O ACOMPANHANTE - Parte VII
Agora estávamos no quarto, eu e a morena taxista. E ela, mais uma vez, ajeitando meu curativo. Ainda estava encabulada. Perguntei seu nome, pois ainda não mo dissera.
- Magda - respondeu ainda sem me olhar nos olhos - e o seu é Adriano, não é? Vi em seus documentos.
Suspirei aliviado. Significava que não haviam levado minha carteira com os documentos. Perguntei se haviam deixado também meu celular. Ela respondeu que sim. Olhei para o relógio afixado numa das paredes do apartamento. Quase nove da manhã. Pedi a Magda que trouxesse o meu aparelho telefônico, pois precisava fazer uma ligação. Ela o trouxe junto com minha carteira. Pouco depois, Roxane atendia:
- Agência de Acompanhamentos, Roxane Santos falando, bom dia.
Sua voz ficou aflita quando reconheceu a minha. Disse que três homens estiveram na agência logo cedo, imobilizaram-na e reviraram todo o escritório à procura de uma agenda. Perguntou se eu estava bem. Falei que esses mesmos homens haviam roubado meu carro e me esfaqueado, mas que eu já estava fora de perigo. Choramingou preocupada e eu fiquei feliz por ela expressar carinho por mim. Tranquilizei-a quanto ao meu estado de saúde e pedi que ela fotografasse o escritório e ligasse para a polícia. Esperasse que os policiais vistoriassem a agência e depois fosse embora. Não precisaria voltar a trabalhar até que eu resolvesse aquela situação. Agradeceu, ainda soluçando de chorar. Aí, lembrou-se de que trouxera as chaves da minha casa consigo e que os sujeitos haviam-nas levado também. Eu expliquei que o condomínio tinha uma cópia para emergências, que ela não se preocupasse com isso. Então, me deu o relatório do dia anterior: havia conseguido receber o cheque da coroa Carolina, que estava sem a assinatura. Havia, também, estado lá uma moça de uns vinte anos, à minha procura. Esta fez uma série de perguntas sobre mim e a agência, me esperou por mais de duas horas, depois foi embora. Disse que se chamava Silmara, mas não apresentou nenhum documento e nem disse a que veio. Só queria falar se fosse comigo. Eu não conhecia nenhuma Silmara, mas acreditei tratar-se da filha de Carolina.
Desliguei o celular e perguntei por minhas roupas a Magda. Ela foi até a área de serviço do apartamento, mas voltou de mãos vazias. Disse que as pusera para lavar e ainda estavam ensopadas. Quase implorou para que eu ficasse mais um pouco, ao menos até que as roupas secassem. Depois, ela me levaria à minha residência. Não quis decepciona-la. Concordei em ficar. Ela me beijou nos lábios tão efusivamente que meu pau ficou ereto de novo. Deu um beijinho de leve nele, mas não continuou o carinho. Disse, de repente, que tinha um passageiro para levar até a rodoviária, pois havia contratado a corrida desde a noite anterior, e que logo voltaria. Era o tempo de minhas roupas secarem. Recomendou que eu não abrisse o quarto da cunhada doida por motivo nenhum e foi embora apressada. Nem se despediu direito de mim.
Nem bem ouvi a porta bater e a chave girar no trinco, a doida começou a gritar do quarto onde estava trancada. Pedia que eu a soltasse. Dizia que eu estava em perigo. Respondi que não iria soltá-la e que ela esperasse a cunhada voltar. Ela insistiu em afirmar que era tão prisioneira quanto eu e que Magda não era sua cunhada. Eu não acreditei em uma só palavra do que disse. Aí, ela pediu que eu ligasse a secretária eletrônica do telefone do apartamento e voltasse as mensagens gravadas. Fiquei curioso. Fiz o que ela sugeriu e tomei um susto.
- MAGDA, A ENCOMENDA ESTÁ CAÍDA À BEIRA DA ESTRADA, NO TRECHO QUE COMBINAMOS. VÁ LÁ E LEVE-O PRO SEU APARTAMENTO. CUIDE DELE, TORNE-SE SUA AMIGA E ARRANQUE A INFORMAÇÃO DE ONDE SE ESCONDE A CADELA SAFADA. DEPOIS, PODE MATA-LO - dizia uma voz grave ao telefone. Reconheci-a como sendo do líder dos sujeitos que me esfaquearam.
Arrepiei-me todo. Estava claro que a morena taxista estava mancomunada com eles. Havia algo acontecendo que eu não sabia bem o que era. Até então, eu acreditava que tudo era por causa do meu relacionamento com a loira traíra Márcia. Agora, tinha uma agenda que era procurada até no meu escritório. Lembrei-me dos bancos do carro, rasgados e manchados de sangue, onde eu havia acordado no início da noite anterior. Se era sangue da loira, ela havia escapado, apesar de esfaqueada como eu. Se ainda procuravam por ela, decerto perderam seu rastro. Menos mau. Eu tinha que encontrá-la. Resolvi soltar a doidinha.
Quando abri a porta do quarto, cuja chave estava enfiada na fechadura pelo lado de fora, tive uma grata surpresa. Eu ainda não tinha botado meus olhos na doidinha, pois ela havia me vendado quando fez sexo comigo. A negra que estava à minha frente era belíssima. E tinha um corpo escultural. Quando atirou-se em meus braços, chorando e agradecendo por eu tê-la soltado, senti seus seios duríssimos tocando em meu peito nu. Como eu estava totalmente despido, ela logo notou minha excitação. Sorriu maliciosamente, olhando-me nos olhos.
Beijou-me os lábios carinhosamente, como nenhuma louca faria. Depois foi descendo com a boca, lambendo meu pescoço, beijando meu peito, meu tórax e, finalmente, descendo até meu cacete pulsante. Aspirou profundamente o cheiro do meu sexo, antes de metê-lo na boca. Teve o primeiro orgasmo só pelo prazer de chupá-lo - o que fez maravilhosamente bem. Eu nunca havia sido felado com técnica semelhante. A "doidinha" me levava à loucura com sua boca suave e quente ao mesmo tempo. Mas pediu que eu não ejaculasse ainda. Queria sentir minha pica em sua vagina.
Eu disse que não podia fazer muito esforço, então ela me levou de volta à cama. Deitou-me suavemente e procurou algo para me vendar. Disse que sentia vergonha de trepar com alguém a olhando. Negou, quando perguntei se tinha vergonha do próprio corpo. Falou que perdia o controle dos próprios atos, por isso temia que o companheiro a interpretasse mal. Aceitei que vendasse meus olhos. Depois, senti seu corpo se encaixar no meu, de cócoras e de frente para mim. Mordiscou meus mamilos, me beijou fragorosamente os lábios, sem machucar. Em seguida, empreendeu um galope suave, com meu pau dentro da sua xana. Aos poucos, foi dando mais velocidade aos movimentos, gemendo alto. Senti seu líquido derramar-se abundantemente em meu colo. Aí entrou em um frenesi compulsivo, urrando de prazer. Levei uma das mãos à venda e destapei um dos olhos. Seu rosto estava contorcido em uma careta horrenda, mistura de dor e prazer. Pouco depois, ria como uma louca, tendo orgasmos múltiplos, um após outro. Seu rosto agora estava sereno, expressivamente belo. Cada gozo era como se fosse uma dádiva para si. Agradecia em voz alta aos céus por, finalmente, conseguir completar o primeiro coito não-interrompido que tinha, depois de ter sido sequestrada.
Como o meu gozo não havia despontado ainda, fiquei a olhar para a expressão de prazer e luxúria estampado no rosto da linda negra. Ela exultava de olhos fechados, rebolando suavemente na minha pica, acocorada sobre meu pau, aproveitando cada momento da foda. Levei ambas as mãos aos seios duríssimos que quase furavam a blusa de tecido fino que usava. Ela desvencilhou-se da blusa, pois estava nua da cintura para baixo. Massageei suavemente seu peitos, toquei-os com a ponta do dedo indicador os mamilos, fi-la ficar toda arrepiada. Então, finalmente explodimos em um orgasmo longo e prazeroso. Ela deu um urro medonho, voltando a crispar o rosto numa careta apavorante, como se estivesse tendo um infarto. Desabou de cima de mim, caindo ao meu lado, por pouco não resvalando para o chão. Suspirou profundamente e fechou os olhos, como se estivesse caído num sono profundo com um sorriso nos lábios.
Fim da Sétima Parte