Eu tinha 12 anos. Estavamos no meio de uma peça da escola, Romeu e Julieta fora a escolhida pelo comitê de teatro. Eu era uma Julieta furiosa, já que preferia qualquer coisa menos um romance, ainda mais no qual eu estaria apaixonada por ele, Fabrizio Mouratoglou, o Fab, 15 anos, o grego mais moreno que já vi (não que eu conhecesse muitos gregos), um garoto incrívelmente insuportavél que vivia me encoxando pelos corredores. Mas para meu azar sempre fomos os melhores atores da escola.
Estava na hora que eu mais temia: O beijo, eu não queria aquele zé ninguém a sequer 3 km de mim, quanto mais que ele me beijasse.
Quando ele se inclinou sobre mim, com aquela cara cínica, não me contive, sai de perto e usei toda a minha experiência em improvisar
-Epa, epa, epa, peralá Romeu, acha mesmo que eu vou deixar você me beijar, aí depois você morre e eu tenho que me matar? Não meu bem. Olha pra mim, e fala, diz se tem chance de eu desperdíciar toda essa beleza que Deus me deu por causa de um homem - Eu falei batendo pé e todos deram altas e ressonantes gargalhadas.
Transformei o romance em uma comédia. Passei o resto do tempo que restava da peça descarregando toda a minha raiva de Fab no pobre Romeu, acho que teria que lavar os pés do Shakespeare com meu sangue, para que ele considerasse a opção de perdoar. Quando me dei por satisfeita, virei... Esse foi meu erro... Ele me puxou, me prendeu contra seu corpo, e me beijou, travei os dentes para impedir aquela língua de invadir minha boca, pense ter seu primeiro beijo, a força, na frente de seus pais e dos pais de seus amigos, com o garoto que você odeia... Simplesmente o inferno na terra.Assim que ele me soltou, a professora Charlotte entrou para anunciar o fim da peça (E cá entre nós, para impedir que eu banhasse o palanque com sangue dele). Agradecemos os aplausos e fomos para o "camarim". Fugi da bronca/parabenização, me troquei vestindo meu vestido de botões e fui atrás de Fab que se esgueirou para fora, o segui sorrateiramente pelos corredores até a biblioteca... E foi aí que eu descobri que eu não fui suficientemente sorrateira... Quando entrei, preparada para bater nele até sangrar os nós dos meus dedos, fui pega de surpresa, ele trancou a porta numa velocidade surpreendente e me puxou, sentando num sofá de couro preto, que ficava lá, e colocando-me sobre seu colo
-Então o que minha Julieta quer? - ele falou quase docemente segurando minha cintura me impedindo de sair
-Quero te matar - falei me contorcendo para me soltar - Você está com problemas
-Ai, Athena se você não parar de rebolar no meu colo aí sim, você estará com problemas - ele riu e beijou meu pescoço
-P-para de f-fazer isso me sol-solta pra eu te bater - falei tentando me soltar
-Isso não parece um acordo muito bom... E você ainda está rebolando no meu colo... Olha, você tá pedindo - ele sussurrou no meu ouvido
-Me solta... - quando senti algo crescer entre minhas pernas, fiquei pasma e parada
-Eu avisei.
-Nossa senhora de Guadalupe - tentei me levantar mas ele me puxou me encaixando perfeitamente em seu membro, mesmo com todos aqueles pedaços de pano, eu senti o quanto ele me queria, um arrepio subiu pelas minhas costas, me fazendo estremecer e me afastar um pouco. Essa reação pareceu decepciona-lo ele me largou e olhou para a porta colocando a chave ao seu lado. "Ele está desistindo?"
-É, mal aí, captei a mensagem, você não me quer mesmo. Pensei que só estava se fazendo... - ele falou mas se interrompeu quando comecei a abrir o botões do vestido
-Nem ouse parar agora que eu comecei a gostar - falei o encarando. Ele me olhou por uns segundos, mas antes que ele pudesse reagir a professora Charlotte bateu na porta...
Oi gente Meu nome eh Athena, esse é meu primeiro conto e eu vou contar essa história, espero que gostem bjs