tinha de inteligência ele tinha de brutalidade, era grosso com quase todo mundo e sempre queria bater em alguém. Nunca em mim. Sempre que brigávamos ele chutava algo ou esmurrava um travesseiro, ou saía e voltava quando estava calmo. Dividimos um apê no centro da cidade por um ano e a desculpa que ele tinha dado era que eu tinha ganhado uma bolsa na melhor facu da cidade - o que era verdade, - e que ele iria abrir uma academia só dele, e morando lá ficaria mais fácil pra nós dois. Ninguém viu mal nenhum nisso, afinal éramos primos. Meus pais e os dele tem condições, moramos bem e agradeço a Deus pela vida que tenho. No apê a gente se dava super bem, transávamos de mais, ele era um touro. Nunca rolou isso de ciúme, as brigas vinham mais quando eu perguntava se podia ir no trabalho dele e ele dizia que não. Fui uma vez sem avisar e quando cheguei lá ele quase me engoliu. Em casa ele pediu perdão por ter perdido a cabeça e acabamos na cama com um sexo pra lá de selvagem. Ele era amável, sempre me trazia presentes e amava quando eu fazia carinho nele. Ele era o melhor namorado do mundo. Então, um mês antes dele me deixar, tudo mudou. Vítor ficou muito estressado e estranho, me beijava tenso e ficava comigo como se fosse uma última vez. Uma vez peguei ele chorando a ponto de soluçar no banheiro de madrugada. Quando perguntei o que era ele só me abraçou e chorou ainda mais. Fiquei com muito medo naquela noite e então ele começou a me tratar mal. Perdia a cabeça quando eu falava algo e passou a ser frio comigo. Eu ia pra facu triste e voltava ainda mais quando chegava em casa e via ele sério e distante. Uma semana antes de ele partir ele saiu de casa e voltou no outro dia. Eu tinha certeza que ele tinha achado outra pessoa e no fim tinha quase acertado.
Depois de ele ir, um vazio ficou em mim. O apê, como vim descobrir muito depois, ficara no meu nome. Ele tinha comprado ele pra mim. Mas eu voltei pra casa dos meus pais pq não suportaria viver ali. Eu era um morto vivo quando ele se foi e fiquei assim por uns meses até acordar desse mar de dor e viver. Prometi a mim mesmo que não iria mais me envolver com ninguém; sem sentimentalismos... só sexo. As lembranças de Vítor são fortes e sinto algo pesado dentro de mim. Então lembro de Flávio e isso some. Mas o medo me invade pq vai que Flávio faz o mesmo. Mesmo pq eu já estava apagado a ele. Lembro do sorriso dele e uma onde de alegria me invade.
Quando deito pra dormir eu sonho com Vitor me pedindo perdão.
No trabalho de manhã, eu me pego rindo quando penso no sorriso de Flávio. No modo gentil de ser e nas palavras dele. "Vc roubou meu coração". Meio irônico, um policial e um ladrão de corações. Solto uma risada sozinho no escritório e dou graças por não ter ninguém ainda. Trampo numa contabilidade há mais de um ano e eu gostava dali pq meu chefe era a pessoa mais engraçada que eu já conhecera na vida. Claro, profissionalmente ele era firme, mais sempre brincava com os funcionários. O dia passa e eu vejo tudo azul e alegre kkk
Flávio pegou meu número, o certo dessa vez, na noite passada. Ele mandou uma msg de manhã cedo se identificando. O cel chama e eu atendo quando estou almoçando.
Eu: Oi, fala.
Flávio: Oi, Bruno?
Eu: Sim, sou ele.
Flávio rir: Então, sr Bruno Carter. Queria te convidar pra sair hoje. Vou te buscar na tua casa, que tal? Pode ser umas 8 da noite?
Eu: Claro claro. Aonde a gente vai?
Ele: É surpresa, mas hoje quero realizar uma fantasia minha contigo.
Me arrepio e meu pau endurece: Sério?
Ele: Ahãm. Então a gente se vê de noite. Beijo meu gato.
Eu: Beijos.
Sinto borboletas no estômago e uma felicidade ímpar. Fico curioso para o quê ele vai fazer de noite e passo a tarde inteira no mundo da lua.
ContinuaOi, pessoas. Obrigado pelos comentários e fico feliz pela receptividade. Espero que tenham gostado desse capítulo. Comentem e deixe a opinião de vcs, ela é fundamental para dar um fim ou continuar o conto. Abraços.