O ACOMPANHANTE - Parte III
Márcia não era muito de preliminares. Depois de jogar-me na cama, acocorou-se sobre mim e enfiou-se com muito gosto no meu cacete duríssimo, pulsando de tanta ereção. Só depois de gozar um par de vezes, retirou-se dele e passou a me lamber o corpo todo, até finalmente abocanhar minha pica. Já sentindo o gozo se aproximar, pedi que ela sentasse de novo nele, torcendo para que fizesse sexo anal. Ela apenas roçou meu cacete na sua regada, mas voltou a enfiá-lo em sua xana escorregadia e quente. Aí, não consegui prender mais a vontade de ejacular. Derramei-me com gosto dentro dela. Ela, ao sentir meu esperma quente dentro de si, quase interrompeu o coito, voltando a me chupar. Terminei de gozar dentro da sua boca. Depois ela correu para o banheiro e pegou o chuveirinho, passando a fazer uma lavagem vaginal. Decerto não queria voltar cheia de esperma para o marido.
Aí, seu telefone celular tocou. Correu a atendê-lo, afastando-se de mim. Disse apenas alguns monossílabos, por isso eu não consegui entender o assunto da conversa. Quando desligou, começou a vestir-se, quase sem me dar atenção. Agia como se eu não existisse. Perguntei o que estava acontecendo.
- Vista-se e vamos embora - disse rispidamente - Vou levá-lo até seu carro estacionado perto de onde estávamos.
Gelei. Será que eu havia sido delatado como seu espião? Se assim fosse, não iria poder fotografá-la em intimidades, pois deixara minha câmera dentro do meu carro. Não esperava ter sido tão fácil me aproximar dela e, como havia poucas pessoas na praia, seria logo notado por si, se estivesse a fotografá-la. Insisti em perguntar o que estava acontecendo. Disse, finalmente, que o marido a tinha procurado em casa e estava vindo para a casa de praia. Apressei-me, então, a vestir-me. Precisávamos sair dali. Fechamos todas as portas e janelas, antes de deixarmos a casa de praia.
Parou onde eu tinha deixado meu Audi, mas do outro lado da rua. Tive que caminhar nu até ele, cobrindo parte de minha nudez com a cadeirinha de praia. Ela seguiu rindo em seu carro, sem nem me dar nem um beijinho de despedida. Antes de ir-se, porém, gritou dizendo que eu poderia achá-la naquele mesmo lugar, quase todos os dias, ali na praia.
Entrei no carro sob olhares curiosos de alguns transeuntes e saí dali. Parei mais adiante, onde a avenida estava mais deserta, e vesti minhas roupas que estavam no carro. Segui direto para casa, querendo tomar um banho. Estava sujo de areia e esperma. Não pretendia mais trabalhar o resto do dia. Mas, aí, minha secretária ligou para mim dizendo que havia uma cliente procurando por mim no escritório. Pensei que fosse a coroa Carolina, mas ela afirmou tratar-se de outra pessoa. Não quis me dar o nome. Disse que não queria estragar a surpresa. Curioso, afirmei que estaria no escritório dentro de meia hora.
Cheguei antes. Mas não havia nenhuma cliente esperando por mim. Roxane, minha secretária, estava maravilhosamente vestida para festa. Disse que estava aniversariando e que gostaria que eu a convidasse para algum lugar onde pudéssemos nos divertir. Fiquei felicíssimo. Ela aniversariava e quem recebia um grande presente era eu. Sempre guardo paletó, calça, camisa e gravata num armário do escritório, para ocasiões especiais. Pedi licença e fui me trocar no banheiro. Ela ajudou-me, depois, a vestir o paletó e saímos de mãos dadas, como se fôssemos namorados.
- Algum lugar que você queira ir? - Perguntei quando nos acomodamos no carro.
- Eu gostaria de dançar - respondeu-me contente - eu sei que o senhor dança muito bem. Algumas das suas clientes sempre elogiam.
- Faça-me um favor: não me chame de senhor. Não sou assim tão idoso.
Ela riu graciosamente. Deu-me um beijinho na face. Disse que sempre percebera meus olhares para ela. Nunca correspondera porque tinha um namorado muito ciumento. Mas ficara interessada em mim desde o dia que chegou ao meu escritório, atendendo a um anúncio de emprego. Agora que brigara com o namorado militar e voltara a estar descomprometida, poderia estar comigo. Não era um compromisso, mas gostaria de me conhecer mais um pouco, com mais intimidade. Quase tenho um orgasmo, ao ouvir essas palavras. Dei-lhe um longo beijo na boca, sendo languidamente correspondido por ela. Eu me sentia um sujeito de sorte.
Levei-a para um restaurante de luxo, onde havia um dancing. Mas ela disse não estar afim de comer. Preferia uma danceteria. Lembrei-me de uma discoteca que tocava música dos anos 1970 e 1980. Seria ideal para dançarmos agarradinhos. Ela ficou maravilhada quando entrou no local. A decoração era muito bonita e tudo remetia a décadas atrás. Escolhemos uma mesa e eu passei a tratá-la com todas as honras de princesa. Perguntei qual a música que ela mais gostava e ela, para minha surpresa, escolheu uma que fez grande sucesso na voz de Caetano Veloso: Sozinho. Chamei o garçom e estive cochichando. Ele assentiu com a cabeça e desapareceu no salão. Pouco depois, a banda anunciava a aniversariante do dia e cantava o Parabéns pra Você. Roxane voltou a me dar um beijo nos lábios, dizendo-se agradecida.
Pedimos cervejas, pois ela não gostava de nenhuma outra bebida. Comentou que não queria se embriagar, portanto iria beber bem lentamente. Chamei novamente o garçom e perguntei se ele tinha algumas uvas Moscatel ou similar. Ele trouxe um cacho numa vasilha metálica. Expliquei a Roxane que havia aprendido um truque para não ficar embriagado: colocar uma ou duas uvas dentro do copo com cerveja. Elas absorvem parte do álcool e fermento da bebida, reduzindo em muito o seu efeito. Três garrafas de cerveja depois, a banda começou a tocar músicas para se dançar agarradinho e convidei-a ao salão. Ela, também, dançava maravilhosamente bem. Fazíamos um casal de dançarinos perfeito, destacando-nos dos demais. Fomos até aplaudidos em uma das músicas. Ela estava radiante. Confessou que nunca havia se divertido tanto.
Voltamos para a mesa já bem íntimos, de mãos dadas e trocando beijos de vez em quando. Ela percebeu que as uvas que deixamos nos copos estavam enormes. Cresceram bastante ao absorver o álcool e o fermento da cerveja. Descartamos aquelas, substituindo-as por outras uvas. Aí a banda me chamou ao palco. Ela ficou surpresa, mas eu disse que fazia parte das comemorações do seu aniversário. Subi ao palco, peguei o violão de um dos componentes da banda e ofereci a próxima música a ela. Cantei, eu mesmo, acompanhando-me ao violão, a música de Caetano que ela mais gostava. Mas aí, quando eu quis deixar o pequeno palco, a banda me convidou para que eu cantasse algumas outras músicas. Insistiram tanto que eu topei. Mesmo sem ter ensaiado, mandei bem. Fui aplaudido de pé pelo público. Agradeci e voltei para a mesa.
Encontrei Roxane totalmente embriagada. Eu não havia passado muito tempo lá no palco, então não daria para ela ficar naquele estado nem se tivesse ingerido uma cerveja de um gole só. Aí, lembrei que não havia dito a ela que não deveria comer as uvas imersas na cerveja. Ela confirmou o que eu já esperava: havia engolido as duas uvas que ficaram enormes, para saber o gosto que tinham. A concentração de álcool nelas a tinha deixado pra lá de Bagdá. Quis levantar-se para ir ao banheiro, mas quase caiu. Ajudei-a a chegar ao toalete e entreguei-a a uma senhora que tomava de conta do gabinete, recomendando cuidados. A senhora ajudou-a a vomitar, limpando-a depois. Dei-lhe um agrado em dinheiro, o que a deixou muito contente. Paguei a conta, dei uma gorda gorjeta ao garçom e fomos embora.
Rodamos várias vezes pelo bairro onde disse morar sem, no entanto, ela achar sua casa. Estava ainda muito embriagada, doida para dormir. Sugeriu, então, que eu a levasse a um motel qualquer. Preferi levá-la para o meu apartamento.
Fim da Terceira Parte