Eu e... Meu irmão? Parte 16

Um conto erótico de Danny-13
Categoria: Homossexual
Contém 1279 palavras
Data: 12/08/2015 18:37:00

- Fugindo de alguém? Perguntou minha mãe quando entrei ofegante em casa. Ela estava sentada no sofá assistindo TV e comendo salada de fruta.

- Em casa a essa hora? E o trabalho? Perguntei tentando parecer arrogante, mas não deu muito certo.

- Não estava com vontade de trabalhar hoje. Ela respondeu simplesmente.

- Hum, quando crescer quero ser igual a você e poder faltar quando quiser. Falei rindo.

- Eu também. Cantarolou ela.

Tirei os tênis e as meias e me joguei ao seu lado no sofá. Estava um programa sobre reprodução animal, o repórter fala de uma leoa que havia adotado um filhote de porco selvagem. Tão diferentes, mas tão unidos. Era meio fofo.

- Acha que eu posso ser pai? Perguntei para ninguém em particular. Minha mãe se remexeu incomodada.

- O que isso quer dizer? Você e...

- Não pira, - eu a cortei. - só estou perguntando, se, tipo, algum dia eu quiser ser pai. Como acha que vou me sair?

Ela pareceu pensar, provavelmente tentando me imaginar daqui a alguns anos. Boa sorte, nem eu conseguia imaginar isso.

- Hum, eu acabei me saindo bem com você, então é provável que você também consiga. Mas você não está pensando em se casar agora não é?

- Nossa mãe, claro que não. Christopher e eu somos novos ainda... E nem sei se ficarei com ele por muito tempo.

- O pai dele não mudou de ideia? Perguntou ela pegando uma rodela de banana com a colher e levando a boca.

- Não sei, ele não conversa comigo sobre isso. Fico com medo de uma hora ele se virar pra mim e dizer "To indo e te vejo por aí quando voltar."

- Porque não tenta conversar com o pai dele? Ele me parecia um homem bacana.

Fiz careta para minha mãe.

- Esse é o seu jeito de dizer que ele é bonito? Perguntei.

Ela só sorriu. Eca.

- Nem pensar, pode parar. Já é estranho demais que meu pai tenha criado ele.

- Só acho que devia conversar com ele. O que você tem a perder?

- E se não adiantar?

Minha mãe suspirou, sem sabe o que dizer. Tudo bem por mim, quer dizer, o que realmente ela poderia me dizer para melhorar tudo? Nada.

Momentos mais tarde, eu estava rindo muito em volta dos Meus amigos da faculdade. Lisa estava agarrada ao meu braço, rindo como louca de uma piada chata e sem sentido que um amigo nosso havia contado. Carlos chegou na roda, cumprimentando todo mundo e me ignorando, pra variar.

- Te vejo Amanha? Perguntou lisa beijando meu rosto quando deu a hora de irmos embora.

- Claro... Vou esperar pelo Chris aqui.

- Tá, te amo. Ela me apertou com seus braços finos e correu para a moto de seu peguete. Logo, a roda se desfez e ficou só eu, sentado ali no asfalto esperando Christopher vir me buscar. Meu celular tocou de repente, me fazendo pular.

Era ele.

- Onde você está? To congelando aqui. Perguntei rindo.

- Desculpa Baby, não vai dar pra te buscar. Pode pegar um táxi? Ou carona com outra pessoa?

Christopher parecia estar com pressa.

- Hum, tá tudo bem?

- Tá sim, te vejo amanhã. E então ele desligou na minha cara. Tá, não foi bem na minha cara, mas era quase como se fosse. Emburrado, andei para o ponto onde ficavam os táxis, mas não havia nenhum. Olhei rapidamente em meu celular e já passava das onze. Eu precisava ir embora e nem ônibus passava mais a essa hora. Foi então que um carro preto, enorme, parou perto de mim. Segurando a respiração, vi o vidro descer e revelar a feição inexpressiva do pai biológico de Christopher.

- O que está fazendo sozinho ai a essa hora? Perguntou ele quase sorrindo, como se estivesse se divertindo. Eu hein.

- Não estou sozinho, meus amigos estão vindo. Retruquei sério, apesar de não ser verdade.

Minha mãe deve ter dito algo a ele. Valeu mãe. Eu tinha que dar o fora dali.

- E onde estão eles?

Antes que eu pudesse responder, alguém colocou a mão gelada nas minhas costas e parou ao meu lado.

- Pronto Gabriel, foi mal a demora, vamos? Falou a voz de Carlos ao me lado, me deixando chocado demais até para responder. Dei um breve aceno para o pai de Christopher e me virei para longe com Carlos ao meu lado.

- Obrigado. Sussurrei para ele.

Andamos o resto do caminho até seu carro em silencio. Ele havia tirado a mão de mim e estava sério como antes, claro que não havia passado sua raiva de uma hora para outra.

- Quem era? Ele perguntou simplesmente quando entramos no carro.

- O pai biológico do meu... do Christopher.

- Sujeito estranho. Ele comentou e ligou o motor.

A viagem até minha casa foi silenciosa e estranha. Eu queria falar com ele, me desculpar, ou deixar ele gritar comigo, qualquer coisa para que voltássemos a ser amigos, mas eu sabia mais do que ninguém que uma mágoa não se concerta só com um pedido de desculpas. E finalmente havíamos chegado.

- Obrigado pela carona. Falei saltando para fora do carro. Ele deu apenas um aceno com a cabeça e foi embora.

*****

Christopher

*****

Eu estava sentado sozinho na mesa do restaurante por mais de quarenta minutos, esperando meu pai dar sinal de vida. Chequei meu celular mais uma vez para ver se não havia nenhuma mensagem ou ligação perdida. Primeiro ele praticamente me obriga a vir jantar com ele e agora nem aparece. Que diabos...

A garçonete circulava com duas bandejas cheias de pratos entre as mesas, ela me lançava olhares estranhos, talvez pensando que minha namorada me deu o bolo. Ops, eu tenho namorado, e foi eu que dei o bolo nele. Tomara que ele não fique bravo...

Meu pai passou pela porta de vidro feito um rompante. Quando me viu, respirou fundo, alinhou seu terno e andou tranquilamente até a mesa.

- Boa noite filho.

- O aconteceu? Porque demorou tanto? Eu já estava indo embora... Resmunguei. Meu pai deu um risinho sem humor.

- Não, você não iria embora. Ele afirmou sério.

Pensei em questionar, mas sabia que não valeria a pena. Meu pai era um mistério as vezes. Jantamos em silêncio, até a sobremesa.

- Então, - falou ele pegando um pouco de sorvete com a colher. - você tem um namorado agora?

Engoli e fez barulho. Ainda não havia conversado sobre isso com meu pai, a última vez que ele me viu, eu estava tentando desesperadamente entrar nas calças da minha ex. Deve ter sido uma mudança e tanto para ele.

- E Tudo bem para o senhor? Porque eu me importo muito com Gabriel, e iria gostar muito se você aceitasse numa boa.

Ele pareceu um pouco surpreso.

- Então não está fazendo isso para que eu não te leve comigo pro Canada?

- Até que seria uma boa, Han? Mas não pai, quando eu To com ele eu só... Quero que ele fique bem e feliz, sei lá, talvez eu ame ele. Aquelas palavras transbordavam tão facilmente que eu tive que aceitá-las. Eu amava Gabriel, não havia dúvidas disso. Meu pai parecia pensativo, em silêncio. Eu sabia que ia levar um tempo para ele digerir tudo aquilo. Mas então ele sorriu.

- Se você está feliz, também estou. Vamos fazer o seguinte, traga ele com você para o nosso jantar de amanhã, quero conhecê-lo.

- Mas já foram apresentados, o senhor estava na casa dele. Lembra?

- Sim sim, mas quero conhecê-lo melhor.

- Ta bom. Falei pegando mais uma colher de sorvete e colocando logo na boca estava bom demais. Estar aqui com meu pai, podendo contar as coisas pra ele e talvez ainda dê tempo de correr para a casa de Gabriel e rastejar pelo meu perdão à noite toda.

Era como sentir o gosto da felicidade.

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Comentários

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Eita, agora ferrou tudo, esse pai do chris é meio, suspeito,mas dar um voto de confiança pra ele

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Cap incrivel Danny, assim como a maioria acho q o pai do Chris vai tentar separa-los. Pelo q deu de perceber acho q ele vai lançar durante o jantar o fato de o Biel ter ido embora com o Carlos só os dois no carro dele, e como o Chris já jogou na cara do Biel q ele traiu o Lucas e pode trai-lo tbm, isso será só a faisca q necessita p q a polvora estoure e transforme td num incêndio master; Acho pouco provavel q ele tenha se interessado pelo Biel sexualmente falando. Ansioso por muito mais deste conto incrivel.

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Ou o pai do Cris vai tentar separar os dois, ou matar alguém, ou vai se interessar pelo Gabriel... Esse conto está uma maravilha...

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Concordo com o Geomateus acho que o pai do chris é do mal e vai aprontar alguma.

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