LOUCO AMOR – metido a machão pegador 17
Anteriormente:
Havia chagado totalmente esgotado da escola, a única coisa que eu queria naquele momento era um banho, um prato enorme de comida e... O Caio. Todos meus pensamentos estavam assim, carregados pelo seu nome.
Estava no banho quando ouvi a companhia sendo tocada várias vezes, seguidas de praticamente murros na porta, me vesti rápido e desci as escadas.
- Vai tirar o pai da... – parei de falar assim que abri a porta e vi quem estava lá.
Continuação:
– Não, mas vou te colocar em uma se não me dá uma explicação que me faça chorar por ter me ignorado filho da puta – vociferou visivelmente com raiva, muita raiva.
– O que... O que está fazendo aqui? Você deveria está em casa se recuperando.
Ele me olhou com indiferença misturada com raiva e antes mesmo que o mandasse entrar, ele pisou fundo e passou por mim se sentando no sofá que ficava de frente pra mim, suspirei, tranquei a porta e finalmente me virei pra encara-lo, porém não me aproximei, continuei próximo à porta. Algo me dizia que aquilo não seria nada fácil.
– Eu passei a semana toda esperando você aparecer lá, me humilhei mandando várias mensagens pra ti, passei a semana inteira sem dormir direito – realmente ele estava com uma cara de quem não dormia há dias, eu não devia está diferente dele – e ainda vim aqui te dizer isso, ah eu só posso está louco, eu não sou assim – fez uma pausa pra me fitar, sua expressão não apresentava mais raiva e sim cansaço – Disse a mim mesmo que quando chegasse aqui iria te encher na porrada pela covardia que está fazendo comigo mas simplesmente quando eu te vejo eu não consigo ir adiante, me sinto fraco perto de ti e eu pelo incrível que pareça eu gosto dessa fraqueza, nunca tive um porto tão seguro desde quando morava com minha mãe.
Ouvir aquilo, ao mesmo tempo que me deixava feliz, também me deixava triste. Meus olhos já cheios de lágrimas que eu insistia em não deixar cair acompanhava cada movimento de seus braços a cada palavra que ele falava.
– Eu fiz algo errado? Foi por causa daquele dia lá em casa, em que Teresa me agarrava? Será que eu estou namorando com uma criança que não sabe conversar?
Depois que ele disse a palavra: “Namorando” todas as palavras que vieram depois perderam todo sentido em minha mente, institivamente abri um sorriso.
– Namorando? – repeti.
– An?
– Você disse que a gente estava namorando – falar aquilo só fez meu sorriso e felicidade crescer.
É, eu realmente havia me esquecido do real motivo daquela conversa só por causa daquela besteira.
Com uma expressão confusa no rosto e talvez se perguntando se realmente havia falado aquilo ou não, ele falou:
– Eu não falei isso.
– Falou sim.
Ele baixou a cabeça, suspirou e voltou a me olhar.
– Você sempre foi estranho assim? Uma hora não quer nem me ver, outra hora fica feliz quando digo que a gente está namorando. Se decide porra.
Adeus sorriso no rosto.
– Desculpa – me desencostei da porta onde estava até então e me aproximei dele onde me sentei ao seu lado, ele me seguiu com o olhar – nem eu me entendo as vezes, aquele lance lá da Teresa realmente mexeu comigo mas não foi por causa disso, eu já pensava nisso há muito tempo.
– Em que? Pensava em que?
– A gente não vai dar certo junto Caio – falei de uma vez – ela está gravida e...
– Para, para com isso cara – me interrompeu – em que século tu vive? Eu posso muito bem assumir esse filho sem ter que casar com ela, nada vai faltar a eles.
– A família dela...
Fui novamente interrompido só que dessa vez com um beijo calmo, me coração acelerou naquele momento como da primeira vez. Mais de uma semana sem sentir seus lábios, como eu consegui?
– Eu não quero ser segunda opção para o resto da vida ou até você se cansar de mim, um dia ela vai descobrir, ela já está desconfiada, ela mal fala comigo. – sussurrei ainda com meus lábios próximos aos seus e sua mão em minha nuca, eu não queria mais sair dali.
– Primeiro: você não é segunda opção. Segundo: eu nunca vou me cansar de você e terceiro – ele afastou seu rosto do meu nesse momento – e terceiro: você querendo ou não, isso acaba hoje.
Antes que eu pudesse falar alguma coisa ou até mesmo entender o que ele quis dizer com aquilo, ele se levantou e foi até a porta, o segui e segurei em seu braço antes que cruzasse a porta.
– O que você vai fazer? – indaguei.
– O que eu já deveria ter feito.
De uma maneira bruta ele se soltou de meu braço, saiu pela porta e caminhou até seu carro, o mesmo que ele usou pra me levar aquele jantar romântico na chácara de seus pais, a mesma hilux 4x4 branca. Saiu cortando pneus.
De certa forma algo me dizia o que ele iria fazer mas eu não queria acreditar, de forma alguma.
Narrado por Caio:
Após poucos minutos paro o carro em frente a uma casa de dois andares, o muro que há muito não se via mais a cor por causa das ervas daninhas, creio eu, algo proposital. Pela janela fechada do carro olhei para cima, precisamente para onde era o quarto de Teresa, onde por muitas vezes já me escondi debaixo da cama ou dentro do armário depois de errar os cálculos das horas em que seus pais conservadores chegariam em casa. Eram tempos, ou melhor dizendo: transas boas mas o tempo eram outros agora. Nem nos meus desejos mais profundos imaginei que um dia iria optar por ficar com outro homem. Oh céus, eu só poderia está ficando maluco.
Respirei fundo, reuni toda coragem que podia juntar dentro do meu peito e saí do carro, toquei o interfone e quem me atendeu foi seu pai, ele me deixou entrar e me disse que iria chamar Teresa pra mim – fica a sós com ela dentro do quarto nem pensar – se ele soubesse das coisas que a gente já aprontou, provavelmente me mataria.
– O que você esta fazendo aqui seu maluco – disse Teresa descendo a escada – você deveria está em casa repousando.
Ela usava uma blusa branca com mangas curtas e uma saia florida incrivelmente longa.
– Tenho algo importante pra te falar, quero ter uma conversa contigo.
– Hum, então senta aí – falou praticamente me empurrando pra me sentar no sofá que estava logo atrás de mim – o que esta acontecendo em? – Indagou já sentada próxima a mim.
– É complicado, não sei nem como começar – disse já ficando apreensivo.
– Comece pelo começo ué – sua calma se mantinha mesmo eu dizendo que era complicado, seu rosto estava sereno como se não importasse o que eu fosse falar. Aquilo era no mínimo irritante.
– Eu... Eu...
– Está me traindo? É isso Caio? Eu sei disso faz tempo.
Como? Será que eu ouvi direito? Ela sabia que eu a traia? Mas porque nunca falou nada?
Minha cara naquele momento deveria expressar a maior incredulidade e surpresa da minha vida e meu queixo deveria está tocando no chão.
– Eu não sou besta Caio – finalizou ela.
– Como? Como você sabia? Porque nunca disse nada?
– Porque eu sei que você me ama e sei que isso é apenas um passa tempo, se todas as mulheres fossem se separar do parceiro só porque ele pulou a cerca, não existiria mais casais no mundo Caio.
– E você pretendia passar toda a vida assim, sendo traída? – indaguei num misto de surpresa, incredulidade e curiosidade.
– Claro que não. Será que você não percebe que a única razão de eu deixar que isso acontecesse bem embaixo de meu nariz é porque eu confio em meu taco e também sabia que você iria me contar como está fazendo agora – ela sorriu e veio me beijar, mas a segurei, impedindo-a.
– Você também me traia?
– Claro que não – falou ela mostrando indignação.
A tentação naquela hora de deixar a conversa sobre o Lucas pra lá e viver uma vida “normal”, foi grande, mas o amava muito e o simples fato de pensar que poderia ficar sem ele me incomodava bastante, e não estava nem aí que me rotulassem de gay.
– Tem mais Teresa.
– Isso não é tudo Caio? – pela primeira vez desde que eu comecei a falar, ela mostrava preocupação e curiosidade.
– Não – não tive coragem de encara-la então virei meu rosto pra frente – eu me apaixonei em uma dessas aventuras.
– O que? – ela se levantou abruptamente – está brincando né.
– Eu queria está brincando mas não estou – a olhei de baixo pra cima.
– Ok – ela fechou os olhos e respirou fundo antes de continuar – você vai lá agora e vai acabar com essa palhaçada, AGORA Caio!
– Não dá – falei baixo.
– Se você não tem coragem, eu mesmo faço – disse ela pegando sua bolsa que estava na mesinha se centro logo atrás de si – quem é essa vagabunda?
Levantei ficando frente a ela:
– Eu não vou te deixar desamparada Teresa se é disso que tem medo.
– Não se trata só de medo seu idiota, eu te amo, eu-te-amo, será que é difícil de entender isso? Agora fala quem é, eu tenho direito de saber.
– Olha Teresa...
– FALA – gritou ela.
– Tudo bem, um dia você vai saber mesmo e eu quero que seja por mim, vai soar estranho... mas é o Lucas.
Os minutos seguintes se seguiram em pleno silencio, com sua face parecendo que havia parado no tempo, ela me olhava fundo.
– Lucas? Meu melhor amigo? Você está transando com outro... Meu Deus... – ela elevou a mão até boca e deu alguns passos pra trás, seus olhos mostrando sinais de lágrimas e sua face em total espanto.
– Eu sei que é estranho mas, mas aconteceu e eu estou gostando dele – admiti.
O que ela fez a seguir foi começar a rir histericamente, curvando seu corpo e dando mais gargalhadas.
– Quer dizer que eu estava namorando com um viadinho de merda que gosta de levar no cu?
Sério, quando eu ouvi aquilo, meu sangue ferveu quase que instantaneamente, voei pra cima dela e peguei em seu pescoço, lutei pela tentação de não fechar meus dedos ali, bem no meio da garganta dela.
– Repete isso que você falou, repete se tem coragem.
– Porque se não o que? Vai matar a mãe do seu filho? Além de viado, é assassino também? Bela combinação, não acha? – disse, me fazendo lembrar do que estava em jogo ali, imediatamente tirei minha mão de seu pescoço.
– Isso mesmo vi-a-dinho-de-mer-da.
Aquilo tudo ocorreu em fração de segundos, só vim me dar conta do que havia feito quando a vi no chão com a mão no rosto onde eu havia lhe estapeado, seu cabelo caia sobre os olhos, ela me olhava furiosa.
– Mas o que está... filha – era seu pai que havia aparecido na porta e agora vinha em nossa direção.
Eu estava totalmente sem reação, tentando entender o porquê de eu ter feito aquilo. Seu pai a ajudava a se levantar.
– Eu... Eu não quis... – tentei falar mais parei assim que vi seu pai me olhando furioso.
– Seu desgraçado – e avançou pra cima de mim enquanto eu andava pra trás pra tentar me livrar mas foi em vão, tropecei em algo, cai no chão e a única coisa que senti a seguir foi um chute na lateral da minha barriga, me contorci todo no chão tomado pela dor. Outro e mais outro golpe foi deferido, só que dessa vez na altura de minha cabeça.
– Vem bater em um homem, vem! – Gritou ele deferindo o quarto chute.
– Para pai, para – era Teresa, ela segura seu pai pelo braço e tenta arrasta-lo pra longe de mim – Não vale a pena pai.
A única coisa que me impediu de revidar foi o meu auto sentimento de repulsa por ter feito aquilo com uma mulher, e ainda mais a mãe do meu filho, eu era um monstro e merecia aquilo. Fiz algo que eu jurei nunca fazer.
– Some daqui, some daqui antes que eu te mate seu covarde – vociferou ele em alto e bom som.
Não tinha forças pra me levantar então rastejei até a porta onde concentrei toda força pra poder me levantar, Teresa bem que tentou me ajudar mais foi impedida pelo pai. Já no lado de fora, meu único objetivo naquele momento era chegar até o carro sem cair ou apagar.
A minha vista estava turva quando consegui me jogar dentro do carro, minha cabeça pendeu e caiu em cima do volante, uma dor insuportável começou a percorrer meu corpo, sentir algo queimando, um liquido se espalhar por minha barriga de onde havia levado o tiro semanas antes e um gosto de sangue preencher meu paladar.
Pela primeira vez desde que eu era criança eu vi lágrimas caírem em abundancia de meus olhos, não pela dor física mas sim pela maior humilhação de minha vida. Eu tinha que sair da frente daquela casa, eu tinha que saí e foi nesse pensamento que encontrei forças pra dar partida no carro. Depois de dois quase acidentes fatais, eu parei em um acostamento, tendo que suportar o dobro da dor que sentia há alguns minutos. Peguei meu celular na maior das dificuldades e telefonei para o primeiro numero de minha agenda: Lucas.
Narrado por Lucas:
Não aguentava mais de tanta apreensão quando senti meu celular vibrar no meu bolso enquanto tentava prestar atenção em algo que passava na tevê, o pego com urgência e quando vejo quem era, não pensei duas vezes em atender.
– Caio, onde você está? O que tu fizesse? – perguntei em tom apreensivo.
– Lu... Eu não estou me sentindo bem... – sua voz estava rouca e cansada.
– Meu Deus! O que aconteceu? Onde você está? – sem perceber, já andava de um lado a outro.
– Rua **** vem logo, eu estou no carro, não chama ambulância, não é pra tanto, só não consigo dirigir.
– Tá certo, eu já estou indo mas me diz o que aconteceu?
– Não chama ninguém só você, não quero que ninguém me veja assim! – disse ignorando minha pergunta. E porque aquilo agora de não querer que ninguém o veja?
Tudo bem mas não desliga! – era tarde de mais, ele já havia desligado.
Nervoso e sem entender nada do que estava acontecendo, a situação não poderia está melhor. A rua onde ele estava ficava um pouco longe pra ir a pé, se eu fosse pedir um taxi iria demorar muito, minha cabeça estava prestes a explodir de tanto pensar. Sei que ele me pediu pra não chamar ninguém mas eu não poderia fazer aquilo sozinho, estava procurando o número de alguém que fosse útil na minha agenda telefônica quando ouço a companhia tocar, imediatamente a abro, era Fagner, ele usava uma blusa preta, um calção listrado e chinelos além do seu fiel balão de oxigênio, portava também seu famoso sorriso que se estendia de canto a canto do seu rosto que se desfez ao perceber meu estado emocional.
– O que aconteceu?
– O Caio saiu pra fazer algo e agora a pouco me ligou dizendo que está passando mau em uma rua aí só que fica distante daqui, ele disse pra não dizer nada a ninguém mas eu não vou conseguir fazer sozinho – disse em tom exasperado, sentindo as lágrimas brotarem, eu sentia de alguma forma que ele precisava de mim. Coloquei a mão na testa e exclamei: - Meu Deus! Eu não sei o que fazer Fagner.
– Ei, ei, calma – disse me segurando para que parasse – vai dar tudo bem, eu vou te ajudar, fecha a casa e vem comigo.
Antes que eu pudesse falar qualquer coisa ele seguiu para sua casa, eu fechei a porta atrás de mim e o segui em silencio até a garagem da sua casa onde havia um novo uno amarelo.
– De quem é? – indaguei.
– Vai ser meu quando eu completar os dezoitos anos, meu pais não sabem que eu sei, então é nosso segredo em – disse ele atravessando o carro e abrindo a porta do motorista enquanto eu continuava parado – vamos?
– E você sabe dirigir? – perguntei meio desconfiado.
– Ah, não deve ser tão difícil assim – riu por fim por causa de minha reação e completou: – claro que sei, não se preocupa, entra aí.
Era a vida de Caio que estava em jogo então não fiz mas perguntas apesar de haver um manter rodeando em minha mente, apenas entrei no carro, ele deu partida e eu lhe mostrei o caminho, ele vez ou outra enquanto dirigia me olhava, talvez preocupado com meu estado apreensivo.
– Se continuar olhando pra mim vai acabar batendo o carro – falei não pra ser engraçado, era apenas uma contestação mas ele riu de leve.
– É admirável sua preocupação com ele, ele tem sorte – falou.
– ALI FAGNER, ALI! PARA! – gritei assim que reconheci o carro de Caio parado em um acostamento.
Ele parou assim como eu falei logo atrás do carro, saí e corri pro da frente torcendo para que Caio estivesse ali e de preferencia bem, peguei na maçaneta do carro e rezei para que estivesse destravada e estava mas não pensei em encontrar ele daquele jeito ao abri-la. Tremi na base.
CONTINUA...
Oi pessoal, olha eu aqui de novo, fiz um esforço de postar um pouco mais cedo e oba, consegui kkk. De uma maneira geral, obrigado a todos! E ah, me desculpem por eventuais erros.
S2DrickaS2: Eu sempre volto kkk não se preocupe. Fico feliz que esteja gostando :) bjs
Martines: Fico feliz que esteja gostando :) me diz aí o que achou desse. Bjs.
Esperança: Fico feliz que esteja gostando :) me diz aí o que achou desse. Bjs.
R.Ribeiro: *-* Concordo, as atitudes do Caio, estão ficando cada vez mais fofa. Fico feliz que esteja gostando :) me diz aí o que achou desse. Bjs.
Ru/Ruanito: Que raiava cara kkk Fico feliz que esteja acompanhando :) me diz aí o que achou desse. Bjs.
Hello: Time do Fagner? *-*
Mr. John: Tens razão cara, é mais fácil conversar sobre esses assuntos com a mãe mas ai no caso de nosso amigo Lucas, foi seu pai o escolhido, uma escolha certa, não acha? Ainda não foi dessa vez um capitulo hot infelizmente, é como dizem “Se tudo ainda não deu certo, é porque não chegou ao fim”. Fico feliz que esteja gostando :) me diz aí o que achou desse. Bjs.