SEXO E CARNIFICINA - Parte 02
Depois de descansar, após o sexo com Israella, Virgulino levantou-se da rústica cama de um pulo. Pediu que ela se vestisse, também fazendo o mesmo. Ela perguntou se iriam deixar os corpos dos três homens sem enterrar.
- Nós vamos embora deste barraco. Então, não vou me dar ao trabalho de enterrar esses cretinos - respondeu.
- ôbaa! Finalmente vai me levar para morar junto com você - alegrou-se a moça.
- Só por uns tempos, até encontrar um lugar para você ficar.
Israella ficou triste. Amava aquele homem com todo o seu ser. No entanto, nunca soube nem onde ele morava. Ainda tinha esperanças de que ele um dia se apaixonaria por ela, por isso era paciente. No fundo, sabia que ele nutria algum sentimento por ela. Senão, não a teria ajudado financeiramente durante os últimos dois anos.
Depois de vestir-se, Virgulino tirou o celular do bolso e fez uma ligação. Dessa vez, demorou a ouvir a voz do outro lado:
- Que é, porra? Por que está me acordando a essa hora da noite?
- São apenas 19:10h, cara. Estou precisando que tu dê uma olhada no satélite. Estou cercado e queria traçar uma rota de fuga - disse Virgulino.
- Tá bem, espere um pouco - ouviu a voz do seu interlocutor.
Virgulino colocou uma flecha em sua besta estilizada e esperou que o sujeito voltasse a falar com ele. Nunca lhe perguntara o nome. O amigo gostava de ser chamado de Cérebro e era especialista em sistemas de computação. Também era hacker desde os dez anos de idade. Não precisava trabalhar, pois costumava invadir contas de clientes de vários bancos e roubar apenas os centavos dessas contas. Dessa forma, ninguém dava pela falta do dinheiro. No entanto, juntando-se os centavos extraídos de centenas de contas, diariamente, ele ganhava pequenas fortunas.
- Quatro sujeitos se aproximam daí. Todos armados. Melhor sair pelos fundos. E faça isso logo - ouviu-se a voz de Cérebro, no celular colocado em viva-voz.
- Obrigado, Cérebro, amigão. Agora, volte a dormir. E desculpe pelo incômodo - falou baixinho Virgulino, desligando o celular.
Pegou Israella por uma das mãos e ajudou-a a transpor a janela. Afastavam-se pelos fundos, quando ouviram batidas na porta. Alguém gritou:
- Vocês não acabaram ainda de foder essa puta? Abram a porra dessa porta!...
Estava claro que eram os companheiros dos três sujeitos que jaziam dentro do barraco. Logo seriam achados pelos outros do bando. Virgulino apressou os passos e Israella o imitou. Logo, saíam do outro lado da favela, sem que fossem vistos. Teriam que dar a volta, se quisessem pegar o carro-forte que estava estacionado do lado oposto. Virgulino pediu que a moça colasse em suas costas e se aproximou do veículo com cuidado. Mas não havia ninguém por perto. Então, pode entrar no automóvel e sair da favela sem ser visto. Israella seguia triste, sentada ao lado dele. Virgulino dirigia sem correr e recordava-se de como conhecera a linda morena sentada na cadeira do carona.
Era uma sexta-feira e ele bebia num bar lotado, na zona de prostituição de Mauritsstad. Escolhera o bar por acaso pois, quando descera do ônibus, estava chovendo muito. Estivera procurando emprego no porto, como estivador, mas não conseguira nada. O dinheiro da indenização do emprego anterior estava acabando e ele precisava logo encontrar novo trabalho. Mesmo assim, estava disposto a tomar três cervejas. Era só para o que dava a grana que tinha no bolso. Estava na primeira garrafa quando um sujeito muito forte aproximou-se dele. Tinha uma cerveja gelada na mão.
- Posso sentar aqui, camarada? As mesas estão todas ocupadas.
Virgulino assentiu com a cabeça e o sujeito acomodou-se, estendendo-lhe a mão.
- Sou Antônio, mas todos me chamam de Gorila - disse o homem, já visivelmente embriagado - e deixe-me pagar umas cervejas para ti.
- Não é necessário. Tenho dinheiro para pagar minha bebida - rebateu Virgulino, sem olhar para o cara. Tinha a sua atenção voltada para um mulherão que acabara de entrar no bar. O outro seguiu seu olhar e depois deu um assobio.
- Caralho, que mulher boazuda, ô meu. E é muito bonita, também. Chamo-a para a mesa da gente? - perguntou Antônio.
- Quem sabe é você. Não costumo pegar prostitutas - disse Virgulino, ainda olhando para a mulher.
A morena tinha longos cabelos e corpo perfeito. Uma bunda empinada que chamava a atenção. Aproximou-se de uma das mesas onde estavam bebendo três homens e pediu para sentar-se. Logo, flertava com o mais feio do grupo. Os outros, tentaram atrair a atenção da morena para si. Virgulino, no entanto, notou que um coroa havia entrado naquele momento no bar e deu uma rápida olhada em direção à morena. Antônio elogiava a bunda da mulher, brindando ao cu dela. Virgulino não compartilhou do brinde. Estava atento aos movimentos do coroa. Para ele, estava claro que o sujeito era o cafetão da bela prostituta. Num dado momento, a conversa na mesa onde a puta se chegara estava tão animada que a risadagem chamava a atenção de quem estava em outras mesas. Aí, Virgulino percebeu a mão da morena deslizar em direção ao bolso de trás do sujeito que agora ela lhe lambia a orelha.
- Você não gosta de puta, cara? - ouviu-se a voz, alterada pela bebida, de Antônio - Mas por quê?
- Não me vejo pagando para ter sexo com uma mulher. Se a faço gozar também, não sei por que ter que dar-lhe grana.
- Mas muitas dessas putas não gozam, cara. Algumas nem beijam na boca - rebateu o sujeito embriagado.
- Pior ainda. Sexo foi feito para gozar ou para procriar. Se elas têm problema para chegar ao orgasmo, que procurem um psiquiatra.
- Qualé, cara? Muitas não têm nem onde cair morta, quanto mais pagar um médico. Caem nessa vida para ganhar uns trocados...
- Ser puta não é por falta de grana. Ser puta é índole - retrucou Virgulino - Pense bem: é como ser ladrão. Uma família miserável tem seis filhos, mas apenas um rouba. Por que os outros não o fazem? Porque não têm a mesma índole.
- E se fosse uma família pobre com seis filhas, e apenas uma ou duas virassem putas? - continuou Virgulino - Então, só algumas tinham a índole de puta. As outras iriam tentar levar a vida de forma menos recriminável. E quando uma puta também rouba seus clientes, então eu a considero duplamente nociva.
- Mas elas roubam porque precisam de grana, cara - insistiu o bêbado - Tá certo, se fosse um cara a me roubar, eu iria ficar muito puto.
- E qual a diferença entre um ladrão macho e uma ladra fêmea? - Ambos não te levam o dinheiro que você suou para ganhar? - perguntou Virgulino, incomodado com aquele papo, e sem deixar de olhar para a linda morena, que agora passava discretamente a carteira do cara para o coroa que disfarçadamente se aproximou da mesa.
Ele pediu para um dos caras da mesa lhe acender um cigarro, enquanto a morena já mexia no bolso de outro. Depois de retirar a carteira de cédulas do segundo sujeito, ela colocou-a no bolso de trás do coroa. Este afastou-se da mesa, agradecendo ao que lhe acendera o cigarro. Depois, a mulher deve ter inventado uma desculpa qualquer para sair daquela mesa. Então, Antônio aproveitou para chamá-la para a nossa, levantando o copo de bebida para chamar sua atenção.
Ela veio rebolando, olhando diretamente para Virgulino. Ele olhou para um outro lado, como se não quisesse dar-lhe atenção. Então, ela sentou-se perto do sujeito embriagado e abraçou-se a ele. Ele tentou beijá-la, mas ela pôs o dedo indicador em seus lábios:
- Eu não beijo na boca, querido. Mas faço todo o resto, se você quiser.
- Toparia um programa comigo e meu amigo aí, ao mesmo tempo? - perguntou Antônio.
Ela olhou para Virgulino que, ao ouvir a proposta do cara, voltou-se para a morena. Depois, balançou negativamente a cabeça, dizendo:
- Também não faço grupal. Principalmente com quem não conheço.
- Eu pago bem - insistiu o brutamontes.
- Quanto está disposto a pagar? - quis saber ela.
- Quanto você quiser, para um programa com nós dois.
- Mostre-me a grana - foi a resposta da puta.
Antônio meteu a mão no bolso de trás e retirou de lá um tufo de notas de cem. Deveria ter mais de cinco mil reais ali. Ela fingiu não ficar impressionada com a grana, mas Virgulino viu o ligeiro brilho de cobiça em seus olhos. Procurou disfarçadamente o coroa e viu-o bem atento, numa mesa próxima. Disse para o brutamontes, sem encará-lo:
- Se quiser, vá você sozinho. Não estou interessado.
- Porra, cara. Tu és bicha, por acaso? - espantou-se o embriagado.
- Já te falei que não gosto de putas. E putas ladras me interessam menos ainda - falou Virgulino, levantando-se tranquilamente da mesa. Ela pediu que ele continuasse sentado. Na verdade, implorou para que ele não saísse da mesa.
Virgulino olhou em volta e não viu mais nenhum lugar desocupado. Ainda tinha a garrafa com pouco mais da metade. Resolveu permanecer naquela mesa. Ela agradeceu e abraçou-se ao sujeito embriagado. Disse de forma bem sedutora:
- Como seu amigo não me quer, faço um preço bem camarada para você.
- Discutimos isso no quarto. Tem algum nesta espelunca, não tem?
- Tem, sim, mas eu quero tomar umas cervejas antes.
Antônio chamou o garçom e pediu uma rodada de cerveja para os três. Bebeu pelo gargalo a garrafa que estava com Virgulino, quase que de uma vez só. Depois de uns goles, ela pôs a mão no ombro de Virgulino e pediu que ele se aproximasse. Então, disse baixinho:
- É verdade que você não gosta de putas? Se é assim, tenho um tratamento especial para você...
Virgulino respondeu, sem se alterar:
- Também não gosto de ladras, portanto tire a mão da minha carteira. Aliás, devolva-a para o meu bolso de trás, de onde a tirou.
A morena ficou lívida. Gaguejou, quando tentou negar ter-lhe surrupiado a carteira. Antônio percebeu que havia algo errado acontecendo e perguntou a ambos. Mas a resposta de Virgulino foi:
- Nada, não. Ela ainda insiste em foder nós dois.
A puta estava perplexa. Esperava que ele denunciasse que havia-lhe tirado a carteira. Virgulino sentiu o volume voltar para o seu devido lugar. Dessa vez, não de forma dissimulada. Ela abaixou a vista quando murmurou:
- Obrigada por não me delatar. A dona do bar não gosta que roubemos seus clientes. Seus seguranças, decerto, me dariam uma surra depois de me expulsar.
Virgulino não respondeu. Tornou a encher o copo de cerveja e levou-o aos lábios. Disfarçadamente, olhava para o coroa que não tirava as vistas daquela mesa. De repente, o cara levantou-se e caminhou diretamente para onde estava a morena. Parou perto e chamou-a, sem dar atenção a quem bebia com ela. Ela levantou-se, como se estivesse amedrontada, e afastou-se com ele. Antônio não gostou:
- Eh, a morena está conosco, coroa. Espere a sua vez.
Mas ele cochichava alguma coisa ao ouvido dela. Tinha uma expressão de raiva no rosto. Ela tentava se desculpar mas, de repente, ele lhe deu um tapa na cara. Aí o brutamontes ficou zangado e partiu para cima do coroa. Recebeu uma facada na barriga.
A confusão logo estava formada. Todo mundo correu e Antônio ficou estrebuchando no chão. Virgulino acudiu, pressionando o ferimento para conter a hemorragia. Alguns seguranças do local vieram para perto, mas não para acudir o ferido. Queriam jogá-lo para fora do bar, de modo que a Polícia não o encontrasse ali e fechasse o estabelecimento. Eram três, mas Virgulino enfrentou-os com valentia. Levou a pior. Teria sido massacrado se um nipônico não tivesse entrado na briga. O cara era muito bom de porrada e abateu cada um dos seguranças com um único golpe. Depois, ajudou Virgulino a levar Antônio para fora do bar. Disse que tinha um carro no estacionamento e poderiam levá-lo para um hospital. Ambos aceitaram a ajuda oferecida.
- Obrigado, japonês. Fico te devendo uma - disse Antônio, aparentemente refeito do ferimento.
- Chame-me de japonês de novo e te acerto bem na ferida - rosnou o nipônico - Eu sou nissei! E o meu nome é João.
- Virgulino.
- Antônio. E desculpa aí. Não estou em condições de brigar contigo. Mas peraí: e João é lá nome de japonês???
Levou um murro na cara que o deixou grogue. O nipônico não estava mesmo para brincadeira.
Quando já davam partida no carro, uma mulher loira e bonitona acercou-se deles. Bateu no vidro do carro e pediu para que fosse baixado.
- Quem começou aquela briga?
- Um coroa quis tirar uma puta morena, muito gostosa e bonita, da nossa mesa. Reclamei e ele me esfaqueou - explicou Antônio, ainda sentindo o murro que levara na cara.
- Não precisam levá-lo ao hospital. Eu sou médica, posso cuidar dele.
Os três homens se entreolharam e depois assentiram com a cabeça. Desceram do carro e tornaram a entrar no bar. Ela os levou para um quarto atrás do estabelecimento. Era um cubículo muito limpo e arrumado. Deitaram o brutamontes na cama. Ela pediu para que lhe retirassem a camisa com cuidado, deixando a vista o ferimento.
- Não foi fatal. Não atingiu nenhum órgão vital.
- Cuide do meu ferimento. Eu posso pagar - disse Antônio.
- Não seria o bastante. A maioria dos clientes fugiu sem pagar a conta. Meu prejuízo foi enorme - respondeu entristecida a loira.
O brutamontes esforçou-se por levar a mão ao bolso de trás da calça. Para sua surpresa, sua carteira cheia de dinheiro não estava mais ali. Havia sumido. Ele soltou uma imprecação.
- Aquela morena é uma ladra. Roubou seu dinheiro enquanto fazia um carinho a você - disse Virgulino.
- Porra, cara. Que piranha safada. Levou-me todo o pagamento de um mês de trabalho, caracas. Porém, eu a foderia, mesmo assim. A putinha é linda e muito rabuda, caralho.
- E cheia de AIDS, também - rosnou a loira, dona do bar - Aquela puta não fode mais com ninguém. Tem uma mãe também aidética. Rouba para pagar o tratamento da mãe e de si mesma.
- E quem é o coroa? - perguntou Virgulino.
A mulher demorou um pouco, antes de responder. Terminou de tratar do ferimento de Antônio e depois falou:
- É o padrasto dela. Dizem que fez de tudo para que ela não se prostituísse, tal qual a mãe. Mas, pelo jeito, não teve sucesso.
Depois que suturou o ferimento do brutamontes, a loira disse que ele precisaria passar uns dias de repouso. Pediu que os dois amigos o levassem para casa. Quando estavam de saída, Virgulino perguntou:
- O que podemos fazer para te agradecer, além de não prestar queixa à Polícia?
Ela sorriu da argúcia do jovem. Realmente, tinha cuidado do ferido para depois pedir que não prestassem queixa. Arruinariam seu negócio. Com certeza os meganhas iriam fechá-lo.
- Você é esperto, rapaz. Mas tem algo que eu gostaria, mesmo, que fizesse por mim. Ganho uma grana boa, mas trabalho nesse bar dia e noite. Não confio deixá-lo na mão de ninguém. Seria roubada, na certa. Por isso, não tenho muito tempo para namorar. E nem trepo com clientes. Não costumo misturar trabalho com lazer, sabe?
- Não entendi ainda o que quer de mim - disse Virgulino.
- Oh, meu jovem, por que os homens são tão difíceis de entender o que uma mulher deseja? - disse a loira puxando-o suavemente pelo braço, afastando-se do grupo.
- Peça para o japonês levar o ferido e fique comigo - ela disse toda insinuante - eu gostei de você. Como nunca o vi por aqui, acredito que não é cliente da casa. Posso, muito bem, foder bem muito com você.
- Perdoe-me a expressão, mas você é prostituta?
Ela deu uma sonora gargalhada. Depois, afirmou que era médica. O bar pertencera ao irmão, que falecera jovem. Quando ela percebeu que o estabelecimento rendia muito mais grana do que ela ganhava como cirurgiã, decidiu-se a administrá-lo. O irmão era solteiro e não deixara dependentes. Logo, ela acostumou-se com o novo ofício. Até porque, no início, o estabelecimento não era frequentado por putas. Tentou selecionar a clientela, mas não teve jeito. Bar na zona de prostituição, administrado por mulher, sugeria inferninho. A propaganda boca a boca fez o resto.
Pouco depois, Virgulino estava nu diante da mulher. Ela também havia tirado toda a roupa, antes de tomar um demorado banho junto com ele. Mas repeliu cada tentativa do jovem de tentar meter-lhe a pica na boceta lá mesmo no banheiro. Disse que não o conhecia bem e que só transaria com camisinha. Ele alegou não possuir, mas ela abriu uma gaveta e mostrou-lhe o estoque. No entanto, advertiu que tinha a vulva muito apertada. Era quase virgem. Pediu que ele fosse carinhoso.
Era verdade. A racha da médica era muito apertada, mas escorregadia que nem baba de quiabo. Nem bem o rapaz encostou o pau no ventre dela, ela estremeceu de prazer. Ele disse ao seu ouvido que não iria querer fodê-la na cama. Ela apontou-lhe um sofá. Deitou-se nele e arreganhou bem as pernas, segurando-as com as mãos acima da cabeça, expondo a vulva e o anel. Disse que ele podia escolher o que queria comer primeiro. Virgulino apoiou os joelhos na borda do móvel e tocou com a glande no cuzinho dela. Ela deu um gemido prolongado, quando ele enfiou ali. Mas disse que preferia pela frente. Então, ele apontou o pau para a racha estreita. Tocou com a glande no final da vulva, bem perto do ânus. Ela pegou seu cacete e massageou a racha com ele, de baixo para cima, várias vezes. Aí, teve o primeiro orgasmo. Ele enfiou a rola até a metade e ela teve outro. Virgulino, também, por pouco não goza. A vulva dela queimava-lhe o pau, de tão quente. Até incomodava, aquele calorão. Em seguida, ela choramingou para que ele botasse toda. E peidou de prazer, várias vezes, antes que a glande tocasse a entrada do útero, penetrando a vulva apertada.
FIM DO EPISÓDIO - Ainda em construção.