- Como assim eu sou corno?
- Eu te traí - disse-me ela, com seus olhos castanhos clarinhos sondando os meus. Tive tontura, recebi um soco no estomago. Tive que me sentar. Estávamos na escada da casa dela, era noite e escuro, nosso lugarzinho de namorar. Ela segura minha nuca e me encara. Não diz nada. Há um leve sorriso em seu rosto. Parece se deliciar com meu sofrimento.
- Não era isso que você queria? - disse-me de forma carinhosa, mas firme.
- Me conta, como foi?
- Pergunta o que você quer saber.
- Quem foi?
- O Naldo.
- Quando foi?
- Começou há uma semana.
- Por que não me disse antes?
- Me deu prazer te enganar. Mentir. Te trair. Decidi contar aos poucos para você ter prazer também, mas vou ocultar, para eu ter mais prazer ainda. Sempre vou te contar tudo, só não sei quando.
- Você ficou com ele? Tipo, só beijou?
Ela apertou meu pau e fui com sua mãozinha delicada para dentro da minha calça. Sorriu. Fez que não sabia, ou que não ia contar.
- Me diz... por favor.
- Ele me pegou, tem pegada, investiu contra mim.. eu fiquei, beijei, apertei ele e ele me apertou.
- Tudo de roupa?
Aquele olhar, de predadora. Olhando fundo nos meus olhos. Uma mão na minha nuca me fazendo carinho. A outra no meu pau masturbando. E a cara de quem tá mentindo, quem tá escondendo o jogo.
- Corno.. você é corno.
- VocÊ sentiu o pau dele?
- Sentir
- Onde?
- Na minha coxa, raspando.
- Você deu pra ele?
- Ainda não
- Vai dar?
- Vou
Palavras são como facas.
- Quando?
- Logo, essa semana ainda.
- Ele te pegou como?
- Como homem
- COmo é isso?
- VocÊ não sabe mesmo, né Corninho? Não tem idéia do que fazer comigo. Ele mandou um recado para você.
- Como assim? Ele sabe que eu gosto de ser corno?
- Sabe, claro. Acha que eu ia passar de vagabunda adultera? Eu sou, mas com a consentimento do Corninho.
A pegada no meu pau estava forte, como nunca antes. Estava me sentindo num procedimento médico. Uma criança tomando injeção. O carinho não parava. O olhar de caçadora. A mão rápida e forte no meu pau.
- Você pegou no pau dele?
- De levinho...
-Por cima da calça?
- Também
- Por dentro?
Sorrisinho.. carinha de sapeca, que logo voltou para a dominadora.
-Beijinho eu dou com você, concorda? Que é meu corninho carinhoso que eu amo. Ele é diferente.
- Deu?
- Ainda não, já disse. Mentir eu não vou.. inventar coisas não. Vou omitir.
- Fez ele gozar?
- Se eu te disser, o Piu Piu não vai aguentar e vai gozar...
- Fez, eu sei que fez? O que usou?
- A mão. Punhetei ele no carro, no estacionamento do shopping.
- O pau dele é grande?
- Sim.
- Maior que o meu?
- Se é grande é maior que o Piu PIu, não concorda?
Eu nao aguentava mais aquela mão, aquele olhar, aquela tortura.
- Usou a boca?
- Dei beijinhos.
- Chupou?
- Um pouquinho.
- Até o fim?
- Até o talo você quer dizer? Não deu.
- Até ele finalizar?
A punheta parou. Ela pega o celular. Procura algo. Não me mostra mais sorri.
- Eu vou te matar do coração. Ta preparado?
Não sabia o que dizer, a punheta volta, mais frenética e severa. Ela me destrói. Quando sente meu gozo para e me mostra o celular, uma foto.
O que vi, não pude acreditar.
Minha namorada patricinha, minha nininha, seu rosto lindo, seus lábios carnudos, olhos castanho clarinho e seus longos cabelos negros... banhados... em porra.
Ela me deixou ver num relance. Não ficou mais de tres segundos diante dos meus olhos. Gozei por inércia. Ela interrompeu a punheta na hora e me deixou gozar sozinho. Os olhos sempre me encarando.
- Realmente, você é um Corno Perfeito... É o nosso destinho. Eu tô adorando, e pelo visto você também - disse isso olhando minha calça suja de porra.
- Esse era o recadinho dele? Essa foto?
- Não esse é uma prova apenas, nada mais. Não é para você apreciar, apenas olhar e ter como prova. Você nunca mais vai ver.
- Por favor, deixa eu ver.
- Mereça, quem sabe um dia. Mereça.
- Qual o recadinho dele?
Ela se levanta. Me da um tapa na cara, e cospe em mim.
Me dá um selinho carinhoso me segurando pelo queixo. Apaixonada repete " Corno Perfeito". Se aninha nos meus braços, e ali namoramos...