Quando cheguei na faculdade Gabi não me esperava do lado de fora como sempre, resolvi esperar mais um pouco pois ela poderia está atrasada, como demorou muito resolvi entrar, quando chego em nossa sala ela estava sentada em uma cadeira distante do lugar que sempre sentávamos conversando com o ogro do seu irmão, dei bom dia e apenas ela me respondeu, não que eu esperasse alguma coisa dele, sentei-me no lugar de sempre abri meu caderno e comecei a estudar um pouco antes da aula.
Depois de um tempo o professor entrou na sala de aula e Guilherme teve que sair, ele falou alguma coisa no ouvido da irmã, assim que ele saiu ela pegou seu material e veio sentar ao meu lado no lugar de sempre.
Gabi: você não sabe a onça que cutucou ontem, meu irmão está furioso.
Diogo: foi só um beijinho no rosto.
Gabi: não, a sua intenção foi provocar ele, se bem que acho que ele estava com ciúmes era de outra coisa.
Diogo: o quê?
Gabi: nada não pensei alto.
Professor: atrapalho meninos, porque se quiserem eu posso sair um pouco e quando vocês terminarem o papo eu retorno para dar minha aula.
Diogo: não professor que é isso desculpa.
Depois daquela ficamos tão envergonhados que não falamos mais nada, todos da sala haviam olhado pra gente, quem nunca pegou uma dessas de um professor na vida atire a primeira pedra.
No intervalo Gabi e eu fomos juntos para o refeitório, ela estava com a mão envolta da minha cintura e eu de seu pescoço, juro que não era por maldade, como estávamos muito amigos ficamos íntimos em algumas coisas nem lembramos de Guilherme quando percebemos que ele nos olhava com um olhar de pit bull pronto para atacar já era tarde demais e logico que resolvi provocar um pouco mais, compramos um suco e quando fomos sentar puxei a cadeira para Gabi sentar.
Gabi: você está a amando provocar meu irmão não é, olha que quando ele vinha eu não vou conseguir segurar a fera não.
Diogo: ele não seria louco.
Gabi: uma vez a gente foi para um parque eu estava ficando com um menino e ele descobriu e colocou o menino para correr, até hoje o garoto não consegue ficar a menos de cinquenta metros de mim.
Diogo: idiota.
Gabi: ele não é uma má pessoa só é muito protetor e cá para nos tem umas vadias que dão em cima dele que acabo me livrando delas também
Diogo: vocês são malucos isso sim.
Gabi: ele está vindo pra cá.
Guilherme: vamos Gabriela preciso conversar com você.
Gabi: a Gui agora não.
Guilherme: Agora.
Diogo: ou não te vendo que a gente está conversando seu mal educado.
Guilherme: não se mete senão vai acabar sobrando pra você
Diogo: cai dentro então.
Gabi: calma ninguém vai brigar aqui, Dih a gente se vê na sala
Aquele idiota conseguiu me tirar do sério, mas confesso que agradeci por não precisar sair no murro com ele pois apanharia feio e tudo porque meu orgulho sempre fala mais alto.
Quando retornei a sala Gabriela não estava mais lá, em cima de sua mesa havia apenas um bilhete dizendo que precisou ir embora, mas que eu não esquecesse o trabalho que faríamos no sábado, o que me deixou meio receoso está na casa daquele ogro, e se ele tentasse me matar.
O restante das aulas passou devagar, mas enfim já era hora de ir embora, quando olho em meu celular havia uma mensagem do Felipe me chamando para ir ao cinema, como não tinha mais o que fazer resolvi aceitar.
Quando cheguei ele me esperava com um sorriso no rosto, ele estava muito gostoso com uma calça jeans e uma camisa holliester verde clara colada ao corpo deixando seus músculos bem evidente, e eu estava na seca a um tempo, já até havia comprado as entradas, me deu aquele sorriso branco e charmoso que só ele tinha.
Felipe com sua voz rouca: Vamos?
Resolvemos comer alguma coisa ali por perto mesmo antes do filme começar, ele estava muito estranho, muito carinhoso, com certeza estava aprontando algo.
O filme começou e logo Felipe começou com suas investidas, aquele famoso clichê de colocar o braço sobre o pescoço, o qual tirei, depois ele colocou sua mão sobre a minha a qual tirei também, e ele bufava a cada tentativa frustrada, confesso que estava adorando aquele jogo queria saber até onde ele ia. O toque dele era provocativo, quente, seus músculos eram rígidos mas sua pele era macia ao mesmo tempo.
Na metade do filme em um momento ao qual me distrai ele me puxou e começou a me beijar, confesso que estava gostando, o beijo dele era macio e ao mesmo tempo com uma boa pegada, resolvi deixar rolar até um momento que a imagem de Guilherme me veio à cabeça, aqueles olhos azuis penetrantes cheios de fúria me vinheram a cabeça e me soltei do beijo de Felipe o que o fez estranhar.
Feh: O que foi não está curtindo
Diogo: Não Feh, lembra o que combinamos?
Felipe: Dih, vamos esquecer o passado, eu sei que fui um burro, mas agora eu sei que eu gosto de você, que eu quero ficar com você.
Diogo: sinto muito Felipe mas agora já é tarde demais.
Antes mesmo do filme acabar me levantei e fui embora, ele me seguiu e fomos o caminho todo calados, quando chegamos na porta da minha casa ele com o rosto muito triste apenas acenou para se despedir.
Eu puxei seu corpo contra o meu e lhe dei um abraço.
Diogo: eu sempre estarei aqui quando você precisar, mas como amigo.
Seus olhos estavam vermelhos, mas sua expressão de triste passou para uma cara de bravo.
Felipe: eu nunca vou desistir de você.
Se soltou de meus braços e saiu sem olhar para trás, pensei comigo mesmo , mais essa, eu gostava muito de Felipe mas depois do que passamos e depois de passar um tempo só o conseguia ver como um amigo, entrei em casa e já estavam todos dormindo, tomei um banho, coloquei meu calção de pijama e me deitei, fiquei pensando em tudo que havia acontecido na última semana, fechei meus olhos e me veio a cena do refeitório onde eu e Guilherme ficamos tão próximos um do outro, o olhar que ele me deu, o por que seu toque e o pior de tudo, ter que imaginar que no sábado eu teria que ir em sua casa me assustava.
Gente mals a demora, como disse estou em semana de provas, fiquei muito feliz com o número de comentários e leituras do conto, é por vocês que continuo escrevendo espero que gostem de mais um capítulo.