Fui até a sala, ele estava lá, sentado no sofá.
Eu: Sobre o que você quer falar?
Ele: Nós dois. Você gosta de mim?
Eu: Para quê você quer saber?
Ele: Devon, você tem medo de quê? De eu estar brincando com você?
Naquele momento resolvi falar a verdade. - É exatamente isso!
Ele: Pois pode ficar tranquilo porque não estou!
Eu: Me desculpa Paul mas não consigo acreditar! Depois de dois anos, de uma hora para outra de repente você simplesmente vem me dizer que sente algo por mim? É meio estranho!
Ele: Pode ser, mas com um tempo vou fazer você acreditar que falo a verdade.
Ele veio até mim, me deu um selinho e saiu.
Naquele mesmo dia a tarde, me arrumei, iria ver a senhora...
Ele havia ido trabalhar.
Peguei o cartão e me mandei...
Não era muito longe, ficava no mesmo bairro, fui andando mesmo, com um tempinho cheguei.
Entrei, era uma espécie de lojinha. Na entrada tinha uma prateleira enorme com vários objetos exotéricos, curtinas coloridas nas paredes, estrelas e luas no teto, o balcão ficava do outro lado e tinha uma porta que dava em outra sala...
Logo ela apareceu e deu de cara comigo. - Demorou hein?
Eu: Você lembra de mim?
Ela: Claro que sim.
Eu: Estava em dúvida se vinha ou não!
Ela: Você fez uma boa escolha! Me acompanhe.
Fui com ela até a tal sala... Lá era escuro, tinha uma mesa com duas cadeiras uma em frente a outra. As paredes eram pintadas de azul escuro, na mesa havia uma vela acesa e não havia nada sobre ela além disso.
Eu: Achei que aqui seria cheio de búzios, baralho e tudo mais.
Ela: Não trabalho com essas coisas. Sente-se! - Ela falou sentando também.
Sentei e ela me olhou... Fiquei meio incômodado!
Ela: Não sinta medo! Quando vi você e seu amigo aquele dia, senti uma energia poderosa vindo dos dois, era algo forte, muito sentimento junto... Fiquei confusa e gostaria de descobrir o que seria!
Eu: E?
Ela: Não é coisa só dessa vida, creio que vocês tem pendências a serem resolvidas de outras vidas passadas!
Eu ri. - Tá brincando?
Ela ficou bastante séria. - Estou com cara de quem está brincando?
Me assustei...
Ela: Me dê sua mão.
Coloquei minha mão na mesa e ela a pegou, ficou olhando...
Neste momento fiquei todo arrepiado, ela passou um tempo com os olhos fechados, soltou minha mão e levantou ficando de costas para mim.
Eu: O que foi?
Ela: Quer mesmo saber?
Eu: Claro que sim. Estou aqui para isso!
Ela: Em outra vida vocês foram inimigos, há bastante ódio envolvido, vocês voltaram nessa vida para se redimirem, mudar o sentimento um do outro.
Eu: Ódio?
Ela: Na vida passada, ele te matou! - Ela virou para mim.
Eu: O quê?
Ela: Veja bem, quando algo assim acontece, não é nada fácil as duas almas se darem bem na vida atual, é como se de certa forma mesmo sem lembrar, elas carregassem o ódio, irão haver várias provações, várias brigas e discórdias entre vocês!
Eu: Mas... Mas a gente pode mudar isso?
Ela: Claro que sim, vocês vieram para esta vida justamente para mudar isso, acabar com este ódio!
Eu: Não sei nem o que dizer!
Ela: O que há entre vocês?
Eu: Sou gay!
Ela: Eu sei.
Eu: Ele se declarou a alguns dias.
Ela: Nossa! - Deu um sorriso.
Eu: Mas não sei se acredito.
Ela: Tenta, talvez dê certo. Vocês estão nesta vida para aprenderem a se amar!
Eu: Tenho medo, faz dois anos que convivemos e só agora ele vem se declarar... Você mesmo acabou de dizer que vão haver provações, brigas e discórdias.
Ela: Sinto muito, mas o que tiver de acontecer vai acontecer, e você não vai podêr impedir! Vocês podem se redimir ou levar o ódio para outra vida, depois outra e outra... Suas almas são velhas e já tem uma longa jornada de ódio.
Me deu um aperto no peito...
Ela: Mas não sinta medo, você é uma boa pessoa, sinto sua áurea, e não se pode julgar as pessoas, o vi de longe e senti que ele também é! O problema com vocês é de alma, mas precisa ser resolvido! Vocês só irão descansar quando este ódio mudar... Dizem que o ódio e o amor andam de mãos dadas. - Ela pegou na minha mão.
Eu: ...
Ela: Olha, se quiser me encontrar novamente estarei aqui!
Eu: Sim, acho que vou vir.
Ela: Será um prazer acompanhar a história de vocês de perto.
Eu: Quanto foi?
Ela: Nada. Lembra que eu disse que não cobraria?
Eu: Tudo bem então...
Ela me deu um beijo e saímos para a loja.
Comprei uma caixa de incenso porque eu amo e me despedi.
Saí de lá pensando em tudo, será que há algo que não sei nesse interesse repentino dele em mim?
Fui até a casa de Sam, entrei pois tinha a chave, ele estava no sofá.
Eu: Cadê o Max?
Ele: Saiu, foi fazer compras, mas vem já.
Eu: Preciso falar algo que acontece comigo, você não vai acreditar!
Ele: Me deixou curioso, fala logo!
Eu: Eu te disse que o Paul tá dando encima de mim...
Ele: Sim, mas já disse para ficar de olhos abertos para mão se machucar!
Eu: Sam, no dia que vim cuidar de você uma senhora muito estranha veio pedir para ler minha mão, disse que tinha coisas para falar de mim e do Paul!
Ele revirou os olhos. - Você caiu nesse papo? Sabe muito bem que aqui é cheio desses trambiqueiros querendo roubar dinheiro dos outros.
Eu: Aí é que tá, não deixei, mas ela me deu seu cartão e disse para visitá-la e que não cobraria!
Ele fez uma cara de interrogação.
Eu: Também fiquei meio admirado e muito curioso! No tempo que passei aqui cuidando de você esqueci, e...
Ele: O quê?
Eu: Acabo de vir de lá.
Ele: Fala logo, estou morrendo de curiosidade!
Contei tudo exatamente como ela me disse, ele ficou sério...
Eu: E então?
Ele: Olha, se eu fosse você iria outras vezes, procuraria mais respostas para saber se realmente é verdade tudo isso.
Eu: Tenho medo!
Ele: De quê?
Eu: De ser verdade e ele me machucar de alguma forma!
Eu: Pode ser você a machucar ele. Ninguém sabe! Sinceramente eu estou em choque com as coisas que estão acontecendo nas nossas vidas ultimamente. Eu era completamente cético!
Eu: Realmente, eu nunca imaginei passar por algo assim. E você e o Max?
Ele: Tá um saco não poder fazer nada, gostaria de transar, mas não posso!
Eu: Tá, tá, perguntei na parte sentimental, seu tarado!
Ele riu...
Eu: Mas relaxa que daqui a pouquinho vc vai poder tudo!
Ele: Esse ferimento tinha que ser logo na coxa perto da virilha! Que droga.
Eu ri...
Max entra pela porta. - Devon, você acabou de sair daqui e já está aqui novamente?
Eu: Vim pegar meu cel que esqueci. - Menti. Sam não queria contar das nossas experiências espirituais.
Max: Encontrou?
Eu: Sim. - Peguei no bolso e mostrei para ele. - Vou indo nessa, depois a gente se fala mais. - Falei para Sam e ele piscou.
Me despedi e fui para o AP, chegando lá ele não estava. Fui para o meu quarto, tomei um banho, vesti uma cueca, ascendi um incenso e fui dormir assim mesmo, não tinha nada para fazer naquele dia...
Com um tempo, acordei sentindo um peso encima de mim, abri os olhos e o vi, ele voltou a me beijar, estava entre as minhas pernas, o beijo estava uma delicia e não resisti aceitando-o...
Ele passava suas mãos grandes por meu corpo, descendo por minhas coxas e apertando minha bunda. Eu beijava e mordia aquela boca deliciosa e carnuda, arranhava suas costas largas e pegava em seus braços grandes...
Então ele pegou em minha cueca e começou a tirá-la. - Quando te vi aqui quase nú, morri de tesão, não me aguentei... Você é uma gracinha!
Ele falava com um rosto de puro tesão e depois mordeu os lábios.
Nossa, que homem!
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