O Acompanhante - parte XVII
Ficamos um tempo abraçadinhos, nos recuperando da gostosa foda que havíamos dado há pouco, depois fomos para o banheiro nos lavarmos. Parecendo adivinhar meus pensamentos, ela perguntou se eu havia notado que da outra vez que enfiei os dedos em sua xoxota, metido em seu cu, ela não havia sangrado. Explicou-me que seu hímen era complacente e se elastecia quando ela sentia dor. Mas nunca havia tido um orgasmo pela frente. Gozava pelo cu e mais ainda quando chupava alguém. Era como se seu grelo fosse o pinguelo da garganta. Por isso, sempre interrompeu o coito para me chupar. Era a primeira vez que eu ouvia falar que alguém gozava mais chupando que fodendo a xoxota, mas não disse isso a ela. Lavamos o sangue que nos sujara da sua "perda de virgindade" e voltamos para a cama. Ela me acariciou o peito demoradamente, depois perguntou de chofre:
- E você, qual a sua história?
Demorei um pouco a responder. Por fim, disse que eu não tinha uma história da qual pudesse me gabar. Meu pai não me considerava um cara inteligente, tanto que sempre me manteve longe da empresa imobiliária que possuía. Preferiu vendê-la, antes de falecer, do que me deixar assumi-la. Obrigava-me a fazer cursos e mais cursos, apenas para me manter ocupado. Não tive muitas namoradas e as que tive demonstraram estar mais afim da fortuna deixada por meu pai do que da minha pessoa. Nunca me destaquei como garanhão. Até porque minha mãe vivia o tempo todo criticando a mania do meu pai dar encima de tudo quanto era rabo de saia. Passei a detestar essa atitude dele. Ela, por sua vez, tinha vários amantes. Eu condenava a hipocrisia dos dois, apesar de admitir que ultimamente também tenho levado uma vida de relacionamentos inconstantes. Meu único amigo havia sido o detetive Otávio, que conhecera no ginasial. Mesmo assim, estava decepcionado com ele depois que descobri que tinha inveja de mim e até me preparou um golpe para tirar-me dinheiro. Na verdade, sempre fui um solitário, desde pequeno. Mesmo sem ter dificuldades para ganhar mulheres. Acredito que sou bonito e tenho um físico invejável. Também dizem que sou simpático, quando me esforço para isso.
Helena beijou-me os lábios ternamente. Disse que adoraria ter-me como namorado, mas eu já demonstrara não comungar bem com o tipo de sexo que ela gostava de fazer. Concordei com um aceno de cabeça. Realmente, eu não me sentia bem agredindo mulher. Ela começou a choramingar no meu peito, perguntando se aquela havia sido a foda de despedida. Pedi um tempo para pensar. Falei que seria precipitado responder naquele momento. Ela concordou. Mas pediu que eu fosse embora. Queria ficar sozinha. Perguntei-lhe se a sargento Alice iria demorar a se recuperar do efeito do tranquilizante que ela lhe aplicara e a médica respondeu que a policial só acordaria no outro dia, no meio da manhã. Que eu ligasse para ela, caso houvesse algum contratempo. Vesti minhas roupas, beijei-a levemente nos lábios e fui embora. Peguei um táxi e rumei direto para o meu apartamento. Já passavam das duas da madrugada.
Helena havia errado em suas previsãoes. Quando entrei no apartamento, todo às escuras, encontrei Danuza esparramada no sofá da sala. Estava visivelmente embriagada e vestia apenas uma camisa minha. Junto ao sofá, duas garrafas vazias de vinho estavam jogadas ao chão. Resmungou quando acendi a lâmpada da sala. Mas virou-se pro outro lado e voltou a roncar. Quando abri a porta do quarto onde a policial estava, deparei-me com ela de pé, olhando pela janela. O quarto estava às escuras e ela se escondia por trás das cortinas, olhando lá para o estacionamento do prédio. Levou um dedo aos lábios, pedindo que eu me aproximasse em silêncio e não acendesse a luz. Fiz o que pediu. Apontou-me para um carro que havia parado perto de onde eu descera do táxi. Disse que o carro pertencia ao policial que havia atirado nela. Gelei. Decerto o cara estivera me seguindo e agora viria até o apartamento.
A sargento disse que havia deixado sua arma no seu carro. Perguntou se eu tinha alguma em casa. Eu não tinha. Pediu-me qualquer objeto contundente. Eu tinha um martelo grande. Ela disse que servia. Peguei-o da caixa de ferramentas da cozinha e entreguei a ela. Avaliou seu peso e empunhadura. Aprovou-o como arma. Então, pediu que eu levasse a morena embriagada para o quarto e apagasse a luz da sala, que eu havia esquecido acesa. Danuza foi roronando em meus braços. Acariciou-me o rosto e quis me beijar a boca. Antes de conseguir, vomitou sobre mim. Tirei-lhe a camisa masculina que vestia e dei-lhe um rápido banho. Deitei-a na cama, cobri-a com um lençol e voltei para o banheiro do quarto de hóspedes para me lavar. O vômito fedia a vinho estragado e eu pensei em deixar de beber por uns tempos, tal a inhaca que ficou no meu corpo e nas minhas roupas. Lavei-me rapidamente e voltei para a sala às escuras.
A policial Alice estava postada ao lado da porta, encostada à parede, martelo em punho, esperando quem entrasse por ali. Pediu que eu saísse da linha de fogo, caso houvesse chance do sujeito atirar. Decerto viria armado. Fiquei ao seu lado, mas ela pediu que eu não intervisse. Deixasse que ela resolvesse a bronca. Parecia bem tranquila, enquanto eu estava visivelmente tenso. Poucos minutos depois, ouvimos a porta do elevador se abrindo. A espera foi dramática até percebermos a maçaneta da porta girando. A pedido da sargento, eu havia deixado a porta destrancada. Uma fresta de luz, vinda do corredor, iluminou um pouco a sala. A policial esperou. Uma mão invadiu o apartamento, pela pequena abertura da porta, tateando na parede. Decerto procurando um interruptor de luz. Seguiu-se um grito à martelada que Alice desferiu naquela mão, imprensando-a contra a parede. O sujeito abriu de vez a porta, com um revólver brilhante no outro punho. Uma nova martelada acertou-o no pulso, fazendo com que deixasse a arma cair no chão, dentro do apartamento. Pensei em apanhar o revólver mas a terceira martelada, desferida na testa do cara, fê-lo cambalear e cair de joelhos. O golpe final acertou-o na nuca, fazendo-o desabar de vez ao solo.
A policial Alice acendeu a luz da sala. O invasor estrebuchava no chão, revirando os olhos. Ela pediu-me ajuda para arrastá-lo até o sofá. O cara perdeu finalmente a consciência. Corri até a cozinha, peguei uma faca e fui até a área de serviços. Cortei uns varais de náilon e trouxe-os para a sargento. Ela agradeceu e amarrou fortemente o cara. Depois, sentou-se pesadamente no sofá. Estava resfolegando. Pensei que iria desmaiar. Dois minutos depois ela estava firme novamente. Com voz pausada, falou-me:
- Não estamos mais seguros aqui. Eles já sabem que te pedi ajuda.
- Eles, quem? - indaguei confuso. Antes, a policial havia desmaiado sem me contar quem a tinha baleado e quem queria sua morte.
- A capitã Verçosa - respondeu para o meu espanto - ela está mancomunada com a máfia do Jogo do Bicho. E está convencida de que a agenda está com você.
- Mas a agenda já não foi recuperada? - perguntei ainda confuso - A mulher do bicheiro, presa lá no motel, não estava com ela?
- Aquela era uma cópia falsa - afirmou - a loira foi esperta, não levando até você o caderno verdadeiro. A máfia ainda não está sabendo do desaparecimento do documento. Já o bicheiro, marido da loira Márcia, pressiona a capitã, que faz parte do esquema, para achar urgentemente a agenda. Márcia corre perigo. Vão pegá-la no presídio, onde está reclusa. Eu, você e a doutora também corremos perigo. Vão querer nos silenciar, para que todos que sabemos sobre a agenda não possamos falar sobre a existência da lista de milhares viciadas - concluiu.
- Podemos alugar algum apartamento até que se resolva essa situação - ponderei.
Alice concordou. Em seguida voltou a sua atenção para o policial desmaiado. Disse que era necessário interrogá-lo. Não podia contatar nenhum outro policial do quartel, pois não sabia quais deles participavam do esquema, junto com a capitã. Olhou para o relógio afixado na parede da sala. Pediu que eu levasse a mocinha embriagada para algum motel e ficasse por lá até de manhã. Depois, procurasse um lugar longe do bairro para alugar apartamento. Antes, ajudasse ela a descer até o seu carro com o policial à paisana desacordado. Consegui carregá-lo sozinho, evitando que ela fizesse mais esforço.
Cerca de vinte minutos depois, segui com Danuza ainda embriagada e vestindo as próprias roupas, para algum motel. A sargento tomou rumo ignorado com o policial amarrado e amordaçado. O cara ainda não despertara. Antes, ela havia pedido meu celular e aberto ele. Retirou uma espécie de mini microfone de dentro. Realmente, eu estivera grampeado o tempo todo. Como a capitã não tomara essa providência - a de "limpar" meu celular - tive que concordar com a afirmativa da sargento de que ela era cúmplice da máfia dos bicheiros. Alice também havia anotado para mim o número do seu telefone. Eu devia ligar para ela assim que tivéssemos um lugar para ficar.
Achei um motel na cidade vizinha de Paulista que ainda tinha quartos desocupados. Danuza ainda fedia a vômito, mas estava menos embriagada. Perguntou onde estávamos. Contei rapidamente o que tinha acontecido, enquanto a despia. Cambaleou ao meu lado até o banheiro. Dei-lhe um banho demorado, retirando-lhe a sujeira e fazendo-a despertar. Ela queria comer alguma coisa. Não havia comida decente no motel àquela hora. Perguntamos se tinha algum restaurante aberto por perto e nos indicaram um no centro da cidade que não fechava. Fomos para lá.
Comemos em silêncio, até que Danuza finalmente puxou conversa. Disse que queria falar com o pai, mesmo se fosse por telefone. Prometi ligar para ele assim que acordássemos pela manhã. Pediu-me, então, desculpas por ter se zangado comigo lá no apartamento. Disse que havia interpretado os sonhos que vinha tendo com o pai de forma equivocada. Chegara à conclusão de que eu é que era o cara que trepava com ela em seus sonhos eróticos. Como eu era parecido com o pai, confundira-se. Mas agora tinha certeza de que queria transar comigo, mesmo se eu não gostasse dela. Estava livre da promessa que fizera à mãe, de só se entregar a um homem quando descobrisse o paradeiro do pai. Admitiu estar muito carente. Queria fazer amor comigo.
Tentei argumentar que ela ainda estava muito confusa com os recentes acontecimentos. A briga com a mãe também a levava a tomar decisões equivocadas. Perguntou-me, então, olhando bem dentro dos meus olhos, se eu não sentia tesão por ela. Afirmei que sim, mas que não queria me aproveitar da situação. Aí ela disse que fingia dormir quando eu me masturbei entre as suas pernas. Estava me querendo, mas não conseguiu admitir. Esperou que eu a estuprasse. Queria muito que eu tivesse feito isso naquele momento, quando se masturbara assistindo ao vídeo pornô da mãe e do pai. Ficou mais apaixonada por mim quando eu a levei com carinho para a cama, sem molestá-la. Eu não era o cafajeste que havia fingido ser quando a conheci. Disse isso e aninhou-se em meu peito. Senti um repentino carinho por ela.
Na verdade, o que me incomodava era a sua invasão de privacidade para comigo. Simplesmente, ela havia se instalado em meu apartamento sem nem me pedir licença. E eu não gostava dessa intrusão. Também não queria me sentir comprometido. Por isso, havia sentido aversão por ela. Mas a garota era bem sincera e não se preocupava em expor seus sentimentos nem seus objetivos. Aí, lembrei-me do quanto tinha se exposto a médica Helena Mara perante a mim. Na verdade, eu já saíra da sua casa disposto a encerrar o meu relacionamento com ela. Resolvi dar uma chance a Danuza. Paguei a conta e voltamos para o motel.
Dessa vez, ela não tomou a iniciativa. Deixou pacificamente que eu a despisse e a posicionasse na cama. Quando tirei minhas roupas e deitei ao seu lado, quis me puxar sobre ela. Pedi que deixasse que eu comandasse o coito. Afirmou com a cabeça, num gesto mudo. Então, comecei beijando-a na testa e fui descendo pelo nariz, faces, boca e orelha. Ela se arrepiou toda quando falei baixinho ao seu ouvido que iria fodê-la de maneira inesquecível. Lambi-lhe os mamilos e ela gemeu baixinho. Estremeceu quando eu lambi sua barriga até enfiar a língua em seu umbigo. Abriu as pernas, esperando que eu lhe beijasse a vulva. Reclamou quando a virei de bruços, sem tocar em seu sexo. Descobri-lhe a nuca e beijei seguidamente, fazendo-a arrepiar-se toda. Fui descendo pelo meio das costas, deixando um rastro de saliva e arrepios. Empinou o bumbum quando mordi suas nádegas, uma após a outra. Aí, descontrolou-se quando lambi seu cuzinho rosado. Quis fugir de mim, dizendo que sentia cócegas. Segurei-a firmemente e introduzi a língua em seu ânus. Relaxou, concentrada no prazer que minha língua lhe proporcionava. Depois fui descendo com a boca, procurando outras áreas de prazer em seu corpo. Percebi que adorou quando beijei-lhe as panturrilhas. Quando chupei seus dedos dos pés, com carinho, virou-se de frente. Fui subindo com a língua entre suas coxas até beijar-lhe a vulva. Lambi seus lábios vaginais e o pinguelo. Ficou imediatamente encharcada. Ela já não aguentava mais de tesão, pedindo que eu a penetrasse logo. Coloquei-lhe a cabecinha, mas ela estava muito tensa. Sentiu dor quando tentei invadir-lhe a vulva. As três tentativas seguintes foram em vão.
Então, levantei-me e sentei-me numa cadeira que havia no quarto. Pedi que sentasse no meu colo e tentasse ela mesma introduzir meu pênis em si. Veio de costas, apoiando uma das mãos na minha coxa enquanto a outra apontava o pau para a sua abertura. Tentou introduzí-lo mais de meia dúzia de vezes e parava vencida pela dor antes de conseguir. Pedi que ficasse de cócoras, apoiada com ambos os pés em meus joelhos. Apoiou o corpo com dificuldade até tocar com a xoxota na minha glande intumescida. Ajeitei-a com ambas as mãos e, quando senti que a cabecinha havia entrado um pouco, apesar da sua expressão de dor, baixei-a delicadamente, mas com firmeza. Ela estrepou-se em meu pau, dando um gritinho demorado, tentando erguer-se. Pedi que relaxasse. Ela ficou por um momento tensa, depois baixou-se de vez ao encontro ao meu pênis. Choramingou por um instante, depois começou a fazer os movimentos de cópula. Senti seu sangue virginal escorrendo em mim. Ajudei-a nos movimentos que, no início, foram bem lentos. Quando levei as duas mãos aos seus seios, no entanto, ela empreendeu um galope rápido. Quase gritou que estava gozando. Beijei-a na nuca e depois enfiei a língua em seu ouvido. Ela deu um salto do meu colo, retirando-se totalmente do meu pênis e depois desceu a vulva de vez, enfiando-se até o talo. Ficou mexendo com as ancas, querendo me encaixar o mais profundo possível. Aí virou-se de frente para mim, sem tirar de dentro, e abraçou-me fortemente. Ficou me mordendo com a vulva em repetidos orgasmos. Agora chorava em profusão, dizendo-me do quanto estava bom...
Fim da Décima Sétima Parte