RodrigoT. - Free my mind, ARTPOP, you make my heart stop
Hayel Mauvaisanté - como nesse perfil, resolvi mostrar um lado mais bobo da minha persona: OOOOOOOMYYYYGOOOOOOD!!! É você, é você é você!! kkkk Ahhhh, gostaria de saber quais referencias você viu no texto rsrs
Monster - rsrs... é que eu me amarrei no sarcasmo de Scream Queens então tô numa fase meio absurdo
R.Ribeiro - apesar de seu o autor, sou como personagem-narrador, só descubro quando acontece.
rodrigopaiva - mesmo problema que do FASPAN, foi mal estava com um tempo curto, não deu para editar melhor :(.
Ramom - que se game mais, rs, bjs
isabela^^ - também estou ansioso para saber o que vai acontecer rs
lucassh - eu também queria ler Guerra e Paz, é horrível ser o único numa roda que nunca leu Guerra e Paz (minha confissão)
FASPAN - você não foi o único que ficou confuso, deveria ter editado direito rs... Brigadin por comentar.
Whees - na medida do possível, um conto por dia, até chegar o dia em que terminarei. bjs
Guiiinhooo - hi5... abraços para você também
Martines - hmm, muito misterioso rs
Beauteful - valeuuuuuuuuuuuuuuu.... e espero que continue gostando goxtoso rsrsrs
Irish - 0.0 nãããããão seeeeiiiii, rsrs... E essa estória nasceu quando eu imaginei o Gregória e Bete conversando sobre um cara que tentara se matar rs
Ru/Ruanito - Ainda fecha porta. Os comentários acerca disso no texto abaixo, na voz de Bete.
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Faixa 3 - É de casa!
Eu e Bete estávamos no ponto de ônibus cercado por dezenas de pessoas. A reunião dos militantes do partido fora chata, e Bete que me acompanhou após eu ter implorado muito, estava de péssimo humor. Tentei mudar de assunto, mas o assunto que eu inconscientemente tocava era no Luís, no entanto, ele me ignorava, uma mulher lançava olhares para ele que o incomodava muito.
"Bixa, eu tô com a cara cagada?" dizia ele enquanto balançava efusivamente o seu leque "Não sou televisão para ficar sendo assistido. Tô quase para tacar meu sapato na cara dessa imensa"
Quando o ônibus chegou, começou o walking dead, nesse momento não havia amizade, lealdade ou compaixão, as pessoas se empurravam, criança chorava, gente suada, sendo abusada, tocada, esmurrada, para entrarem no ônibus. Bete, puxou-me pelo braço para não nos separamos, e como um jogador de futebol americano, ou de rugby, empurrando quem tivesse na frente, conseguimos entrar no ônibus, porém... Aquela mulher que não parava de olha-lo estava na frente da cobradora, impedindo as pessoas de passarem a catraca por estar procurando o dinheiro da passagem na sua bolsa. Foi então começou a tocar aquela música de Kill Bill quando a Uma Thurman está na montanha e a cena foca no olhar vingativo dela, nesse caso, close nos olhos cheio de ódio de Bete
"Bora bixa, a gente não tem o dia todo aqui não!", Bete reclamou.
"Peraí que eu tô procurando o dinheiro da passagem", respondeu a mulher rabugenta.
"Se a senhora ia pegar ônibus porque não separou logo o dinheiro da passagem?"
"Meu filho, você nasceu de sete meses..."
"Nasci sim, caralhu! A senhora morta de imensa fica atrapalhando a vida do cidadão."
"Pode me respeitar" gritou a mulher apontando o dedo para o Bete.
"Se a senhora não vai passar, deixa quem tem dinheiro passar. Porrã, fica catando feijão aí..."
"Falta de respeito", disse a mulher entregando as moedas para a cobradora. Só havia dois lugares vagos um no lado do outro, e a mulher sentou em um. Quando Bete passou a catraca, bem atrevido falou alto "Vou ficar em pé, mesmo, e você fica comigo aqui", concluiu ele quando eu ia me dirigindo ao banco. Merda.
"Vá transviado", gritou a mulher.
"Com muito orgulho meu amor"
Em pé, me segurando e escorrendo uma cachoeira de suor pelas minhas costas, ficava pensando no Luís. Bem, eu havia deixado-o só em casa. Ele estava morando conosco justamente por causa disso, para não ficar só. Mamãe estava na clínica a essas horas. Eu nem tinha um periquito - hmmm periquito, não - um papagaio para fazer companhia a ele.
"Narniano, tu tá me ouvindo caralho", disse Bete estalando os dedos na minha frente, "Ai, perdemos. Tinha dois lugares vagos ali. Meu cou tá todo molhado já." Como se não bastasse aquele calor e o tanto de gente no ônibus, algum anjo de satanás colocou para tocar um pagode dentro do ônibus, aumentando o meu estresse, aquilo me deixava tão sem paciência quanto ter de assistir Esquenta por causa da minha mãe.
"Eu já não aguento essa música", disse para Bete.
"Tem fone de ouvido não, hein!? Já tacá meu sapato na cabeça desse inútil que tira a nossa paciência com essa música. Porrã", eu envergonhado pela atitude de Bete, virei a cabeça para o lado, fingindo não conhecê-lo. Para piorar, o pagodeiro falou algo que não entendi e aumentou o volume da merda do som.
"Viado tu quer procurar briga, é. Cadê tu. Já tô morta de paciência aqui e vem um filho da puta ficar de vexação."
Empurrando todo mundo sem delicadeza alguma, Bete desceu do ônibus comigo atrás. Minha camisa estava molhada de suor. Quando sair do ônibus foi como um sopro de vida. Uma sensação de liberdade sem tamanho. Tirei o meu celular do bolso para ver o horário e vi várias ligações de um número desconhecido, uma seguida da outra.
"Bora nárnia subir logo para o teu apartamento, que tô derretendo". Enquanto subíamos, tentei retornar a ligação, mas estava dando fora de área. Comentei sobre isso para Bete que disse para eu deixar para lá.
Entramos no meu apartamento, fui direto para o meu quarto colocar o meu celular para carregar quando percebi que havia algo diferente. Não sabia o que era, algo no guarda-roupa não tava certo. Abri-o, olhei, e fechei. Olhei para minha cama, ali sim estava diferente. Eu era paranoico na arrumação, aquele lençol não estava do jeito que eu deixei, apesar de não estar desarrumado. Na verdade não estava arrumado do meu jeito. Fiquei um tempo olhando a cama, acabei me lembrando que há uma cena em Eclipse quando um vampiro invade a casa da Bella, e o Edward senti o cheiro...
"Bixa, cadê o sorvete?", disse Bete me assustando. "Se assustou viado"
"Você chega assim e parece aqueles carro da pamonha"
"Vixe, viado... Cadê o sorvete?"
"Acabou", disse colocando o meu celular para carregar.
"Como assim acabou? Quando eu vim anteontem aqui o pote tinha até a metade"
"Valéria veio aqui hoje de manhã depois do médico e comeu tudo"
"Aquela rapariga barriguda não tem consideração, pelo o amor de deus", ele voltou reclamando para a sala.
Quando sai do quarto dei de cara com o Luís.
"Você chegou", perguntou-me com a voz arrastada, os olhos meio fechados, como se houvesse acabado de acordar "Como foi lá no evento? Algum novo plano para a derrubada do capitalismo?"
"ha-ha... muito engraçado", falei irônico, fui até o banheiro peguei o cesto de roupas sujas e o levei para a área de serviço. Estava separando as peças de roupas que iria colocar na máquina primeiro quando peguei um camisa de manga do Luís. Ele desde que saiu do hospital só usava essas camisas de manga, como será que ele suportava esse calor que deus mandou para nos punir pelos os nosso pecados? No inicio pensei em cheira-la, mas urgh, tá suja. Mas... tem o cheiro dele, quando ia levando a camisa ao meu nariz, parei. Que coisa ridícula, cheirar a camisa do crush. Muito cafona, muito brega, hello-o. Mas... Ele parecia ter um cheiro bom, uma mistura de suor com perfume amadeirado. Morrendo de medo de ser pego, cheirei a sua camisa. Essa droga era das boas. Peguei a razão que desceu ao meu cu e a coloquei no seu lugar, pus a camisa na pilha iriam ser lavadas primeiro. Coloquei na maquina, pus o sabão em pós e apertei o botão. Pronto, pa-pu-pa-pu. Filho prendado, minha mãe não poderia reclamar.
Há uma cena no Hoje Quero Voltar Sozinho em que o Léo fica só de cueca, veste o casaco do Gabriel, e sentido o cheiro dele, bate uma punheta tão romântica... Merda, nem para plagiar o filme dava mais. A camisa dele já deveria estar toda molhada, com cheiro de sabão. Debrucei-me sobre a máquina tendo um mini-ataque de pelanca.
"Esse seu amigo é bem de casa mesmo... O que você tá fazendo?"
Recompondo-me ri para o Luís e respondi "Dor de barriga... hmm...", disse segurando a barriga "Pois é, ele já é de casa. Come a minha comida, dormi na minha cama, assisti a televisão..."
"Vocês são... íntimos?"
"Sim, somos.", opa, íntimos? "Peraí, o que você quis dizer com íntimos?"
"Vocês são gays... então..."
"Não, ele é meu melhor amigo, apenas. Só amigos.", pensei mas não falei: por favor né cara, ele é passivooooona, e eu também, quebrar louça não é comigo. Gosto de macho.... Como você, por exemplo.
"Ahhh... entendi", ele passou a mão nos seus cabelos, que é o seu charme cá entre nós. "Vou voltar para o quarto"
Bete assistia Real Housewives e fazia comentários para televisão...
"Essa biscate é muita da falsa, se não for isso ela é uma retardada"
"Ai, também odeio ela" disse me sentando no sofá.
"Eu vi o carinha aí", Bete informou, "Hmm... até que dá", ele fez um barulho de estalo com a boca e começou a rir.
"Ele é fofinho", falei bem baixinho, todo tímido.
"Você tá apaixonado por ele?", preferi não responder a esta pergunta, mas como Bete é pior que o Roberto Cabrini, "Te fodeu"
"Como assim... q-que tu tá falando..."
"Lembro quando era como você: inocente, iludida, acreditava que os boys que alisavam a minha bunda seriam o meu Jake, e eu a Rose dele, sabe; iriamos nos apaixonar, viver um amor proibida, ai, bem RBD. Mas no fundo, eu era apenas as suas garotas francesas", Bete acariciou o meu rosto "Alice, bebê, você tá apaixonada pelo o boy."
Não olhei para ele, agi quase como a Britney naquela entrevista em que ela começa a rir, disfarçar, joga os cabelo para um lado e para o outro e começa a chorar.
"Sou seu amigo, e estarei contigo nesse momento de dor e sofrimento até você despertar. Então vou te leva para a nitght, te levar para os cabarés...."
"Eu não sou desses Bete"
"Okay, desse jeito vai continuar virgem. Mas aposto quando experimentar uma rola não vai sossegar mais." Apenas fiquei em silêncio, não conseguia pensar em nada, só sentir U.U
"Sabe, achei ele muito metido. Ele sabe que tá na casa dos outros. Você disse que ele fechou a porta na tua cara, bixa, se fosse eu, deixava não, olha 'escuta querido, tô na minha casa, não feche a porta na minha cara', descia o barraco nele. Mas é tão estranho, porque tua mãe tá super de boas em deixar um cara que ela 'limpa' o apartamento dele, vir morar aqui"
"Solidariedade. Compaixão, se você não conhece"
"Bixa, para quê ela limpa a casa do boy? Ela já não é médica, tanta gratidão é estranho hein..."
"Mamãe pode até ser médica, mas ela não ganha tanto assim não. A gente mora nesse apartamento de herança do meu pai."
"Para mim, a tua mãe tá pegando é esse Luís, bixa"
Então fiquei congelado no cinza, com as bolinhas coloridas brilhando atrás de mim como os finais dos capítulos da Avenida Brasil.