Nosso encontro acontecia sempre em um hotel próximo da rodoviária. Sempre naquele hotel, para onde garotas de programa levavam seus clientes, acolhidos na porta dos bares ou após o desembarque de passageiros na rodoviária. A funcionária mal olhava no rosto dos freqüentadores, assim com o tempo, foi fácil acostumar com aquela situação, mesmo porque encontros clandestinos são excitantes.
Ficamos acostumados a ficar algumas horas por semana, trancados em um quarto, aquele banheiro minúsculo, onde mal cabia uma pessoa, mas que servia para aliviar o suor antes de irmos para a cama. Subia pela escada, rebolando, por vezes olhava para trás, como para certificar que estava em seu encalço, como dois estranhos mal conversávamos ao andar pela rua, porque sabíamos que não havia nada para dizer. E o que fazíamos melhor era sentir. E como era bom, sentir o corpo dela estremecer ao segurar seus quadris com força, e bater naquela bunda dura e empinada, ouvindo os gemidos dela. Ao chegar, ia para o banho, e voltava nua, olhava pela janela e para provocar, ficava rebolando, por vezes, começava a masturbar lentamente, acariciando e apertando os seios alternadamente com uma das mãos. E sorria maliciosamente, ao olhar para mim, e descobrir o quanto estava excitado e sequioso por possuir aquele corpo.
Deitado na cama, ficava a observar aquela silhueta na penumbra, sendo observado também, apreciando os detalhes daquele corpo sinuoso e voluptuoso, as longas pernas, e a bunda dura, que fazia com que tivesse sonhos eróticos cada vez mais ousados. E com certeza, ela sabia o tesão que provocava em mim.
Possuía um olhar misterioso e enigmático, um olhar poderoso que a principio poderia intimidar o mais macho dos homens, mas era apenas durante aquele cio, que parecia fazer incorporar no corpo dela uma fêmea sedenta e voraz. Vinha arrastando sobre a cama, até conseguir abocanhar meu falo, arrebitando a bunda diante do espelho para que pudesse apreciar aquele sexo polpudo, que em seguida, esfregava em minha boca, gemendo cada vez mais alto. Contorcendo de bruços sobre meus quadris, sugava e lambia meu falo, arranhando minhas pernas, como uma gata brincando com sua presa. E que boca era aquela, sugava com avidez, mordia e lambia até que começasse a espalmar aquela bunda com força, querendo colocar a moça de bruços e satisfazer meu desejo, e o desejo dela também. Começava a pressionar o falo com os lábios e língua, até que não conseguisse resistir e assumisse o comando da situação, colocando de quatro sobre a cama, introduzia dois dedos no sexo úmido sentindo as contrações e espasmos sucessivos, ouvindo os gemidos cada vez mais alto sendo proferidos por aquela boca gulosa e voraz. Segura pelos quadris, e pelos cabelos, metia com força, alternando os movimentos, cadenciando o ritmo, ouvindo da boca dela, coisas que uma moça de família nunca iria repetir, rebolando e gemendo, sentia os músculos contraindo contra o falo. Segurava nos cabelos dela, que insistia para foder com força, enquanto podia ver as unhas dela cravadas no colchão, e sentia ao apertar os seios dela o coração descompassado.
Ouvir os gemidos dela, era como ouvir uma melodia, ouvir daquela boca aqueles palavrões fazia pensar que alguém com classe nunca diria em sã consciência. E naquele momento, éramos apenas emoção, uma emoção intensa e prazerosa. Para provocar, comecei a massagear o grelinho dela, que remexia os quadris como uma dançarina do ventre, voltou sobre mim, encaixou em meu colo, e olhando em meus olhos, remexia cada vez mais rápido, ate gozar copiosa e ruidosamente, cravando as unhas em minhas costas.
Estava louca de tesão, e queria que sentisse o prazer de possuir aquele corpo, remexia insinuante e excitantemente, até que explodimos em um gozo escandaloso, que poderia ser ouvido no quarto ao lado. Recuperados e após um banho, ficamos conversando, e mal conseguia imaginar outra mulher no lugar dela, outro cheiro e outro gosto. Mas sabíamos que aqueles encontros possuíam um prazo de validade, iríamos separar algum dia, mas por enquanto iríamos aproveitar muito, porque tudo que poderíamos oferecer um ao outro, era encontros clandestinos, e aquele prazer, que fazia encontrar o caminho para aquele lugar, que parecia um inferno, mas que nos braços dela, daquela súcubos em forma de mulher, era conduzido ao paraíso.
♠ Joker
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