Eu tava morrendo de tesão. Queria chegar logo em casa, pra tomar um banho e esperar meu namorado chegar do trabalho. Sorte que a gente tinha combinado de se ver hoje, senão eu ia do outro lado da cidade atrás dele nem que fosse por uma rapidinha.
Meu pau estava tão duro que era até complicado me concentrar no trânsito. Era algo tão escandaloso que fiquei com vergonha inclusive quando uma senhora, num carro ao lado, olhou pra dentro do meu carro. Talvez ela nem tenha visto, mas senti minha face enrubescer. O foda disso tudo é que o Artur só chega lá em casa daqui a duas horas. Mais duas horas tentando controlar o tesão parecia impossível.
Só de lembrar daquele moreno lindo, magro mas com uma puta bunda carnuda boa de morder e aquela voz rouca sussurrando no meu ouvido que estava louco pra foder meu pau já me fazia querer arrancar a pica da calça no meio do trânsito e tocar uma só pra diminuir a sanha (iria diminuir mesmo?).
Passar o dia naquele escritório tinha sido um inferno. Volta e meia eu ficava de pau duro e um dos meus sócios, inclusive, entrou na minha sala bem na hora que eu tentava diminuir o escândalo que minha rola grossa causava na minha calça apertada.
— Tá necessitado, hein Raul? — Ele brincou antes de fechar a porta e esperar que eu me recompusesse.
Acho que ele sabia que se continuasse na sala e me olhasse com a mesma lascívia que fazia quando moramos juntos na república, eu quebraria o juramento de que nunca mais falaria disso de novo e faria um flashback ao vivo bem ali na mesa da minha sala. Para o bem da nossa sociedade, amizade e relacionamentos (o dele com uma bela loira, diga-se de passagem) era melhor que não trouxéssemos de volta esse episódio das nossas vidas. Mas que ele dava bem, preciso dizer, dava para caralho. Nenhum “heterossexual” que comi na vida rebolou com tanta vontade na minha grossa.
Mas eu estava muito bem com meu moreno.
Finalmente consegui chegar ao meu prédio, e rezei para que não tivesse ninguém para subir comigo os sete andares que separavam meu pau duro da minha casa. Felizmente, ninguém.
Já cheguei no corredor folgando a gravata e desabotoando os três primeiros botões da camisa. Depois que a porta se fechou com um leve baque, arranquei os sapatos e a o terno ao mesmo tempo. Fui deixando uma trilha de roupas pela casa enquanto a tirava, em direção ao meu quarto. Especificamente ao meu banheiro.
Fiz na minha mente a lista de coisas que deveria fazer antes do Artur chegar. Arrumar a cama. Ver se tinha camisinhas e lubrificantes. Pedir uma pizza. Tirar minhas roupas do meio da casa... mas meu raciocínio foi interrompido pelo barulho do chuveiro.
Eu já estava nu, mas nem pensei muito nisso. Até porque, as únicas pessoas que poderiam estar na minha casa, tomando banho no meu banheiro e que sabem o esconderijo da chave reserva no corredor do elevador são o meu irmão mais velho e o Artur. Mas o Roberto nunca vem aqui sem avisar.
– Meu neguinho chegou cedo. – Falei, quando vi a silhueta do seu corpo no box turvo de vapor.
– Vem tomar banho comigo, amor. – Ele falou, enquanto abria um pouco do box, com uma voz manhosa. Típica de quando ele quer me fazer obedecer sua vontade, mas sabe que sou marrento demais para isso.
Não respondi. Empurrei mais o box, e fiz meu corpo largo de quase 1,85 de altura se impor atrás dele. Empurrei-o para frente, encoxando-o enquanto me molhava com a água quente. Desliguei o chuveiro. Não ia desperdiçar aquele tanto de água toda enquanto punha em prática parte da putaria que tinha pensado só no tempo em que ouvi o chuveiro e entrei embaixo dele.
Minha cabeça já tinha encaixado na curva do pescoço do Artur, e eu comecei a cheirar e esfregar minha barba como eu sei que ele adora. Era um prazer ainda maior sentir sua pele morena arrepiar quando eu passava minha barba de forma suave. O que pra mim é suave. Mas como o Artur vive dizendo, até meus atos suaves são brutos.
Encaixei minha pica entre as bandas da sua bunda e senti ele suspirar, enquanto forçava com uma mão que eu continuasse a dar chupadas em seu ombro e pescoço. Minhas mãos estavam apertando seus mamilos, que estavam quase tão duros quanto seu pau.
– Pede. – Sussurrei em seu ouvido, enquanto mexia com o pau devagar no meio do seu traseiro.
– Me come, meu branquelo. Fode seu neguinho. Me faz gozar com essa tora grossa dentro de mim. – Ele arfava enquanto falava. Eu não sabia se o que pingava de sua pica cor de chocolate era resto da água do chuveiro ou seu pré-gozo. Mas eu sabia que se não fosse o liquido lubrificante, logo seria.
– Você tá cada dia mais puto louco por rola, Tu. – Dei um riso safado e mordi seu ombro, enquanto me afastava.
– Pra onde você vai?
– Pegar camisinha e lubrificante.
– Já que você impediu que eu fizesse a primeira parte da surpresa, não vai me impedir de fazer a segunda. – Ele agora me encarava de igual pra igual, mesmo que houvesse dez centímetros de diferença em nossas alturas. – Eu quero você em mim, sem capa e sem KY. A gente já namora há mó tempão, e fizemos checkup semana passada.
Me senti ainda mais apaixonado por aquele cara. E por isso mesmo perguntei:
– Não quer nem que eu vá pegar lubrificante? Não vou te machucar?
Ele matou nossa distância e puxou meu pescoço, para me beijar. É nesses momentos que eu percebo que é verdade quando o Roberto diz que eu posso até mandar na hora da foda, mas que quem manda na relação é ele.
Quando me dei conta estávamos num beijo quente, feroz. Levantei seu corpo, e ele cruzou as pernas atrás de mim, com meu pau encaixado na portinha. Apoiava seu corpo na parede, para que não houvesse perigo de cair e ele me segurava pelo pescoço. De alguma forma estávamos bem equilibrados. Forcei e senti seu rosto franzir.
– Calma. Deixa eu passar um pouco de cuspe. – Ele me olhou nos olhos. – Sempre tive essa tara, fazer da forma mais natural possível com meu homenzarrão das cavernas.
– Você vai ver como esse macho pré-histórico fode.
Cuspi em dois dedos e passei no seu buraco. Quase não controlo minha força e o machuco além do necessário ao colocar os dedos melados para dentro. Ele passou um pouco do seu cuspe no meu pau que estava mais hasteado que bandeira em 7 de setembro, e logo depois que tirei os dedos, encaixei a cabeçorra.
– Um ano te recebendo e ainda sinto a mesma coisa quando você toma posse do que é seu. – Seu sussurro no meu ouvido só me fez sentir mais prazer.
Comecei a fodê-lo com ritmo. Tentando sempre não ir com muita sede ao pote. A gente sabia o que acontecia quando eu me descontrolava. Não queria ter que explicar ao meu sogro que era por minha causa que o filho dele não estava sentando. De novo.
Artur gemia e puxava o meu cabelo com a mesma força que eu enfiava em seu buraco. Sua boca começou a beijar e morder meu pescoço, e eu o apoiei na quina da parede do banheiro para que pudesse dar atenção ao seu pau.
Meu namorado tinha um pau lindo. Reto, de tamanho e grossura ideais, uma cabeça proeminente e um sabor maravilhoso. Se eu não estivesse com tanto tesão em meter, provavelmente iria cair de boca naquele pedaço de chocolate que só eu desfruto.
– Eu vou gozar, Raul.
Larguei seu pau e aumentei a intensidade das fincadas. Lembro até hoje a reação dele quando fiz isso pela primeira vez. Sua cara de espanto quando ele gritou que ia gozar e eu larguei seu pau. Mas hoje em dia ele sabe que eu faço isso, e não é por egoísmo. A missão da minha vida é fazer ele gozar comigo estimulando sua próstata.
– Mais rápido amor, quero gozar sentindo meu macho branquelo me foder gostoso.
Acatei ao seu pedido. Minhas pernas já estavam fraquejando, mas eu tentei retardar um pouco, e permanecer naquilo que era um pedaço do paraíso no meio do meu banheiro.
Seu gozo voou entre nós dois, melando meu peito e o dele, no mesmo momento em que eu comecei a trilhar o caminho alucinógeno do gozo. Eu sabia que ele sempre fica mais sensível depois de gozar. Cogitei parar ali, mas seu olhar e meu tesão diziam não.
Depois de três metidas fortes e fundas eu gozei enquanto urrava alto. Fodam-se meus vizinhos. Eu queria sentir aquilo para sempre, meu pau dentro do seu buraco quente e apertado, e o meu gozo tomando os microespaços vazios.
Desmontar a posição sempre é mais complicada depois que se goza. E foi com um sorriso enorme de criança que ganha o melhor presente de natal de todos que nos olhamos, quando o chuveiro foi ligado outra vez.
– Gostou da surpresa, amor? – Ele perguntou naquela carinha que aparentava ser mais nova do que os seus 25 anos.
– Tanto quanto o Chewbacca ama o Han Solo. – Respondi rindo e logo depois o beijando. Star Wars nos unira, então sempre que possível eu fazia referência a esse nosso começo.
– Percebi pela canseira que me deu. – Ele falou sorrindo, após o nosso beijo. – Você nunca foi de foder numa posição só, não fui só eu quem tive surpresas, porque foi maravilhoso.
– Pensei em você e nessa sua bunda gostosa o dia todo. O Beto inclusive me pegou de pau duro.
Ele gargalhou da minha cara.
– Imagino o climão que não deve ter ficado.
– Que nada. Ele riu da minha cara, e eu fingi que nada tinha acontecido.
Puxei a toalha e comecei a me enxugar. Ele fazia o mesmo, enquanto olhava de soslaio pro meu corpo branco com pelos baixos espalhados por todo ele.
– Que sorte a minha te ter. E que sorte a sua eu ter chegado mais cedo, a gente mal acabou de transar e seu pau já tá duro de novo, Raul!
– Ah, Tu. Você sabe como é, né. Seu homem é um louco insaciável. Vem cá, vem.
Ele riu quando meu braço se encaixou em sua cintura, e eu o puxei para mim.
– A sorte é minha. – O beijei com entusiasmo. – Eu te amo
– Eu também te amo, meu branquelo.
– Agora liga pra uma pizzaria e pede duas pizzas família, porque eu vou estar morrendo de fome quando matar minha fome de você.
– É pra já – Ele falou, pegando o celular na pia.
Logo depois encaixou sua bunda no meu pau enquanto dava um sorriso safado, me encarando pelo espelho. É por isso – e mais inúmeras coisas – que eu amo esse cara.