Cap.21
NARRADO POR GHILHERME
Tudo transcorria muito bem. Os convidados haviam gostado da festa, estavam felizes. Meus pais estavam explodindo de tanta felicidade por estarem comemorando 20 anos de uma relação duradoura e cada vez mais jovial. Eu estava feliz, pois tudo estava dando certo entre eu e Lucas, e eu tinha quase certeza que nada nem ninguém poderia nos separar agora. O coração dele já e meu...
TEMPO DEPOIS
O tempo ia avançando e era hora de despedir-nos dos convidados. Eu e ele ajudavamos na saída, cumprimentando cada pessoa que passava junto com os meus pais. Pouco a pouco elas iam deixando a nossa casa. Faltavam poucas pessoas para que restasse apenas nós, quando eu ouvi ele se oferecer a ajudar alguém a atravessar a rua. Por algum motivo naquele momento meu coração acelerou. De tal forma que senti um impulso enorme de impedi-lo de fazer aquilo, mesmo sem entender o porquê. Ele atravessou, mais uma vez se despediu da velha senhora. Vinha voltando com a mesma alegria de sempre. Quando de repente escutamos apenas um carro queimar o pneu no asfalto. Do nada, ele rapidamente aparece do lado de Lucas. Só escuto o impacto. Quando abro os olhos, o carro saia em disparada, e ele estava jogado no chão do asfalto, a uns 2 metros de onde foi atingido.
- Não ! Naaaaaaoooo - sai correndo para socorre-lo. Ele não esboçava reação. Estava marcado, sangrava e desmaiado. Toquei em seu pulso, tinha pulsação. Ele não tinha morrido, mas estava desacordado. Eu tinha certeza que tinha que leva-lo logo ao hospital, ou ele morreria ali mesmo.
TEMPO DEPOIS
A ambulância chegou em questão de minutos. Rapidamente eles o colocaram na mesma, e saíram com os país dele acompanhando. Quando o vi indo embora, simplesmente desabei.
- Não pode ser ! - dizia eu, com dor no coração enquanto lembrava da batida milhões de vezes na minha mente - isso não pode estar acontecendo.
Enquanto íamos para o hospital, lágrimas caiam incessantemente dos meus olhos. Lembrava de cada momento feliz que tivemos até ali. Do momento que trocamos aliança. Não podia, não era justo ! Ele não podia ter complicações. Não podia !
TEMPO DEPOIS
Cheguei no hospital tão desesperado quanto os pais dele.
- O médico vai fazer exames. Ele continua desacordado - dizia a mãe dele - aí Deus, por que isso teve que acontecer assim ?
Eu não me acalmava, de forma alguma. Não me acalmaria enquanto não pudesse ve-lo na minha frente vivo.
- Calma filho ! Senta lá, não adianta você ficar para lá e para cá - minha mãe dizia, tentando me fazer sentar.
- Não quero ! Não consigo me sentar...
Dentro de mim as nossas lindas cenas não saiam da minha cabeça. Eu me sentia culpado, sei lá... Algo aconteceu com o meu amado, e eu não pude ajuda-lo. Não podia acontecer nada com ele !
" - O que foi ? Porquê tá me olhando assim ? EI ? - dizia eu, tentando tira-lo daquele transe com um beliscão "
" - Bem... Eu sei que... Nem seu nome eu sei... E que a gente nem se conhece... Mas eu preciso que você faça algo por mim !
- E o que é ?
- Seja meu namorado !"
" - Quem é esse garoto ?
- É o meu namorado papai ! Não pode me casar com aquele jaburu. Eu o amo ! "
Um relacionamento que começou sem querer. Um planejamento que acabou indo por água abaixo quando nos deparamos com a paixão tomando conta dos nossos corpos.
"- Me Desculpa...
- Pelo Que ?
- Ter tentado te beijar... No hospital
- Não foi nada... Eu... Não foi nada..."
Nada foi capaz de nos separar. Nem o medo, nem as ameaças, nem as chantagens. Acabou que nosso sentimento apenas cresceu.
"- Eu sonho com ele a um tempão. Mas aliás, porquê você está curioso ? Nós não temos nada...
- Porquê... Porquê...
- Fala o porquê !
- Porquê você não sai da minha cabeça !"
Não seria um acidente que iria nos separar. Nada nos separaria. Nada.
TEMPO DEPOIS
Pouco mais de uma hora depois da nossa chegada, o médico apareceu na sala.
- Quem são os familiares de Lucas ?
- Somos nós - dizíamos, já nos levantando aflitos - diga doutor, o que houve com ele.
- No corpo, nada demais. Alguns arranhões, hematomas, e apenas uma costela quebrada, mas isso não será algo grave o suficiente para coloca-lo em risco. Ele teve apenas um problema grave.
- Diga então doutor ! Qual é ?
Continua
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