BOYS - Parte XIV
"O culto exacerbado à própria virilidade é grande entre os boys. Pois "macho" é palavra decisiva no mercado de homens. Sempre confirmada e expressa em atitudes. Agrega valor ao produto. Boa parte dos que juram ser héteros, que não admitem dúvidas, 100% ativos, que até se encrespam se a desconfiança for adiante, abre mão de suas convicções se o pagamento aumentar. Eles moldam seus corpos, almas e condutas para se mostrarem o mais másculos possíveis. É para valorizar o passe. E creem que, mesmo adotando o papel passivo vez por outra, a justificativa do dinheiro a mais é suficiente para isentá-los."
*******************
A fala masculina, mas com entonação homossexual, foi breve ao telefone: CADÊ VOCÊ QUE NÃO RESPONDE AOS MEUS TELEFONEMAS? O CARA ESTÁ VIVO. TENHO COMO CONSEGUIR O ENDEREÇO DELE. VEJA SE NÃO FALHA, DESTA VEZ! E desligou o telefone sem esperar resposta. Eu havia acabado de deixar a morena belíssima e charmosa perto do prédio onde mora, depois de passarmos momentos maravilhosos no motel. Mas ela temia que o pai despertasse e a procurasse, por isso apressou-se em ir embora. Mesmo estando sob efeito de soníferos, o velho juiz poderia dar pela falta dela. Aí, quando eu já me dirigia de volta para casa, o celular de Carlos tocara. Eu apenas atendera com um alô, sem pronunciar nenhuma outra palavra. Então a voz afetada dera aquele recado funesto.
Estava claro para mim que Carlos estava envolvido no atentado contra Pietro, apesar de que, dessa vez, aquela voz de boiola não havia tocado no nome dele. E eu achando que o boy era amigo do rapaz baleado. Era preciso avisá-lo imediatamente. Soraya, a nova porteira do meu prédio, abriu-me o portão com um sorriso encantador. Saiu do seu posto e ajudou-me a manobrar para estacionar o carro de Pietro na vaga pertencente a ele, pois havia um veículo mal colocado na garagem que atrapalhava o trânsito local. Desci do automóvel e beijei-a suavemente no rosto, em tom de agradecimento. Ela recebeu o beijo contente. Disse-me que eu precisava fazer aquilo mais vezes. Deu-me vontade de beijá-la na boca, mas eu estava apressado em falar com o hóspede lá de casa.
Pietro estava deitado no sofá da sala, com a cabeça no colo de minha tia, que lhe alisava os cabelos. Vestia uma bermuda Jeans e estava sem camisa. Percebi movimentos na cozinha e estiquei o pescoço para ver quem estava lá, mesmo já sabendo que iria encontrar o namorado de minha tia. O cara voltou para a sala com uma vasilha enorme cheia de pipocas, mais três copos de refrigerante numa bandeja. Iam começar a assistir algum filme, os três. Muito à vontade com a presença de Pietro e sem demonstrar um pingo de ciúmes, sentou-se no sofá após o jovem levantar as pernas para que ele se acomodasse. Depois o rapaz pousou tranquilamente os pés sobre as coxas do namorado da minha tia, que ofereceu pipoca a todos. Peguei um punhado e disse a Pietro que precisava falar a sós com ele. Eu não queria que minha tia percebesse que o cara estava correndo perigo.
Fomos para o meu quarto e tranquei a porta. Com poucas palavras, fiz um resumo dos acontecimentos do dia, omitindo a ida ao motel com a bela morena. Ele ficou pensativo quando falei das minhas suspeitas sobre Carlos. Olhou-me fixamente nos olhos e perguntou se eu estava apaixonado pela morena. Percebera, pelo meu tom de voz, que eu estava interessado nela. Talvez pela minha insistência de que ele marcasse um encontro entre os dois. Não consegui encará-lo quando confessei que a achava muito bonita e tinha desejos de meter com ela. Ele deu uma sonora gargalhada e depois, muito sério, disse que eu me afastasse dela. Temia que eu me metesse em alguma encrenca das grandes. Achei que se referia ao fato do pai ter fama de atirar em quem se aproximasse dela. Mas ele garantiu-me que não havia sido o juiz que lhe deu aquele tiro. Não queria falar ainda sobre o episódio, no entanto assegurou-me que logo as coisas seriam esclarecidas.
Agradeceu-me pelo alerta, mas foi taxativo em dizer que não iria se encontrar com a bela morena. Ainda tentei insistir, mas ele cortou o assunto. Esteve um tempo pensativo, sentado em minha cama, depois meteu a mão no bolso, sacando seu aparelho celular. Pediu-me licença, pois queria fazer uma ligação particular. Deixei o quarto e me despedi de minha tia e seu namorado, indo para o apartamento de Pietro. Adormeci tentando resolver todo aquele mistério, sem êxito.
No outro dia, quando saí cedo para trabalhar, estranhei Soraya ainda estar de plantão na portaria. Pelo jeito, estivera mais de doze horas em seu posto. Acenei para ela e joguei-lhe um beijo na ponta dos dedos. Ela retribuiu da mesma forma, com um sorriso maravilhoso nos lábios. Não demonstrava sequer um pingo de cansaço. E o dia correu tranquilo, lá no posto de combustíveis, até o juiz aparecer em seu belo carro importado. Estava visivelmente alterado. Tinha os olhos vermelhos e indícios de quem estava embriagado. Assim que me viu, partiu para cima de mim, me agarrando pela gola do macacão. Queria saber onde estava a filha. Disse ter certeza que eu a ajudara a fugir de casa. Isso, para mim, era novidade. Menti, dizendo não saber do que estava falando. Ele, no entanto, lembrou-me da minha conversa com ela no dia anterior, e tinha certeza de que fui eu que liguei para sua casa. Havia reconhecido minha voz ao telefone.
Alexandre e Rodrigo interviram por mim e ele soltou-me, bufando. Olhou para a nossa companheira sapatão e chamou-a para um dos quartos. Ela esteve indecisa por uns instantes, depois se negou a segui-lo. Esclareceu que ele sabia muito bem que ela não gostava de homens e que a sua clientela ali era só de mulheres. Ele segurou-a firmemente pelo braço, com violência, e arrastou-a em direção aos cubículos. Ela pediu socorro com o olhar, mas Alexandre fez-lhe um sinal dizendo para que não resistisse. Apontou com o polegar para o escritório do patrão, dando a entender que iria pedir ajuda a ele. Triste, ela caminhou arrastada pelo juiz, que já abria o zíper da calça antes mesmo de chegar aos quartos. Nem bem ele fechou a porta de um dos cômodos, Alexandre e Rodrigo me pediram para eu ficar alerta enquanto eles iam chamar o patrão. Quando entraram no escritório, ouvi a nossa companheira gritar por socorro. Depois deu um grito de dor e escutei o barulho de um corpo atirado ao solo. Corri até o quarto e bati na porta, pedindo que o juiz abrisse imediatamente. Em resposta, ouvi novos gritos de Jane, como se estivesse sendo espancada. Não tive dúvidas: arrombei a porta com um pontapé.
A pobre jovem sangrava pelo nariz e tinha o corpo todo machucado. Sentada no chão, agarrava-se a uma das pernas do juiz, tentando evitar que ele lhe chutasse o rosto. Ele tinha as calças arriadas e apontava-lhe uma pistola, que logo se mirou em minha direção. O juiz tinha uma expressão furiosa no rosto quando voltou sua atenção para mim. Disse que queria uma chupada e eu iria substituir a boca da moça em seu pau. Encostou a arma em minha fronte e parecia disposto a atirar. Nisso, o patrão vem nos acudir, seguido de seus dois funcionários aflitos. Empurrou-me de lado e atracou-se com o juiz, conseguindo arrancar-lhe a arma. Esta caiu no chão e disparou acidentalmente, atingindo Jane na barriga. Aproveitando-se da nossa surpresa ao ver a jovem cair ensanguentada, o juiz recuperou a pistola do chão e apontou para todos. Afirmou que queria ser chupado por cada um de nós, e só assim deixaria a funcionária ser socorrida.
Não adiantou os argumentos do patrão, ele estava irredutível. Então o dono do posto foi o primeiro a agachar-se à sua frente, colocando seu pau na boca. O cara apontava a arma diretamente para mim, dizendo que eu seria o último da fila. Deveria chupá-lo quando ele estivesse para gozar. Jane continuava caída ao solo, gemendo de dor, quase desfalecida. Rodrigo foi o próximo a ser obrigado a chupar o juiz, tendo a arma apontada para a sua cabeça. Fez uma expressão de nojo e por isso levou uma coronhada na testa. O safado do juiz não estava para brincadeiras. Mandou Alexandre masturbá-lo ao mesmo tempo em que lhe chupava o caralho. O rapaz olhou-o com fúria, mas o patrão pediu que ele não reagisse. Então, a polícia apareceu.
Enquanto o patrão viera em socorro da nossa companheira, sua irmã ligava para a delegacia. Havia uma viatura por perto e chegou a tempo de flagrar o juiz ainda de arma em punho. O tenente responsável pelo camburão reconheceu-o de pronto, então pediu que os policiais baixassem suas armas. O juiz deveria entregar-lhe a sua. Houve um momento tenso, depois o coroa entregou a pistola ao agente da polícia militar. Este pediu que ele caminhasse até seu próprio carro. Seguiria escoltado pela viatura, mesmo não estando algemado. Todos deveriam ir à delegacia. O patrão, no entanto, afirmou que ninguém iria dar queixa. Falou isso olhando para cada um de nós, em tom de coação. O tenente pareceu-me aliviado e fez de tudo para tirar o agressor dali imediatamente, como a evitar que mudássemos de ideia. Um policial sentou-se no carro importado ao lado do juiz e logo foram embora, só que seguindo em direção contrária à delegacia.
A irmã do dono do posto acudiu a funcionária baleada imediatamente, reclamando de que a polícia sequer tomara a providência de ligar para uma ambulância, já que não pretendiam levar a jovem para um hospital. Prestou-lhe os primeiros socorros, enquanto o viado fazia um curativo rápido na testa de Rodrigo. Acomodamos nossa companheira no carro do patrão. A médica levou-a imediatamente para um hospital. O dono do posto pediu-nos desculpas por não ter permitido que fôssemos prestar depoimento e alegou que ninguém poderia fazer nada contra o juiz. Ele tinha "costas quentes" e sempre se safava ileso dos crimes que cometia. Costumava livrar a cara de policiais criminosos e decerto já estaria livre àquela altura. Mesmo revoltados, concordamos que ele tinha razão. Por conta dos acontecimentos, resolveu nos liberar pelo resto do dia. Limpamos o sangue derramado da nossa colega, como o patrão pediu, talvez querendo apagar vestígios do incidente, e fomos embora. Rodrigo era o mais revoltado. Cuspia o tempo todo, com nojo, e dizia que aquilo não iria ficar impune. Alexandre nada dizia, mas estava tenso e pensativo.
Resolvi ligar para Terezinha, a médica amiga de minha tia. Lembrei que fiquei devendo uma visita a ela. Ela ficou toda feliz ao reconhecer minha voz. Pediu que eu fosse imediatamente ao seu apartamento, pois estava de folga do hospital naquele dia. Peguei o carro de Pietro estacionado no posto e perguntei se os rapazes queriam carona. Alexandre aceitou, pedindo que eu o deixasse num bar próximo. Rodrigo veio com ele, dizendo que precisavam conversar. Deixei-os onde queriam e fui embora. Ao chegar ao seu apartamento, fui atendido pela médica só de calcinha. Os bicos dos seus seios ficaram durinhos só em me ver. Fechei a porta por trás de mim e mamei-lhe os dois. Ela abraçou-me com as pernas, quando a levantei e caminhei para o seu quarto. Beijamo-nos com vigor, com a coroa me dizendo que estava com muitas saudades de mim. Só então percebi que sua cama já estava ocupada.
A jovem queimada que eu conhecera na clínica, quando estive lá com a doutora, estava deitada na cama, lendo um livro. Sorriu feliz quando me viu. No entanto, para a minha surpresa, ela estava bem melhor das queimaduras pelo corpo todo. As cicatrizes quase já não eram mais vistas, tal a sua recuperação. Apenas tinha toda a pele avermelhada e brilhante, como se os tecidos ainda estivessem se formando. Apesar de não ter um único fio de cabelo na cabeça, seu rosto já denotava traços de beleza. Fiquei abestalhado com o seu ótimo estado de saúde.
Mas Terezinha, sua médica, estava muito excitada. Pediu-me para eu não dar atenção à paciente e voltar aos meus carinhos consigo. Deitei-a na cama, ao lado da jovem queimada, e abri-lhe bem as pernas. Tirei-lhe a calcinha e abocanhei seu sexo encharcado de tesão. Lambi-lhe o grelo enquanto a outra gemia também excitada. Passei a minha língua por toda a sua buceta, arrancando-lhe urros de prazer. Quando percebi que ela já não aguentava mais esperar, tirei minhas roupas totalmente. A paciente agarrou-se com meu cacete duríssimo, elogiando o quanto ele era enorme. Ajudou-me a pincelar com ele a gruta encharcada da médica. Depois apontou minha glande e pediu que eu enfiasse devagar. Ficou olhando bem de perto cada centímetro que meu pênis entrava em Terezinha.
A médica estava num cio de dar gosto. Estremecia o corpo todo a cada estocada minha, mas exigia que eu não gozasse logo. A moça queimada me beijava a nuca e o ouvido, enquanto eu copulava com a doutora. Então, de repente, ficou alucinada. Louca de tesão, arrancou-me de cima de Terezinha e abocanhou meu pau, chupando-o com gula. Levei os dedos à sua vagina que parecia estar em chamas, de tão quente. Ela gemeu demoradamente, sem tirar meu pau dos lábios. Depois me empurrou com urgência, me deitando de costas na cama. Com alguma dificuldade por conta das queimaduras ainda recentes, ajeitou-se sobre mim. Terezinha ia ajudando, sem parar de me acariciar e lamber minha orelha e beijar-me a boca.
Agora foi a sua vez de apontar minha glande para a xoxota da amiga. Isso, sem deixar de me advertir para que eu não gozasse logo. No entanto, isso não demoraria muito a acontecer. Eu já sentia o gozo se aproximando. Disse isso a elas. Então a médica retirou a paciente de cima de mim, deitou-a na cama e pediu que eu me ajoelhasse ao seu lado. Depois me masturbou com suas mãos suaves, num ritmo crescente, até que eu jorrei esperma sobre a jovem queimada. Esta começou a se contorcer e urrar como eu nunca vira, ordenando que eu lhe desse todo o meu leite.
À medida que eu ejaculava, a doutora ia espalhando meu esperma por todo o corpo da paciente. Esta se contorcia num misto de dor e prazer, como uma cadela agonizante. Ficou massageando meus bagos, querendo talvez não deixar nenhum esperma armazenado ali. Esporrei diversas vezes seguidas, até que não restou nem um pingo. Terezinha não parava de espalhar meu gozo pelo corpo da jovem. Até que eu arriei sobre a cama, exausto. A paciente deu um último gemido, demorado, depois adormeceu ao meu lado. Quando eu pensei que iria continuar descansando, a médica passou a lamber minha glande, me fazendo enrijecer de novo o cacete. Acocorou-se sobre mim e enfiou-o na vagina, mesmo ele estando ainda bambo. No entanto, assim que senti o fogo das suas entranhas, fiquei excitadíssimo novamente. Ela empreendeu um galope sem trégua, até que atingiu o primeiro orgasmo. Aumentou a velocidade da cópula, dizendo palavras desconexas, gozando a foda. Então, quando sentiu que eu ia chegar ao orgasmo também, retirou-se do meu pau e enfiou-o na bunda. No momento que o gozo despontava em mim. Explodi assim que senti meus bagos tocar-lhe as nádegas, totalmente enfiado em seu rabo. Ela berrou alto, sem nenhum pudor em alarmar a vizinhança. Eu também botei todo o ar dos pulmões para fora, num orgasmo prolongado. Agora sim, fiquei prostrado sobre o leito, o coração quase saindo pela boca de tanto bater apressado.
Estive naquela letargia entre o sono e o prazer de ter os cabelos acariciados pela bela e gostosa doutora. Ela olhava para mim com um carinho intenso, maravilhada com a minha performance. Sussurrava baixinho ao meu ouvido que eu era tão fodelão e bom de cama quanto meu pai. Essas palavras quase me despertaram, mas eu estava muito, muito cansado. Naquele momento, só queria dormir, dormir e dormir...
FIM DA DÉCIMA QUARTA PARTE