Enfim férias de meio de ano, aff! O colégio era um tédio e tinha dúvidas se sobreviveria aos três anos do ensino médio e que desafortunadamente se converteriam em quatro.
Como aconteceu em anos anteriores, fiquei uns dias na casa dos meus avós maternos que moravam na cidade de Brotas, interior de São Paulo.
Era hora do almoço, do meu quarto sentia o cheirinho gostoso da comidinha da vovó. Caminhei para a cozinha toda animada e cheia de fome… Credo! Bateu um desânimo no momento em que minha avó implicou com as minhas roupas e pediu para que vestisse algo mais apropriado, pois tinha um homem estranho em casa e o mesmo almoçaria conosco. Meu avô o havia contratado para carpir o terreno dos fundos da casa.
— Que saco! — murmurei.
Contrariada, porém, ainda com fome, falei que almoçaria em meu quarto. Preparei meu prato, peguei um copo de suco, uma gelatina e fui para o meu cantinho. Eu tinha o mau hábito de comer algum lanche ou a sobremesa em meu quarto e defronte ao laptop enquanto navegava na internet. Naquele dia eu levei a refeição completa.
Estava vestida com uma regatinha bem folgada e um short jeans originalmente detonado e bem surrado. Soltei o botão do short, já que ele incomodou minha barriga que começara a ficar cheiinha.
Algum tempo depois que terminei de comer, levantei da cadeira equilibrando o prato com as sobras de comida e os outros bagulhos; os levaria para a cozinha antes que minha avó viesse reclamar que deixo resto de comida no quarto.
Mais uma vez fui vítima do imponderável, dia sim e outro também algo inusitado acontecia comigo. Caminhava pelo corredor em direção à cozinha e o danado do shortinho começou a descer, tentei mantê-lo no lugar dando passinhos curtos e com as pernas juntinhas, contudo, não deu resultado. Não poderia usar as mãos que estavam ocupadas segurando toda aquela louça e talheres.
Enfim, o short desceu até os meus pés, o pior é que aconteceu defronte da porta do banheiro no exato momento em que o homem estranho saia dele. Nada está tão ruim que não possa piorar… Eu estava sem calcinha.
Putz! Não sabia se largava tudo e cobria as partes íntimas ou se livrava-me do short e corria para o meu quarto. O homem ficou estático admirando aquela cena. Pensei: “Foda-se! Já viu tudinho mesmo.” Olhei para ele simulando uma carinha de sobressalto.
— Me ajuda moço! — segura isso pra mim, por favor!
Receoso ele olhou para a cozinha certificando-se de que não éramos observados. Só então esticou os braços e segurou os bagulhos. Agachei tranquila como se a situação fosse algo normal. Com certeza ele se deliciava com a visão dos meus seios expostos através do decote da minha regata soltinha.
Subi e abotoei o shortinho. Percebi que ele preocupou-se mais com meus peitos e menos com a louça, visto que o potinho de sobremesa estava tombado escorrendo o restinho de creme de leite em sua calça. Alertei o homem e peguei um guardanapo de papel usado que estava no prato.
— Espera aí que limpo pro senhor.
Agachei e comecei a remover o creme próximo à sua braguilha, ele ficou todo sem graça dizendo enfaticamente que não era preciso, e foi nessa hora que minha avó apareceu no corredor visualizando a cena: Eu ajoelhada com a cara quase enfiada no órgão genital do homem e esfregando sua virilha.
Gente! Não foi fácil explicar para a vovó que aquilo não era nada do que aparentava. Óbvio que omiti a parte em que fiquei com a periquita de fora. Menti dizendo que trombei levemente com o homem, o sujei e estava limpando por gratidão, já que ele segurou a louça evitando que caísse.
Peguei as coisas de volta e o agradeci tentando não rir. Em seguida, ainda ouvindo a música vinda do meu quarto, caminhei dançando e sorrindo em direção à cozinha enquanto, com certeza, era observada pelo olhar reprovador da minha avó. O homem sem saber o que dizer, saiu de fininho e foi terminar o serviço no terreno.
Fim
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