Primeiro de aula
Conheci ele na escola. No primeiro momento, eu senti algo diferente dentro de mim. Algo que me fazia sentir tipo uma atração por ele, senti uma certa vontade de estar perto dele, ou de estar em seus braços.
Sempre fui o mais nerd da turma, sempre aquele humilhado.
Sofria muito bullying, com apelidos maldosos como ET, marciano, anormal e outros apelidos maldosos .
Ele era lindo com seu corpo malhado, olhos azuis, cabelos louros e lisos e uma boca carnuda e rosada e sua cor branca como leite.
Mas, ele chegou na escola e se enturmou no grupo dos bagunceiros, e comecou a me humilhar também.
Eu sentia raiva de seus colegas, mas dele não. Não sabia o que eu sentia, senti um afeto muito grande por ele. Algo de especial, que me fazia pensar nele todo o tempo.
Acho que eu já sabia o que era amor.
Nunca amei ninguém, e ele seria meu primeiro amor, meu primeiro desejo.
Ver seu corpo, me fazia sentir excitado e um arrepio gostoso por todo o meu corpo querendo ele.
Não sabia o que era amar e ter desejo por outro homem.
Sempre gostava de sentar na frente, para prestar atenção na aula e aprender a ser alguém na vida.
Toda vez que eu chegava na sala ele tirava sarro de mim e derrubava minhas coisas no chão.
- Cata as suas coisas aí sua bichinha! - ele saiu dando gargalhadas.
Eu sentia raiva de seus colegas, mas dele eu me sentia mais atraído por ele, com seu jeito rude e todo machão.
Certo dia estava eu no refeitório, e comecei a reparar nele, vi seu sorriso encantador e como ficava lindo de camisa regata branca, que deixava seus braços malhados à mostra e seu corpo atlético destacado e marcado na regata.
Até que ele percebe que eu estava te olhando.
- Tá olhando o que viadinho! Quer que eu te coma é?! - ele gritou e me fez corar todo de vergonha e parei de olhar nele e me levantei e fui guardar meu prato, para a cozinheira lavar. E quando passei na mesa, onde ele estava, se levantou de uma vez o prato meu no chão. Fiquei com medo dele, naquele momento ele me encarava e a diretora chegou.
- Quem derrubou esse prato no chão?
- Foi eu diretora. Foi eu. - assumi a culpa por um simples prato quebrado.
- Faça o favor de ir na minha sala. - ela saiu e eu fiquei ali parado e não fui a diretoria.
- Obrigado, por assumir a culpa veadinho. - ele se levantou e foi para a sala e eu fui para a diretoria, mas por um breve momento vi sua bunda, era grande.
Fiquei de pau duro na hora, vendo aquilo em minha frente.
Não sabia o que sentia, mas queria que aquele momento de tesão.
Dias Depois
Nunca mais olhei em sua cara, nem reclamei nada a diretora sobre as brincadeiras dele. Sempre aguentei tudo calado, sozinho e solitário.
Um dia na aula de educação física, quando todos foram embora, ficou apenas nós dois no ginásio. E ele me chamou para ir atrás da quadra, mas eu neguei a ir. E ele veio e me pegou pelo braço e me arrastou para trás do ginásio.
Gostei dele me pegar em meu braço e me arrastado.
- O que foi ?? - comecei a ficar com medo do que ele ia fazer para me humilhar novamente.
- Eu..quero..dizer que... - eu interrompi ele.
- O que!? Dizer o que??!
- Fala baixo alguém pode nos ouvir aqui.
- Tá. Mas, o que foi?? - ele pegou minhas mãos e as segurou juntas com as suas.
- Eu te amo.
- O que..qu...qu...que você disse?? - não acreditava em que ele dizia para mim.
- Eu te amo. Será que você não percebeu??
- Você não pode me amar. Não gosta de alguém feio e anormal como eu. E aliás, você é machão e eu sou apenas o "veadinho" que você disse. - dizia eu querendo soltar de seus braços.
- Mesmo eu te humilhando, sinto algo de especial por você. Quero estar perto de você, te segurar em meus braços e te proteger.
- Não. Não pode me amar. Você deve valorizar sua namorada. Não quero ser nada de você e não quero acabar com a sua imagem.
- Aquela piranha, nunca foi minha namorada. Sempre quis dar pra mim. Mas, eu só tenho olhos pra você. - ele disse aproximando seu rosto no meu, quase me beijando e eu o olhava nervoso e com o coração batendo a mil, queria sair dali a qualquer custo.
- Deixa eu sair. Tá tarde, meus pais devem estar preocupados por eu não ter chegado.
- Fodam se eles. Quero só você. - e ele deu um selinho em minha boca e eu queria aquilo ali, mas dei um tapa na tua cara e sai de seus braços, peguei minha mochila e fui embora.
- Desculpa. Não queria te bater. - disse saindo correndo, indo em direção ao bicicletário, e saindo pra casa sem olhar para trás.
Fui embora chorando, arrenpendido de ter dado um tapa em sua cara e ter saído daquele jeito.
Entrei em casa, e meus pais não perceberam o estado emicional que eu estava.
Chorei a noite toda e foi uma noite de sono sem dormir e sem descansar a mente.
Amanheceu e fui tomar um banho e lavei bem o rosto, me arrumei e fui para a escola.
Entrei na sala e a primeira pessoa que encontro era ele.
- Bom dia. - ele falou seco para mim.
- Bom.... Bom...dia - gaguejei ao retribuir e sai o mais rapidamente possível dali.
E fui para uma arqui bancada velha da quadra de basquete, e fiquei tentando me controlar e comecei a ter vários motivos de ele estar fazendo aquilo comigo.
Pensei que fosse mais uma de suas humilhações ou que ele realmente me amava de verdade.
Em meio a esses pensamentos vi ele me encarando do outro lado da quadra velha e acabada.
E sai de lá e fui para a sala, pois o sino tinha batido.
E fiquei na aula até o intervalo, e sai primeiro para não ficar ali na sala com ele.
Queria acabar com aquele sentimento de paixonite aguda, e esquecer ele de vez e tirar de meu coração aquele sentimento enraizado.
Fui para o refeitório, peguei meu lanche e sentei me na mesa e o vi com outra garota. Ele abraçado com ela a beijando. Perdia a fome na hora peguei o lanche e joguei fora.
- Olha o Veadinho! - ele gritou e dei as costas para ele e sai chorando para o banheiro. Lavei meu rosto e sequei com uma toalhinha minha e quando virei para sair ele estava na porta, levei um baita susto.
- Por que saiu daquele jeito do refeitório agora?
- Me deixa em paz. Vê se me esquece.
- Não posso. Você me fez sentir amor e desejo. Mesmo, sendo desse jeito, não me importo com a sua aparência. Amor não têm beleza, nem cor, raça ou sexo. - ele disse pegando na minha nuca e eu senti me arrepiar o corpo e agarrar ele ali mesmo. Mas, alguém podia chegar e eu me afastei dele e fui para fora, indo a sala de aula.
Quase chorei no caminho, no entanto me controlei e sentei me na cadeira e assisti a aula até bater o sino e dar a hora de ir embora.
Peguei minha bicicleta, e lara casa voltei.
Fiquei pensando nele o dia todo, em seu corpo, no momento em que ele pega em minha nuca e acaricia ela e meus cabelos, cheguei ae excitar só de pensar.
Nunca na minha vida havia me masturbado, mas aquela foi a primeira vez. Enquanto isso acontecia, ficava pensando em nosso beijo, da forma que ele me pegou pelo braço e o seu corpo malhado e todo suado, quando jogava futebol.
Cheguei até sonhar com ele chegando em meu quarto e dormindo comigo de conchinha e bem agarradinho comigo.
Literalmente meu corpo queria ele, mas meu coração queria seus sentimentos.
Ele dava uma de machão na frente de seus amigos, mas me amava. Uma pessoa igual eu ninguém se interessa por mim, um jovem que tem uma marca na testa. Mas, como eu consegui fazer alguém se apaixonar por mim e depois me amar verdadeiramente?
Isso eu me perguntava todo dia.
Acordei e vi que meu pau estava duro, estava sonhando com ele e mais um dia estudando ao seu lado na sala de aula.
Hoje ele estava lindo, com o uniforme de malha fina que ficava justo em seu corpo, mostrando seu belo peitoral e uma calça moletom cinza, com um tênis da Nike de sair.
Não prestei atenção na aula, fiquei o tempo todo olhando para ele, eu estava realmente amando e sendo atraído por ele.
- Alguma coisa de errado Alessandro?? - ela viu que eu não estava olhando para ela.
- Não professora. Nada de errado.
- Deve tá pensando no macho dele. - ele falou aquilo e toda a minha sala riu.
- Pare com isso! E preste atenção! - ela gritou e me assustei.
Ela explicou e passou uma porrada de tarefas no quadro e disse, que era pra fazer em dupla.
E ele veio me pedir pra fazer a tarefa juntos.