O Contrato / Cap. 09 - Eu Amo Você!

Um conto erótico de eu_santos
Categoria: Homossexual
Contém 1084 palavras
Data: 02/09/2015 20:41:44

A luz do sol invadia o quarto através do pequeno espaçamento entre as duas cortinas indicando que já havia amanhecido, e eu, nem havia se quer pregado os olhos durante a noite.

Tudo vinha em minha mente com força, tudo aconteceu tão rápido, rápido o suficiente para bagunçar meus pensamentos, terá sido mesmo real a noite de ontem? Ou seria apenas mais um sonho noturno? Eu preferia apostar todas as minhas fichas na hipótese de que havia sido real.

Levantei da cama e segui até o banheiro, coloquei-me sob a água que preenchia o interior da banheira, e logo me peguei novamente pensando no ocorrido. E se fosse real? Como iria encarar Lúcio? Será mesmo que ele havia sido sincero comigo? Meus pensamentos e sentidos se confundiam mais e mais a cada segundo, mas devia afastar aqueles pensamentos de minha mente, então resolvi fazer uma caminhada matinal.

****

Havia uma pequena praça perto de onde morava, o lugar perfeito pra me destrair.

Estava correndo com os fones no ouvido, quando esbarrei em alguém.

"Me descul.. Cláus?"

"É sério amigo!" - ele sorriu ofegante - "Precisamos mesmo parar de nos encontrar assim!"

"Concordo" - sorri.

"Mas me conta!" - ele deu um soco leve em meu ombro esquerdo - "Corre sempre aqui?"

"Não, é a primeira vez!"

"Também é a primeira vez que corro por aqui!" - ele pôs sua mão sobre meu ombro - "Vem vamos descansar um pouco ali naquele banco"

"Então, como vai seu casamento?"

Cláus era uma pessoa confiável, era meu amigo, e eu precisava mesmo conversar com alguém. Manu talvez fosse a melhor pessoa pra isso como sempre foi, porém ela não estava disponível á mim no momento então resolvi confiar nele.

Contei tudo a ele, e quando digo tudo é tudo mesmo, e ele pareceu entender-me.

"Ele sempre gostou de você!"

"Você acha?"

"Tive certeza quando falou sobre ontem"

"Mas então, os que devo fazer quando vê-lo?"

"Aja normalmente, deixe que ele tome a iniciativa!"

"Acha que isso dará certo?"

"Confie em mim!"

Eu estava realmente precisando de confiança, não suportaria ser usado! Talvez eu estivesse sendo um tanto dramático, porém, era real o que eu estava sentindo.

Voltamos e Cláudio me deixou em frente ao meu apartamento.

"Lembre-se, deixe que ele tome a iniciativa!" - ele me abraçou em despedida - "E depois me conte tudo!" - rimos.

"E mas uma coisa" - completou ele - "Confie em si mesmo!"

Entrei em casa e ele ainda estava dormindo, preparei o café, tomei um banho e sentei no sofá pra vê um pouco de tv.

Estava distraído assistindo a um desenho infantil quando Lúcio despertou-me com aquele sorriso que eu pouco conhecia. Estava parado ao lado da tv e me fitava com aqueles lindos olhos azuis.

"Bom dia" - ele estava sorrindo.

"Bom dia" - sorri em total nervosismo.

"E então, dormiu bem?"

"Sim" - menti - "E você?"

"Não!" - Ele sentou-se ao meu lado - "Fiquei pensando em nós"

"Em nós?"

Ele pôs sua mão sobre a minha.

"Eu realmente amo você Rafa, e quero ser pra você muito mais que um contrato!"

Se eu estava feliz? Sim, eu estava super feliz, Lúcio realmente amava-me e eu sentia uma enorme vontade de ama- lo.

"O que acha de sair-mos hoje?" - ele tinha um certo brilho nos olhos - "Somente eu e você?"

"Eu aceito!"

"Tudo bem, preciso trabalhar agora, mas volto cedo!"

"Ok, eu esperarei por você!"

Depois de um tempo Lúcio saiu e eu fiquei só em casa, então resolvi arrumar-lá, trabalho um tanto exaustante, uma vez que o imóvel era enorme!

Terminei tudo e me joguei no sofá extremamente exausto e acabei pegando no sono do jeito que estava.

Acordei em um pulo, mas por sorte, Lúcio ainda não havia chegado, então, corri para um banho, arrumei-me da melhor forma que pude e fiquei esperando-o.

A campainha tocou e então fui até a porta, abri a mesma revelando Lúcio. Ele estava parado em frente a mim com aquele sorriso que eu estava me acostumando a amar, e então ele estendeu sua mão á mim.

"Você está lindo!"

"Obrigado"

Podia sentir minha pele esquentar.

"Então, me concede esta honra?"

Segurei sua mão em um sinal positivo.

"Vamos?"

Concordei.

****

Ele me levou a um restaurante, entramos e logo um rapaz bem simpático veio até nós.

"Boa noite senhores, mesa para dois?"

Ele encarava-me de um jeito diferente e com um sorriso no rosto.

"Isso mesmo"

Lúcio respondeu rude.

"Sigam-me por-favor!"

Ele nos mostrou uma mesa que ficava de frente para a enorme parede de vidro na qual, podíamos ter uma bela vista.

"Você parece um pouco irritado!"

"Não é nada!" - Disse a mim - "Sabe, eu sempre sonhei com esse momento, com o nosso momento!"

"Eu também"

Sorri.

Lúcio levantou-se e estendeu sua mão a mim.

"Me concede essa dança?"

"Dançar? Aqui?"

Uma música lenta e romântica tocava ao fundo e havia uma pista de dança no meio das mesas.

"Sim, aqui! Não ligue para os outros!"

Ele tinha razão aquele momento era só nosso e nem alguns olhares indiferentes voltados a nós poderiam estragar aquele momento!

Peguei sua mão e o segui até o centro das mesas, ele pôs sua mão direita em minha cintura e segurou minha outra mão, enquanto que eu, repousei minha cabeça sobre seu peito, e assim, começamos a nos mover conforme o ritmo calmo da música.

Eu podia ouvir nítidamente os sons de seu coração que misturavam-se com a canção doce e calma a nos embalar, podia sentir seus braços apertando-me mais e mais contra a enorme muralha de músculos a minha frente, podia sentir seu calor, seu cheiro.. Eu me sentia protegido alí, como se tudo que me rodeava era um simples e passageiro pesadelo noturno e que quando acordasse seria apenas mais uma memória qualquer.

N

ossas testas estavam coladas, podia sentir sua respiração assim como ele podia sentir a minha. Se eu sentia vergonha? Sim, minha pele estava queimando! Se eu ligava? Não, qualquer que fosse o pensamento das pessoas a nossa volta, nenhum seria capaz de nos atingir!

"Eu amo você!"

"Eu amo você!" - repeti.

Então nossos lábios se tocaram, sentia como se precisasse daquilo para me manter vivo.

As pessoas a nossa volta começaram a nos aplaudir e nos dizer como éramos fofos juntos, muito clichê assim como nos filmes, mas era algo engraçado, e assim como nós, começaram a dançar no ritmo lento da música.

Era bom saber que alguém lhe amava, assim como era bom amar alguém.

****

Bom, quero agradecer a todos os meus leitores pelos votos do último cap, espero que estejam gostando. bjs

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Comentários

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Cadê você poxa, seu conto é tão perfeito... Não abandone nem o conto e nem a gente por favor!!!

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Gostei demais, mas sei la, não acredito nesse amor do Lúcio.

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Ai meu pai! Vc apareceu!

Muito lindo o capitulo de hoje... tou chorando aqui, foi lindo d +!! O Lúcio é bastante ciumento nao?

Bjos e até a próxima! A.

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