As voltas que a vida provoca IX

Um conto erótico de jornalista77
Categoria: Heterossexual
Contém 2509 palavras
Data: 07/08/2015 17:46:11

As palavras de Aloísio na noite de sexta-feira, sobre Alexandre, não saíram da cabeça de Juliana durante o final de semana. Ela sabia o que ele queria, sexo, e, no fundo, ela também queria, porém decidiu que iria mudar um pouco as regras daquele jogo. Não seria mais apenas como ele determinasse. Seu namoro com Fred não existia mais, ao menos na prática, e ela passou a se considerar solteira. Com essas ideias na cabeça, se levantou da cama na manhã de domingo, colocou uma roupa de ginástica e foi dar uma corrida na praça do seu bairro. Fazia tempo que ela não se exercitava. Uma hora depois, o máximo que seu físico aguentou, resolveu voltar para casa. Ao passar na frente de um prédio comercial, ouviu um assobio e alguém a chamando. Se virou e viu Beto, um jovem mulato de uns 27 anos, forte, cabelos nos ombros com penteado em dread e que ela conhecia há alguns anos. Foi até ele. - Oi, Beto. Tá pensando que eu sou cachorro para ficar assobiando? - brincou, fingindo estar ofendida. - Que é isso, princesa, jamais. Só fiquei feliz e surpreso por ver você aqui tão cedo. Uma coisinha linda como você deveria estar na cama uma hora dessas - disse ele, usando a palavra cama com duplo sentido. - Fui dar uma corridinha na praça e agora estou indo para casa. Preciso manter a forma - disse. - Pra mim, você nunca perdeu a forma. Por que você não entra um pouco e bebe uma água, descansa? - convidou. Juliana sabia que o convite era uma desculpa para tentar pegá-la, mas, ao contrário das muitas outras vezes que ele tentou e ela recusou, desta vez decidiu aceitar e entrou.

Beto a levou até um quartinho onde ele dormia e disse que iria buscar a água. - Se você tiver cerveja, eu prefiro - disse ela, fazendo Beto parar e olhar para ela surpreso com sua declaração. Logo em seguida, sorriu e foi buscar a cerveja, trazendo duas. - Não sabia que você bebia - falou, lhe dando a latinha. - Você não sabe nada sobre mim, Beto - respondeu Juliana com um sorrisinho enigmático. Beto nunca escondeu a atração que sentia por ela. Já havia tentado seduzi-la inúmeras vezes, mas ela jamais lhe dera chance, sempre dizendo que tinha namorado e que era fiel. Agora, ela estava ali, em seu quarto, tomando sua cerveja, suada, dizendo coisas que poderiam ser interpretadas como flerte. - Nunca estive aqui - disse ela, passeando pelo cômodo e olhando a decoração. Beto a abraçou por trás. - Você nunca veio porque não quis. Eu te convidei várias vezes, mas aquele seu namoradinho sem graça atrapalhava sempre. Aliás, o que ele vai dizer se souber que você está aqui? - perguntou em seu ouvido. - Não sei. Nós terminamos - respondeu em um sussurro. - Vocês terminaram? Por quê? O que aconteceu? - Beto a bombardeou de perguntas e fez Juliana se virar de frente pra ele. - Há anos, você me convida para conhecer seu quarto. Agora que estou aqui, você só faz me encher de perguntas? - falou desafiadora, enlaçando o pescoço dele. Beto a puxou pra si pela cintura e começaram a se beijar. Ele a abraçava forte e a prendeu contra o guarda-roupa, erguendo-a do chão. Ficaram muitos minutos se beijando e degustando os lábios um do outro.

Juliana tirou a blusa dele e acariciou seu peito forte e moreno, beijando e passando a língua pela pele suada. Se ajoelhou, abriu a bermuda e tirou seu pau para fora. Era bem grande e grosso, escuro, com a cabeça arroxeada. Ela o segurava com ambas as mãos e lambia a cabeçorra, beijava e sugava. Lambia o corpo do pau, o esfregava em seu rosto e acariciava o saco, voltando a chupar a cabeça. Ficou nessa sequência por um tempo até Beto fazê-la parar, pois não queria gozar ainda. A levantou, voltaram a se beijar e começou a tirar a roupa dela, lentamente. A colocou no colo e a levou para a cama. - Meu Deus, nem acredito que meu sonho tá se realizando - disse ele. - Vem aqui que vou te mostrar que é verdade - respondeu Juliana, esticando os braços na direção dele. Beto se deitou por cima dela e voltaram a se beijar. Em seguida, ele passou a beijar o pescoço dela, seus ombros e seus seios, mamando deliciosamente os dois. Juliana gemia baixinho e empurrou sua cabeça para baixo, indicando o que ela realmente queria. Beto entendeu e se colocou entre suas pernas. Sentiu seu cheiro maravilhoso e envolveu seus lábios grossos no grelinho dela, começando a chupar com muito gosto. Ela era saborosíssima e Beto enfiava a língua, beijava os grandes lábios e sugava forte. Juliana se retorcia na cama e gozou. O puxou para cima novamente e o beijou. - Me diz que você tem camisinha - disse ela. Beto deu um pulo da cama na direção do criado-mudo e pegou uma. Ela o deitou de costas, colocou o preservativo com a boca e se sentou no seu pau. Ele deslizou macio para dentro dela. Os dois gemeram de tesão e Juliana, apoiada no peito dele, se mexia igual a uma cobra, pra cima e pra baixo, rebolando e apertando o cacete dentro dela. Beto a apertava, brincava com seus seios e não se controlou. Antes que ela pudesse ter seu orgasmo, Beto gozou, enchendo a camisinha de esperma. - Que gozada foi essa, caralho. Você é maravilhosa - disse ele, deitando-se por cima dela. "É, nem todo homem pode ser um Alexandre. Mas, vou te ensinar a comer uma mulher", pensou Juliana, acariciando os cabelos dele.

No dia seguinte, Juliana foi trabalhar e sua chefe lhe disse que ela precisaria ir ao escritório de uma cliente, uma advogada, que estava procurando uma casa para alugar. Juliana deveria discutir com a cliente o tipo de casa que ela procurava e apresentar algumas opções, trabalho típico de um corretor de imóveis. Chegou ao prédio comercial por volta das 16 horas e subiu ao 15o andar. - Com licença, estou procurando a doutora Monique Honório. Sou da corretora - disse ela à secretária. A jovem disse que doutora Monique estava lhe esperando e que podia entrar. O escritório era lindo, simples, mas muito bem decorado. Uma voz meio abafada saiu do banheiro, pedindo que esperasse um pouco e ficasse à vontade. - Desculpe a demora. Sou Monique Honório - disse a voz atrás dela, fazendo Juliana se virar e quase ter um enfarto. - Butterfly - disse ela em estado de choque. - Como disse? - perguntou a advogada. - Eu conheço você... quer dizer, eu já vi você antes. Você usava máscara, sua voz estava diferente, mas seus olhos... nunca esqueci seus olhos. Você é a Butterfly, a prostituta que fez aquele cara gozar lendo pornografia para ele, tenho certeza - falou Juliana com uma segurança que deixou a advogada sem meios de desmentir. - E você gostou da minha performance? - perguntou com a voz sensual que Juliana lembrava. - Adorei. Tive um orgasmo fabuloso naquele dia. Meu amigo pensa que foi por causa dele, mas eu estava hipnotizada pelo seu olhar, pela sua voz. Era como se você contasse a história para mim e não para o cliente. Foi incrível - Juliana estava embevecida, seu corpo tremia e as lembranças daquela noite voltavam como um furacão. - Obrigada. Se eu soubesse que havia uma fã tão adorável me assistindo, com certeza eu teria tido uma performance ainda melhor. Quem sabe eu não poderei ler para você algum dia?

Butterfly, ou Monique, como parecia ser seu nome verdadeiro, convidou Juliana para uma mesa onde poderiam ver as ofertas de casas que ela trouxera. Ofereceu um chá e a garota aceitou mesmo sem gostar tanto da bebida. Monique pediu a sua secretária que providenciasse um chá de gengibre e canela para ambas. - Você vai adorar, garanto - disse. Sentaram uma ao lado da outra e Juliana abriu seu notebook, começando a mostrar as casas. Mas, antes, perguntou pelo que ela estava procurando. - A casa é para meu pai. Ele sofreu um derrame e está vindo morar aqui na cidade. Não precisa ser muito grande, dois quartos, sala e cozinha, mas queria que fosse aqui perto do escritório - explicou. Juliana, então, fez uma pesquisa e listou algumas possíveis candidatas. Nesse momento, chegou o chá e ela deu o primeiro gole. - Que chá gostoso e o cheiro é uma delícia - disse ela. - Eu sabia que você ia gostar - respondeu Monique. O chá era afrodisíaco, mas ela manteve esse detalhe de fora da conversa. Continuou olhando as fotos das casas e Juliana bebendo o chá inocentemente. - Você foi me ver somente uma vez? - perguntou Monique de repente. - Só... só uma sim. Um amigo me levou - respondeu meio sem jeito. - E esse seu amigo é seu amigo mesmo ou algo mais? - perguntou novamente. - Não... a história é comprida - falou Juliana com um sorriso amarelo. - Eu tenho tempo, borboletinha - disse Monique, fazendo um leve carinho nos cabelos de Juliana. - Na verdade, ele é chefe do meu namorado, ou ex-namorado. Um dia, eu vi meu namorado na cama com outro homem e o chefe dele começou a me seduzir e eu cedi. Eu pensei que ele pudesse vir a se tornar algo mais, porém ele só queria mesmo me seduzir e me levar pra cama - contou Juliana com ar meio triste. Monique abraçou seu rosto e lhe deu um beijo suave e carinhoso na bochecha. Em seguida, puxou seu rosto para olhar pra ela. - Não faz essa carinha. Há muito tempo, passei por algo semelhante. Me envolvi com alguém que só queria se aproveitar de mim. Sofri bastante, mas aprendi a não confiar neles. Passei a tirar somente o que eu precisava e nada mais. Eles não sabem dar valor a um anjinho lindo e doce como você - a voz suave e os olhos de Monique novamente hipnotizavam Juliana.

O chá começava a fazer efeito e a garota sentia-se estranha, um calor inexplicável para uma sala bem refrigerada. Além disso, a voz de Butterfly no seu ouvido e a coxa dela roçando levemente na sua por baixo da mesa. Juliana queria terminar logo e ir embora, mas também queria ficar o máximo que pudesse. Essa mistura de sensações e sentimentos a deixava angustiada. Ela nunca tinha sentido nada por mulher alguma, mas Butterfly não era uma mulher qualquer e lhe causava coisas novas. Quando já escurecia lá fora, finalmente, escolheram três casas que seriam visitadas depois. Assim, Juliana arrumou suas coisas e pegou o celular para chamar um táxi quando Monique disse que não precisava, pois a levaria. - Não precisa, eu vou de táxi. A corretora já fez o acordo com a empresa para vir me buscar. Mas, eu agradeço - disse ela. - Então, me permita lhe acompanhar até lá embaixo - pediu e Juliana aceitou. Saíram do escritório e uma surpresa: os elevadores estavam parados por uma pane no sistema de controle do prédio. Teriam de descer os quinze andares a pé. Juliana não gostou nada da ideia, mas não havia outra solução. Era isso ou ficar lá por tempo indefinido.

Começaram a descida, mas o sedentarismo dela logo foi sentido. No oitavo andar, Juliana precisou parar com câimbras em sua panturrilha. Sentiu muita dor e foi amparada por Monique, que a ajudou a se sentar no chão. - Calma, borboletinha, não se esforce - disse ela. Monique tirou a sandália de Juliana e começou a alongar suas pernas. Depois, iniciou uma massagem na panturrilha, relaxando a musculatura aos poucos e fazendo a dor ir embora. O toque de Monique era delicioso, leve e muito gentil. Suas mãos deslizavam pela pele de Juliana, indo do tornozelo até as coxas. Já não havia mais dor, porém estava muito gostoso e Juliana não pediu para parar. Com a saia erguida e as pernas levemente abertas, Monique acabou vendo a calcinha azul clarinho que Juliana usava. - Adoro essa cor - disse com um sorriso. Envergonhada, Juliana tentou se levantar e Monique a ajudou, segurando-a pela cintura contra a parede. - Acho que já posso continuar. Obrigada pela massagem - disse Juliana. - Tem certeza de que não quer descansar mais um pouco? Não tenho pressa de ir embora - respondeu Monique. - Não, já estou bem. Além disso, o táxi deve ter chegado - falou Juliana, sabendo que, se ficasse, não resistiria ao nível de envolvimento que estava sentindo por Monique. Continuaram a descida, com Butterfly a segurando pela cintura. Chegaram ao hall de entrada e, de fato, o táxi havia chegado. Monique abriu a porta e, antes de Juliana entrar, Monique lhe deu um selinho. - Adorei conhecer você. Espero que possamos nos ver outra vez - disse ela. Juliana sorriu e entrou no carro.

No caminho, sentia sua calcinha ensopada, suas pernas tremiam e seu coração batia acelerado. Mandou o motorista mudar o trajeto e rumou para a casa de Alexandre. Precisava gozar e ele era o único que poderia lhe dar o que ela queria naquele momento. Ligou para ele para confirmar que estava em casa e disse que estava chegando. Não deu chances para ele dizer algo e logo desligou. - Acelera, motorista, por favor - pediu, apertando as coxas e fechando os olhos na tentativa de conter o tesão que só aumentava. Finalmente, chegaram, assinou o recibo e saiu correndo do carro. Ao ver Alexandre, pulou em seus braços e o beijou com toda a excitação que sentia. - Que é isso, menina, que tesão é esse? - perguntou ele assustado. - Cala a boca. Não vim aqui para conversar - respondeu Juliana. Alexandre, então, a ergueu nos braços com as pernas dela em sua cintura e a levou para seu escritório, caindo ambos no sofá. Não paravam de se beijar um segundo sequer e Juliana arrancou a blusa dele, estourando os botões, e começou a abrir sua calça. Alexandre segurou suas mãos e tentou assumir o controle da relação, mas Juliana estava fora de si. Ela mesma tirou sua calcinha e a arremessou longe. Abriu as pernas e puxou Alexandre para dentro dela. O homem abaixou a bermuda e a penetrou em um golpe só. - Ahhhhhhhhhhhhhh... delícia. Me fode, me fode com a cadela que você sabe que eu sou - gritava Juliana. Alexandre começou a meter com força e Juliana chegou ao primeiro orgasmo, forte e profundo. Ela apertava Alexandre com suas pernas e enfiava as unhas em suas costas. De olhos fechados, sentia as ondas do prazer estourarem em seu corpo e a lembrança de Butterfly veio a sua mente. Juliana mordeu o ombro de Alexandre para não gritar o nome dela e ele gozou em sua boceta. Juliana parecia um vulcão incandescente. O orgasmo foi tão forte que, quando relaxou, sentiu que seu corpo inteiro apresentava sinais de câimbras. "Meu Deus, gozar apenas pensando nela fez isso comigo, como seria gozar com ela?", pensou a garota, inerte no sofá, de olhos fechados e recuperando o fôlego. Ela dormiu lá aquela noite e, apesar das muitas insistências de Alexandre, não disse o que tinha provocado tanto tesão nela. Na cama, transaram de novo, de forma mais calma, porém maravilhosa.

P.S. Reforço o convite para conhecerem meu blog - https://mentelasciva.wordpress.com/. Deixem seus comentários sobre a entrada de Butterfly na história e o que acham que deve acontecer daqui para frente. Obrigado.

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