Eu e... Meu irmão Parte 22 - Final

Um conto erótico de Danny-13
Categoria: Homossexual
Contém 1867 palavras
Data: 12/10/2015 19:43:30

- Não acredito que não me contaram nada. Resmungou Lisa no banco de trás do carro de Carlos. - Gabriel vai pirar.

Carlos se virou nervoso para mim.

- Porque? Não devemos satisfação a ele.

- Você só está bravo porque ele te dispensou. Sim, eu sei disso. Mas custava ao menos dizer a ele que queria pegar o ex dele?

Lucas suspirou.

- Não tinha muito o que dizer. Carlos e eu estamos nos conhecendo. O que isso tem demais? Todos sabemos que Gabriel ama aquele cara.

- Sua opinião não devia contar já que você também foi chutado por ele. - Resmunguei. - Meninos, olha, eu não To brava e nem de gracinha, é só que vocês têm admitir que isso era inesperado, certo? Quem diria, vocês dois juntos? Uau.

- Na verdade, cheguei a falar sobre isso com Gabriel, ele gostou muito que encontrei alguém bacana, apesar de não saber quem é a pessoa.

- Ou o cara né. Completou Carlos, segurando a mão de Lucas rapidamente. Era tudo muito fofo afinal. Voltei a olhar para a rua e comecei a apontar.

- Meu Deus, olha o carro dele ali! Era o carro de Christopher. O que diabos ele havia vindo fazer no cemitério? Não tinha chance de Gabriel estar de verdade aqui. Não o Gabriel que eu conheço. Lucas parou o carro alguns metros e eu pulei do veículo correndo, o salto me atrapalhando, mas não parei. O carro estava aberto e vazio, nenhum sinal dele... Aquilo no chão era sangue? Havia uma pequena poça de sangue perto da roda. Ou alguém tinha se cortado feio, ou Gabriel estava mais encarrascado do que pensávamos.

Lucas e Carlos andavam em volta do carro, enquanto eu quase não conseguia me mexer.

- Alguém pegou ele também. Falei com medo das minhas palavras.

- Quem faria isso? Quer dizer, machucaria Gabriel e o Christopher?

- Eu faria... - Respondeu Carlos, - quer dizer, já pensei em bater neles quando estava com raiva. Mas pensem, quem além de nós dois iriam ganhar alguma coisa com eles separamos?

Por pior que fosse, fazia sentido que Lucas e Carlos fossem suspeitos, afinal, Gabriel largou eles por Christopher. Mas havia mais alguém que iria ganhar com a separação deles? Hum... OH meu Deus!

- Acho que foi o pai dele! Gritei.

Os dois garotos me encararam.

- O pai do Gabriel?

- Não, o pai do Christopher. Ele estava se mudando pro Canadá com o pai até conhecer Gabriel. Ele desistiu da viagem por causa do Gabriel, então...

- Se não estivessem juntos ele iria embora com o pai. - Completou Lucas. - olha, faz sentido, mas não podemos acusar o homem assim. Ele não machucaria o próprio filho né? E não temos nenhuma prova.

- Talvez não uma prova, mas eu o vi na faculdade uma vez, ele e Gabriel conversam e Gabriel estava meio assustado. Hum, assustado o bastante para querer pegar carona comigo....

- Tá bom, o que faremos? Gabriel pode estar vivo...

- O namorado dele também.

Me virei pasma para ele.

- Acorda cabeção, ele é pai dele, não vai machuca-lo! Gabriel que está em perigo.

****

Gabriel

****

- Finalmente a Cinderela acordou... Olhe só que eu fiz...

Meus olhos ardiam com lágrimas e raiva.

- Christopher não tinha nada a ver com isso, nem seu pai, não tinham que estar aqui. Falei.

Camilla revirou os olhos.

- Acorda gênio, você me tirou Lucas, agora vou tirar o seu queridinho aqui.

O nó em minhas mãos estava tão apertado que eu não sabia se iria morrer de dor ou de incomodo. Alguma espécie de música macabra tocava no fundo daquele mausoléu, mas eu estava longe de querer identificar o que era.

Aos poucos, Christopher acordou tossindo muito. Meu impulso foi ir até ele... Mas eu não podia. Seu pai ainda estava inconsciente.

Um de seus olhos estavam inchados quando se virou para mim.

- O que está acontece... Gabriel! Meu Deus! Eu tava tão preocupado com você! O que tá rolando? Aonde estamos?

Uma gargalhada malvada de Camila impediu minha reposta. Christopher parecia um garotinho assustado. Ela não podia machuca-lo.

- Por favor, eu imploro... - as lágrimas me cegavam. - Não machuque ele, ele nunca te fez nada, fui eu que fiz tudo. Por favor, deixa ele fora dessa, por favor...

- Chorando? Gracinha. Falou uma voz masculina surgindo atrás dela. Levantei os olhos marejados para ver um garoto com o rosto familiar... OH, eu me lembrava dele. Era o cara que tinha brigado com Carlos no hotel de estrada.

O que...?

- Não faça essa cara, - sussurrou ele rindo para mim. - estava louco para me vingar de você desde que me rejeitou naquela festa.

- Tudo que precisei foi contar a ele as coisas que você fez e ele aceitou ser parte do meu plano.

Alguma coisa estava errada, eu podia sentir. Quer dizer, Camilla se deu ao trabalho de encontrar esse garoto só para que pudessem ajudá-la a me matar? Ah não ser que...

Camilla se colocou de pé, segurando uma arma com esquerda.

- Bem, vamos aos finais. Primeiros motivos primeiro!

E então ela se virou e acertou um tiro no peita do garoto da faculdade. Gritei, olhando para o outro lado, Christopher berrou também, mas então o barulho de um corpo caindo me fez olhar novamente.

- Porque... Ele suspirou.

Ela se ajoelhou ao lado dele, ficando quase fora do meu campo de visão.

- Porque alguém precisa levar a culpa. E então ela se pôs de pé e apontou novamente a arma.

- Mas e você?

Camilla soltou uma gargalhada louca.

- Eu nem estive aqui.

Meu corpo todo se congelou e eu não consegui me mexer. Aquilo não podia ser verdade. Aquele não seria o meu fim, morto por uma lunática com uma arma. Então, a maluca se virou para Christopher na mesa enquanto seu ex parceiro sangrava e gemia no chão.

Christopher mantinha uma cara de bravo e eu chorava, aquilo não podia acontecer!

- Não! - gritei - Não toca nele! Vou matar você se machuca-lo! Camilla não estou brincando, não toca nele!

Ela continuou se aproximando como se não ouvisse nada. Uma lágrima caiu do olho de Christopher e naquele momento eu senti a fraqueza. Iria acontecer, eu quase podia ver. - Diga adeus. Ela falou mirando na cabeça dele.

- Eu te amo Gabriel. Ele falou fechando os olhos.

E então tudo mudou de figura. O pai dele se levantou num pulo, caindo no chão com a garota. A arma disparou. Eu não conseguia ver os dois no chão, e então a porta se abriu de repente e um Lucas ofegante pulou pra dentro, seguido de Lisa e Carlos.

O pai de Chris ainda se debatia no chão com Camilla. Lucas se ajoelhou do meu lado.

- Você tá bem? Ele perguntou.

- To, agora me desamara!

Carlos foi ajudar a deter Camilla e ela lutou bastante antes dos meninos conseguirem finalmente imobiliza-lá. Lisa soltou Christopher e ele veio direto até mim. Sentir a respiração dele no meu pescoço foi a melhor coisa da minha vida. Eu o amava e sempre amaria, não havia mais nada.

****

Christopher

****

Eu esperava do lado de fora da sala de cirurgia com minha mãe, enquanto meu pai estava lá dentro. Ele havia sido baleado por aquela maluca. Meu pai só estava aqui por minha causa e se algo acontecer com ele... Eu não sei o que vou fazer.

Gabriel está no andar de cima, sendo examminado também. Sua mãe e seus amigos estão lá, eu estava há pouco minutos atrás, mas ele me mandou ficar aqui e esperar por meu pai. Gabriel tinha um coração grande, acho que por isso eu o amava tanto assim.

- O médico está vindo. Sussurrou minha mãe agarrando meu braço. Meu pai, o pai que eu dividia com Gabriel, que estava sentado numa cadeira próxima se levantou e se juntou a nós. O homem no jaleco branco veio direto até nos.

- São os parentes do senhor Rivers?

- Sim! Respondi meio urgente.

- A cirurgia correu bem, conseguimos retirar a bala sem nenhum dano, ele só precisa de alguns dias de repouso e estará novinho em folha.

Pulei de felicidade e chorei também. Abracei meus pais e apertei o máximo que pude. Eu os amava muito e queria que eles soubessem.

- Quando podemos vê-lo? Perguntei.

- Assim que levarmos ele para o quarto, o que não deve demorar.

****

Gabriel

****

Ok, alguma coisa não estava certa ali.

Lucas, Carlos e Lisa estavam me olhando de forma engraçada, como se estivessem com vergonha de mim. Qual é, sou eu, já vi todos vocês sem roupa... Ops, quase todos.

- Vou pegar algo pra comer no refeitório, quer alguma coisa? Perguntou minha mãe se levantando e saindo.

Todos disseram que não, e embora eu estivesse morrendo de fome, só queria que ela saísse logo para saber o que estava acontecendo.

- O que está acontecendo? Perguntei assim que minha mãe fechou a porta.

Todos os três, sim, até Lisa, viraram o rosto e trocaram um olhar nervoso. Meu coração começou a acelerar. Não podia aguentar mais problemas por enquanto.

- Hum, - começou Lucas, claro. - lembra que te contei sobre um cara legal que conheci?

Acenei positivamente com a cabeça.

- Então, Carlos é esse cara. Ele falou.

- E você sabia? Perguntei para Lisa.

- Não. Ela respondeu.

- Eu contei pra ela. Falou Carlos.

- Sim. Admitiu Lisa.

Eu quase dei uma gargalhada. Carlos era o cara que finalmente conseguiu um caminho no coração de Lucas? Hum, quem diria...

- Diz alguma coisa. Suplicou Lucas.

- Bom... Sejam felizes. Falei rindo e então todos vieram para cima de mim e me abraçaram.

- Quanto amor, vocês pensavam que eu ia dizer o que?

Carlos e Lucas se viraram para Lisa, que piscou e sorriu da forma mais inocente que conseguiu. Aquela era minha melhor amiga! Houve três batidas na porta, e então a cabeça de Christopher surgiu.

- Interrompo? Ele perguntou.

- Não, vem pra cá. Falei e ele entrou.

Os meninos voltaram a se sentar nos braços da poltrona e Lisa se sentou no meio. Christopher se aconchegou ao meu lado na cama não-tão-confortável do hospital. Ele tinha uma feição não muito feliz por baixo dos hematomas.

- O que foi? Perguntei.

- Ah, acho que estou com fome. Venham meus gays, vamos comprar comida. Falou Lisa arrancando risadas de todos.

- Não somos acessórios seus. Resmungou Lucas.

- Veremos. Ela declarou antes de soprar um beijo para mim e sair do quarto. Christopher acariciou meu rosto e me deu um leve beijo.

- O que foi? Perguntei.

- É que... Decidi que vou ir com meu pai. - Ele falou. - Desde pequeno nunca convivemos muito e sempre quis isso, porém, ainda assim ele arriscou a vida pra me salvar, e eu achei que fosse perdê-lo hoje. Que não teria mais a chance de conhecê-lo melhor. Não posso mais perder tempo e eu só queria que você...

E eu o beijei. Uma corrente de eletricidade percorreu meu corpo todo. Eu amava aquele menino com todas as minhas forças e esse amor só crescia.

- Eu vou com você. Declarei.

- Sério? Perguntou ele já com os olhos cheios de lágrima.

- Quando você vai entender que eu te amo? Falei.

- Eu te amo mais.

- Talvez. Respondi e voltamos a nos beijar como se não estivesse mais ninguém além de nós dois, e por um momento, realmente não existiu.

Quem diria que eu precisaria passar por tudo isso para encontrar meu amor. Agora estávamos finalmente juntos.

Eu e... Meu irmão.

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Comentários

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Que final louco, que bom os meninos chegaram é pegaram a louca da Camilla, e que bom não aconteceu nada mais grave com eles.

Esse final deles juntos, é o Gabriel resolvendo ir embora com Cris pro Canadá, foi muito bacana, pena que não teve segunda temporada.

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Adorei este final Danny, vc soube como nos prender, apesar de nos ultimos caps nos fazer esperar dias interminaveis, mas prendeu nossa atenção. Só ñ gostei do fato de o Biel ir em bora com o Chris e deixar a mãe dele só, de resto td ok. Espero q o proximo conto seja continuação desse contando como será o romance do Lucas com o Carlos e se o mesmo irá durar. Bjs e abraços p ti e até a sua volta com mais um conto espetacular.

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BELO CONTO, ESSE FINAL FOI PERFEITO, MUITO BEM ESCRITO E CONTADO, EM TODAS AS PARTES, PARABENS

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Ótimo! O melhor foi saber que o pai não ganhou o perdão...

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Que bom que as coisas estão dando certo. Adorei esse capítulo!

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