A FREIRA E O NEGRÃO DE ESTIMAÇÃO - Parte 02

Um conto erótico de Ehros Tomasini
Categoria: Heterossexual
Contém 2460 palavras
Data: 25/09/2015 00:14:02
Assuntos: Anal, Heterossexual, Oral

Minutos após Iago ter saído do quarto, Mirtes ainda estava perplexa. E excitada. Permaneceu deitada de bruços, relembrando o tesão que sentiu ainda a pouco. Parecia que os dedos de Iago ainda massageavam seu ânus. Ficou piscando seu buraquinho com um sorriso safado. Depois esteve fantasiando a cabeçorra do pau do negrão invadindo-lhe o cu. Teve um mini orgasmo com esses pensamentos. Estava arfante e suada quando levantou-se, de repente, e vestiu-se de qualquer jeito. Saiu do quarto e procurou um dos criados. Perguntou onde ficavam os aposentos do motorista. Pouco depois, bateu à porta do quartinho.

Iago estava colocando umas poucas roupas numa bolsa tipo escolar. Não olhou em direção à freira, mas sabia que era ela quem estava no umbral. Ela aproximou-se e tomou-lhe a sacola das mãos. Disse que não aceitava a sua demissão. Ele retrucou, sem se alterar, que era contratado do seu pai, por isso voltaria outro dia para tratar diretamente com ele. Ela pediu desculpas por seu comportamento lá no quarto. Ele disse que aceitava as desculpas e também as devia a ela, mas não dava mais para continuar trabalhando naquela casa. Então, ela viu que ele havia deixado a chave na fechadura pelo lado de fora. Num movimento rápido, fechou a porta e retirou a chave. Disse que ele só iria embora depois que seu pai voltasse. Iago não retrucou.

Mirtes voltou para o seu quarto, com um sorriso triunfante no rosto. Pensava que, depois de algum tempo trancado, ele voltaria atrás da sua decisão de ir embora. A caseira olhava para ela, divertida. Quando a freira percebeu, perguntou de que ela ria.

- A senhora gostou dele, não é dona Mirtes? - a caseira não deixava de sorrir amigavelmente - Aqui, todo mundo gosta dele. Até o patrão o trata como se fosse um filho. Mas ele é rebelde, faz apenas o que quer.

- Ele tem família ou residência fora daqui? - inqueriu a freira.

- Não, senhora. Está conosco há quase vinte anos. Quando chegou, disse que era órfão, mas nós achamos que ele não quis admitir que veio de alguma família miserável e que, talvez, tenha vergonha disso. Mas é uma ótima pessoa. - declarou a caseira.

Mirtes esteve pensativa, depois deu meia volta. Seguiu, novamente, em direção ao quartinho onde encontrara Iago. A porta continuava fechada. Tirou a chave de um dos bolsos do roupão de banho que vestia e abriu-a. Para a sua surpresa, não havia ninguém lá dentro. Voltou-se e viu a criada ainda sorrindo, ao longe. Mirtes ficou furiosa. Chamou a mulher até perto de si e perguntou como ele havia escapado.

- Ele devia ter uma chave guardada aí dentro. Certa vez, a residência foi invadida por assaltantes e nos trancaram, todos, dentro deste quartinho. Ele pegou uma arma que guardava sob o travesseiro, catou as chaves dentro do guarda-roupas e abriu a porta, pegando os caras de surpresa. Dominou-os, desarmou-os e prendeu-os neste quartinho até a chegada da polícia, dona Mirtes.

A freira olhou em volta. Havia várias estantes repletas de livros, no quarto. Abriu o guarda-roupas e encontrou-o atulhado de livros. Só umas toalhas de banho e roupas de cama, bem dobradas e cheirosas, completavam as pilhas de livros.

- Ele é muito estudioso, dona Mirtes. Gasta todo o seu salário em livros. Nunca foi à escola, mas sabe ler e escrever corretamente. E se expressa muito bem - elogiou a caseira.

- Um autodidata - disse a freira como se estivesse falando para si mesma.

Nisso, ouviram um carro parar em frente à enorme residência. Já era noite e a rua estava totalmente às escuras, por causa de uma queda na rede elétrica desde o final da tarde. Ambas viram um senhor de tez clara descer de um táxi. Pagou ao condutor e despediu-se dele. Depois, entrou pelo enorme portão. Mirtes e a caseira foram encontrá-lo. A jovem abraçou-se a ele, que a beijou com carinho. A caseira perguntou se ele precisava de algo. Após sua negativa, retirou-se discretamente, deixando os dois sozinhos.

*******************

Iago havia pego um ônibus em direção ao centro do Recife. Não tinha para onde ir. Passaria a noite nalgum barzinho que estivesse aberto dia e noite. Lembrou-se do Mustang, na Avenida Conde da Boa Vista. O local estava lotado, pois devia ser dia de futebol televisionado. Conseguiu uma mesa desocupada e acomodou-se a ela. Quando olhava em volta à procura do garçom, eis que avista a bela morena que viu desembarcar no aeroporto, quando foi apanhar a freira. Ela também o reconheceu e sorriu para ele. No entanto, quando Iago ia devolver-lhe o sorriso, um cara loiro sentou junto dela. A Iago, pareceu que ela quis educadamente se livrar do cara, mas o sujeito era insistente. Pediu um refrigerante ao garçom e, quando este o trouxe, ofereceu-o à linda morena. Ela falou-lhe alguma coisa ao ouvido e levantou-se calmamente da mesa, sem tocar no refrigerante. Caminhou em direção ao negrão e, ao chegar à sua mesa, perguntou se podia sentar-se.

Iago estava surpreso. Gaguejou-lhe a resposta afirmativa. Ela deu-lhe um sorriso maravilhoso e ajeitou-se na cadeira de forma bem feminina. Iago perguntou se ela queria beber algo. Ela aceitou um copo da sua cerveja, que estava estupidamente gelada. Ainda maravilhado com a presença da morena, o rapaz não sabia como iniciar a conversa. Ela, depois de sorver um gole do copo que o garçom havia atenciosamente trazido assim que ela levantou-se da outra mesa, perguntou:

- Lembra-se de mim? Esta é a segunda vez que nos encontramos, hoje.

- Oh, lembro-me perfeitamente da senhorita, sim - disse Iago já recuperado da surpresa de ela tê-lo escolhido para companhia - E acho que se chama Mirtes, não é?

- Muito observador. Gostei. Adoro homens perspicazes, mais ainda se forem negros - disse ela de um jeito bem sedutor - Imagino que tenha adivinhado meu nome ao me ver olhar para o cartazete que portava no aeroporto, não é?

- Pois é, bem notado - admitiu ele - e é bastante incentivador que adore minha cor. Significa que tenho chances de conquistá-la?

Ela sorriu maravilhosamente e encostou a boca em seu ouvido, sussurando:

-Já me conquistou. Só falta combinarmos como vamos passar o resto da noite. Alguma sugestão?

Iago teve ereção imediata. Sorriu e também sussurrou-lhe ao ouvido, dizendo que a noite ainda era uma criança. Não precisavam ter pressa. Ela mostrou-se satisfeita por ele não ser desses apressadinhos. Passou-lhe os braços em volta do pescoço e deu-lhe um beijo suave no rosto. Depois tomou outro gole de cerveja e perguntou o que ele fazia na vida.

- Atualmente, nada. Sou o mais novo desempregado - respondeu ele, sem nenhum constrangimento.

Dessa vez ela tocou-lhe os lábios com os seus. Ele ia corresponder ardentemente ao beijo, quando alguém sentou na cadeira à sua frente. Era o loiro que havia oferecido o refrigerante à morena. O cara já estava um tanto embriagado. Sem olhar para Iago, perguntou a Mirtes:

- Prefere a companhia de negros a de gente decente, travesti?

Iago gelou. Era como se tivesse levado dois tapas na cara: um pela ofensa e outro por não ter percebido que a morena era um tremendo traveco. Ainda olhava espantado para ela, quando esta respondeu:

- Prefiro a companhia de pessoas decentes, não me importa a cor. E nem sempre acredite no que lhe dizem. Às vezes as mulheres dão as desculpas mais esfarrapadas para se livrarem de certos tipos.

Aí o cara meteu a mão sobre a mesa, querendo apalpá-la entre as pernas, na intenção de encontrar ali um membro masculino. Mirtes afastou-se de um pulo, evitando que ele conseguisse seu intento. Iago também foi rápido. Um murro violento acertou o sujeito no nariz, espirrando sangue pra todo lado. Formou-se um pequeno tumulto quando as pessoas que estavam próximas se levantaram quase ao mesmo tempo, temendo uma briga no bar. Mas o loiro arriou a cabeça sobre a mesa, perdendo os sentidos por causa da pancada. Num instante, o garçom que os atendia chegou acompanhado de dois policiais. Uma senhora que estava sentada sozinha na mesa vizinha, no entanto, tomou a frente do casal e falou com os policiais a favor de Iago. Contou do procedimento racista do cara e da ofensa contra a moça. Os militares quiseram deixar o caso por isso mesmo, mas a senhora se disse advogada. Lembrou-os de que racismo é crime inafiançável e intimou-os a irem todos à delegacia. Iago agradeceu à advogada, mas asseverou que o sujeito já havia tido o merecido. Outras pessoas, no entanto, achavam que o cara deveria ser punido na forma da Lei. Acabaram indo para a delegacia Iago, Mirtes, a advogada e o loiro, que fez todo o percurso até lá desacordado.

O sujeito era filho de um coronel do Exército. O pai, num instante, veio até a delegacia negociar sua soltura. Teve um bate-boca com a advogada, que não estava disposta a deixar o caso sem punição. A arenga desenrolou-se por várias horas até que a senhora conseguiu um acordo. Foi paga uma indenização por danos morais. Não se tocou no assunto de Iago ter-lhe quebrado o nariz com um murro. O rapaz quis abdicar de sua parte da grana para a nobre advogada, mas ela disse que o dinheiro era seu por direito. Ainda confidenciou-lhe que conhecia o loirinho de longas datas e ele sempre causava confusão nos bares que frequentava. Ela queria mesmo puni-lo de alguma forma. Sabia que ele tinha "costas quentes", mas sentia-se feliz em ter atingido o pai coronel, que não soubera educar o filho direito, segundo ela.

Quando finalmente saíram da delegacia, a nobre senhora os convidou a tomar umas cervejas em outro bar. Iago e a morena se entreolharam e decidiram aceitar o convite. Afinal, a advogada havia tomado as dores e os defendido o tempo todo. No entanto, o que queriam mesmo é estar à sós. Pegaram um táxi e rumaram para um bar bem aconchegante e intimista, onde um pianista tocava música romântica bem baixinho. Sentaram numa mesa bem no canto e pediram uma cerveja. A advogada queria um uísque e Iago anunciou que a conta seria dele. Aí Mirtes perguntou de chofre o que ela achava da redução da idade para responsabilidade penal a menores.

- Sou a favor - disse a advogada - mas o Estado tem que mudar sua forma de tratar o criminoso nas cadeias. Deve deixar de tratar o crime enquanto patologia.

- Como assim? - quis saber a morena.

- Veja, diz-se que o menor comete crimes por conta da sua condição social. Que a pobreza leva à delinquência. Errado. Filho de rico também rouba e até mata. São talvez mais cruéis que o filho do pobre. Quantos casos de assassinatos de pais vemos na TV, com requintes de genialidade e crueldade, cometidos pelos próprios filhos? - disse a distinta senhora.

- Então, qual seria a solução? - inqueriu Iago.

- Temos que aceitar que o que leva à criminalidade é a índole - afirmou - já que uma família pode ter dez filhos e apenas um ou outro partir para a criminalidade. Se todos foram educados do mesmo jeito, passaram pelas mesmas privações, por que uns da mesma família se tornaram criminosos e outros não? E o que dizer de filhos que tiveram as melhores escolas, não passam privações financeiras e, mesmo assim, caem na senda do crime?

Iago e Mirtes ficaram calados. Não souberam responder.

- Índole. Simplesmente índole. Não importa a classe social, a índole criminosa pode estar presente - arrematou a advogada.

- Certa vez eu li sobre bem estar social - disse Iago - um conjunto de normas que regem de comum acordo determinado grupo de pessoas. Se um indivíduo quebra essas normas, de maneira a prejudicar esse bem estar, é afastado do grupo em prol da hegemonia. Foi como surgiram as primeiras prisões, os primeiros juízes, os primeiros advogados: para que se fosse aplicada uma pena justa. No entanto, hoje em dia, alguns assistentes sociais insistem em manter maus elementos junto a grupo de pessoas idôneas, e muitas vezes esses delinquentes causam más influências. Principalmente a menores e adolescentes, induzindo-os à prática de roubos e uso de drogas. Esses elementos não deveriam ser afastados e esses assistentes responsabilizados por defender suas permanências junto ao grupo?

- É complicado - rebateu a advogada - certo dia, defendi uma senhora que lutava com unhas e dentes quando a polícia vinha buscar algum delinquente de sua comunidade, acusado de roubo. Mesmo contra a vontade da população local, conseguia que tais menores não fossem levados. Isso os incitava ao senso de impunidade. Até que, um dia, dois desses menores estupraram uma menininha de dez anos. Temendo serem denunciados por esta, mataram-na estrangulada após o ato. A comunidade, revoltada, culpou a assistente pelo ocorrido. Diziam que, se ela não os tivesse defendido, eles estariam longe de lá, sem chances de cometerem tal crime. A pobre mulher acabou perdendo um filho, assassinado pelo irmão da menininha, que quis vingar-se. Ela perdeu um filho e o rapaz, que era uma boa pessoa, perdeu sua liberdade.

Mirtes e Iago estavam consternados com a triste história. A advogada fez uma pausa para tragar um gole e pedir outra dose. Então o rapaz sentiu uma mão sobre sua coxa. A mão subiu até seu membro, que logo ficou mais volumoso. Uma garçonete aproximou-se e serviu a senhora sem perceber o que se passava sob a mesa, pois o ambiente era muito escuro. Mirtes encostou a cabeça no ombro do rapaz, que movimentou a mão à procura do vão entre as pernas dela. Mas parou de chofre, quando lembrou que o loiro havia dito que ela era um travesti. Estivera na dúvida, desde o incidente no bar. Procurou qualquer traço de masculinidade na morena, lá na delegacia, e não encontrou. Mesmo assim, temeu achar uma trolha ali, quando metesse a mão entre as suas coxas. Preferiu esperar pra ver até onde Mirtes iria chegar.

A advogada voltou a puxar conversa, e discursar sobre penalidade para menores, mas Iago já não a escutava. Olhando para a senhora, quase sem piscar, como se estivesse prestando atenção ao que ela dizia, a morena agora usava as duas mãos para libertar da calça o membro enrijecido do jovem. Conseguiu bem rápido. Ela começou a movimentar uma das mãos, numa punheta bem lenta. Quando o pianista iniciou um novo momento musical, com acordes mais rápidos, ela aumentou também a velocidade da masturbação. Mirtes, porém, não deixava de prestar atenção à senhora, até respondendo algumas perguntas desta. Aí Iago sentiu um pé roçando sua perna, e percebeu que não era da bela morena. Quase não disfarçou a surpresa no rosto, quando olhou para a senhora. Esta também fingia apenas conversar com a moça, alisando-o com o pé. O rapaz ficou mais excitado ainda. Começou a sentir o gozo aflorando. Ao perceber seu pau pulsando, a morena aumentou a rapidez dos movimentos do punho. Sem conseguir se conter, o rapaz expeliu um forte jato de esperma.

Fim da Segunda Parte

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