Cap.7
Ri, para tentar disfarçar.
- Tem medo de que eu não seja ?
- Não... É até melhor - -arregalei os olhos.
- O que ? - ele começou a rir.
- Hahaha, devia ver a sua cara kkkk
- Olha palhaço, não esqueça que sou eu que estou com o remédio na mão.
- Tá bom, deixa eu tomar logo aqui vai ! - ri, entregando a ele a pílula. Logo ele tomou. Peguei o termometro e olhei.
- Nossa, você tá com 40°. Se não melhorar temos que te levar ao médico.
- Eu vou melhorar - falou, deitando novamente na cama - eu tenho que melhorar !
MINUTOS DEPOIS
Como ele precisava descansar, deixei ele a sós e de vez em quando ia até ele para ver se a temperatura baixava. Estava baixando, lentamente, mas estava. Fiquei jogando vídeo game, enquanto esperava o tempo passar.
- Você não tem nada melhor pra fazer do que ficar aqui ? - perguntou, abrindo os olhos lentamente.
- Não. Não se esqueça que estou cumprindo um pedido do meu "sogrinho" - falei, fazendo aspas com os dedos.
- Ah é ? Kkkkk
- Tô me sentindo culpado por você ter ficado doente.
- Porquê horas ?
- Bem... Se não fosse eu ter te convidado... - ele me calou com o dedo.
- Não diga besteiras. Se eu adoeci foi porquê eu não me cuidei, não você. Me acorde lá pelas 16hrs.
- Porquê ?
- Marquei de sair com a Flávia.
- Qual Flávia ?
- A amiga da sua namorada - porquê meu coração acelerou naquele momento ?
- Gostou dela foi ?
- Ela convidou, eu aceitei...
- Ah ! - me sentei no sofá do quarto novamente, e por algum motivo fiquei chateado ao ouvir aquilo. Porquê ? Porquê minha mente se chateou ? Alguém pode me explicar ?
MINUTOS DEPOIS
Desci para a cozinha e peguei um pacote de biscoitos que Achei por lá. Subi novamente a escada. Entrei no quarto. Vi ele novamente bem embrulhado assim como quando entrei da primeira vez.
- Será se ele tá com frio ? - peguei na testa dele e percebi que havia esquentado novamente - Ih, a febre tá voltando... - já ia pegar o remédio quando seu braço me segura.
- Vem cá, meu amor ! - arregalei os olhos ao ouvir aquilo. De repente diversos sonhos voltaram a minha mente, me fazendo sentir novamente aquela sensação estranha. Ele me abraçou, me fazendo colar em seu corpo nu.
- Ghilherme ! Me solta ! - assim como da primeira vez, eu não conseguia me soltar do seu abraço, ele era mais forte. Olhei para cima e percebi que ele sonhava. Estava dormindo ! E agora ? O que faço ? Depois de muito tentar sair daquele forte abraço, acabei cansando e me deixei ser abraçado por ele. Acabei dormindo.
TEMPO DEPOIS
O celular nos despertou. Como havia marcado alarme, para não esquecer da hora que ele pediu para acorda-lo, ele tocou na hora certa.
- Ai Deus... - ele acordava lentamente, me acordando junto - Ai ! O que você ainda faz em cima de mim ?
- Ué bobão, me explica isso você, que me abraçou tão forte enquanto dormia que eu não consegui sair - como assim ainda ? Não entendi essa parte. Ele remexeu os olhos e apenas fez um gesto de negação com o rosto...
- Que horas são ? - olhei no celular.
- 16hrs em ponto... - ele se espreguiçou.
- Tenho que sair - falou, tentando se levantar. Logo quando se levantou, botou as Mãos na cabeça.
- Não é melhor você remarcar esse passeio ? Você não está bem, dá pra ver de longe !
- Não, vou hoje mesmo ! - falou, indo até o banheiro apenas de cueca. Mais uma vez por algum motivo não consegui deixar de reparar no seu corpo. Balancei minha cabeça tentando tirar aqueles pensamentos da minha mente. Quando ele saiu, coloquei novamente o termômetro no seu braço.
- Se seu pai descobrir ele te mata.
- Você vai contar ?
- Não, mas...
- Então pronto continuarei vivo ! - de repente ele ficou tonto, tive que o segurar
- Olha aí, você mal consegue se manter em pé !
- Affs, isso não é problema Lucas. Eu vou nesse encontro !
- Então tudo bem...
Quando vi ele saindo, não nego que fiquei extremamente nervoso, pois sabia que ele não estava bem. Mas por algum motivo eu sentia outra sensação. Parecia ciúmes. Será se eu estou com ciúmes dele ? Eu não... Eu... Não posso estar com ciúme dele ! Apesar de saber que ele sabe se cuidar, e tudo mais... Algo me dizia que eu devia acompanha-lo. Que algo iria acontecer com ele e eu devia estar lá para ajudá-lo. Corri até a minha casa, deixei a moto e em seguida peguei um táxi, para o shopping que ele iria. Por incrível que pareça chegamos quase no mesmo instante. Vi ele sair, capegando, visivelmente mal.
- Que teimoso ! - falei, comigo mesmo. Desci do táxi, paguei e começei a acompanha-lo. Logo ele se encontrou com a garota. Eles se cumprimentaram, ele foi simpático como sempre. Mas não bastou dar dois passos e ele desabou no chão. Fiquei nervoso no mesmo instante.
- Meu Deus ! - a menina gritou. Corri e fui até o seu encontro.
- Lucas... O que está fazendo aqui ?
- Te ajudando, seu teimoso ! - fiz ele se apoiar em mim e fui o levando - desculpa Flávia, mas ele não pode sair com você hoje.
- Pare de dizer besteiras... Eu estou bem.
- Não esta ! Está prestes a desmaiar...
- Deve ser porquê eu não tô respirando bem...
- Seu teimoso, já pensou se acontece algo com você. Seu pai me arrancaria o fígado ! - ele estava bem quente. Já não sabia se era melhor leva-lo para casa.
- Deixa disso, é apenas uma gripe qualquer.
- Você tem plano de saúde, não é ?
- Tenho... - peguei a carteira dele e olhei o cartão. O plano era de um grande hospital da cidade.
- Vamos para um hospital.
- Não precisa disso, eu estou...
- Não está ! Anda, vamos ! - abusando da força que tenho, o levei até o carro e saímos em disparada até o hospital. Eu estava extremamente nervoso, vendo ele naquele estado. Mas meu coração acelerou ainda mais quando ele recostou sua cabeça no meu ombro e entrelaçou nossas mãos - Ghilherme...
- Você me seguiu até lá ? - não falei nada... Tava na cara que sim - qual é ein Lucas ? Achei que nosso relacionamento fosse de fachada pra você...
- Ele é de fachada ! - falei, soltando a mão dele.
- Parece que não... - não soube o que dizer. Dentro de mim eu sentia algo mudar. Algo que me bloqueava as palavras.
MINUTOS DEPOIS
Rapidamente ele foi registrado, e logo estávamos na frente do médico.
- Ainda bem que você trouxe ele até aqui garoto. Você sabia que está tendo uma crise de asma jovem ?
- Eu nem sabia que tinha asma doutor - falou, respirando fundo.
- Pois tem ! E tem que se cuidar, porquê asma é perigoso.
O médico rapidamente ordenou que ele inalasse um remédio, e aos poucos ele foi melhorando. Eu o olhava. Não nego, estava preocupado. Por algum motivo estava me doendo ver ele assim.
- O que foi, porquê está me olhando assim ?
- Você me deixou preocupado, apenas isso - um sorriso de canto se formou em seu rosto. Fiquei envergonhado...
- Ainda não dá pra acreditar que você me seguiu até lá.
- Você estava mal. Algo me dizia que eu não devia te deixar sozinho... - ele olhou pra mim naquele instante. Nossos olhares se cruzaram por diversos segundos. Sua mão tocou o meu pescoço. Vi ele tirar o inalador - coloca isso, você... - ele me calou, quanto se aproximou rapidamente de mim e nossos narizes se tocaram. Os poucos centímetros de distância fizeram meu coração bailar num ritmo nunca antes visto
FRASE DO CAPÍTULO : Como tentar explicar o que sinto quando estou ao seu lado ?
Continua
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