_ Gozado Pri você falando desse jeito, é exatamente o que algumas garotas que conheço que são bissexuais me falam. E isso é muito curioso, mas eu preciso me acostumar com a ideia.
_ Anita eu não estou tentando fazer a sua cabeça não, longe disso eu só estou te dizendo que isso é uma rua de mão única, não tem retorno, você entra e fica viciada nesse tipo de prazer, conheço muitas pessoas que já foram casadas com homens maravilhosos, não existem somente homens canalhas, cada um anda do jeito que lhe convém, entendeu?
_ Pri estou entendendo sim, quando eu tinha uns treze anos conheci uma garota que foi morar no meu prédio e que gostava de beijar meninas, foi ela quem me roubou o primeiro beijo de língua, na ocasião eu fiquei muito ofendida, mas nunca comentei com ninguém, essa é a primeira vez que falo sobre isso, mesmo depois de ela ter se mudado do nosso bairro, sempre que eu a via, ficava me lembrando daquele beijo, coisa estranha não?
_ Como eu acabei de te dizer, ninguém vira lésbica de um dia pro outro, isso não precisa estar no DNA, o que acontece é que só descobrimos quando isso aflora, tanto para homens como para garotas.
Acabei por dizer o motivo da minha ida para aquele local, expliquei ser parecido com o dela, que eu também tive uma grande decepção com meu último relacionamento, mas eu luto para que isso não acabe se tornando um sofrimento maior do que o necessário.
No nosso encontro tenho certeza que não foi por acaso, isso tem um objetivo, seja para maior esclarecimento de nossa parte, ou com algo que esteja escrito nas estrelas.
_ Pri eu sei o que você esta tentando me esclarecer, mas é como te disse tudo isso é novo pra mim, nem sei se terminei com meu noivo, ainda tenho que conversar com ele, preciso entender os motivos que o levaram a fazer isso, é como você mesma disse, ninguém nasce lésbica ou gay, precisa que aflore esse lado de cada ser humano.
Eu não sabia o que mais dizer a cada passo que eu dava, Anita parecia estar mais distante de mim.
A noite chegou, fomos à cidade, dar umas voltas, e aproveitamos para conhecermos a vida noturna por lá.
Entramos em um bar que estava muito morno, me indicaram uma boate bastante animada, partimos pra essa tal boate, e para nossa surpresa, ao entrarmos já demos de cara com dois casais lésbicos se pegando com força total.
Anita não conseguia tirar os olhos das quatro meninas, fui obrigada lhe chamar atenção.
_ Amor você vai acabar arrumando confusão, pelo menos disfarça quando ficar secando as meninas.
_ Pri isso é muito louco, nunca imaginei que por aqui houvesse esse tipo de pegação, aqui é uma cidade pequena, onde todos se conhecem.
_ Mas você não pode esquecer que existem muitos turistas por aqui também, é assim que a moda passa por cidades do interior, ou você acha que também não existem nativos que praticam do mesmo prazer por aqui?
_ Vou te contar uma coisa, estou toda molhada, preciso ir ao banheiro, você vem comigo?
_ Claro que sim, meu anjinho, vamos lá.
Fiquei do lado de fora vigiando a porta do banheiro, e depois foi a minha vez, retornamos para o salão, dançamos muito e bebemos muito também a noite toda.
Ao retornarmos a pousada, fui deixar Anita em seu chalé, onde aconteceu o que nunca vou esquecer.
_ Minha princesinha, durma com Deus, descanse bem porque amanhã não teremos moleza, pelo visto isso aqui encher muito.
_ Pri obrigada por tudo, pela noite maravilhosa que você me proporcionou, sua história de vida, a nossa bebedeira e a noite que foi maravilhosa.
Afastei-me para ir embora, quando de repente senti seu braço me pegar pelo pescoço e me virar em noventa graus.
_ Onde você pensa que vai sem me dar um beijo de boa noite?
Nesse momento Anita encheu meu rosto com suas mãos e me roubou um beijo delicioso, acho que foi devido à cachaça da boate, ela me pediu desculpas e entrou, trancando a porta por dentro.
Sábado ás nove horas da manhã acordei com dor de cabeça, levantei, tomei um banho, e ao sair do banheiro senti uma dor forte na lombar, acabei travando ali naquela situação só enrolada na toalha, com muita dificuldade consegui acessar o telefone e liguei pro chalé da Anita.
Expliquei o ocorrido e ela pediu para que eu tentasse deitar no chão mesmo que ela estaria indo a meu encontro.
Em cinco minutos ouvi a voz da Anita me dizendo:
_ Caramba você esta mal, hein?
_ Nem me fale amiga, a dor é terrível.
_ Vamos ver o que posso fazer, meu pai também sente isso, já fiz muitas massagens nele espero que resolva com você.
Fiquei imóvel deitada ali no chão apenas enrolada por uma toalha sem nada por baixo, ela me posicionou de bruços e começou a fazer uma massagem.
Que mão macia, naquele instante eu já nem sentia mais dor apenas prazer com seus dedos mágicos percorrendo a minha coluna, subindo desde o cóccix até metade das costas.
Parecia que eu estava me divertindo com outra mulher, querendo ou não estava preste a chegar ao ápice.
Minha respiração estava ofegante, dava para notar que eu já estava entregue ao prazer dela.
Anita parou com a massagem e na mesma hora me sacaneou.
_ Amiga com prazer é mais caro, ok.
_ Nossa! Fazia tempo que não me sentia tão leve, suas mãos sãos maravilhosas, estou adorando essa massagem.
Anita ria das minhas palavras e me chamava de palhaça.
_ Para de graça Pri, não fiz nada demais.
_ Poxa se você não fez nada, imagino fazendo com vontade, com certeza me levaria ao êxtase, estou com as pernas bambas.
Com essa história aproveitei para tentar realizar uma fantasia.
_ Pena que você ainda não decidiu tentar uma nova experiência sexual, tenho certeza que vai ser inesquecível.
Virei-me de frente pra ela, e vi seus olhos fixados na minha xaninha toda melada.
Foi o suficiente para ela parar de vez e me dizer.
_ Tenho certeza que você já esta melhor.
Ficou um silencio na sala, eu não sabia o que dizer e muito menos ela.
Ela se despediu e voltou pro seu chalé, me deixando frustrada.
CONTINUA....
