Carlos: Como assim prende-lo
Antônio: O senhor terá respostas na delegacia
Logo Alexandre aparece no portão.
Alexandre: O que tá acontecendo pai?
Antônio: O senhor é Alexandre Pinheiro?
Alexandre: Sim sou eu
Antônio: O senhor está preso por praticar homofobia e ser líder de grupos de roubo.
Alexandre: O que? Eu não fiz isso.... EU SOU INOCENTE.... EU SOU INOCENTE
Carlos: PAREM, ELE NÃO FEZ NADA – e já começou a chorar.
No meio dessa repetição de palavras, o policial Antônio, conseguiu por as algemas com a ajuda de seu parceiro, minha mãe sai de fora para ver o que estava acontecendo e já começa a chorar. Eu estava perto do carro do meu tio, que está em pé ao meu lado, e Marcelo me abraçando..... Mas assim que vi minha mãe me soltei do Marcelo e dei dois passos, e disse baixinho: Mãe....
Alexandre: FORAM ELES, ESSE BANDO DE VIADO, EU NÃO FIZ NADA......
Quando olhei para Alexandre, os policias estavam forçando ele para entrar na viatura, meu pai olha pra mim e diz:
Carlos: Filho?
Rafael: Eu não sou seu filho, pelo que eu sei, você só tem ele como filho – apontei para Alexandre.
Meu pai ficou surpreso quando disse isso, afinal ele mesmo me disse que eu não era filho dele. Fui em direção ao Marcelo que me abraçou forte.
Rafael: Por favor vamos pra casa...
Marcelo: Claro amor...... Pai vamos?
João: Vamos, entrem no carro
Entrei no banco de trás e Marcelo logo entrou atrás de mim, e já me abraçou.....
NA CASA DE CARLOSCarlos narrando.....
Vânia: Carlos, o que vamos fazer?
Disse minha esposa mais calma....
Carlos: Temos que ir a delegacia lá eles vão nos contar....
Eu e minha esposa fomos trocar de roupa. Trocamos o mais rápido possível, eu sabia aonde era a delegacia, afinal só tinha uma na cidade. Durante o caminho, as perguntas não paravam de aparecer em minha mente: “O que vai ser de mim agora? O que vai ser do Alexandre? Da minha família, como vai ser a reputação na Igreja?”. Minha esposa durante o caminho foi se acalmando.
NA DELEGACIAChegando lá fomos encaminhados a sala do delegado, que logo na mesa tinha uma plaquinha com seu sobrenome. Menezes
Carlos: Delegado Menezes....
Menezes: Vocês são os pais de Alexandre Pinheiro?
Carlos: Sim senhor
Vânia: Onde está meu filho? Eu posso ve-lo?
Menezes: Ele está em uma cela aqui na delegacia senhora, logo logo chegará um carro para leva-lo. Mas antes dele ir, vocês poderão ve-lo. Mas antes quero falar pra vocês o que o filho de vocês fez...
Carlos: Desculpa senhor, mas nosso filho é inocente, ele é um rapaz de família nunca fez mal há uma mosca.
Menezes: Sinto muito senhor Pinheiro mas o seu filho já fez muitas coisas. E vou logo avisando, não vai ser fácil dele sair da cadeia.
Carlos: Mas o que ele fez?
Menezes: Ele está sendo acusado de liderar grupos que praticam a homofobia e por ser líder de grupos de roubos. A maioria dos casos, ele sempre estava no meio, mas alguém se declarava culpado, mas depois do último acontecido, alguém filmou e trouxe até nós.
Carlos: Mas quem ele machucou?
Menezes: O rapaz se chama Henrique Vasconcelos. Vocês conhecem?
Vânia: Sim, ele namorava com nosso outro filho....
Ficou um silencio na sala, mas logo desviei o assunto.
Carlos: Então, quanto tempo meu filho vai ficar na prisão?
Menezes: Ele pode pegar de 5 a 7 anos de prisão.
Fiquei paralisado com aquilo, meu filho preso, isso não poderia estar acontecendo. Um policial entra na sala.
Policial: Delegado Menezes o carro chegou para levar o individuo.
Menezes: Ok. Vocês tem 3 minutos para falar com seu filho..
Fomos até a cela onde meu filho estava.
Alexandre: Pai..... mãe, eu não fiz nada eu juro....
Carlos: Eu sei filho, nós vamos dar um jeito de tirar você da cadeia tá bom
Vânia: Filho, eu te amo muito, tome cuidado lá dentro tá...
Alexandre: Sim mãe pode deixar.....
Nos abraçamos por um tempo e os policiais chegaram e o levaram.......