Eu Não Vou Desistir de Você | 17º Capítulo | GRAN FINALE

Um conto erótico de Ralph
Categoria: Homossexual
Contém 1642 palavras
Data: 19/08/2015 20:31:41
Última revisão: 19/08/2015 21:12:49
Assuntos: Gay, Homossexual, Romance

Bom galera, muito obrigado a todos que comentaram e viveram comigo a experiência de EU NÃO VOU DESISTIR DE VOCÊ. Cada comentário, cada um que leu foi bem importante para mim. Sejam elogios, sejam críticas. Foi muita boa a participação de todos. Espero escrever outros contos e crescer em qualidade. Muito obrigado mesmo pela atenção aos mínimos detalhes da história, pela paciência de quem aguardava as pausas de até 1 mês entre os capítulos, enfim, obrigado por tudo galera. Valeu aí e boa leitura ;) :::A Manfred & Cia comemorava 1 ano sob minha jurisdição e organizamos um coquetel. A empresa cresceu como nunca. Até mesmo Alyne e seu novo marido (um diplomata americano) foi convidada. Que saudades da minha doce Marie Claire.

O clima era totalmente leve e descontraído. Exceto por Jorge... Este estava inquieto e frio, como de praxe. Nos encaramos diversas vezes e quando fui ao banheiro, fui surpreendido por uma porrada do pai de meu ex. A consciência se foi e a pergunta se ecoou na minha cabeça "o que houve e porque?"

*** Algumas horas antes ***

O apartamento treme quando a porta de madeira é violentamente aberta.

- Jorge Morgado Ferreira Júnior, vem aqui agora. - ordena o impaciente executivo Jorge Morgado.

- O que foi, seu escroto? Quer quebrar meu apartamento? - diz Jorge, em estado detreriorado, indo de encontro ao pai.

Pah! Ao xingar seu pai, Jorge sentiu o peso da mão de seu velho.

- Ai...

- Vai xingar aquela puta da sua mãe.

- Puta? Só porque ela te largou? Ela que sabia quem você era.

- Cale a boca, viadinho de merda. Você fede, esse lugar fede. Olha seu estado. Fumando crack de novo, é seu bostica? - Jorge odiava ser chamado de bostica.

- A vida é minha.

- Olhe só para você. Magro até os ossos. Por isso aquele viadão quis qualquer um menos você. Você é fraco, drogado e inconsequente.

- E você? Um arruinado, falido, interesseiro e... assassino.

O tapa ecoou pelo apartamento. Debilitado pelas drogas, Jorge caiu no chão.

- Hoje vai ter o tal coquetel. Tome um banho e esteja lá. Senão... Você vai finalmente encontrar sua mamãe.

Jorge Pai virou as costas e saiu do apartamento quase quebrando a porta.

Jorge Filho demorou a se reerguer, teria que ir a festa. Seu pai havia sido supremo e, havia também, o desejo de ver seu eterno amor... Ralph Sullivan Castro.

*** Enquanto isso

- É hoje, amor. - Digo ao meu marido que se encontra na cama, lendo um livro.

- É hoje. Pegou nossas roupas na lavanderia?

- Mandei Neide pegar. Temos que estar lindos.

Com malícia, Pedro responde:

- Muito, muito lindos. Hoje a noite promete. - diz me puxando contra seu corpo - Promete.

*** De volta a festa ***

A porta do banheiro se abre e alguém se junta a Ralph e Jorge Pai.

- Correu tudo bem?

- Sou eficiente. Falei desde o ínicio.

- Ótimo. Tire-o daqui.

- Não esqueça o prometido.

- Não desonro minha palavra.

- Ótimo.

- Ótimo.

Enquanto dois seguranças, junto á Jorge tiravam Ralph da festa pela janela do banheiro, Jorge Filho enchia a cara no bar, quando ouve uma voz em seu ouvido:

- Olha se não é o perdedor.

- Calado, Pedro. Você me enoja.

Jorge vira as costas e saí de perto de Pedro quando, em prantos, Suzane, a eterna mão-direita de seu Jorge o aborda:

- Jorge.

- Que foi Suzane? - diz Jorge, já bêbado.

- Seu pai.

- O que tem aquele filho da puta?

- Ele levou Ralph embora.

- Não sabia que papai curtia o babado. - diz Jorge Filho, fazendo piada.

- Não é nesse sentido.

O semblante caiu e Jorge se tocou dos planos de seu pai.

- Puta merda.

Jorge rodou a festa toda atrás de Pedro.

- Pedro. - disse ofegante.

- Fala, seu alcoólatra.

- Meu pai sequestrou o Ralph.

- Caramba. - Pedro fez uma cara de desespero. - Para onde ele foi?

- Eu não sei ao certo, mas tenho uma palpite.

- Tem?

- Existe um penhasco nas redondezas da cidade. Lá meu pai assassinou minha mãe. Ele pode ter levado Ralph para lá.

- Caramba. Sabe chegar lá?

- Sim. Vamos a vida de Ralph está sob perigo.

- Vou ligar para a polícia antes de irmos.

- Uma ova. Vem logo.

Jorge pegou Pedro pela gola e o levou para o carro.

Jorge estava alcoolizado, misturado a tensão, o velocímetro não abaixava de 150km/h. O carro seguia e passou por uma viatura. Se iniciará ali uma perseguição policial.

- Merda. Encosta, Jorge. A polícia.

- Melhor assim. Eles vão chegar mais rápido a cena do crime.

15 minutos depois Jorge e Pedro param o carro no tal penhasco junto á 3 viaturas que o seguiram. Ao chegar, dão de cara com Jorge Pai, os capangas e o corpo de Ralph sendo chutado pelos mesmos.

- Que porra é essa? - diz Jorge Pai.

- Agora você vai ter o que merece... Bostica.

Os policiais perceberam a situação e renderam os bandidos.

- Vocês estão presos.

Devido ao excesso de velocidade, Jorge explicou a razão e foi compreendido e nem sequer foi detido.

- Ralph. - Pedro, chorando, se juntou ao corpo estirado no chão de seu amor. - Meu amor, você tá bem?

- Pedro.

Pedro se surpreende ao ver seu esposo reagir.

- Você tá vivo.

- Está doendo... Muito.

Jorge chega correndo ao casal e analisa.

- Eu liguei para a ambulância, a polícia já foi. O lugar é afastado, vai demorar. Vamos colocar ele no carro. Ele não pode esperar.

Pedro e Jorge colocaram Ralph no automóvel e seguiram até o hospital mais próximo. 2 dias depois, Ralph foi transferido para o Albert Einstein a pedido de Pedro.

Ralph passou todo o tempo em coma induzido.

*** Sete Dias depois ***

- Vigia de porta de UTI, pode ir embora.

- Pedro, por favor, eu só quero ficar aqui para acompanhar a melhora do Ralph. Eu o amo.

- Ele não gosta de você Jorge, qualquer coisa eu te ligo.

- Okay. - Jorge saiu do hospital aos prantos. Estava muito triste pelo jeito que Pedro jogara a verdade na sua cara.

- Perdedor. - diz Pedro quando Jorge se ausenta.

Pedro entra no quarto e encontra Ralph ainda desacordado.

- Agora somos eu e você, meu amor.

Pedro foi chegando perto do leito de Ralph com um travesseiro em mãos. Quando...

- O que você está fazendo, Pedro? - diz o médico de Ralph entrando no quarto.

- Carlos, porra. Que susto. - Pedro havia levado um susto muito grande com a entrada do médico. - Concluindo meu trabalho, oras.

- Você é doente? Mata a mãe dele e agora vem matar o garoto?

- Cala a boca porra. Já passaram algumas horas que eu apliquei o sonífero, ele pode acordar a qualquer momento.

- Eu não vou tolerar isso. Você está indo longe demais. Porque não pegamos logo o dinheiro e vazamos, eu e você.

- Calado. Você me largou sozinho em São Paulo com 16 anos.

- Mas e aquela história de nós quando você veio aqui visitar dona Lucélia.

- Cala a porra da boca, eu te odeio Carlos, não existe nós.

- Eu vou acionar a segurança, seu doente.

- Vai acionar caralho nenhum.

Bang! O tiro ecoou pelo quarto. Pedro havia atirado em Carlos.

- Agora é sua vez. - diz, virando-se quanto se depara com Ralph em pé, boquiaberto com o que presenciara.

- Você é um monstro.

- Você me largou aqui, Ralph. A gente podia ter tido uma vida linda juntos.

- Você matou minha mãe.

- Sim, e digamos que seu pai não sofreu atentado á toa.

- Você é louco.

- Quem na vida guarda uma aliança por 2 anos?

- Eu vou embora.

Ralph correu até a porta quando ouviu um barulho e sentiu uma pontada na beira da coluna.

- Filho da puta.

- Agora eu termino minha vingança contra aqueles que me abandonaram.

A arma estava apontada para a cabeça de Ralph quando a segurança do hospital e Jorge chegam ao quarto.

- Fudeu. - Pedro se vê cercado.

- Você está rendido.

- O caralho.

Pedro jogou a arma no chão e se jogou pela janela.

Jorge estava chocado com aquilo. Paramédicos correram para socorrer Carlos e Ralph.

Jorge seguiu a maca que levava seu amor até a sala de cirurgia.

*** 3 Meses Depois ***

90 dias. Jorge passou 90 dias inteiros ao lado de Ralph. Os médicos o desenganaram. O estado era crítico.

- Jorge.

- Oi doutor.

- Não podemos fazer mais nada por seu amigo. Teremos que desocupar o leito. Sinto muito.

Jorge começara a chorar e então, solicitou:

- Posso ficar mais um tempo com ele.

- É claro.

O doutor deixou o quarto. Jorge foi a cama de Ralph, se debruçou sobre seu corpo, envolveu sua mão com a de Ralph e fez um apelo.

- Ralph, eu te amo. Volta, volta pra mim, meu amor, vamos ser felizes juntos. - A mão de Ralph apertou a de Jorge.

- Obrigado. Eu também te amo. - e sorriu. - Jamais esqueci você, eu te amo Jorge.

Jorge era só emoção. Começou a gritar de felicidade. O doutor correu para a sala:

- O que houve? O que houve?

- Ele voltou, doutor. - Jorge abraça o doutor. - Obrigado.

- É um milagre.

***

Pedro não morreu com a queda pois Ralph estava nos primeiros andares. Portanto, só quebrou algumas costelas, a bacia e foi a julgamento por formação de quadrilha, homicídio e tentativa de homicídio. Seu "parceiro" Jorge foi julgado pelos mesmos crimes e pelo assassinato de sua esposa, anos atrás. Ralph, devido ao tiro, se tornara paraplégico, mas tinha sempre seu verdadeiro amor para cuidar dele. Ralph e Jorge venderam tudo que tinham no Brasil e foram morar em Nova York, perto de Alyne, até mesmo por causa da filha que Ralph prometeu ser sua. Lá, o casal montou uma empresa própria, adotaram uma criança e viveram longos e felizes anosO amor que Ralph e Jorge tinham um pelo outro, sempre existiu. Isso era inegável, motivo de discussões entre Ralph e Pedro, inclusive. Ao longo do tempo, um ensinou o outro a viver. A vida deles foi bem tumultuada, isso é verdade. Mas, nada, nada, nada apaga um AMOR VERDADEIRO. Agradeço aos leitores pela atenção e aos colaboradores pela preciosa ajuda, beijo grande e até a próxima.

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Comentários

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No começo do conto pensei que Jorge e Ralph iam ficar juntos, depois pensei que não, depois que sim, depois pensei que não, agora tenho certeza que dim, kkkkkkkkkkkkk, oloko aconteceu muita coisa nesse "Gran Final" espero que vc continue escrevendo... Bjs :*

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Eu gostei do Pedro sabia que tinha algo por trás, merecia era morrer! Amei seu conto Parabéns!

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Q cachorro esse Pedro, teve a coragem de enganar o Ralph... Vagabundo... Mas amei o conto...

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