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Cap.2
As vezes me perguntava se isso era normal. Existir um sentimento tão estranho como o amor. Que me fazia não tira-lo da cabeça em nenhum momento, e que me deixava triste quando ele não ligava para mim. Mas assim era a nossa relação , e ele parecia não ligar se eu ficava triste ou não com o descaso que ele demonstrava ter com nossa relação.
- Oi Bobão ! - dizia meu único amigo e xará Tiago sentando ao meu lado no refeitório.
- Oi... Chegou tarde hoje ein ?
- É que o ônibus se atrasou um pouco.
- Sei... - Tiago e eu nos conhecemos pouco depois de eu entrar no colégio. Ele foi uma das poucas pessoas que me identifiquei dentro dele, já que ele vivia uma história que também parecia ser algo do destino. Mas no caso dele havia uma relação mútua dos dois lados.
- Porquê você não me confirma logo que está gostando de alguém ?
- Porquê não estou ! - ele sorriu...
- Óbvio que está. Eu vi ontem lá na Biblioteca ! Você é o Marcelo no maior agarra agarra - -arregalei os olhos, não queria que ele soubesse daquilo.
- Você sabe que não foi nada Sério. Ele apenas me beijou, só isso.
- Foi a primeira vez ontem ? - neguei com a cabeça - e você não me conta nada ?
- Não foi nada Sério ! Eu não precisava contar !
- Óbvio que precisava. E aí ? O que tem acontecido ?
- Não é nada demais Tiago, já falei - me chateava comigo mesmo, pois mesmo não gostando de tudo isso, eu não conseguia mudar. Eu queria ficar perto dele, mesmo que muitas vezes ele me menosprezasse. Parecia que essa era a única forma de amar que ele sabia demonstrar, afinal ele não era rude apenas comigo.
TEMPO DEPOIS
Ele ensaiava as músicas que apresentava representando a banda toda quinta feira. Eu sempre estava no estúdio nesses dias pra vê-lo ensaiar. Aquele dia não foi diferente. Não falava com ele, sabia que ele não gostava. Me sentava no canto, e ficava vendo todo o ensaio até terminar. Algumas vezes ele olhava pra mim, mas logo desviava o olhar. Como sempre eu o procurava, nunca ele me procurava. Quando o ensaio terminava, toda a banda saia. Quase sempre ficava apenas eu e ele na sala de música.
- Tiago ? - ouvir aquela voz alegrava o meu dia.
- O que foi ?
- Que tal cantar algo comigo ?
- Eu ? Mas eu não sei cantar...
- Vamos ver ! - falou, atirando repentinamente o microfone na minha direção. Acabei o pegando na sorte.
- Você tem certeza disso ?
- Quero ouvir você cantar ! - meio a contragosto comecei a ouvir a melodia tocar e embarquei na musica. Cantei. Sabia que não estava 100% afinado, mas já que ele queria, não o desapontaria. Cantava de olhos fechados, imaginando um mundo melhor, sem tristezas pra mim, quando de repente sinto algo pressionar a minha boca. Logo entendo o que era. Mais uma vez ele havia me beijado. Daquele modo que só ele sabia. Envolvente, matador, quase sem defeitos. Ele sabia beijar muito bem. Aquele dia ele foi um pouco mais além. Parecia que aquele dia ele queria um pouco mais de mim.
- Porquê você faz isso ein ? - perguntava bem baixo, como se quisesse uma resposta de mim mesmo, e não dele.
- Porquê eu quero !
TEMPO DEPOIS
Não nego que sempre gostei do modo que ele me beija. Ele é extremamente sedutor. Mas ficava zangado pelo fato dele não assumir uma relação. Uma relação unilateral, como se eu fosse o único a ter responsabilidades. A dele, era apenas me enlouquecer nas horas vagas, como sempre fazia. Essa era uma das frustrações que o amor tinha me provocado até ali.
TEMPO DEPOIS
Meu pai estava cada vez pior, fato que me fazia ficar cada vez mais na escola, e estava me entristecendo cada vez mais. Certo dia, decidi deixar a sala e ficar na biblioteca, em busca de um pouco mais de alegria nos livros. Lia um pouco, observava o ambiente um pouco. Pensava comigo mesmo, porquê será que ele é assim ? Uma hora me beija, outra hora se afasta de mim. Será sado ? Parece que ele gosta de me torturar sentimentalmente ? Será esse o problema ?
- EI ! Porquê você não está na sala ?
Continua
E aí ?? Gostaram ?? Me adicionem no face galera. Beijos. Obrigado por comentar