CAP. 04
Primeiro porre
Minha amizade com o Danilo foi crescendo com o decorrer dos dias, sempre interagiamos juntos pelo grupo do whatsapp, e sempre trocavamos mensagens no privado. O Danilo de fato era super querido por todos, ele tinha esse dom, sabia exatamente o que conversar com qualquer pessoa, e isso era o que eu mais admirava nele, essa coisa que ele tinha de como lhe dar com qualquer assunto que fosse, seja para um público gay, ou um público hetero. O Roberto organizou uma festinha na casa dele para o final de semana. Todo mundo combinou de ir, inclusive o Victor meu ex, soube que ele ia porque ele confirmou o evento no face. Fiquei meio tenso, porque sempre nesses tipos de encontro sempre acabava de um jeito ruim para mim, pois eu bebia muito e o Victor também, no minino iriamos sair brigados, mas resolvi não me preocupar com isso. Tinha que da continuidade com o meu plano.
Chegou o sabádo, de manhã fui para minha pós-graduação, e quando sai por volta das 14:00 horas mandei uma mensagem para o Danilo:
- E aee tá por onde?
- Na academia e você?
- Hummm vai ficar gostosinho pra quem?
- Não sei ainda, rs.
- Pode ser pra mim?
- Talvez, kkkkkk
- Rs... Escute vai hoje para o Roberto?
- Vou sim e você?
- Vou também, vai beber o que?
- Ainda não sei, acho que cerveja mesmo e você?
- Acho que Vodka, que horas você vai?
- Acho que lá pras 21:00 e você?
- Não sei ainda, vou ver com meu irmão saber a hora que ele pode ir me deixar lá.
- Se quiser posso ir te buscar.
- Não pow, é contra mão, você mora praticamente do lado da casa do Roberto.
- E dai? Eu te busco as 20:50 então okay?
- Não deixe queto.
- Aff, deixa de besteira, eu te busco.
- Ta bom, ta bom já que insiste. As 20:51 estou pronto okay?
- Certo, se arrume direito viu? Quero você bem lindo hoje.
- Digo o mesmo <3
- Leso.
O Danilo de fato era uma pessoa de bom coração, não fazia questão de negar ou oferecer uma carona, e não era só comigo, era com outras pessoas que nem mesmo ele conhecia, já tinha visto ele conversar algumas vezes pelo grupo, oferecendo carona a um e a outro, de cantos que não era nem seu caminho, porém isso era um defeito pois as vezes as pessoas se aproveitava dessa boa vontade dele, confesso que eu era uma dessas pessoas que se aproveitava.
O Danilo chegou pontualmente as 20:50 me ligou mandando eu sair, tinha acabado de sair do banho, então vesti qualquer calça, me perfume, vesti a primeira camisa que vi pela frente e desci as escadas correndo com meu sapato na mão, quando entrei no carro dei um beijo no rosto do Danilo, e terminei de calçar meu tenis:
- Foi mal a demora, tava jogando uma de LOL e acabei perdendo a hora.
- Tudo bem, nem demorou tanto assim.
- Vai passar no mercado ainda?
- Vou sim, é rapidinho okay?
- Você quem manda Dan.
Então partimos para o mercado, compramos o que iamos beber e fomos para a casa do Roberto, quando chegamos lá já tinha uma gelera legal, Jéssica já estava lá bebendo e descendo até o chão, assim que cheguei ela correu e me deu um abraço e soltou:
- Você é o Danilo hein? Tô de olho vivem juntos.
- Que besteira, você sabe muito bem que não vai rolar nada não é mesmo?
- Porque você não quer, aposto que o Danilo quer.
- Ele te falou algo?
- Não, eu que estou falando.
- Pois acho que você está errada, ele é amigo do Victor se você não se lembra.
- E dai? Eu acho que o Farofa tá afim de você, ele mora aqui do lado, e vai la te buscar, muito estranho isso não é mesmo?
- Ele é assim mesmo, eu nem ia vim com ele, ele que insistiu.
- Cuidado amigo, o Farofa é fraco para se apaixonar.
- Já me falaram isso.
Por um momento na minha conversa com a Jéssica eu me perguntei se eu estava fazendo a coisa certa, em determinados momentos eu percebia que eu estava errado, que eu não deveria brincar com os sentimentos do Danilo, porém ao mesmo tempo eu queria me vingar do Victor, eu tinha muita raiva dele por tudo que ele já me fez sofrer.
Pouco tempo depois o Victor chegou na festa acompanhado do Luiz pra variar, ele me olhou mas não falou comigo, fez questão de ir onde eu estava e falar com todo mundo que estava proximo de mim e não me dirigiu um boa noite, fiquei com muita raiva dele, pois ele não tinha o minimo de respeito por mim, muito menos educação, o que custava ele ao menos me desejar um simples boa noite? Será que era pedir muito, enfim. Acabei tentando esquecer da existencia do Victor ali, só que era praticamente impossivel, parece que ele fazia coisas de proposito só para chamar a atenção de todos e principalmente a minha. Acabei bebendo aceleradamente, e antes de da meia noite eu já estava super alterado, falando alto, tirando onda com todo mundo, o Danilo me olhava de longe com um olhar de reprovação, fui até onde ele estava:
- Porque está me olhando assim Farofa?
- Você não precisa disso Lucas, pra que beber rápido assim hein?
- Deixa eu ser feliz.
- Você precisa crescer, isso que você precisa fazer.
- Já sei bem crescido.
- Pois não parece, você parece que tem 16 anos, não sei porque você se importa tanto com o Victor ainda, será que você não entende que acabou?
- Cala a boca Danilo, não falei nem no Victor aqui, não estou bebendo por causa dele não, viajem sua.
- Viajem minha? Certo então, vou ficar calado, porque não quero arrumar intriga com você. Você é grandinho já.
Então o Danilo me deixou, foi para onde estava o Roberto, e ficou lá, fiquei sentando pensando nas coisas que o Danilo havia me dito, e quando eu estava em meus pensamentos o Victor se senta do meu lado.
- Oi Galego.
- Diga. - Pensei, como ele pode me chamar assim?
- Saudades de você.
- Nem parece.
- Sinto sua falta. - Falou alisando minhas costas.
- Pare, não vou transar com você.
- Vamos ali no meu carro Lucas, quero te mostrar uma coisa.
- Mostrar o que Victor?
- Vamos, te espero no estacionamento, vou deixar a porta do carona aberta.
Foi então que o Victor se levantou do banco e foi em direção ao seu carro, e foi ai que começou meu dileja, ir ou não ir? O Victor sempre que bebia gostava de me usar para satisfazer seu desejo, depois me jogava fora, decidir não ir, porem na mesma hora mudei de ideia e fui, mas não com intuito de ficar com ele, fui com um intuito de dar um basta, um ponto final, então me levante e fui em direção ao carro do Victor, cheguei olhei para os lados para ver se ninguem estava olhando e entrei no carro:
- Sabia que você vinha meu galego.
- Cala a boca, o que você tem para me mostrar?
- Não pode ser aqui, precisamos ir para um lugar mais calmo.
Foi então que o Victor ligou o carro e deu partida, ligou o som, ficou cantando e vez ou outra alisava minha perna e eu me esquivava, até que ele para na porta de um motel, e entra:
- Victor eu não vou transar com você, não quero que esse tipo de coisa aconteça quando a gente estiver bebado.
- Cala a boca Lucas, eu sei que você quer.
- Não quero, eu não vou fazer nada.
Então o Victor entrou, e estacionou o carro, e entrou para o quarto e disse "Te espero lá dentro" fiquei no carro pensando se deveria ir embora, como tinha bebido e já estava ali, acabei indo, quando cheguei o Victor estava deitado na cama com uma taça de vinho, me jogo na cama, e começamos a nos beijar, como eu podia ser tão fraco por esse menino, o que será que ele tinha que me fazia perder a cabeça? Era tantas perguntas que eu me fazia enquanto gente se beijava, que não me dei conta que já estava pelado e ele também, resolvi então usar e abusar dele, nas últimas vezes que transamos ele que abusava de mim, me comia, me batia, dessa vez resolvi fazer diferente, tomei as redias, dei um mega chupão no seu pescoço que ficou roxo na hora, depois virei ele de costas e fiquei roçando a cabeça do meu pau no seu bumbum, até que coloco uma camisinha, e meto meu pau com tudo, que na hora arranco um grito dele, então vou aumentando minhas estocas até que faço ele gozar, e pouco tempo depois gozei, trocamos mais beijos e depois tomamos um banho juntos, depois voltamos para a cama, e ele fico deitado no meu peito alisando meu abdomen e eu fiquei alisando seus cabelos, até que eu quebro o silencio e falo:
- Eu te amo tanto Victor, porque você não me da uma última chance.
- Cala a boca Lucas, eu odeio você, só transo com você porque você sempre é minha última opção, quando não encontro nada no scruff.
- Você tem o dom de me deixar pra baixo sabia?
- E você tem o dom de cortar o clima, estavamos super de boa aqui, até você vim com esse papo de te amo, me perdoa, vamos voltar, cresce Lucas, eu não quero você, não quero namorar com você, só quero transar com você quando não tiver opção, que fique claro.
As palavras do Victor foram duras, ele não media esforço para me deixar para baixo, foi então que comecei a chorar, e eu quanto eu chorava ele pediu a conta:
- Olhe só pelo choro eu não vou pagar um centavo dessa conta, você me irrita pague essa conta sozinho, vista uma roupa e vamos embora por favor.
- Porque você é assim hein?
- Cansei de ser bonzinho Lucas, é bom ser o vilão, você não sabe como é bom. Vamos cuida, já são 01 e pouco ainda da tempo de eu consequir qualquer fodinha pelo scruff.
Então paguei a conta, me vesti e voltamos para a festa, o Victor foi o caminho todo em silencio, e eu engolindo todas as lagrimas, com mais odio ainda dele, quando chegamos no condomonio do Roberto, o Victor mandou eu descer e se mandou, decidi não voltar para a festa, fiquei lá fora sentando, e então liguei para o Danilo:
- Ta aonde?
- Em casa e você?
- Aqui no Roberto, achei que você tivesse por aqui ainda. Ia pedir pra me deixar em casa, mas vou ligar para meu irmão então.
- Você estava aonde hein? Sumiu e não disse nada.
- Dei uma saidinha.
- Não liga para seu irmão não, vou te buscar, já estou entrando no carro.
- Tudo bem então.
O Danilo chegou em menos de 5 minutos, entrei no carro e não falei nada, ele também não disse nada ficou em silencio, acho que ele percebeu que tanto eu como Victor sumimos, e pra variar o Victor tinha me deixado na bad, quando chegamos na minha casa falei:
- Obrigado Danilo, desculpa ter te tirado de casa.
- Relaxe, ta tudo bem?
- Não, mas não quero falar sobre isso beleza?
- Tudo bem, se você prefere assim, mas oh, se precisar de algo e só falar comigo viu?
- Certo. Obrigado.
Então dei um abraço e um beijo no rosto, e fui direto para o meu quarto, afundei minha cara no travesseiro e me desabei em lagrimas, como eu poderia ser tão idiota de cair no papo do Victor, como eu podia amar tanto aquele cretino, e foi assim que acabou minha noite.