Ele se afastou de mim. - Não é nada Sam, eu só lembrei de você e...
Beixou a cabeça chorando um pouco.
Eu: Max, você não seguiu em frente?
Nessa hora ele levantou a cabeça e me olhou com o rosto molhado. - Todo este tempo, 6 anos, não foi o suficiente para eu esquecer de você.
Eu fiquei sem reação na hora.
Ele: Desculpa. - Fungou limpando o rosto com a manga da jaqueta que usava. - Eu sei que você é hétero e não gosta quando eu falo assim. Sinto muito.
Eu: Não, não tem problema. Olha, você sabe onde é meu bar, eu moro encima, quando quiser aparecer por lá pode ir, as portas estarão abertas para você, gostaria de manter a amizade que tinhamos antes.
Ele sorriu triste. - E você se deu bem nesses anos hein?
Eu: Sim. Muito, e agradeço a Deus por isso. Depois daquele tempo ainda lecionei um pouco na universidade, meus amigos me chamaram para vir para os EUA com a banda, aqui abri o bar e estou muito bem financeiramente.
Ele: E no coração?
Eu: Igual, continuo saindo com uma e com outra, nada sério. E você?
Ele: Moro com um cara.
Fiquei um pouco desapontado, mas me estranhei por isso. - Com o Ethan?
Ele: Não. O Ethan foi embora a dois anos, é outro.
Eu: É feliz com ele?
Ele baixou a cabeça. - Sim.
Eu: Fico feliz por você.
Ele: Sam, quando você vai ter a maturidade de abrir seu coração e ter um relacionamento sério com alguém? Você sempre foi sozinho, sempre teve esta vida.
Eu: Não sei, quando encontrar a pessoa certa saberei.
Ele: Preciso ir.
Eu: As horas passaram rápido.
Ele: Passaram.
Ele ia saindo mas puxei para abraça-lo, senti uma paz muito grande, ele fechou os olhos e deitou no meu ombro.
Ele: Tchal.
Saiu e eu fiquei olhando-o de costas andando.
Dias se passaram sem o ver, mas ele não saía dos meus pensamentos, estava no bar no momento, uma banda estava fazendo um show e estava lotado...
Molly uma das minhas garçonetes veio falar comigo... - Você está muito desatento, o que foi?
Eu: Você não vai entender.
Molly era loira, baixa, olhos castanhos e pele clara, era minha melhor amiga, desde que a contratei que fizemos uma amizade enorme...
Ela: Tudo bem...
Eu: É que eu estou pensando muito em uma pessoa!
Ela: Mentira! Meu Deus, você pensando em alguém? Está apaixonado?
Eu: OBVIO QUE NÃO!
Ela: Nossa, também não precisa agir assim, com essa raiva toda!
Eu só estava pensando nele, não poderia estar apaixonado por um homem.
Eu: Vem aqui. - Puxei ela pela mão e a levei para um canto reservado.
Ela: O que é?
Eu: A pessoa que estou pensando é um garoto que conheci a alguns anos e agora reví.
Ela: Há, é um amigo?
Eu: Sim.
Conversei um pouco com ela, contei nossa história, menos a parte espiritual.
Ela: Então ele é apaixonado por você?
Eu: Sim.
Ela: Tadinho!
Vieram me chamar e eu saí, ao longe vi um garoto ruivo e branquinho...
John que trabalha também alí. - Sam aquele garoto quer falar contigo, disse que você o conhece!
Eu: Sim. - Era ele.
Max narrando.
Aquela noite o Jack não iria dormir em casa, então resolvi vê-lo. Eu na verdade era muito sozinho, por causa dele não tinha amigos só tinha o Sam.
Ele se aproximou me abraçando. - Oi?
Falei sem jeito: Oi.
Ele: Vem comigo...
Ele me levou a uma mesa mais afastada do pessoal, lá estava cheio pois uma banda fazia um show.
Ele: Quer beber alguma coisa?
Eu: Não, eu estou sem grana!
Ele: Deixa de bobagem Max. - Ele gritou. - Molly?
Uma garota muito bonita veio a nosso encontro. - Trás um refrigerante para o meu amigo.
Ela: Claro.
Saiu...
Ele: Porque você demorou tanto a vir? Eu disse para vir sempre.
Eu: Desculpa, eu só não tive tempo.
Era horrivel para mim ter que mentir tanto para ele, mas Sam estava tão alegre, bem sucedido, eu não queria contar, tinha vergonha de contar as desgraças da minha vida.
A garota trouxe meu refri...
Ele: Trás um canudinho. - Ele olhou para mim sorrindo e eu corei.
Ela saiu.
Eu: Você lembra?
Ele: Como esquecer?
Naquele dia saí com o Jack e foi esagradável, fomos ao shopping, ele cismou que eu olhei um atendente de uma loja, em casa me bateu, eu ainda estava mal e meio fraco.
Ele: Você está pálido Max.
Eu: Foi mal, é que acordei meio fraco hoje.
Ele: Você se alimenta bem?
Como ter apetite em uma vida como a minha? Queria falar isso...
Eu: Na verdade, não como muito.
Ela chegou com o canudinho o girei no copo. Ele ficava me olhando e eu estava sem jeito.
Chegaram umas pessoas e o cumprimentaram.
Ele: Max, esses são meus amigos, Horry, Peter e Jimmy. Gente esse é meu amigo Max.
Eu: Prazer. - Falei com um sorriso.
Eles responderam.
Horry era uma mulher ruiva cheia de tatuagens, Peter era um negro bem bonito e forte e o Jimmy era loiro usava um gorro e tinha uns olhos azuis.
Sentaram conosco.
Eu tomei um pouco do refrigerante que desceu queimando meu estômago, não havia comido nada e Jack me deu um soco muito forte. Senti uma dor imensa, mas disfarcei.
Ele: Você está bem?
Eu: Licença!
Levantei para ir no benheiro, dei dois passos e minhas pernas tremeram, suava frio e me segurei na parede, Sam correu para me socorrer.
Ele: Você está bem?
Eu: Não muito.
Ele: Vamos lá para casa!
Ele chamou Molly. - Cuide de tudo aqui para mim tá?
Ela: Claro Sam, se precisar de algo é só falar.
Ele: Ok.
Subi as escadas com ele me ajudando, pegou as chaves e abriu a porta...
Entrei com ele. Nossa, era muito linda a casa dele, tanto quanto o bar, muito bem decorada.
Ele: Max você tem que comer algo.
Ele me sentou no sofá, foi até a cozinha, pegou uma comida já pronta e colocou para esquentar no microondas...
Com um tempinho trouxe para mim.
Comecei a comer.
Ele: Me diz, porque você passou mal desse jeito? Está me escondendo algo? Ou é só falta de apetite mesmo?
Eu: Não, é só falta de apetite.
Ele: Hum.
Terminei de comer.
Ele: Você vai dormir aqui.
Eu: Eu não posso!
Ele: Você acha que vou deixar você sair desse jeito?
Eu sabia que estava perdido, mas preferia do que contar tudo a ele.
Eu: Ok.
Tirei minha jaqueta.
Ele: Quer trocar de roupa.
Eu: Não precisa!
Ele: Tem certeza?
Eu: Sim.
Meu corpo estava cheio de hematomas.
Deitei no sofá, nossa como estava quebrado, relaxando meu corpo sentia mais as dores, era ótimo dormir sem sentir o Jack perto de mim, me sentia livre como a anos não sentia. Fechei meus olhos e me entreguei ao sono.
Sam narrando.
Eu sabia que ele estava me escondendo algo e era mais um mistério dele que teria que desvendar! Max estava me preocupando muito, era óbvio que existia algum problema com ele.
Ele dormia tão calmamente, era tão lindo...
O que está havendo comigo? Será mesmo que nossa ligação, nossas almas, vai vencer minha sexualidade? Eu estava sentindo algo dentro de mim, era impossível negar, quando o reencontrei foi um impácto forte e de lá para cá está crescendo um sentimento dentro de mim...
Meu Deus ele é homem, como pode está acontecendo isso?
Me aproximei do sofá onde ele estava, resolvi alí tirar minhas dúvidas, precisava fazer isso...
Precisava saber se sinto algo por ele, ou se sinto algo apenas por ser a alma da mulher que já amei.
Me ajoelhei em frente ao seu rostinho lindo. Sim, ele era bonito, já havia admitido a mim mesmo que o achava lindo. Seu cabelo ruivo por cima dos olhos estavam virados para a direita, junto a sua cabeça que estava encima do braço na mesma direção, sua boquinha pequena e vermelha era linda, seus olhos estavam fechados com seus cílios claros e tinha leves sardas nas suas bochachas, bem claras.
Fui me aproximando devagar, encostei meus lábios nos seus, sabe aqueles filmes que falam que se beijarmos a pessoa que amamos ouve-se sinos? Na minha cabeça eu estava ouvindo-os naquele momento. Meu coração estava batendo fortemente.
Soltei sua boca e o vi dormindo, não havia acordado. Voltei a beijá-lo, dessa vez com mais força, ele abriu os olhos, minha lingua pedia passagem e ele abriu a boca e fechou os olhos...
Eu realmente viajei na sua boca e era uma viagem da qual não queria mais voltar.
Eu o abracei forte e ele sentou sem soltar minha boca, abriu as pernas e fiquei de joelhos entre elas, passava a mão em suas costas da cintura para cima e ele na minha nuca, agarrava meu cabelo... Aquilo estava maravilhoso.
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Gente espero que estejam gostando...
Email: lisas2s2@hotmail.com
Beijokas 💋💋
