O ACOMPANHANTE - Parte X
Eu estava exausto, deitado na cama, com o casal de lésbicas. Uma de cada lado, aninhadas em meu peito. Dormiam com a expressão feliz de quem estavam satisfeitas com os ótimos momentos de sexo que tivemos a três. Mas eu continuava preocupado com meu amigo Otávio. Ainda não tinha conseguido falar com ele depois que topei ajuda-lo no caso de adultério que havia sido contratado: flagrar a belíssima e boazuda loira Márcia em atitudes que comprovassem sua infidelidade. Acomodei o casal de lésbicas nos travesseiros, retirando-as de sobre meu peito, e saí sorrateiramente da cama. Estava disposto a ligar novamente para meu amigo detetive.
Peguei o celular e procurei a ultima chamada feita para ele. Na primeira tentativa, ninguém atendeu. Na segunda, decidido a esperar chamar até cair a ligação, alguém falou. Voz de mulher. Quando me identifiquei, ela disse que eu corria perigo de morte. Foi quando reconheci a voz de Márcia. Ela estava apavorada. E eu levei um susto enorme, pois acreditava que ela havia sido assassinada pelos sujeitos que me esfaquearam. Contei que tinha sido ferido e ela ficou mais apavorada ainda. Perguntei pelo meu amigo Otávio. Ela disse que ele havia sido assassinado pelos mesmos caras que me pegaram. Falou que não podia me explicar por telefone. Marcamos de nos encontrar em algum lugar onde pudéssemos estar seguros. Escolhi um motel onde eu costumava levar mulheres, cujo dono era amigo do meu falecido pai e me conhecia muito bem. Dei-lhe o endereço. Ela afirmou saber onde ficava e disse estar lá dentro de meia hora. Eu me vesti e escapuli do meu apartamento, aproveitando que a policial Alice e sua companheira estavam dormindo.
O motel ficava à beira da BR 111. Para a minha surpresa, a filha do dono veio me atender, quando estacionei meu Audi na entrada. Reconhecera a placa. Foi a primeira com quem eu havia feito sexo naquele estabelecimento, quando ainda éramos adolescentes. Depois ela casou e nunca mais havia tido notícias suas. Estava contente em me rever e estranhou eu estar sozinho ali. Expliquei que estava esperando alguém e ela pareceu decepcionada. Disse que havia se separado e agora tomava conta do local, já que o pai estava velho e doente. Perguntei se não tinha medo de ficar ali sozinha, já que o local era quase deserto. Havia poucas casas por perto. Meteu a mão sob o balcão e retirou de lá um revólver novinho. Afirmou que não teria receio em atirar, caso houvesse necessidade. Gabou-se de ter botado uns assaltantes para correr, dias antes. Aí, vi Márcia descer de um táxi. Pagou ao motorista e caminhou em nossa direção.
Apresentei-a à Madaleine, que a olhou dos pés à cabeça. Cumprimentaram-se fingindo simpatia, como a maioria das mulheres faz quando encontra uma rival. Márcia tinha urgência de falar comigo a sós e nos dirigimos para um dos quartos. Assim que fechamos a porta, ela desabou no choro. Esperei que desabafasse e perguntei o que estava acontecendo. Então, ela contou a história mais estapafúrdia que já ouvi em minha vida.
Havia sido namorada de meu amigo Otávio, antes de casar com o bicheiro Heitor Barata. Mesmo casada, continuou se encontrando com o detetive. Mas foram avistados juntos. O bicheiro vivia batendo nela, desde que desconfiou do romance com Otávio. Conhecia o detetive e vivia dando pequenos trabalhos para ele. Contratou-o para flagrá-la em adultério, mas o que queria mesmo ter certeza é de que Otávio o estava chifrando. Por isso, mandou alguém segui-lo sempre. O detetive, esperto, passou-me o encargo e combinou com ela para dar encima de mim. Emprestou seu carro, o Audi que ela usava no dia em que nos conhecemos, para que fosse mais fácil ser seguida pelos compinchas do marido. Otávio adivinhara a armadilha que o bicheiro tramou para ele. Márcia aceitou ajuda-lo no plano, já que o marido tinha certeza de que era mesmo traído. Só não tinha certeza de com quem ela andava saindo. Até aí, eu entendia a história. Mas tinha mais.
Quando perguntei por que Otávio tinha me escolhido para ser fotografado com ela, a história começou a feder. Ela afirmou que o cara sempre teve inveja de mim. Inclusive, comprara um carro igual ao meu, até na cor, quando soube que eu adquirira um Audi. A agência de detetives estava falida e ele quase não tinha mais dinheiro. Desse modo, não poderiam fugir para onde o marido dela não pudesse alcança-los. Então, Otávio planejou sequestrar minha mãe. Pediria resgate a mim e ao meu padrasto ao mesmo tempo. Sondou minha mãe e descobriu que o novo marido dela também estava quase falido. A ideia inicial era fingir o sequestro da velha e dividir o dinheiro do resgate com ela. Mas minha própria mãe afirmou que eu não pagaria para liberta-la, e talvez tivesse razão. Eu ainda estava magoado por ela ter me expulsado de casa por causa do macho. E porque ficara zangada por meu pai ter deixado a maior parte de sua fortuna para mim.
Aí, questionei a loira sobre a história da agenda. Ela contou que o marido fazia parte da máfia dos bicheiros. Por isso, tinha uma agenda onde estavam anotados os dias em que ele podia "lavar" dinheiro do tráfico de drogas, apostando altas somas no milhar. Esses números ficavam anotados em diversos dias de cada mês, e a máfia dos bicheiros tinha agenda igual distribuída entre si. Guardavam-nas a sete chaves, até que um dia o marido de Márcia teve um enfarte enquanto batia nela. Foi socorrido às pressas e deixou o cofre onde guardava documentos aberto. Acreditando ter dinheiro lá, Márcia aproveitou que ele passou uns dias internado para fuçar o cofre. Achou a agenda, fez uma cópia xerografada de todas as páginas e devolveu o original ao cofre.
Quando saiu do hospital, a primeira coisa que seu marido fez, ao chegar em casa, foi conferir que a agenda estava lá. Suspirou aliviado quando percebeu que não faltava nada do cofre. Teve que agradecer a ela por não haver destruído nada dali, sem suspeitar que ela havia copiado a agenda. Até parou de espanca-la por ciúmes, em sinal de agradecimento. Ela contou do achado a Otávio, que engendrou novo plano. Faria o bicheiro acreditar que eu era o amante dela, recaindo a ira do cara sobre mim. Depois fingiria me ajudar a sair da situação em troca de muito dinheiro. Ajudar-me-ia a fugir da cidade e estaria sempre por perto, como meu protetor. Mas, de tempos em tempos, daria meu paradeiro ao marido traído, com provas fotográficas de mim e Márcia juntos, como se estivesse ainda empenhado na investigação para o bicheiro. Desse modo, extorquiria dinheiro do marido traído e de mim, agradecido por acreditar que ele estava me protegendo. Muy amigo. Quase vomito de nojo dele.
Mas, onde teria ido parar a tal cópia da agenda? Márcia me respondeu de pronto à pergunta. Disse que, no dia que nos encontramos na praia, ela havia-a enterrado raso na areia e coberto com a toalha, antes de eu chegar. Acho que aproveitou o tempo que levei para comprar o calção e a cadeira de praia. Ligou para Otávio, que pegou o documento na hora que estávamos entretidos, fazendo sexo nas águas do mar. Haviam combinado que ela me levasse para a casa de praia, que pertencia a ele, onde fomos fotografados. Sem que eu perguntasse, ela revelou que um casal de vizinhos da casa de praia fora contratado para tirar fotos íntimas nossas. Lembrei-me de Roberto e sua companheira, que conheci na praia. Já não senti mais pena de ter enrabado o cara.
Quando acabamos de fazer sexo, lá na casa de praia, Márcia disse ter recebido um telefonema. Era de Otávio, dizendo que não havia dado tempo de pegar a cópia da agenda, enterrada sob a toalha de praia. Três caras o estavam seguindo desde que saiu de casa em busca do documento, onde ela tinha combinado de deixar. Temia que eles pegassem a cópia xerocada, se estivesse com ele. Pediu que ela me despistasse e voltasse à praia, para pegar a cópia da agenda enterrada lá. Ela fez o que ele pediu e encontrou, junto com o encadernado, dentro de um saco plástico, o celular de Otávio. No mesmo dia, viu na televisão a notícia de que ele havia sido encontrado morto, jogado numa mata de Pau Amarelo. Decerto onde eu havia despertado após ser capturado pelos sujeitos que me esfaquearam. Desde então, ela não mais voltou para casa. Manteve-se escondida até decidir-se a atender a minha ligação.
Eu quis ter provas sobre a veracidade do que ela estava me falando. Mostrou-me o tão cobiçado documento. Disse que dava-me uma cópia em troca de tirá-la do Brasil e providenciar seu sustento até que pudesse se virar sozinha. Eu não estava interessado em ganhar o dinheiro sujo da máfia dos bicheiros. Mesmo que, para isso, bastasse apostar pequenas quantias no milhar dos dias indicados pela agenda no Jogo do Bicho. Teria retorno do dinheiro rápido. Ficou decepcionada quando rejeitei o acordo. Mas logo atirou-se nos meus braços quando eu disse que a ajudaria a sair daquela situação.
Arrancou as minhas roupas com urgência e nem se importou quando viu as ataduras em meu tórax. Disse que havia adorado trepar comigo e que eu fodia melhor do que o marido dela e o amante detetive Otávio. Eu não queria mais ouvir o nome do cara. Calei-a com um beijo efusivo. Fui correspondido à altura. Ela foi descendo com a boca, me beijando o corpo todo, até chegar à glande. Chupou-me um pouco e depois empurrou-me para cima da cama, despindo-se em seguida. Usava uma calça apertada, Jeans, que deu um tanto de trabalho para tirar. Depois, saltou sobre mim e quis terminar o boquete. O pau ainda estava bambo, pois eu continuava exausto das trepadas com a policial e sua parceira. Também não tomara banho antes de vir ao seu encontro. Pedi para ir ao banheiro. Demorei um pouco lavando-me e voltei para perto de Márcia.
Ela estava entretida, com uma mão a afagar a vulva. Tinha as pernas bem abertas e os olhos fechados. A outra mão acariciava o biquinho do peito, que estava eriçado. Começou a gemer baixinho, erguendo o ventre. Estava perto de atingir o primeiro orgasmo. Ajudei-a, lambendo o bico do outro seio. Fui descendo com a boca até sua vulva molhada. Gritou de prazer quando mordisquei seu grelo. Fiquei passando a língua ali, em toda a extensão da sua racha, arrancando gritinhos excitados. Ronronou quando enfiei a língua em seu buraquinho rosado. Virou-se de costas, de repente, e ficou de quatro. Pegou o meu pau, ainda flácido, e apontou para o seu cuzinho. Ficou pincelando com a glande lá, até que tive ereção de novo. Quando percebeu o membro duro, cuspiu na cabeça dele e voltou a aponta-lo para o seu rabo.
Fui enfiando devagar, sentindo cada centímetro que entrava em sua bunda empinada para mim. Ela gemia e pedia mais. Eu retirava o pênis e voltava a botar dentro, enquanto ela implorava pra meter tudo de uma vez. Eu ficava cada vez mais excitado com a sua ânsia de trepar. Sabia que eu não gozaria tão cedo, então quis fazê-la gozar até dizer basta. Fiquei revezando, enfiando na sua buceta e no cu apertado, bem devagar, sem pressa. Logo ela explodiu de ansiedade, fazendo os movimentos de cópula. Gozou várias vezes seguidas, mas eu não sentia ainda a proximidade do meu orgasmo. Deixei ela se tremer toda gozando e, quando parecia satisfeita e ia deitar, comecei os movimentos de cópula. Isso pegou-a de surpresa e quis se afastar de mim, dizendo que estava morta de tanto prazer. Porém, apressei os movimentos e ela arregalou a boca e os olhos, tendo novo orgasmo. Retirei-me da sua xoxota e enfiei-me no seu cu, em estocadas profundas e rápidas. Ela andava de quatro pela cama, tentando fugir de mim, e eu a seguia enfiado em sua bunda, agarrando-a pelas ancas. Bateu em mim, mas sem muita convicção, dizendo que não aguentava mais.
Continuei fodendo-a quase com violência. De repente, retirei-me dela e deitei de costas na cama. Ela atirou-se sobre mim, exigindo que eu gozasse nela. Acocorou-se em minha pica e ficou meneando o corpo, metendo a boceta em meu pau, num frenesi quase enlouquecido. Urrava para que eu gozasse. Eu via seu rabo empinado refletido no amplo espelho da parede do quarto, enquanto ela me beijava, movimentando-se tão rápido que quase não dava para acompanhar seus movimentos. Então, finalmente explodi num gozo sofrido e gostoso ao mesmo tempo, como se a última gota de esperma tivesse sido retirada de meu âmago.
Fim da Décima Parte