Eu uma típica menina do interior passei no vestibular de arquitetura UFPE, aquilo pra mim era um sonho, estudar numa universidade pública e fazendo o curso que tanto queria.
Primeiro dia de aula, abro meu guarda roupas e procuro minha melhor roupa... lembrei que tinha comprado aquele vestidinho preto básico que com um saltinho ficaria perfeito pra receber o tão famoso e esperado trote. Então desço, pego a chave do meu carro e parto rumo a minha aula, quando desço do carro eu acabo quase sendo atropelada por uma moto e acabo caindo machucando meu joelho, logo uma morena cabelos lisos e olhos castanhos tira o capacete e tentando me levantar eu estava com ódio daquela mulher logo no meu primeiro dia já estou com os joelhos ensanguentados eu não aguentei e acabei xingando ela por uns cinco minutos. ela só me olhava com um sorriso sarcástico e aquilo me deixava perturbada, depois de tanto xingar, ela pergunta: já posso lhe ajudar ou você vai passar o dia me xingando?
Ela me puxa e eu acabo abraçando-a e, rapidamente larguei-a tentei andar sozinha, quase caio novamente. Então, ela coloca meu braço em seu pescoço e me leva pra enfermaria da universidade. Enquanto a enfermeira fazia o curativo ela continuava com aquele sorrisinho que me tirava do serio.
Ela pergunta: Caloura?
Respondi que sim só balançando a cabeça, não queria papo com essa maluca... como pode estragar meu grande dia desse jeito? Minha vontade era de pular no pescoço dela e arrancar aquele sorriso idiota.
Saímos da enfermaria, já conseguia andar sozinha, com certa dificuldade, mas qualquer coisa era melhor que continuar com essa maluca do meu lado, então agradeci e disse que dali já me virava sozinha. Ela tentou falar algo q não entendi bem pois já tinha me virado pra ir embora. Minha raiva era tanta que se quer lembrei que estava a uns dois quilômetros de onde seria minha aula... puts! já não bastasse estar manca, ainda teria q andar no sol escaldante e descalça pois n conseguia colocar o salto novamente. Ah, eu queria matar aquela menina. Depois de muito sacrifício consegui chegar ate meu carro, lembrei que la tinha um chinelinho, prontamente calcei e fui pra minha tão sonhada aula, toda suada e descabelada, mas minha vontade de estar naquela sala de aula era tanta que nem lembrei mais do acontecido. Ate a hora do trote...
Não podia ser... ela de novo não!
Cinco pessoas entram na sala interrompendo a aula, porém meus olhos só enxergavam aquela q estragara meu dia q seria perfeito... ela novamente com aquele sorrisinho sarcástico no canto da boca... minha mente só fazia xinga-la de todas as formas possíveis, que nem prestei atenção que todos já haviam saído da sala pra acompanhar o grupo. Quando sinto uma mão em meu ombro e uma voz suave chamando-me pra acompanha-los, quando levanto a cabeça era a dita cuja...
- ola caloura, temos que ir, ou precisa de ajuda novamente?
Aaaaah, meu sangue ferveu e pra não meter a mão na fuça dela levantei-me depressa e fui encontrar o restante da turma..
