Entre o amor e a amizade [ Cap.1 ]

Um conto erótico de Little_Writer
Categoria: Homossexual
Contém 2940 palavras
Data: 14/09/2015 00:44:24
Última revisão: 14/09/2015 00:55:06

[Érico]

Era cedo da manhã, quando eu acordei e logo “pulei” da cama, estava nervoso para meu primeiro dia de aula, me olhei no espelho e eu estava com o rosto todo amassado de sono.

- Luz. – Gritei chamando a minha empregada.

Minha mãe que queria monitorar por onde eu estava e o que eu fazia, pagava a luz para me vigiar, mas ela não fazia isso, pelo contrário, ela cuidava de mim como se fosse minha mãe de verdade.

- Oi menino. – Disse ela adentrando a porta do meu quarto.

Enquanto eu estava de um lado olhando no espelho e ela do outro me olhando de costas. Eu estava notando que meu cabelo castanho estava até que melhor que os outros dias.

- Onde está a roupa que eu vou usar hoje?, já está passada?. – Perguntei.

Me virei ficando de frente para ela, e então encontrei em seu rosto seu costumeiro sorriso. Ela caminhou até o lado do meu espelho e da escrivaninha que havia ali no canto, tirou de lá uma roupa passada.

Blusa branca sem mangas, calça saruel preta, tênis preto e branco, uma toca preta e uma jaqueta preta com botões prateados e minhas pulseiras que tinham tachinhas.

Típico de roqueiro, embora eu não me considerasse um. Sou emo vampiro sombrio da noite, só que não!

- Ótimo, bom trabalho. – Disse sorrindo.

Ela estranhou tal atitude minha, eu quase sempre a tratava mal pois eu não gostava de ser bonzinho, quem é bom sempre se ferra, só se dá bem em novelas e séries adolescentes.

- Menino, você está se sentindo bem?. – Perguntou tentando tocar em meu pescoço.

- Não começa luz. – Disse em um tom arrogante para ela que se afastou de mim.

Ela se aproximou de minha cama e colocou a roupa lá, depois se retirou de meu quarto sem dizer mais uma palavra. Eu caminhei até o banheiro que ficava em uma parede do lado da minha cama, fiz minha higiene, tomei meu banho e saí do mesmo.

Peguei a roupa que estava em cima de minha cama e a coloquei, depois de arrumado, ouvi a voz do meu pai me chamando no andar de baixo.

Peguei minha mochila que estava largada em um canto do meu quarto, e saí correndo rumo a escada, quando fui descer a escada acabei tropeçando e quase caí rolando escada a baixo, só que fui segurado por meu pai antes de cair no chão.

- Obrigado. – Disse para ele que sorriu.

- Já falei para parar de correr assim, se eu não estivesse aqui você tinha se machucado feio.

- Ah pai, você sabe como eu sou agitado.

- Sei sei, agora vamos. – Ele disse me empurrando rumo ao lado de fora de nossa casa.

Quando saímos de casa a luz forte do sol me cegou, meu pai pareceu perceber que a luz nos olhos não me fazia bem, parei de caminhar e coloquei a mão na frente dos olhos.

- Cade seu óculos?. – Ele perguntou com um tom curioso na voz.

- Eu não quero mais usar óculos, me deixa com cara de nerd e eu estou cansado de ser zoado. – Disse sem conseguir olhar para ele.

- Vou te comprar lentes de contato então, vem. – Ele disse me puxando para dentro de seu carro.

Meus pais eram sócios de um hospital, meu pai era um médico bastante conceituado, nós tínhamos uma vida muito boa, e meu pai por ter muito dinheiro queria o melhor para mim, me colocou no melhor colégio que tinha em nosso estado.

O tempo passou rápido e nós já havíamos chegado em frente ao colégio, eu olhava o movimento pelo vidro escuro do carro. Tentava criar coragem para abrir a porta do carro e enfrentar todos os outros alunos.

- Não vai sair ou quer que eu abra a porta para você?. – Disse meu pai fazendo graça.

- Haha, muito engraçado. – Disse e lhe mostrei minha língua, em seguida abri a porta do carro.

Estava frente a frente com os portões da sede de salas, decidi entrar bancando o rude e arrogante, fiz a cara de mal mais real que eu podia e abri aqueles portões.

Adentrei ali e os corredores estavam vazios, eles eram extensos o que o levou a pensar que cansaria andar por ali todos os dias. Caminhei rápido até a sala que eu sabia ser a minha, eu havia recebido recomendações sobre qual sala que eu estudava, horário de aulas etc.

Respirei fundo e todo meu pulmão foi enchido de ar, soltei o ar que se encontrava em meu pulmão e bati na porta.

- Entre. – Disse uma voz feminina, de mulher já adulta e não só mais uma adolescente, então logo soube que era a professora.

Toquei a maçaneta, ela estava fria o que arrepiou todo o meu corpo, a girei e quando finalmente abri a porta senti mil olhares voltados para mim.

Todos naquela sala me olhavam o que de primeira me intimidou, mas como eu queria me mostrar rude e arrogante suspirei e juntei toda raiva que tinha em mim.

- Perderam algo?. – Perguntei entrando na sala.

Assustei a todos com aquela reação, eles esperavam que eu abaixasse a cabeça e fosse tímido como qualquer um seria, mas Érico Olivier Jones não era assim.

- Hey garoto, menos, você está em uma sala de aula, não em um lugar qualquer, Aqui eu quero respeito. – A professora falou olhando-me nos olhos, aquele óculos que ela usava combinavam com ela, ela era linda.

- Hunf. – Eu resmunguei me colocando frente à frente com ela. Cruzei os braços olhando para ela, não estava no clima para enfrentar ela, não hoje. - Onde eu me sento?.

- Ali bem atrás da Giulia. – Ela apontou para uma garota gordinha de cabelos castanhos escuros cacheados, e com uma beleza que dava para ver bem escondida nela. A tal Giulia se encolheu na cadeira e ficou com uma expressão de pânico ao saber que eu sentiria na carteira atrás dela.

- OK. – Eu disse soltando um sorriso e logo caminhando até a carteira atrás da tal Giulia.

Eu caminhei até a carteira atrás de Giulia, e ela parecia ficar cada vez com mais medo, e mais tímida encolhida na carteira onde sentava. Ela só podia ter medo do jeito rude e arrogante, e aquilo me fez rir baixo da reação da garota.

- Fique calma, eu não mordo. – Eu disse ao pé do ouvido dela, assim que sentei, senti que ela se arrepiou.

- Ninguém merece, mais um faveladinho aqui. – Sussurrou uma menina loira que estava na terceira fileira e na quinta cadeira.

- O que você falou sua metida?. – Gritei assustando a professora que copiava uma matéria sobre figuras de linguagem no quadro, era aula de português.

- Exatamente o que esse seu ouvido ouviu. – Ela respondeu se colocando de pé ficando frente à frente comigo.

- Sua metida a besta. – Disse avançando nela. A peguei pelo pescoço e a enforquei à deixando sem ar e ela morreu ali na minha mão enquanto eu sorria maldosamente. Bom isso é só minha imaginação, agora voltando à realidade.

- Sua metida, quem você pensa que é para falar desse jeito comigo?, quem é você para julgar alguém?, você é podre garota, podre. – Disse calmamente olhando ela me olhar boquiaberta.

- Ah seu favelado. – Ela disse avançando em mim, tentando pegar meu pescoço e me sufocar, eu fui mais rápido e desviei dela.

- Já chega, os dois pra diretoria. – Gritou Simone a professora de português.

Mal havia chegado ao colégio e estava à caminho da direção, havia ganhado uma inimiga, e estava me divertindo com isso até que vi quem era o diretor que nos esperava ali na frente da diretoria.

- Essa não. – Foi tudo o que deu tempo de dizer antes de ver o olhar de repreensão de meu tio, Ferdinand.

Estou ferrado.

••

Meu tio estava com uma expressão que me causava medo, ele estava altamente irritado naquele dia, eu não vivia muito perto dele ou de qualquer outro familiar, a não ser meu pai e a minha mãe.

- O que você está fazendo aqui?. – Ele perguntou extravasando sua raiva em mim.

- Hey, não altere o tom comigo, mantenha o nível de educação que minha avó lhe deu, e não venha descontar em mim suas frustrações, eu não fiz nada. – Respondi calmo.

- Se não tivesse feito não estaria aqui!. – Ele disse mais calmo, me analisando com os olhos, talvez procurando um sinal de arranhão que demonstrasse que eu havia brigado.

- Eu estou aqui por causa dessa garota. – Apontei para a loira metida que se mantinha calada na presença do diretor o que eu não fazia ideia do porque de tal comportamento.

- O que você aprontou agora Sierra?. – Perguntou meu tio em tom bravo.

- Eu não fiz nada pai, foi esse faveladinho que me insultou e veio pra cima de mim. – Ela respondeu calmamente, alternando o olhar entre meu tio e suas unhas.

Como assim mundo? Meu tio é o pai desse projétil de Hanna Montana? Pare a roda gigante que eu quero descer, coisinha aí de cima, vai devagarinho! Wtf?

Pelo visto eu não conheço minha família.

- Mentira, ela que me insultou me chamando de favelado e tentou me bater. – Disse olhando meu tio, que olhava para mim e para ela pensando em quem deveria acreditar.

- Ele diz a verdade. – Ouvi uma voz feminina dizer atrás de mim.

Me virei para ver quem era, e me encontrei com a garota de olhos castanhos, a Giulia. Ela estava ali me defendendo, mesmo sem ter um motivo para isso.

Essa garota têm atitude.

- A Sierra, o insultou e tentou agredir ele fisicamente. – Disse Giulia se aproximando de nós.

- Sua baleia, se cale. – Falou Sierra altamente irritada.

- Cala a boca Sierra. – Gritou meu tio em advertência.

- Mas pai... – Foi interrompida por meu tio.

- Mas nada, vai agora para sua sala, pega sua mochila e vai pra casa, lá a gente conversa.

- Argh. – Ela resmungou antes de se virar e ir à caminho de nossa sala, pisando forte no chão.

Mimada.

- Agora vocês dois voltem pra sala, e não se metam em encrenca.

Eu me virei de costas para ele, ficando cara a cara com a Giulia, ela sorriu me olhando nos olhos. Ela não parecia tão indefesa e tímida quanto antes.

- De nada. – Ela disse e se virou de costas para mim, caminhando de volta para a nossa a sala.

Essa menina ainda vai me causar grandes problemas, gostei dela, têm um jeito que me encanta, vou me aproximar.

O que você acha que está fazendo? Você não pode se apegar a ninguém!

Era o que dizia meu subconsciente, mas eu não queria escutar ele agora, eu só precisava ganhar a confiança dela, me aproximar e ajudar ela, pois ela é frágil e ser frágil nesse mundo, não é nada bom.

••

Quando enfim cheguei dentro de sala, todos me olharam como quando eu entrei ali pela primeira vez.

- Vou ter que dar fora de novo?, não deram educação à vocês não?. – Perguntei lançando o meu olhar mais mortal para cada um deles, que logo desviaram o olhar para quem havia entrado na minha frente. Minha recém descoberta prima.

- Você me paga seu favelado, você me paga. – Sierra disse rangendo os dentes.

- Não tenho medo de você, você não é nem de longe o meu Pior medo. – Disse sorrindo debochadamente para ela.

- Você não passa de uma garota fútil, me pergunto como você vai ser feliz, sendo que todos os seus amigos são apenas interesseiros, o que vai fazer quando o mundo não girar ao seu redor?.

- Você não vai ser nada, você vai ser uma pessoas solitária e amargurada, você julga e humilha as pessoas pelo que elas aparentam ser, e no fim você vai ser julgada e humilhada por todos esses que você pisa.

- E guarde minhas palavras, você priminha se não mudar seu jeito esnobe e abusado, vai ser muito pisada no mundo.

Vi os olhos de Sierra cheios de lágrimas, ela se esforçava para não chorar ali na frente de todos. Aquilo doeu no meu peito, pois ela podia até merecer minhas palavras, porém ver ela daquele jeito me fez mal, afinal ela era apenas uma garota imatura.

Ela saiu correndo e enfim se rendeu ao choro, suas lágrimas voavam no ar até tocarem o chão, senti por um momento que eu era uma pessoa totalmente ruim, e eu não queria ser ruim, eu só não queria me ferir.

Droga! Você é um idiota Érico, um idiota.

Meus tímpanos arderam ao ouvir todos os gritos dos alunos daquela sala, eles aplaudiam e gritavam pelo que eu havia feito com Sierra.

- Parabéns, até que enfim alguém colocou ela no seu devido lugar. – Me falou uma garota ruiva.

Ninguém naquela sala parecia gostar de Sierra, a não ser uma garota e um garoto que estavam com uma expressão de raiva no rosto. Eles deviam ser amigos de minha prima, e também tinha Giulia que não se mostrava contente, ela mexia a cabeça de um lado para o outro demonstrando que não concordava com minha atitude.

- Eu também não gostei do que eu fiz, eu não queria magoar ela. – Disse chegando perto de Giulia.

- Imagina se quisesse. – Ela disse com um tom de voz hesitante.

Ela ainda têm medo de mim.

- Não sou uma pessoa ruim, eu só queria fazer ela enxergar a realidade. – Disse encerrando aquela conversa.

- Hey, todos vocês fiquem quietos e copiem. – Gritou um professor depois de ter batido com a mão na mesa, fazendo todos se calarem.

Depois de tudo que houve nesse dia, a aula seguiu calma, apenas alguns alunos cochichavam me olhando, eu havia acabado de entrar naquele colégio e já estava popular.

Depois de um tempo, eu havia conseguido virar amigo de Giulia, ganhado a confiança dela, e me arrependia eternamente disso, ela não parava de falar sobre um garoto que havia sido seu “herói”. Ela falava tanto dele, de um jeito tão fofo que eu tive vontade de vomitar várias vezes.

Tempos depois o sinal tocou, anunciando o intervalo, eu se quer tinha notado o tempo passar, eu estava entretido conversando sobre assuntos aleatórios com Giulia.

- E agora para onde vamos?. – Eu perguntei à Giulia enquanto nós dois caminhavamos para fora da sala onde estudavamos.

- Eu tenho que ir encontrar e descobrir coisas sobre um garoto, quer vir junto?. – Giulia perguntou de forma determinada para mim que revirei os olhos e enfim decidi perguntar.

- Tem coisa melhor?, tenho outra opção?. – Eu perguntei olhando para ela que sorriu e saiu me puxando pelo extenso corredor. - Pelo visto não.

Caminhamos rapidamente pelo corredor até que Giulia bufou mostrando sua tensão, ela realmente queria encontrar aquele menino, ele era o exemplo de alguém que eu nunca poderia ser, uma pessoa boa, simpática, amável...

Eu podia perceber que a garota não sabia onde achar o tal garoto que ela tanto havia falado, enquanto estavamos em sala. Ela estava mais perdida que cego em tiroteio.

Até que um sorriso surgiu no rosto dela a garota sorriu como nunca e o seu sorriso era fofo demais. Eu então olhei para ela e depois para a direção em que ela estava olhando.

Me deparei com lindos e enormes olhos azuis, um sorriso perfeito e um corpo forte e alto perfeito. Meu coração acelerou de um modo que eu nunca o tinha sentido assim antes.

Os meus olhos bateram de frente com os do garoto que Giulia tanto falava. Era intenso aquela troca de olhares, eu sorria para ele que retribuía com um sorriso perfeito e um clima enorme se fez ali, do nada eu havia tido uma enorme conexão com ele, e isso me causava um frio na barriga e um enorme nervoso.

Então o garoto se despediu de um garoto que ele estava conversando e começou a se aproximar de mim e de Giulia. Ambos ficamos nervosos enquanto o garoto se aproximava em passos largos. Eu desmaiaria, ou sairia correndo, era essa a reação esperada mas não foi o que aconteceu, não foi o que eu fiz.

- Oi. – Ele disse comprimentando Giulia com um beijo em cada bochecha do rosto.

- Oi. – Ela disse corando.

Ele voltou a sua atenção para minha direção, o que fez com que eu ficasse desconfortável com aquilo.

Não sabia o que estava acontecendo comigo, eu estava nervoso, com o coração acelerado, com um sorriso bobo no rosto e tudo pareceu sumir, sobrando apenas eu e ele ali no mundo.

Será que é paixão? Não claro que não, eu não posso me apaixonar, ainda mais por ter além de nós dois, alguém que o ama. Eu não posso me apaixonar por esse garoto, eu não sou gay.

•••

Agradecimentos:

P.G = Obrigado por ler, e será mesmo que Érico vai renunciar o amor pela amizade?, Giulia vai merecer tal atitude?, Giulia vai merecer ser feliz?, continue lendo!. Bjs, Little_Writer.

••

S2DrickaS2 = Obrigado, realmente é um grande dilema, talvez ela consiga ele para ela, tire suas dúvidas acompanhando. Bjs, Little_Writer.

••

prireis822 = Obrigado por ler, realmente tudo depende disso, continue lendo. Bjs, Little_Writer.

••

M/A = Érico é um garoto bom demais para se meter no sentimento dos outros, mas ótimo ponto de vista, continue lendo. Bjs Little_Writer.

••

Critico Literario = Obrigado por ler, um #teamGiulia pelo menos, acompanhe e torça por ela. Little_Writer.

••

LC..pereira = Obrigado, continue lendo. Bjs Little_Writer.

•••

Pessoas só quero deixar claro que escrever para mim é um hobbie, então não dou tanto de mim para ele, mas tento fazer uma coisa interessante para vocês. Hoje eu posto esse capítulo e volto na madrugada de terça, no caso quarta. Esse capítulo foi um teste de como a narrativa ficaria em 1ª pessoa.

Votem, divulguem e comentem, isso me estimula a dar cada vez o meu melhor. Contem pros amiguinhos, pras amigas, pra todos. Leiam e dêem sua opinião.

Bjs Little_Writer.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Little_ Writer a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Sabe Little_Writer eu amei o Érico e a Giulia. Ela merece ser feliz.Eu tenho um palpite,mas acho cedo falar.Vou torcer pelo dois. #TeamGiulia e #TeamÉrico

Você ganhou uma leitora fiel. Bjos e até a próxima! A.

0 0
Foto de perfil genérica

Kkkk #teamGiulia vamo la guria mostra essa força..kkk

Erico tira teu cavalo dae que é.

0 0