Royals - Capítulo 6: The Day You Died

Um conto erótico de M.Sardothien
Categoria: Homossexual
Contém 3031 palavras
Data: 10/08/2015 14:21:38

Desculpem pelo atraso, falei que postaria sábado ou domingo, mas cá estou postando na segunda. Como falei anteriormente tá tudo muito lento e desanimei consideravelmente, mas graças a um comentário maravilhoso do leitor Hey, Joe! eu super animei. Obrigado por ter considerado comentar e ainda fazer esse comentário lindo!!! Confesso que vou continuar porquê seu comentário me deu força, já tinha pensado em abandonar.

Enfim, esse capítulo e basicamente uma leve passagem de tempo pra chegar logo ao ponto da estória.

Espero que gostemQuando Ray abaixou a carta, ele encarou o chão por um longo tempo. Sua respiração estava descompassada, sentia a pressão latejar nos ouvidos, seu coração batia tão forte que doía. Em sua cabeça se passava tudo e nada ao mesmo tempo. Sua pele começara a formigar, sua visão ficou embaçada, um frio desesperador tomou conta de seu corpo. Não, não, não, não, não. De novo não... pensou. Ele juntou as duas pernas ao corpo, fechou os olhos enquanto respirava fundo.

-Ray... -disse Matt se aproximando dele e se ajoelhando em sua frente. -O que foi?

-Eu quero ir embora -o mais novo murmurou.

-Precisamos conversar.

Ray abriu os olhos marejados e encarou o rapaz.

-Por favor...

Os pais se levantaram fazendo menção de ir ao encontro dele, Ray os fuzilou com o olhar e sibilou:

-Não se atrevam a falar nada!

O garoto se levantou subitamente e correu para fora da casa, deixando seu casaco e seus presentes para trás, entrou no carro e finalmente deixou as lágrimas fluírem. O choque durara pouco, muitas coisas se esclareceram em sua mente. Agora ele sabia o porquê dos pais sempre cobrarem dele a perfeição. Era para isso que ele havia nascido, para ser perfeito.

Uma batida na porta e ela se abriu; era Matt.

-Eu dirijo -falou o rapaz em tom cauteloso. Ray pulou para o banco carona sem olhar para o outro. Então Matt deu partida e dirigiu lentamente pelas estradas congeladas pela neve.

-Você está com raiva de mim? -perguntou o mais velho.

-Eu não sei de nada agora -Ray disse com a voz seca.

-Tudo bem.

Ao chegar em casa o mais novo correu para o quarto e fechou a porta. Sabia que estava sendo dramático, mas estava pouco ligando. Ninguém tinha o direito de julgá-lo. Ninguém no mundo havia vivido o que acontecia agora.

Nada fazia muito sentido, ele tinha tantas perguntas, mas não estava certo se queria as respostas. Queria descobrir mais sobre seu passado fantasma, mas temia o que viria com ele. E seus pais -ah seus pais adotivos-, tanto tempo mentindo sobre ele, tanto tempo fazendo-o acreditar que ele só era mais um no mundo, quando na verdade seu futuro só era uma bomba relógio prestes a explodir.

E a mulher que dizia ser sua mãe de verdade, Audrey, ela passava tanto amor na carta. Sua mãe de verdade. Gostaria de ver uma foto dela. Ray sempre achava estranho que seus pais e sua irmã tivessem cabelos loiros e só ele tivesse cabelos castanhos avermelhados. Mia tinha a marca de nascença que o pai também tinha, Ray não.

Então ele adormeceu em posição fetal.

* * *

Ray acordou com uma batida na porta. Olhou para o relógio; era nove e quarenta e cinco. Ele apenas resmungou.

-Raymond ,por favor, vamos conversar! -Era Matt gritando do lado de fora.

Ele se ajeitou na cama e passou a mão pelos cabelos e falou:

-Entre.

O mais velho entrou um pouco cauteloso.

-Posso me sentar? -Ray assentiu, o outro se sentou ao seu lado e o encarou.

Ficaram em silêncio por um tempo, o clima no cômodo parecia constrangedor.

-Então tudo sobre você é mentira? -disse Ray quebrando o silêncio. -Seu nome é mesmo Matthew?

Ele não olhou para o rapaz, apenas mexia em um fio solto da blusa.

-Ray... Não é bem assim, tudo que eu disse a você é verdade. Menos a parte que eu moro na Inglaterra. O resto é verdade. E eu não trabalhava na empresa do meu pai, eu ainda trabalho.

O mais novo encarou Matt, notando seus olhos, que eram de um verde tão claro que ás vezes pareciam cinza.

-Então você é um segurança?

-Errr... Sou tipo um guarda-costa, só que além de proteger a pessoa eu lido com o cotidiano dela -respondeu Matt.

-Você é meu guarda-costa?

-Algo assim. Eu já trabalhava no palácio. Sua mãe me enviou para ver como você é, e se está apto para ser o herdeiro de Garnies. Que jeito melhor de conhecer você do que conviver com você?

-Espero verdadeiramente que não esteja apto... -Ray murmurou.

-Você só não estaria se fosse um drogado, bêbado ou alguém com má índole.

-Como se você me conhecesse o bastante pra dizer se eu tenho ou não uma má índole.

-Não tem. Você é gentil e bondoso. Tenho certeza de que vai ser um ótimo príncipe e um rei melhor ainda.

Ray olhou na direção de Matt e arregalou os olhos.

-REI?!

-OK, não devia ter tocado no assunto. Esquece o que falei tá? Isso não é conversa para agora.

-Mas...

-Esqueça.

-Então por que o sotaque britânico? Isso faz parte do disfarce?-Ray indagou.

-Garnies foi colonozado por britânicos, boa parte da nossa cultura tem influência dos ingleses.

-Ah -Mais um silêncio tomou o quarto. -E a minha mãe? Como ela é? -perguntou Ray.

-Ela é ótima, você se parece muito com ela.

-Eu quero conhecê-la -Ray falou num tom que parecia que ele estava envergonhado por admitir que queria conhecer a mãe biológica.

-Eu sei que tudo isso é muito recente, mas eu quero que você confie em mim. Sei que fingi ser apenas um cara britânico por meses, mas eu quero te ajudar. Se tem algo que eu valorizo é a amizade que nós temos, isso é real. Eu tenho mais uma coisa à dizer e não sei se você vai gostar disso -Matt pronunciou as últimas palavras com cuidado e olhando nos olhos de Ray.

-Matt, mais segredos não.

-Não é segredo. Bem, você sabe que é filho da rainha não é?

Ray assentiu suspirando.

-Isso faz com que você seja seu herdeiro, e como você não foi criado no palácio, há muita coisa que você tem que aprender sobre a monarquia -continuou Matt.

-Aonde você quer chegar com isso?

-Temos que ir para Garnies o mais rápido possível, como eu disse, há muita coisa que você precisa aprender.

-Mas eu nem concordei se quero ser o herdeiro do trono de Garnies. Olha, até então eu conhecia pouca coisa sobre esse país, sei que fica perto na Europa, só isso. Agora fico sabendo que sou o herdeiro. Isso é loucura.

-Eu sei que parece, mas você precisa voltar. Você nunca deixou de ser o príncipe.

-Eu não sei...

Matt se aproximou de Ray e segurou suas mãos e o olhou nos olhos, deixando o mais novo corado. Ele perguntou:

-Você confia em mim?

-Sim, mas... -Ray ponderou.

Era loucura pensar em ir para uma país em que ele era o herdeiro, e ainda conheceria sua mãe verdadeira.

-Então! Olha, eu prometo estar do seu lado a todo momento, vou te ajudar em qualquer coisa tudo bem?

O mais novo olhou para o lado pensativo e mordeu o lábio inferior como que para se castigar pelo o que estava prestes a fazer, então ele respondeu:

-Tá bom, eu volto. Quando?

-Dois dias.

-Matt!!!

-Eu sei, eu sei! É pouco tempo, mas você tá muito atrasado.

-Bom isso não é culpa minha.

Ray se levantou da cama e começou andar pelo quarto passando a mão pelo cabelo pensando em quanta coisa teria que fazer.

-Eu vou deixar você sozinho um pouco -Matt se levantou e ia saindo do quarto. -Se precisar de mim, pode chamar. E eu fiz café, se quiser um pouco eu trago.

-Agora não, obrigado -Ray forçou um sorriso ao mais velho, que retribuiu e saiu fechando a porta.

Ele pensou sobre o quanto ele conhecia Matt nos meses que passara com rapaz, ele sabia pouca coisa sobre o rapaz, mas a fundo conhecia suas manias; quando o mais velho estava interessado em algo, ele cruzava os braços e sorria de canto, quando acordava feliz fazia o café cantando, e quando Ray falava que ia fazer bolo de chocolate seus olhos brilhavam. Talvez agora que sabia de toda a verdade, as coisas pudessem mudar e ele passasse a conhecer melhor o mais velho. Ele gostaria disso.

* * *

Os dois dias seguintes foram uma bagunça para Ray. Ele teve que trancar a faculdade, se demitir da livraria e se despedir de Brianna e Emily -obviamente sem contar quem era e para onde estava indo-, arrumar alguns itens pessoais que levaria, ajeitar Senhorita Florence para viagem e por fim, conversar com seus pais adotivos. Eles esclareceram tudo: Cece sempre soube quem ele era, sempre tiveram contato com sua mãe biológica e sempre a enviavam fotos do crescimento de Ray, além de tudo sempre deixando claro de que o amaram como filho. Eram tantos sempres. Se despedir foi difícil, afinal, ele iria para Garnies e provavelmente não voltaria nunca mais.

Providenciou tudo: deixou a casa de Cece para os pais, e o carro também. A única coisa que levaria da avó era seu álbum de fotos, com fotos dele e Mia quando pequenos, fotos dela e da família toda. Ray se lembrou da frase que ela sempre dizia a Ray: Você está destinado a grandes coisas. Pensou que faria grandes coisas sendo escritor, mas não seria assim. Essa acabou sendo a última frase que ela disse à ele em vida.

* * *

O ar condicionado da sala de embarque estava ligado inutilmente. As mãos de Ray suavam tanto que as vezes ele pegava um papel toalha para segurar. Ele não estava calmo como Matt, que lia o jornal sentado em uma cadeira e tomava um café comprado no Starbucks. Sentiu uma ponta de inveja do amigo, que conseguia se manter instável em uma situação como aquela. O silêncio também não ajudava.

Volta e meia Ray corria até o vidro que dava vista para a pista de pouso para ver se seu avião particular -ou melhor, avião particular da família real de Garnies- já tinha chegado. Mas por enquanto nada. Na verdade o veículo já estava lá, mas estava sendo preparado. O pior mesmo seriam as doze horas de viagem, Ray desejou morrer antes de chegar. Senhorita Florence não estava muito contente de estar confinada no transporte para gatos, e miava com desespero até se cansar e depois começar de novo.

-Pelo amor de Deus Ray -Matt abaixou o jornal e encarou o mais novo. -Pare de andar pra lá e pra cá.

Ray fuzilou o outro com os olhos.

-Não é você que vai conhecer sua mãe biológica daqui a doze horas, ou pior, conhecer o pais que sua família governa!

Matt pôs o jornal e o café de lado e levantou se aproximando do mais novo. Ele parecia mais velho com o terno preto que usava, Ray se puniu mentalmente por achá-lo tão sexy. Dissera ao mais novo que aquela era as roupas que ele usava no palácio e que todos estavam sempre bem vestidos. Já Ray vestiu calça jeans, camisa azul e sapatos marrons. Não queria parecer formal demais.

-Relaxa ok? -O mais velho colocou as mãos nos ombros de Ray e riu do nervosismo dele, que só aumentou com proximidade dele. -Você vai adorar o palácio. É um pouco antiquado e assustador a primeira vista, mas você se acostuma. E caso não goste, podemos fugir.

-Promete? -perguntou Ray.

-Confie em mim -Matt sorriu para ele e voltou a cadeira e ao jornal.

Ray sorriu com a proposta de Matt, mesmo sabendo que seria praticamente impossível de acontecer. Mas ele achou muito gentil e ficou feliz por ouví-la.

Eles esperaram mais alguns minutos até um homem baixinho entrar na sala e dizer que o avião estava pronto. Foram para fora e andaram pela pista, Ray avistou um grande avião branco com as escadas postas, apenas esperando para levá-lo a seu destino. Um homem mais velho de terno azul, cap e óculos escuros se aproximou sorrindo para Matt.

-Olá Matthew como vai? -o homem o cumprimentou.

-Bem, Robert e você? -O homem assentiu. -Este é o príncipe Raymond. -Matt apresentou Ray que estava ao seu lado.

-Alteza serei seu piloto -Robert fez um breve reverência. O movimento do homem havia sido como um tapa na cara de Ray. Então é assim que as pessoas devem me tratar? Pensou ele.

-É um prazer -respondeu Ray estendendo a mão.

-O prazer é meu Sua Alteza -Robert aperou sua mão. Alteza...

-Devemos embarcar -prosseguiu Matt. -Espero que cheguemos em Garnies ao amanhecer.

-Muito provável. Se não houver nenhum contratempo -assegurou o piloto.

Eles entraram no avião; seu interior era luxuoso, espaçoso, com assentos individuais de cada lado, cada um dava para uma janela, após os assentos havia um balcão, o que parecia um mini bar e atrás dele uma porta que dava para alguns armários, micro-ondas e uma pequena geladeira. Duas aeromoças estavam posicionadas perto do bar, elas reverenciaram Ray e o deixou asseguro de que se precisasse de alguma coisa era apenas contatá-las. Ainda muito ansioso ele se sentou na poltrona confortável, colocou Senhorita Florence -que reclamava- ao lado e colocou o sinto. A porta já havia sido fechada, mas o avião ainda não decolara.

O piloto desejou boa viagem a todos, voltou para a cabine de controle e deu inicio a decolagem. A todo momento Matt olhava na direção do mais novo para se certificar de que estava tudo bem, por enquanto estava. Ele temia que Ray surtasse e começasse a correr pelo avião implorando para que voltassem, mas sua feição estava pacífica.

* * *

Nas doze horas de vôo Ray tentava dormir ou ler algo, mas não conseguia. Quando Matt tentava puxar conversa para mantê-lo calmo ele respondia com poucas palavras e voltava à olhar a janela. Olhava para o mar, a grama, as fazendas e pastos, cidades. Ficava imaginando por qual país eles estavam passando.

Tudo acontecera em tão pouco tempo, ele foi obrigado a absorver tão rapidamente, e tomar decisões difíceis subitamente. A partir dali ele teria que orquestrar uma nova vida, planejar sobre o que quer que viesse com as responsabilidades que estavam por vir. E por um lampejo de realidade ele sabia que seriam muitas, e pensava se ele aguentaria o fato de ser um príncipe. Já que agora sabia de tudo e estava retornando á seu país, por que a mãe não havia ao menos ligado para falar com ele? Será que ela estaria no aeroporto o esperando?

Ray adormeceu pensando sobre as possibilidades.

* * *

Desperto de seu sono pela mão de Matt, Ray olhou para o rapaz confuso, olhou para ele com um olhar questionador.

-O que foi? -ele perguntou olhando em volta. -Aconteceu alguma coisa?

-Não, tá tudo bem -respondeu Matt. -Estamos chegando.

Sem pensar duas vezes ele olhou para a janela, o sol ja havia se mostrado, viu abaixo principalmente a cor verde, florestas, lagos, colinas, e um pouco adiante, pequenas cidades. Ray se levantou e foi até a cabine do banheiro. Olhou em volta em busca de uma escova de dente, mas não achou. Procurou no armário em baixo da pia e achou Listerine. Agradeceu por isso, não queria estar com mau hálito quando conhecesse a mãe.

Quando ele retornou ao assento e colocou o cinto, sentia o olhar pesaroso de Matt em cima de sí.

-O que foi? -ele perguntou.

-Você parece mais calmo -o rapaz respondeu. -Realmente se sente melhor ou apenas está mascarando o sentimento?

-Eu não sei... -Ele olhou para as mãos, pensativo. -Sinto como se meu corpo estivesse dormente e eu fosse acordar de um sonho a qualquer momento. À partir daqui não há nada que eu conheça, tudo é novo. É como quando você se perde, mas alguém está com você. Você se sente seguro. Mas quando está sozinho o desespero logo se instala.

-E você se sente solitário? -Matt perguntou arqueando as sobrancelhas grossas.

-Um pouco -Ray admitiu, um pouco embaraçado.

Ouviu-se um bipe e uma luz branca sobre a porta da cabine do piloto se ascendeu e uma voz soou pelo interior do avião:-Senhoras e senhores vamos aterrissar, apertem os cintos.

Se tinha algo que Ray odiava era quando o avião inclinava para frente quando ia pousar, isso sempre o deixava tonto.

-De qualquer forma -Matt prosseguiu, a conversa brevemente esquecida pelo mais novo. -Tem a mim e Senhorita Florence.

Ray sorriu para o outro em gratidão. O avião estremeceu ao entrar em contato com o solo da pista de pouso. Minutos depois ele parava.

Ele apertou os olhos e suspirou. Matt já se levantara e estava esperando na frente da porta, Ray se levantou e ficou ao seu lado, mais perto do que devia. Quando a porta fez um tsss da despressurização do avião, em um movimento involuntário Ray segurou a mão de Matt, que estava ao seu lado. Ao perceber o que estava fazendo ele a soltou imediatamente.

-Me desculpe -ele olhou de soslaio para Matt.

-Não tem problema, se te conforta pode segurar se quiser -o mais velho lhe lançou um sorriso terno.

Ray sentiu um calor aconchegante correr por entre as veias.

-Nesse caso... -Ele agarrou o braço do mais velho e estremeceu sobre o que enfrentaria agora. Matt riu.

A escada móvel foi colocada na frente da porta, e ao perceber que o piloto e co-piloto já estavam ao seu lado ele soltou o braço do rapaz discretamente. Matt olhou para Ray com um olhar encorajador e seguiu para fora da aeronave, em um momento de pânico ele seguiu o mais velho.

A luz do sol o cegou brevemente, mas ao se adequar à claridade ele desceu os degraus, depois seguindo pelo asfalto da pista. Poucos metros dele ele avistou uma mulher e um homem ;o homem trajava um terno azul marinho, tinha cabelos grisalhos que estavam penteados para trás com perfeição e era alto; a mulher trajava um tailleur rosa chá com detalhes pretos, possuía cabelos castanho avermelhados, pele clara, estatura média e olhos caramelados. Era sua mãeGostaram? Se sim, comentem que eu continuo...

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Comentários

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Seu conto tá muito legal.., continuaaa.

Será que o Ray vai ficar com o Matt?! Bem que eu queria.

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