Padre: - A vida é muito curta para algumas pessoas. E para o jovem Cristovão a vida infelizmente não foi longa, mas tenho certeza que ele alcançou a todos com seu carisma, seu sorriso e por ser um lutador. É nesse momento que vemos meus amados... em pequenos gestos que vemos a grandeza de Deus. (acenando com a cabeça para os coveiros)
Thiago: - Eu não acredito nisso. Ele era tão pequeno.
Ludmila: - A vontade de Deus nunca é ruim Thiago.
Thiago: - Eu sei disso, mas...
Ludmila: - Eu te entendo. (celular tocando)
Thiago: - Não vai atender?
Ludmila: - Não é ninguém importante. (olhando no visor e vendo a ligação de Alison)
Suzana: - Meu ano não poderia terminar pior. (limpando as lágrimas com um lenço rosa)
Kim: - Precisamos ter força amiga.
Suzana: - Kim. Preciso me desculpar... por ter sido tão idiota com você... desde sempre. (abraçando Kim)
Sim. Como disse o Padre, nos pequenos gestos podemos ver Deus. Suzana sabia que durante muito tempo não havia sido uma boa pessoa e tentava consertar os seus erros, do jeito dela é verdade. O coitado do Cesar parecia arrasado, mas por um lado ele poderia viver livremente agora. Ele poderia ser jovem.
Hélio: - Olá dona Leila. Meus pêsames.
Leila: - Obrigada Hélio. (abraçando Hélio) – Olha quero muito agradecer ao Thiago. Sei que ele passou por momentos difíceis, porém sempre se manteve forte. E nos últimos momentos do Cristovão... ele... ele.... (chorando)
Hélio: (abraçando Leila) – Tudo bem. Pode chorar.
Leila: - Eu me sinto até que aliviada Hélio. Sei que parece algo horrível de se falar e...
Hélio: - Sei como é. Minha esposa teve câncer e nós lutamos muito, mas tem uma hora que a morte parece ser a saída mais fácil.
Leila: - Verdade. O Cristovão era novo demais e havia passado por muitas provações. (limpando o rosto) – Agora é juntar os cacos e seguir.
Hélio: - Qualquer coisa... qualquer coisa mesmo... pode procurar a mim ou meus filhos.
Elizabeth acompanhava meu pai no enterro e ficou comovida com as palavras dele. A cada minuto que passava, ela sentia-se mais apaixonada por ele. E muitas vezes ficava com medo deste sentimento. Naquela tarde chegamos em casa e cada um subiu para o seu quarto. Chorei bastante e acabei adormecendo em cima de vários livros. Acordei de madrugada e desci para tomar água. Encontrei Gustavo tomando leite quente.
Thiago: - Tem espaço para mais um?
Gustavo: - Claro senhor. Você prefere um cappuccino ou uma vaca malhada (bebida do Grand Prix)?
Thiago: - Olha decisão difícil. Vou querer... uma vaca malhada é claro.
Gustavo: - Uma vaca malhada saindo.
Conversamos bastante naquela manhã. Rimos, choramos e até discutimos sobre o gosto da paleta mexicana.
Gustavo: - Já tá de dia. Sorte que hoje não tem aula.
Thiago: - Vou dormir.
Gustavo: - Boa noite. (rindo) - Digo. Bom dia.
Thiago: (levantando os braços) – Bom dia.
Gustavo: - Thiago...
Thiago: - Oi?
Gustavo: - Apesar de tudo. Estou feliz que a gente se tornou amigos e provavelmente irmãos.
Thiago: - Eu também. Eu também.
Naquele final de semana fizemos um mutirão na casa de Dona Maria. A gente decidiu fazer as festas de final de ano lá. Então, como faltavam um mês para o grande dia decidimos nos apressar. Cada um ajudou de sua forma.
Suzana: - Não Bruno. Mais para a esquerda. Dois centímetros. Isso. Viu como não foi difícil.
Bruno: (limpando a testa) – Claro. Muito simples.
Suzana: - Agora aquelas pedras de concreto. (apontando para a direita e rindo) – Brincadeira. Calma.
Thiago: (capinando os matos do terreno) - Droga. (parando e balançando as mãos)
Cesar: - Tudo certo?
Thiago: - Ainda dói. (arrumando os braceletes)
Esqueci de contar. Por causa do incrível plano do Renato, fiquei com duas grandes cicatrizes nos meus pulsos. Eu tive que usar dois braceletes de pano, para cobrir por um tempo. Depois acabei me acostumando.
Gustavo: (ajudando Bruno a carregar um pedaço de madeira) – Vamos lá.
Bruno: - Nada de você se resolver com o Thiago?
Gustavo: - Cara eu tentei, mas ele prefere que a gente fique no status de irmãos.
Bruno: - Eu sofri muito também por causa da Kim. Tive coragem ao ver vocês dois.
Gustavo: - Vocês formam um belo casal. Você tem muita sorte.
Suzana aproveitada o dia para.... pegar sol. Sim. Enquanto todos ajudavam, a minha amiga loira decidia ficar mais morena, ou no caso dela... mais vermelha. De repente ela observa alguém escondido atrás do muro. Minha amiga levanta, pega uma mangueira e joga em cima do intruso.
Suzana: - Quem é você?!
Daniel: - Droga. Droga. (limpando a câmera)
Suzana: - Sei lutar quatro estilos de lutas diferentes.
Daniel: - Olha o que você fez!
Suzana: - Querido isso se chama auto defesa. Não gostou? Então deveria ficar longe da propriedade alheia. (assoprando na mangueira)
Daniel: - Você... é... você é...
Suzana: - Suzana. Prazer. E você?
Daniel: - Me chamo Daniel Ramos.
Suzana: - E o que você estava fazendo atrás da cerca?
Daniel: - Nada.
Suzana: - Vou ligar a mangueira na velocidade tsunami e você vai dar adeus a essa câmera.
Daniel: - Não. (protegendo a máquina fotográfica) – Eu sou repórter do site O Diário.
Suzana: - Você? Repórter? (risos) – Você tem que idade? 12?
Daniel: - Tenho 18. Acabei de entrar na faculdade de jornalismo. Ok. Sou estagiário e.... porque mesmo estou dando satisfação da minha vida para você?
Suzana: - Porque estou preste a ligar para a polícia e dizer que alguém tentou invadir minha propriedade.
Daniel: - Essa casa nem é sua.
Suzana: - A polícia não precisa saber disso. (pegando o celular)
Daniel: - Ok. Estou aqui para tirar fotos do Thiago. A minha chefia precisa de fotos atualizadas dele.
Suzana: - Que vergonha. Escuta só garoto. Vou falar uma única vez. (colocando a mão no rosto) – VAZAAAA DAAAQUIIII!!!!!!! (gritando com voz histérica)
Daniel: (correndo)
Bruno: - Suzana. O que aconteceu? A gente ouviu um grito?
Gustavo: - Tá tudo bem?
Thiago: - O que houve?
Ludmila: - Gente que gritaria é essa?
Suzana: - Acho que vi uma barata. (sentando na cadeira) – E vocês? Não deveriam estar trabalhando.
Ludmila: - Só fico calada, pois, o pai dela vai bancar toda a festa. (indo tirar teia de aranha) (celular toca) – Alô?
Alison: - Oi, amor. Tentei falar com você a semana toda. Escuta. Estou voltando hoje para a cidade. Soube que o Cristovão faleceu...
Ludmila: - É.
Alison: - Emprestei o celular do meu primo. Escuta. Eu te amo. Estou morrendo de saudades.
Ludmila: - Eu também.
Ao desligar, Ludmila salvou o número em seu celular e abriu o whatsapp. A foto que apareceu era de uma mulher de aproximadamente 45 anos.
Ludmila: - Filho da puta. (largando a vassoura) – Suzana!!!!
A gente terminou toda a parte de limpeza. A dona Maria decidiu fazer um almoço especial para a gente. E realmente estava. Fiquei babando em cima da comida.
Dona Maria: - Quero dizer que hoje é dia de alegria. Quando o Lúcio me deixou fiquei arrasada e quase deprimida. Mas ele não me desamparou e me entregou sete netos maravilhosos. Eu quero fazer um brinde. (levantando um copo d’água) – Para que a amizade de vocês sempre permaneça. Sei que haverão dias que todos se odiarão, mas lembre-se de hoje. Nos momentos de dificuldade recorde desse almoço, pois, aqui existe muito amor e muito carinho. Obrigado.
Todos: - Saúde.
Na segunda-feira, o Gustavo amanheceu gripado e ficou em casa. Aproveitei a aula da professora Samira para conversar com meus colegas.
Thiago: - Bom dia.
Todos: - Bom dia.
Thiago: - Como vocês sabem... eu passei por alguns perrengues recentemente. E acho que não agradeci muito a ajuda de vocês. Barbara, Goela, Jennifer, Célio, Natan que foram as pessoas com sangue compatível com o meu. Hoje estou aqui e sou aceito por todos. E por isso... gostaria de pedir a ajuda de vocês...
Comecei a falar do meu plano para os meus amigos e para a minha surpresa todos toparam. Na hora do intervalo, Ludmila e Suzana também tramavam o mal... literalmente.
Suzana: (ligando para Alison) (tossindo e mudando a voz) – Olá?
Alison: - Olá? Em que posso ajudar.
Suzana: - A amiga de minha prima falou sobre você garanhão.
Alison: - Claro gatinha. O que você manda?
Suzana: - Queria duas horas do seu serviço.
Alison: - São R$ 300.
Suzana: - Claro. Você me encontra no Hotel Ceasar, a partir das 19h. Estarei no quarto 345.
Alison: - Pode deixar. Anotado. Estou ansioso. (desligando o celular)
Ludmila: - Ele topou?
Suzana: - Tem certeza de que quer fazer isso?
Ludmila: - Tenho. Ele me fez de palhaça Suzana.
Suzana: - E se ele te ama, mas....
Ludmila: - Ei. Você tem que estar do meu lado. Ok.
Suzana: - Estou, mas ele te deu tantos presentes. Não estou falando apenas do material Ludmila. Ele se esforça de verdade. Tantas vezes ele me procurou com ideias românticas, pedindo a minha aprovação.
Ludmila: - Vou dar uma dura nele... ele vai se arrepender por ter mentido.
Suzana: - Ei. Eu conheço aquele poliéster de longe. Pera aí amiga.
Daniel: (tirando algumas fotos)
Suzana: - Me empresta a tua garrafa d’água. (praticamente tomando de uma moça no jardim da escola)
Daniel: - Onde será que ele está?
Suzana: (virando a garrafa em Daniel) – Dia bom para se refrescar.
Daniel: (Pulando por causa da água gelada) – Que porra. (olhando para o lado) – Tinha que ser a louca.
Suzana: - Se depender de mim você não vai ter uma foto do Thiago.
Daniel: - Sua louca. Olha só. Minha blusa nova.
Suzana: - Nova só se for no Japão. Esse tecido é de 2012.
Daniel: - Desculpa princesa do castelo. Ninguém tem um pai igual ao teu.
Suzana: - Hum. Você vai se retirar ou está difícil?
Daniel: - Se você falar com a minha tia.
Suzana: - Tia? Que tia?
Diretora Flora: - Posso saber o que está acontecendo aqui?
Suzana: - Diretora Flora. (abraçando a diretora) – Graças a Deus que a senhora está aqui. Esse vândalo... esse jornalistazinho morrom está tentando tirar fotos do Thiago.
Diretora Flora: - Isso é verdade Daniel?
Daniel: - Não tia... eu...
Diretora Flora: (puxando Daniel pelas orelhas) – O que a tua mãe falou sobre respeitar a privacidade do próximo... (levando Daniel para o outro lado)
Daniel: - Não tia. Espera. Você vai me pagar Suzana.
Suzana: (dando um tchauzinho bem gay e rindo)
Ludmila e Suzana. Suzana e Ludmila. Acho que essas duas nasceram para serem amigas. Elas chegaram cedo ao hotel e fizeram uma reserva. Suzana achou melhor não ficar e deu privacidade para a amiga. Alison chegou no horário marcado e subiu. Ele entrou no quarto e tirou o casaco.
Alison: - Gatinha? A gente tem um horário a cumprir.
Ludmila: - Temos mesmo Alison?
Alison: - Luh... eu... eu...
Ludmila: - Estou esperando uma resposta.
Alison: - Eu... como você....
Ludmila: - Tú acha que ia esconder isso de mim por quanto tempo?
Alison: (lagrimando) – Eu... eu sinto muito... eu...
Ludmila: - Você é um cínico. (saindo do quarto) – Nunca mais fala comigo.
Alison: - Espera. Espera!!! (caindo no chão, chorando) – Droga. Droga!
No dia seguinte cheguei cedo na escola. Andar por aqueles corredores ainda me davam calafrios, mas deveria seguir. E pela primeira vez em muito tempo estava empolgado com um projeto.
Daniel: - Thiago Vasconcelos. Quem diria. Estou te procurando a semana toda.
Thiago: - E você quem seria?
Daniel: - Daniel Gusmão. Sou repórter do...
Thiago: - Tudo o que eu tinha para falar... eu....
Daniel: - Qual é cara. Fala logo.
Thiago: - O que você quer saber? Como foi ser ameaçado? Apanhar sem poder me defender? Ser obrigado a cortar meus pulsos? Qual é a parte que você quer detalhes? Hein? (partindo para cima de Daniel)
Daniel: - Calma. (se defendendo)
Thiago: - Babaca. (batendo em Daniel) – Idiota.
Daniel: - Para!! Não!!!
Bruno: - Thiago. (segurando Thiago)
Thiago: - Eu vou acabar com você seu babaca!!! (chutando no rosto de Daniel)
Suzana: - O que está acontecendo aqui?!?
Kim: - Deus.
Bruno: - Cheguei e o Thiago tava batendo nesse cara.
Suzana: -O jornalista babaca.
Thiago: - Me solta Bruno. Eu mostro para ele que sei me defender.
Ludmila: - Gente? (correndo em nossa direção) – Nossa. Calma Thiago. O que houve?
Daniel: (levantando e limpando o sangue da boca) – Eu não sou babaca. Ok. Eu só quero saber o que aconteceu.
Thiago: - Você quer saber como eu estou? Realmente quer saber como estou me sentindo.
Ludmila: - Thiago. Vamos embora. (pegando no braço do Thiago)
Suzana: - Não vale a pena.
Kim: (pegando a mochila de Thiago) – Vamos.
Thiago: - Eu vou. Já que ele insiste tanto. Gente. Posso ficar um tempo sozinho com ele?
Suzana: - Não. Acho melhor não.
Thiago: - Por favor.
Ludmila: - Tudo bem. Não vamos para longe. (saindo com o resto da turma)
Thiago: - Então?
Daniel: - Quero que conte tudo. Para os leitores saberem o que é ser um guerreiro.
Thiago: - Guerreiro?
Daniel: - Sim. Você já viu o apoio para você nas redes sociais? Você é um exemplo para muitos jovens. E eles querem saber de você.
Thiago:
Essa é uma história que eu nunca contei
Tenho que tirar isso do meu peito para deixá-la ir
Preciso pegar de volta a luz de dentro que você roubou
Você é um criminoso
E rouba como se você fosse um profissional
Toda a dor e verdade eu uso como uma ferida de batalha
Tão envergonhado, tão confuso
Eu estava quebrado e machucado
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Lembrei do exato momento quando os socorristas chegaram no hospital. "Não vou morrer", foi o que pensei. Eu conseguia sentir o meu sangue escorrendo das minhas veias. A socorrista colocou algum material no meu pulso que prendeu o sangue, eu não conseguia respirar. Eles puseram a máscara de ar.
Daniel: - Nossa. (escrevendo)
Thiago: - Esses meninos não me querem como exemplo. Até agora só pisei na bola.
Daniel: - Você só queria ser amado. Isso é um erro?
Thiago: - Não. Não aos meus olhos. Por isso que até agora não desisti.
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Thiago:
Pois agora sou uma guerreira, agora tenho uma pele mais grossa
Sou uma guerreira, sou mais forte do que eu já fui
E a minha armadura é feita de aço, você não pode entrar
Sou uma guerreira
E você nunca poderá me machucar novamente
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Enquanto me esperava, Ludmila enfrentava seus próprios demônios. Alison chegou perto dela e pediu uma chance para explicar.
Ludmila: - Acho que os seus atos não precisam de explicação.
Alison: (pegando no braço de Ludmila) - Por favor.
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Ludmila: (empurrando Alison):
Fora das cinzas, estou queimando como um fogo
Você pode guardar suas desculpas
Você não é nada além de um mentiroso
Tenho vergonha, tenho cicatrizes que eu nunca mostrarei
Sou uma sobrevivente de mais formas do que você sabe
Porque toda a dor e verdade
Eu uso como uma ferida de batalha
Tão envergonhada, tão confusa
Eu não estou quebrada nem machucada
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Em casa. Ludmila queimou todas as lembranças que tinha de Alison. Fotos, presentes e as cartas. Ela queria tentar esquecer o namorado, mas o amava muito.
Ludmila: - Mentiroso. Eu... (chorando) - Você vai superar isso. Você vai.
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Ludmila:
Pois agora sou uma guerreira, agora tenho uma pele mais grossa
Sou uma guerreira, sou mais forte do que eu já fui
E a minha armadura é feita de aço, você não pode entrar
Sou uma guerreira
E você nunca poderá me machucar novamente
Thiago:
Há uma parte de mim que não consegue voltar
O garotinho cresceu rápido demais
Bastou uma vez, eu nunca vou ser a mesma
Agora eu estou pegando de volta a minha vida hoje
Não há nada que você possa dizer
Porque você nunca vai levar a culpa de qualquer maneira
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Thiago: - Tem algo que eu não contei para ninguém.
Daniel: - O que?
Thiago: - No enterro do Cristovão, meu amigo que tinha leucemia, visitei o túmulo do Renato.
Daniel: - Nossa. Deve ter sido forte...
Thiago: - Eu chorei muito. Na verdade fiquei com pena dele. Queria não ter feito o que fiz...
Daniel: - Foi legitima defesa.
Thiago: - E a mãe dele tava lá.
Daniel: - Nossa. E o que aconteceu?
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Thiago: Agora sou uma guerreiro, agora tenho uma pele mais grossa
Sou uma guerreiro, sou mais forte do que eu já fui
E a minha armadura é feita de aço, você não pode entrar
Sou uma guerreiro
Você nunca poderá me machucar novamente
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Neiva: - Perdoa meu filho. Por favor. Ele não tinha noção do que estava fazendo. (abraçando Thiago)
Thiago: - Eu não tenho raiva dele... mas.... (chorando)
Neiva: - Entendo meu filho. Eu só quero te pedir perdão. (de joelhos no chão)
Thiago: - A senhora não precisa. (se abaixando) - Eu não digo que perdoo o Renato, mas ao mesmo tempo acho que a senhora não merece passar por isso. Sinto muito. (saindo correndo)