Quando expeliu o derradeiro jato, Iago sentiu uma tontura repentina. Atribuiu o efeito à bebida e à gozada gostosa que dera, masturbado pela bela morena Mirtes. A advogada olhava para ele, mas não disse nada. Apenas levou o copo à boca, baixando o olhar. O rapaz imitou-a, sorvendo um demorado gole de cerveja. Mirtes beijou-o rapidamente na orelha, fazendo-o ficar todo arrepiado, e pediu licença para ir ao banheiro. Reinou um silêncio na mesa, até que a distinta senhora puxou conversa:
- Não sabia que eram namorados, senão não teria incomodado vocês. Com certeza, impedi que tivessem um noite deliciosa a sós.
- Na verdade, nos conhecemos hoje - respondeu Iago ainda com voz arrastada por causa do esforço desprendido na gozada - e temos muito a agradecer à senhora, por haver intercedido em nosso favor.
- Oh, não me chame de senhora. Aliás, que falta de educação a minha: ainda não fomos apresentados. Meu nome é Carminha - disse a advogada estendendo a mão ao jovem.
- Iago - disse o rapaz apertando com determinação a mão dela - e a morena se chama Mirtes. A falta de educação foi toda minha. Devia ter-me apresentado desde antes de irmos à delegacia.
Carminha reteve a mão do rapaz entre as suas por um momento, com um sorriso maravilhado no rosto.
- Iago... um nome bonito e pouco comum. Encantada. E é um belo espécime masculino - disse ela com um toque malicioso na voz.
Iago percebeu que a senhora aproveitava a ausência da morena para se insinuar para ele. Antes, o rapaz não havia notado-lhe o interesse, até porque não havia prestado muita atenção nela. Ela devia ser uns quinze anos mais velha que ele, apesar de ser uma coroa conservada. Quase não tinha barriga e os seios eram pequenos e firmes. Como ela vestia um blazer, não dava para ele ver se tinha cintura curvilínea. Não era bonita, mas também não era de se jogar fora. Demonstrava estar realmente afim dele, pois o olhava fixamente. De repente, ela voltou a baixar a vista, dessa vez visivelmente constrangida.
- Desculpa, eu aqui me enxerindo para você, que deve me ver como uma velha decrépita e assanhada. Tem razão. Devo ter idade para ser sua mãe - disse ela acanhada.
- Não acho que a senhora seja tão idosa. E ainda é bastante atraente - elogiou ele.
- Está vendo? Tornou a me chamar de senhora - reclamou ela - prova de que a diferença de idade entre nós conta muito para você.
- Oh, desculpe - disse ele sem graça - é que eu não a tinha visto ainda como mulher, e sim como uma amiga. Na verdade, tive pouquíssimas namoradas. E confesso que nunca me relacionei com alguém que estivesse acima da minha faixa etária.
- Isso significa que poderíamos ter um "affair", caso você não estivesse acompanhado? - perguntou maliciosamente ela.
Iago olhou-a fixamente, antes de responder. Entre ela e a morena, escolheria Mirtes. No entanto, o que o filho do coronel disse lá no outro bar, insinuando que a bela era um travesti, deixou-o com uma pulga atrás da orelha. Considerava-se um heterossexual convicto e nunca tivera tendências para relacionamentos gays, apesar de não se achar preconceituoso. Respeitava todas as escolhas sexuais, mas ficava incomodado quando assediado por bichas. Percebendo que a coroa estava ansiosa pela resposta, falou finalmente:
- Acho que daríamos uma foda gostosa, sim, se eu não tivesse encontrado Mirtes antes de você, lá no bar. Não acho justo deixá-la na mão, até porque ela já havia perguntado para mim como acabaríamos a nossa noitada - confessou ele.
- Ah, eu sabia que estava empatando a foda - disse ela com ar triste - e peço realmente desculpas. É que percebi você assim que chegou lá no Mustang. Confesso que fiquei imediatamente interessada. Estou já há algum tempo sem sexo, por isso adoraria ter você em minha cama, hoje. Até porque eu acredito que a sua acompanhante não voltará para a mesa. Ela acaba de deixar o bar, depois que saiu da toalete.
Iago olhou para o lado onde ficava a saída. A essa altura, já fazia quase quinze minutos que Mirtes havia pedido licença para ir ao banheiro. O gabinete feminino tinha a porta aberta e a luz apagada. Fazia sentido o que a advogada lhe dizia. Fez sinal para que o garçom se aproximasse e perguntou discretamente pela morena que os acompanhava. Ele confirmou a sua saída, entregando-lhe um bilhete.
- Ela pediu que eu só entregasse quando o senhor estivesse de saída. Sugeriu que o senhor só o abrisse quando sozinho - falou baixinho o garçom, entregando discretamente uma folha de papel, dobrada e cheirando a perfume feminino.
Iago agradeceu e guardou o papel no bolso, fazendo de tudo para que a advogada não percebesse seu gesto. Mas ela estava atenta à conversa e parecia saber ler os movimentos labiais das pessoas. Sorriu gentilmente, dando a perceber que confirmara o fato de que a morena havia ido embora.
- Sinto muito. Eu, realmente, não pretendia estragar a noite de vocês. Sentia-me sozinha e deprimida, por isso convidei-os a este bar. Estava apenas querendo um pouco de companhia.
Para Iago, ela estava sendo sincera. Quanto a ele, não tinha mesmo para onde ir e pretendia passar a noite bebendo sozinho em algum bar, se não tivesse encontrado a morena. Não estava mesmo afim da coroa, apesar de não descartá-la como parceira sexual. Mas não achava nada demais fazer-lhe companhia, já que ela admitia precisar disso.
- Eu não tinha planos para hoje à noite. Portanto, a senhora não deve se sentir culpada. Aliás, eu nem tenho para onde ir. Pedi demissão do emprego, hoje, e pretendia passar a noite em algum bar que não fechasse, para não gastar dinheiro com hospedagem - confessou ele.
Ela deu um largo sorriso de contentamento, ao ouvir suas palavras. Pegou em suas mãos e disse quase eufórica:
- Mais um motivo para ir para a minha casa. Você sabe dirigir? Se a resposta for sim, considere-se meu novo empregado. Como bebo diariamente, evito dirigir para não pegar multas nem perder minha carteira. Ao invés de eu ter que tomar um táxi, você passaria a ser meu motorista e me levaria para onde eu quisesse, depois me traria de volta para casa. Contanto que não beba em serviço.
- Coincidentemente, eu sou motorista, senhora - disse ele, imediatamente notando que o tratamento desagradava a advogada. Pediu desculpas e continuou - Passei quase quinze anos trabalhando para um mesmo patrão. Porém, havia me decidido tirar umas férias antes de aceitar um novo emprego.
- Vamos fazer um trato - disse ela resoluta - você tira umas férias morando lá em casa, até se decidir que quer ou não trabalhar para mim. Ou para qualquer outro. Prometo não força-lo na decisão, está bem?
Iago pensou um pouco e decidiu-se a entrar num acordo com ela. No entanto, disse que só daria sua resposta definitiva, de aceitar ou não a sua oferta de hospedagem, no dia seguinte. Ela topou na hora, apertando sua mão em sinal de compromisso. Assim, disse ao rapaz:
- Então, paguemos a conta e peguemos um táxi lá pra casa. Não quero passar nem mais um minuto sem tê-lo em minha cama.
Iago já havia, discretamente, colocado o pênis melecado para dentro das calças e fechado o zíper. Chamou novamente o garçom, fez questão de pagar toda a conta e deixou-lhe uma polpuda gorjeta. O homem ficou contente ao ponto de fazer questão de chamar-lhe um táxi. Pouco depois, o casal rumava para a residência da advogada Carminha, que foi o tempo todo abraçadinha a ele, com a cabeça apoiada em seu ombro. Estava verdadeiramente feliz por ter o rapaz como companhia.
O amplo apartamento da advogada ficava num suntuoso condomínio fechado, no bairro nobre de Boa Viagem, zona sul do Recife. Ela dispensou a governanta, liberando-a dos afazeres da noite. Pediu que ela fosse para casa, pois queria ficar a sós com Iago. A mulher, que devia ter a idade do rapaz, elogiou a escolha da patroa, depois de olhar com cobiça para o negrão. Assim que a moça os deixou na ampla sala, ele pediu que a coroa lhe levasse até um banheiro, pois estava "apertado". Ela disse que ele podia fazer xixi na suite do seu quarto, levando-o até lá. Mas Iago queria mesmo era lavar seu sexo, que permanecera sujo de esperma desde a gozada lá no bar. Ela pareceu perceber que ele queria ficar sozinho, pois disse que iria pegar uma dose de uísque para ela. Perguntou se ele queria alguma bebida. No entanto, advertiu que não havia cervejas no freezer. Iago perguntou se havia Campari e ela sorriu satisfeita, dizendo que iria preparar uma dose com suco de laranja para ele.
Quando a advogada voltou, estava vestida com uma lingèrie transparente, preta, sem nada por baixo. Iago aprovou com um sorriso o corpo sinuoso da coroa. Ela trazia uma dose em cada mão e estendeu uma delas oferecendo o Campari ao rapaz. Este já estava tomando uma ducha de água morna, após lavar o sexo. Ela sorriu de aprovação ao ver o membro do rapaz. Era grande e grosso, apesar de estar em descanso. Ele deu um gole na bebida e depositou o copo numa prancha de acrílico no banheiro. Ela também deixou seu copo junto ao dele e tirou a roupa transparente, entrando debaixo do chuveiro como Iago. Tomou-lhe o sabonete das mãos e passou suavemente no corpo dele. Começou pelo tórax, depois foi descendo até seu sexo. Ensaboou ali, olhando fixamente para o pênis. Enxaguou bem, pegando o membro com carinho, sem encarar o rapaz. Sorriu contente quando percebeu o falo aumentar de tamanho. Desligou o chuveiro e ajoelhou-se entre as pernas de Iago, ficando com o rosto quase colado ao seu cacete que agora estava quase completamente ereto.
Era um pau enorme, negro e brilhante, com a cabeçorra de cor puxando mais para violeta do que rosada, como comumente as glandes são. A coroa beijou com carinho toda a extensão do mastro do rapaz, cheirando-o algumas vezes, demonstrando mais ternura do que gula por sexo. Iago fechou os olhos e voltou o rosto para cima, curtindo o afago. De repente, teve a cabeça do pau engolida. Carminha fazia notável esforço para introduzir, goela adentro, aquele cacete o máximo possível, como uma exímia engolidora de espadas. Depois de engasgar-se algumas vezes, conseguiu seu intento. Iago sentiu os lábios da coroa tocar-lhe os pelos púbicos. Ela ficou movimentando o rosto, como se quisesse ter na boca, também, seus bagos. A mulher retirou todo o membro de si, depois tornou a engoli-lo. Fez isso várias vezes, até conseguir a proeza com mais facilidade. Iago ajudou-lhe nos movimentos, segurando sua cabeça com as duas mãos, fodendo-lhe a goela com seu pau duro e escorregadio. Ela gemia de prazer, um gemido sufocado pelo tamanho e grossura do membro dentro de si.
De repente, retirou todo o pau de dentro da boca, puxando o rapaz em direção ao vaso sanitário, pedindo de forma muda que ele sentasse na tampa da bacia. Iago fez o que lhe foi pedido e ela sentou-se em seu colo, de costas, empalando-se aos poucos em seu mastro. Desistiu várias vezes, até que ele pegou um pouco de creme de cabelo e lambuzou toda a vara. Aí ela tentou de novo e conseguiu esconder todo o membro do rapaz dentro de si, se bem que com visível esforço, algumas vezes abrindo desmesuradamente a boca, dando mostras de que o sexo dele lhe rasgava as entranhas. Começou a galopar o cacete do rapaz, cada vez gemendo com mais gosto. Iago prendia seu próprio gozo, querendo fazer demorar o coito. Num dos movimentos de Carminha, o mastro libertou-se completamente do reto dela. Quando ela voltou a sentar-se, o rapaz pegou o membro com uma das mãos e apontou-o para a entrada da vagina da coroa. Ela quase deu um grito.
- Por aí, não. Eu tenho a entrada estreita e o útero muito baixo - disse afastando-se dele.
Iago puxou-a de volta ao seu colo, mas ela estava temerosa. Ele passou o dedo em torno do ânus dela, voltando a sentá-la. Ela mesma pegou na rola do rapaz e foi introduzindo no cu, devagar e penosamente, até conseguir escondê-la totalmente. Deu uma pausa para se recuperar do esforço. Ficou piscando o buraquinho, causando uma sensação tesuda nele. Aí o rapaz não conseguiu mais se segurar. Pegou-a pelas ancas e meteu fundo, quase de forma violenta. Explodiu em gozo no túnel estreito dela.
Fim da terceira parte