A água estava a cair sobre meu corpo nú, e eu estava tentando sentir ao máximo cada gota d'água. Definitivamente não há nada como um bom banho para aliviar a tensão.
Hoje é meu primeiro dia na faculdade e pra ser sincero nem preguei os olhos esta noite, gastei todas as minhas forças estudando e acho que de fato todo o meu esforço valeu a pena. Um pouco nerd não?
Cheguei na faculdade e caramba como estou nervoso! Fui ate a secretaria e peguei um pequeno papel contendo o bloco onde minha sala fica e o número da mesma, caminhei por varios corredores repletos de alunos até encontra-lá, paro em frente a porta e li a pequena placa metalica: " Bloco C - sala 05", e entrei.
Só haviam três alunos nela, escolhi um lugar bem ao meio da sala, coloquei meus materiais e sai.
Estava bem despreocupado quando me choquei contra alguém e acabei caindo no chão.
- Me desculpe eu não... Você? - a imagem de Lúcio se forma à minha frente.
- Vê se olha por onde anda ô viado - disse ele ao me ver já no chão.
Uma mão se estendeu em minha direção. Manu!
- Tudo bem com você? - questionou a garota loira à minha frente.
- Tudo ótimo! Obrigado por se emportar.
- Nervoso? - questionou novamente mudando de assunto.
- Sim, e você?
- Também..
- Bom, preciso ir minha primeira aula começa já.
- Boa sorte!
- Igualmente.
Então caminhei em direção a sala e quando cheguei logo me sentei em meu lugar. As aulas estam sendo bem legais, todos os professores que apresentaram-se até agora são legais, o Lúcio faz o mesmo curso que eu só que graças a Deus na sala ao lado.
O intervalo chegou, eu e a loira (que já me esperava ao lado da porta) estavamos indo até a cantina quando sinto um empurrão.
- Olha só o viadinho e a sua amiguinha! - disse o Lúcio já com um grupo de amigos.
- Olha só Lúcio, porque não vai arrumar o que fazer e nos deixa em paz? - Disse a loira pondo-se à minha frente.
- Calma ai gatinha que... AH - Gemeu o Lúcio ápos ela torcer o seu braço.
- Agora saia daqui otário! - disse ela.
Ele sai junto com a sua turma deixando nosso caminho livre, então seguimos até o refeitorio.
- Nossa aquilo foi de mais! Como fez?
- Ser faixa preta em judô conta?
Manu é realmente impressionante!
- Viu só a cara dele?
- Para tá doendo - disse ela o imitando.
Risos
- Mais então, o que vais querer?
- Não sei, acho que um suco e uma fatia de bolo.
Então ela foi até o local onde se pega o lanche e voltou trazendo consigo dois sucos e o bolo que eu pedi.
- Fala sério cara!
- Sério.
Risos
- como você come isto? Engorda!
- Ai Manu, quanta frescura pra uma pessoa só.
- Que nada, é amor ao meu corpo mesmo!
- Ô medicazinha chata!
- Respeita garoto - e caimos na gargalhada.
****
Cheguei em casa por volta de 13:30 e encontro meu pai no sofá.
- Fala filhão, como foi o primeiro dia?
- Tirando o fato do Lúcio ter me umilhado no corredor, normal, já fiz até uma amiga.
- Sinceramente, nunca entendi porque vocês nunca se deram bem?
- Pra falar a verdade nem eu - fiz uma pausa - na verdade é ele que nunca foi com a minha cara.
- Tenho um presente pra ti - e já foi logo entregando-me uma chave.
- Não.. Sério?
- Está na Garagem.
- Obrigado pai, de verdade - Levanto e o abraço.
Vou quase que correndo até a garagem e.. Uma hilux branca cabine dupla? Pai você e o melhor!
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Subi em direção ao meu quarto e segui para o chuveiro. No banho me peguei varias vezes pensando em Lúcio.
- Porque me odeias tanto? Eu te amo seu merda! - disse a mim mesmo.
Então sai do banho, me vesti e sigui até a cosinha.
- Então amor, como acha que ele vai reagir quando souber do... Filhão! - mudou de assunto assim que adentrei a cosinha.
- Meu principe deve estar faminto - disse minha mãe.
Eles estavam escondendo algo de mim? Sim, mas não por muito tempo!
- Mãe - à repreendo.
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Estou muito pensativo no que meu pai disse, tem haver comigo, o que será?
- Acho melhor esquecer-me disto afinal amanhã terei um longo dia pela frente não quero me atrapalhar com leseiras - pensei alto.
Então apaguei a luz e acabei por pegar no sono..
Bom, pimeiramente quero agradecer a todos que votaram no primeiro capítulo do meu conto, e sim, talvez o conto seja um tanto chichê como alguns disseram; porém acho que mesmo que clichês sejam clichê - what? - eles precisam ocupar - nem que seja uma misera - parte de nós.