O Acompanhante - Parte XVIII
Para mim, não foi uma boa foda. Não que tenha ficado insatisfeito em foder o rabo da loira Márcia. Foi muito gostoso. É que eu estava tenso, preocupado que o guarda corrupto do presídio voltasse antes que eu pudesse acertar a fuga da ex-mulher do bicheiro. Ela estava tão carente de rola que quis tirar o atraso, sem nem se preocupar com o que estava por vir. Disse que algumas presidiárias quiseram fazer sexo com ela a pulso, mas se considerava heterossexual convicta. Tinha horror até de pensar em ralar numa xana.
Finalmente satisfeita, perguntou o que eu tinha para conversar com ela. Meu plano era simples: entreguei-lhe as chaves do carro e disse que ela corresse para ele assim que fugisse do presídio. Também aconselhei-a a afastar-se das presidiárias em fuga, pois estavam sendo usadas para a armadilha preparada pela capitã. Eu fingiria que ia pegar um mecânico no centro do Recife e ficaria aguardando-a em algum local combinado. Deixei meu celular com ela. Prometi ligar-lhe por volta das nove da noite, caso não a visse no ponto onde marcamos de nos encontrarmos. Escondeu as chaves e o celular na regada da bunda e vestiu-se rápido, beijando-me apressadamente os lábios depois. É que já ouvíamos o barulho dos passos do guarda se aproximando de onde estávamos.
Quando ele invadiu a pequena sala, sem bater à porta, eu estava dando um dinheiro a Márcia. Agradeci a ela pela foda e prometi voltar mais vezes. Ela guardou a grana no sutiã, por baixo do costume presidiário que vestia, e disse que me esperaria ansiosa. O carcereiro, no entanto, olhava todo desconfiado para nós. Achei que estava estranhando a intimidade repentina que eu consegui com a loira. Pediu-me para eu esperar um pouco e escoltou a mulher de volta para a cela. Quando voltou, contava o mesmo dinheiro que dei para Márcia. Deve ter surrupiado dela. Mas eu não manifestei nenhuma reação ao vê-lo com a grana. Na verdade, meu plano estava dando certo. Requeri, finalmente, a minha ligação para o mecânico. Pediu o número. Eu tinha um cartão na carteira e entreguei a ele. Era de um mecânico conhecido meu. Fez, ele mesmo, a chamada. Disse onde estava meu carro, esteve falando por vários minutos ao telefone e, com cara desanimada, desligou. Explicou-me que o cara só iria poder vir no dia seguinte, pois estava com uma bronca pesada para resolver.
Eu disse ao guarda que iria fechar bem o carro e pegar um táxi para ir embora. Voltaria no outro dia. Ele quis me cobrar mais grana para vigiar meu carro até minha volta com o mecânico. Não lhe dei mais dinheiro. Então, ele falou que não se responsabilizava pelo automóvel. Se fosse roubado, seria problema meu. Disse isso em tom de ameaça. Dei de ombros. Agradeci a atenção, saí do presídio e atravessei a rua em direção ao meu veículo. O guarda da guarita não tirava os olhos de mim. Bati as portas e o capô do carro, após ter fingido dar mais uma olhada no motor. Meu objetivo, no entanto, era colocar a peça que eu havia removido de volta ao seu lugar. Consegui, apesar do olhar do vigia armado estar grudado em mim. Peguei, também, a arma da sargento que estava escondida sob o banco do motorista e guardei sob a camisa.
Cerca de meia hora depois, aproximou-se um táxi. O taxista ficou cismado por eu estar próximo a um matagal, mas logo relaxou quando viu o vigia armado olhando para nós. Entrei no carro e indiquei-lhe o caminho: um barzinho que margeava a estrada, não muito longe dali. Já estava escurecendo. Pelas minhas previsões, eu não precisaria esperar muito. Convidei o motorista para comer alguma coisa, pois eu estava realmente com fome depois da foda com Márcia. Ele ficou indeciso, mas resolveu-se a fazer um lanche. Paramos no bar indicado por mim, que eu havia visto quando rumava para o presídio. A garçonete era uma morena muito simpática e sorridente. Limpou a mesa onde nos acomodamos e perguntou o que queríamos. Pedi uma macaxeira com charque. Ele pediu o mesmo. Comemos em silêncio, depois ele puxou conversa. Contei que o carro havia pifado bem na frente do presídio e meu mecânico só iria vir rebocá-lo no outro dia. Ele engoliu a história junto com o prato regional.
Quando paguei a conta das duas refeições, a garçonete cochichou ao meu ouvido que estava perto de largar. Insinuou que poderíamos nos divertir em qualquer lugar que não fosse ali. Mas que eu não a confundisse com uma puta. Estava apenas querendo se divertir e, conforme me disse, não tinha namorado. Falou que havia simpatizado comigo e gostaria de me conhecer melhor. Eu já estava satisfeito da minha foda com a loira Márcia. Perguntei ao motorista do táxi se estaria interessado. Ele fez um gesto obsceno, depois falou baixinho para mim que a mulher era uma tremenda ladra. Decerto iria querer me afanar uma grana. Voltei-me para ela e declinei do convite. Ela pareceu ter ficado chateada. Não lhe dei mais atenção.
O taxista agradeceu-me pela refeição e me ofereceu uma carona até o centro da cidade. Eu disse que iria ficar tomando umas e depois iria embora. Ele deixou-me um cartão, caso eu quisesse que ele viesse me apanhar mais tarde. Agradeci e guardei o cartão. Podia precisar mesmo dele para alguma emergência. Uma mulata entrou no bar e seu corpanzil chamou a atenção dos clientes, a maioria do sexo masculino. Afora a garçonete e a mulata, havia mais duas mulheres no recinto. Ambas denotavam ser prostitutas e seus companheiros tinham todo o jeito de caminhoneiros. A mulata entrou numa parte reservada do bar e voltou, pouco depois, usando um avental de garçonete. A outra cochichou em seu ouvido, apontando discretamente em minha direção. A mulata sorriu para mim. Fiquei desconfiado. Perguntei-me o que estariam pretendendo aprontar comigo...
Depois que a mulata assumiu o bar, a garçonete anterior pediu licença para sentar à minha mesa. Expliquei que queria ficar sozinho, mas ela fez que não ouviu. Pediu um copo à moça que a rendera, encheu-o com a minha garrafa de cerveja e sorveu um longo gole. Tornou a encher o copo. Depois, disse que eu tinha sido o único freguês a rejeita-la. Outros, ficariam contente em tê-la como companhia. Menti, dizendo que havia brigado com minha namorada e não estava muito afim de papo. Foi pior. Aí foi que ela se esforçou para ficar perto de mim. Afirmou saber como curar minha tristeza. Pedi licença e fui ao sanitário. Era um gabinete limpo, a despeito das paredes de azulejos estarem todas pichadas. Escondi melhor a arma, colocando-a por dentro da cueca e bem encima do pênis. A frieza do metal me incomodou, a princípio, mas depois me adaptei. Quando sai do WC, a mulata fez sinal para que eu me aproximasse discretamente. Pedi o cardápio em voz alta e fingi ler, enquanto ela dizia baixinho para eu tomar cuidado com a mulher que estava sentada à minha mesa. Afirmou que ela era uma ex-detenta, acostumada a roubar dos clientes. Todos a evitavam. Estava me avisando porque nunca havia me visto por ali.
Agradeci a amabilidade e voltei para a mesa. A garrafa de cerveja que eu acabara de pedir já estava vazia. Minha acompanhante perguntou se podia pedir outra. Eu mesmo fiz sinal para a garçonete para que trouxesse mais uma cerveja. Ela fez questão de terminar de encher os dois copos. Quando eu ia beber um gole, a mulata pegou discretamente em meu pulso. Piscou-me um olho e trocou rapidamente meu copo pelo da moça que estava a minha mesa, aproveitando-se de um descuido desta. Afastou-se e depois fez novo sinal a mim, para que eu ficasse de olho. Não entendi a que se referia. Minha acompanhante continuou insistindo para irmos para algum outro bar. Agarrou-se a mim, fingindo carência. Mas senti uma de suas mãos entrando sorrateiramente em meu bolso.
Assustou-se quando fiz pressão em seu braço, impedindo que que retirasse um punhado de notas de dinheiro do meu bolso da calça. Arregalou os olhos quando retirei-lhe a grana das mãos, olhando furioso para ela. Levantou-se, verteu a cerveja do copo de um só gole e cuspiu no chão. Pegou minha garrafa quase cheia e foi-se com ela para uma outra mesa. Sentou-se e passou a tomar do gargalo. Não liguei. Pedi outra cerveja e sorvi lentamente, feliz por ela ter saído de perto de mim. A mulher nem chegou a beber a garrafa toda. Arriou na mesa, como se estivesse dopada. Então, percebi porque a mulata havia trocado nossos copos. A ladra havia colocado algo na bebida, esperando que eu ficasse grogue. Agradeci à mulata, fazendo um sinal com o polegar levantado. Dez minutos depois, avistei Márcia estacionando meu carro lá fora do bar. Ela entrou pouco depois e caminhou diretamente para mim. Disse que não podíamos ficar muito tempo ali. A polícia estava seguindo-a. Teríamos que nos livrar do carro.
Pensei rapidamente. Pedi sua ajuda para carregar a ladra desacordada até meu carro. Disse que depois explicaria meu plano, mas antes ela deveria fingir acordar a mulher. Mesmo sem entender o que eu pretendia, Márcia foi até ela. Eu permaneci sentado à mesa. Ela balançou a ladra pelos ombros e nada dela acordar. Então, a loira pediu ajuda a alguns fregueses para leva-la até o carro. Dois se propuseram a ajuda-la. Carregaram a dopada até o estacionamento e ajudaram Márcia a senta-la na cadeira do carona. Ela agradeceu e deu partida. Os clientes voltaram para o bar no momento em que eu pagava a conta. A mulata perguntou quem era a loira. Eu disse que ela veio me pedir ajuda para levar a prima bêbada para casa. A mulata ficou me olhando desconfiada. Eu pisquei-lhe um olho dizendo que iria aproveitar a carona. Quando agradeci sua ajuda novamente, ela anotou um telefone num guardanapo. Em seguida, deu-me um "selinho" na boca e entregou-me o papel. Pediu que eu ligasse sem falta. E que tomasse cuidado com as duas mulheres. Afirmou não conhecer a galega e por isso temia que eu me metesse em encrencas.
Quando me aproximei do carro, Márcia estava enciumada. Viu a mulata me beijar e eu retribuir o beijo. Menti, dizendo que ela era uma antiga namorada. Mesmo assim, ainda ficou zangada. Perguntou, finalmente, por que eu tinha pedido para trazer a bêbada pro carro. Contei rapidamente o acontecido, desde a minha chegada de táxi, enquanto manobrava o veículo para uma estrada secundária. Ela havia saído do estacionamento e depois voltado, quando os dois clientes que a ajudaram retornaram ao bar. Loira esperta. Contei-lhe meu plano. Ela aprovou-o imediatamente.
Quinze minutos depois, o taxista nos apanhava na estrada perto do bar. Agradeceu por eu ter-lhe feito a chamada. Márcia me devolvera o celular que eu deixara com ela. Deixamos as chaves do meu carro na ignição, com a ladra adormecida no banco do motorista, arriada ao volante, depois nos afastamos para que eu pudesse telefonar pro taxista. Márcia estava vestida com umas roupas que eu havia deixado no assento de trás. Jogara fora o costume da penitenciária. O taxista comentou a fuga de algumas detentas, conforme ouvira no rádio, sem desconfiar que conduzia uma delas. Márcia pediu-me para pararmos num motel qualquer. Não me fiz de rogado.
Assim que entramos no quarto, ela quis tomar um banho. Disse estar enojada do banheiro imundo da prisão. Insinuei tomarmos banho juntos, mas ela preferiu se molhar sozinha. Fiquei frustrado, pois o assédio da ladra e da mulata havia me deixado com tesão. Tirei toda a roupa, menos a cueca, deitei-me na cama, escondi a arma sob o travesseiro e liguei o televisor. Estava passando o telejornal. Falavam da fuga de presidiárias, porém sem tocar no nome de Márcia nem dizer que ela era mulher do bicheiro. A capitã apareceu numa entrevista dizendo que a fuga tinha fracassado. É que haviam recuperado todas as fugitivas. Sorri, satisfeito. Esconder o fato de que Márcia estava foragida atestava a suspeita da sargento de que a capitã era pau mandado da máfia dos bicheiros.
Márcia saiu do banheiro. Toda nua. A visão do seu corpo escultural me deixou de pau duro novamente. Ela sussurrou que não quis que eu me banhasse com ela porque pretendia me dar um banho de língua inesquecível. Já não tinha tanta urgência em trepar como da última vez. Apenas pediu que eu ficasse de pé ao lado da cama. Fiz o que pediu. Virou-me de costas. Começou me lambendo a nuca, descendo lentamente com a boca pelo meio das costas, após enfiar a língua em meus ouvidos. A cada ato, eu me arrepiava todo. Continuou o passeio por meu corpo, até chegar ao meu ânus. Chupou-o com carinho. Abri mais as pernas para facilitar-lhe o ensejo. Mas ela continuou descendo com a boca, depois de mordiscar minhas nádegas por cima da cueca. Quando roçou a boca por trás das minhas coxas e depois nas dobras dos meus joelhos, tive um prazer repentino. O pau quase vara a cueca. Beijou meus pés e chupou meus dedos, como se fizesse uma gostosa felação. Aí, virou-me de frente para ela.
Começou a fazer o percurso inverso até chegar na minha cintura. Foi arriando a cueca ao mesmo tempo que me beijava o umbigo, tremulando a língua nele. Mordiscou meus pelos púbicos sem tocar na minha glande. Cheirou meu pênis e aspirou profundamente seu odor. Eu estremecia a cada toque seu em volta do falo. Lambeu meus testículos até deixa-los bem molhados. Finalmente, arregaçou o prepúcio e tocou com a língua a glande. Estremeci novamente. Foi engolindo meu pênis até o talo. Fazia-o com dificuldade, às vezes engasgando. Eu sentia-o invadindo a sua garganta. Ela ia adaptando-se ao seu comprimento e grossura. Então, abriu desmesuradamente a boca e começou a fazer movimentos com a cabeça. Masturbava-me a glande com a goela. Era uma sensação maravilhosa. Apertava, com certa firmeza, meus testículos em uma das mãos. Era uma sensação agoniada e prazerosa ao mesmo tempo. Aos poucos, meu gozo foi se formando no meu âmago.
Fim da Décima Oitava Parte