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Ele não me disse nada sobre serem ricos, mas aquela casa demostrava que eles tinham condições acima da média. Era uma casa grande de dois andares e um belo jardim em frente. Tinha uma pessoa na porta da casa e era uma bela mulher, loira, olhos castanhos e ele me apresentou assim que nos aproximamos;
Ele: Daniel essa é Juliana, minha irmã.
Eu: prazer.
Ela pegou na minha mão e depois me analisou de cima abaixo e disse, olhando para o irmão;
Ela: se eu tivesse a sorte que você tem com homens, agradeceria a Deus.
Olhei pra ele que simplesmente começou a rir e ela voltou a me encarar e então ele disse;
Ele: ok chega, sai de perto antes que desconverta ele.
Ela: qual é irmão, por que você sempre pega os mais bonitos?
Disse ela fazendo biquinho de choro e logo depois sorriu e soltou a minha mão;
Ela: desculpe, prazer Juliana. Vamos entrar.
Eu não sei, mas não consegui ver um tom de graça nesse comentário dela, mesmo eles dois rindo. Abriu a porta entramos numa sala bem ampla e aconchegante, e disse pra me ficar a vontade. Então ele disse;
Ele: eu esqueci de te avisar, mas meus parentes não são muito normais.
Eu: que bom.
Ele riu e disse desaprovando o meu sarcasmo;
Ele: se eles disserem alguma coisa e você ficar envergonhado, eu vou te beijar na frente de quem quer que seja.
Eu: é uma ameaça?
Ele: não, é uma aviso.
Eu: e o que te faz pensar que eu vou me importar?
Ele: sua inexperiência homo kkkk.
Ele acertou, pois se isso acontecesse eu ficar totalmente constrangido não por beijar ele, mas por não estar acostumado a isso. Vendo a minha cara de derrotado ele se sentou mais afastado de mim fazendo uma pose de garoto inocente. Eu já estava no nível máximo de vergonha e então a tendência sempre é ficar pior do que está.
Surge um senhor, loiro, grisalho, inconfundíveis olhos castanhos e com uma barriguinha de cerveja que era visível já que ele trajava só uma bermuda e chinelos, estava acompanhado de uma senhora corpo em forma pra idade com um sorriso cativante no rosto e com certeza eram os pais dele, vieram direto até nós e como forma de educação eu me levantei sendo acompanhado por ele;
Ele: pai, mãe quero que conheçam meu namorado Daniel.
Eles olharam pra mim de cima abaixo e estavam com as caras mais sérias do mundo, o pai dele se aproximou de mim e estendeu a mão dizendo;
Pai: Lúcio.
Apertei a sua mão e ele disse;
Lúcio: senta aí.
Samuel só gesticulou com a cabeça pra sentar e eu fiz, então ele olhou pra mim com uma seriedade maior e disse;
Lúcio: vamos falar sério agora rapaz, quais são suas verdadeiras intenções com meu filho?
Fiquei sem entender, enquanto ele junto com a mãe simplesmente começaram a rir;
Lúcio: da pra parar de rir, estou tentando ter um papo reto com o rapaz aqui.
Disse isso e também começou a rir e a mãe dele se aproximou dizendo;
Mãe: você tem que parar de assustar as pessoas assim querido.
E depois se dirigiu a mim estendendo a mão e dizendo;
Mãe: sou Helena, muito prazer.
Eu: Daniel prazer todo meu.
Ela: vou cuidar dos preparativos na cozinha, enquanto isso não o faça passar vergonha.
Disse ela pro Lucio e indo pra cozinha, depois que ela saiu, eles começaram a me zoar pela cara de assustado que eu fiz e depois disso simplesmente começamos a conversar assuntos que em sua maioria sem muita importância, como trabalho, futebol e outras coisas. O tempo que eu me senti estranho naquela casa foi pouco, os pais dele eram(são) as pessoas mais divertidas e amistosas que eu tinha conhecido e não tinham o menor ‘’olhar diferente’’ pra mim e eu entendi o que Samuel quis dizer com eles serem bem liberais. Logo me senti a vontade com eles. Ficamos batendo papo sendo servido de vinho ou algum licor a irmã aparecia às vezes e até chegava a brincar conosco logo depois saía. Algum tempo depois o pai dele foi ao banheiro e ele aproveitou a situação para tentar me beijar, só que logo depois a porta da frente foi aberta e entrou alguém, me afastei dele e olhei em direção da porta tinha um garoto, deveria ter uns 16 a 17 anos, cabelo meio castanho e magro, usava óculos de armação quadrado e quando percebeu que eu o vi disse;
Ele: me desculpe.
E ia sair, mas Samuel o reconheceu pela voz e disse;
Ele: Victor pode voltar a mãe tá na cozinha.
Ele se desculpou mais uma vez e passou pra cozinha, Samuel de novo tentou me beijar, mas ouvi os passos do pai dele na escada e o fiz se afastar ou pelo menos tentei, pois ele deu um jeito de afastar meus braços e me beijar de um jeito que foi impossível não retribuir, seus lábios e sua língua estavam doces devido ao vinho. Como eu tinha ouvido, o pai dele estava mesmo descendo as escadas e pigarreou. Me afastei dele e fiquei sem graça, Lúcio riu e Samuel também;
Lúcio: há o amor- disse de forma brincalhona e continuou- fiquem a vontade, vou pegar mais vinho.
Disse isso e foi pra cozinha. Ele mal saiu e Samuel já veio de novo pra cima de mim até tentei impedir, mas eu acho que aquele vinho devia ter alguma coisa me fez ‘’amolecer ‘’ e não consegui resistir aos beijos dele, colocou a mão na minha coxa e meu pau começou a ficar duro, dessa vez ganhei forças e afastei ele quase sem conseguir respirar direito;
Ele: eu disse pra você não ficar com vergonha.
Eu: você está acostumado a trazer seus namorados pra cá e quanto a mim é a primeira vez que namoro um homem sabia?
Ele: não é diferente, mas eu concordo vou dar um tempo, até porque não quero ninguém te ‘’medindo’’.
Disse isso deu uma apalpada rápida no meu pau e voltou por seu lugar com um sorriso sapeca no rosto. O pai dele voltou e eu dei um jeito de esconder minha ereção, tomamos mais um pouco de vinho e logo depois fomos jantar. Enquanto estávamos jantando, conversávamos sobre vários assuntos, até que perguntaram sobre minha vida o que eu fazia e também sobre a minha família, respondi tudo sem mostrar tristeza. Eles claro me pediram desculpas pela inconveniência, mas eu disse que não precisava se preocupar.
Muito tempo depois que jantamos já eram umas duas hora da manhã e eu quis ir embora, eles até tentaram me impedir de ir, mas não teve jeito e até por que eu não ia me sentir a vontade dormindo lá, então ele e a irmã que foi a pessoa que menos bebeu foi me levar no hotel. Claro ele não dormiu comigo voltou pra sua casa, assim que eu cheguei eu tomei banho cai na cama e ‘’desmaiei’’. Acordei tarde no outro dia e não esperava visita dele, pois o mesmo disse que não ia. Ainda sim no final da tarde, ele apareceu e disse pra darmos uma volta e eu fui sem desconfiar de nada, ele acabou me levando pra comemoração de uma festa de aniversário de uma amiga dele, chegamos ele me apresentou uns amigos dele até que a aniversariante chegou e ele me apresentou ela, se chamava Laísa e era morena e parecia indígena, seria desconfortável o suficiente se ela não ficasse praticamente comendo ele com os olhos, mas não me importei com isso, pois ela ainda não tinha passado dos limites. Conversamos animadamente e até aí não estava rolando nada a não ser os olhares indiscretos dela que eu percebia, mas ele ou não percebia ou estava fingindo. Ela saía pra dar atenção a outras pessoas, mas voltava rapidamente pra perto de nós. Depois de um tempo perguntei pra ela onde tinha um banheiro e ela foi me mostrar, fui ao banheiro fiz o que tinha que fazer lavei a mão e voltei. Quando voltei ele não estava lá e nem ela, olhei para o lado e pude encontra-los em um canto mais afastado. Eles não me viram e continuaram conversando, e eu os observando. Não fui até lá, pois isso seria ridículo da minha parte e sem falar que não faz meu estilo, fazer ceninhas de ciúmes e, além disso, eles só estavam conversando, certo? Errado ela tentou beijá-lo e até conseguiu...