GOTAS DE JÚPITER 2 - HARD MUSIC - 02X08 - EU ENTENDO

Um conto erótico de Escritor Sincero
Categoria: Homossexual
Contém 2710 palavras
Data: 18/10/2015 01:50:18
Última revisão: 18/10/2015 01:54:33

Silvia: - Responde. Estava fofocando?

Thiago: (levantando do chão) - Eu não.

Silivia: - Além de medroso é fofoqueiro.

Thiago: - Me esquece garota. (andando)

Silvia: - Thiago. Espera.

Thiago: (voltando) - Você tem cinco segundos.

Silvia: - Preciso te mostrar algo.

Gustavo resolveu assistir a um treino de futebol do time da escola. Ele gostava bastante de esporte e decidiu acompanhar Bruno. O time era formado pela elite masculina do Santa Tereza. A maioria loira e dos olhos azuis, apesar de tudo, boas pessoas. O Bruno nunca reclamou de preconceito ou nada parecido.

Gustavo: - Será que o treinador deixa eu jogar?

Bruno: - Deixa sim.

Gustavo: - E esses caras não vão encrencar comigo?

Bruno: - Por que?

Gustavo: - Talvez você tenha esquecido, mas eu sou homossexual.

Bruno: - Esqueço desse detalhe. Calma. Eles são tranquilos.

Otávio: - Fala Bruno. (cumprimentando Bruno e Gustavo) - Vai se juntar ao time fera?

Bruno: - Veio me acompanhar.

Otávio: - Beleza. Vou me trocar.

Treinador Carlos: - Bruno. Quem é esse rapaz?

Bruno: - Meu amigo, Gustavo. Ele vai participar do treino hoje.

Treinador Carlos: - Ainda bem. O Tavares ficou doente hoje.

Silvia me levou até a sala de audiovisual. Pegou um notebook e conectou um pen drive. Pediu para eu ler. Eram páginas de sites e jornais sobre a história de um jovem de 15 anos espancado até a morte por ser homossexual.

Thiago: - O que significa isso? (olhando para Silvia)

Silvia: (com lágrimas nos olhos)

Thiago: - Silvia? Quem é esse menino?

Silvia: - Pietro. Meu irmão. Ele morreu ano passado.

Thiago: - Sinto muito.

Silvia: - Nos mudamos para um cidade pequena em Minas Gerais, e as pessoas lá zoavam muito com ele. Fiz de tudo para protege-lo. Alguém o levou para um matagal (chorando) - Abusaram dele e o mataram. Foram sete pessoas...

Thiago: - Olha. Eu sinto muito, infelizmente essas coisas acontecem.

Silvia: - Você sobreviveu.

Thiago: - (mostrando os pulsos) - Sim. Mas as memórias ficaram. Eu mais do que ninguém sei sobre a dor de ser abusado.

Silvia: - Precisamos desse comitê na escola. Imagina quantos jovens não precisam conversar... de um ombro amigo.

Thiago: - É complicado.

Silvia: - Não, não é. Você pode não enxergar, mas é a salvação de muitos garotos e garotas inocentes.

Thiago: - Me dá um tempo para pensar? (saindo da sala)

(escolher uma música bem melosa)

Alison e Ludmila se amavam a cada dia mais. A jovem ficava preocupado, pois, o namorado teria que decidir qual rumo seguir após a escola. A ideia inicial era esperar por Ludmila, porém o jovem tinha medo de perder oportunidades.

Alison: - A faculdade pode esperar, mas posso arrumar um emprego que pague melhor.

Ludmila: - Se você ganhar aquela bolsa do curso técnico?

Alison: - Fica na capital.

Ludmila: - Um ano não vai fazer diferença.

Alison: - Claro que vai. Jamais conseguiria viver sem o seu sorriso e beijos.

Ludmila: - Precisamos fazer um sacrifício. Somos jovens, teremos a vida toda para curtimos.

Alison: - Eu... quer saber. Falar em curtir. (beijando a namorada)

Dona Maria e Mônica decidiram mudar algumas coisas da casa. A idosa adorava a compania da jovem. Ela se sentia querida. Certo dia, a mãe de Mônica apareceu.

Mônica: (assustada) - Mãe? O que houve?

Marlene: - Meu filho... (chorando) - Preciso falar com você.

Mônica: - Entra mãe.

Marlene: - Com licença.

Mônica: - Mãe, essa é a dona Maria. Ela deixou eu morar aqui.

Dona Maria: - Olá? Prazer.

Marlene: - Obrigada dona Maria. Obrigada (chorando)

Dona Maria: - Vou deixar vocês a sós. Precisam desse momento. (indo para a cozinha)

Mônica: - O que houve?

Marlene: - Desculpa não ter feito nada. Teu pai é um louco.

Mônica: - Foi melhor assim. Aqui posso ser quem eu sou.

Marlene: - Filho... tem certeza que você quer isso?

Mônica: - Mãe. Entenda uma coisa, eu não quer ser assim, eu sou. A Mônica é o meu verdadeiro eu. Só queria que você entendesse.

Marlene: - Prometo que vou me esforçar. Prometo.

Suzana. Suzana era uma força da natureza. Sempre conseguia as coisas que queria, porém uma forte tempestade passaria na vida da minha amiga. Uma tempestade chamada Nuno. Minha amiga se preparou para tomar banho de piscina, vestiu o melhor biquíni, passou protetor solar e desceu. Ouvia uma música de Valesca Popozuda, tenho até vergonha de dizer o nome.

Suzana: - Mama.... (ouvindo a música e dançando)

Do lado de fora da casa, alguém a observava. Suzana saiu para o jardim e caminhou, meio que dançando, até a área da piscina. Deito na espreguiçadeira e percebeu um movimento estranho nos arbustos. Sem medo, ela caminhou até lá e achou um rapaz escondido.

Suzana: (posição de luta) - Quem é você?

Nuno: - (falava, mas a jovem não a escutava, pois, estava com fone)

Suzana: - O que? (tirando os fones e fazendo a posição de luta) - Sei sete tipos diferentes de defesa pessoal. Vou acabar com você.

Nuno: - Calma. Eu trabalho aqui.

Suzana: - Claro que não. Onde está o seu Hugo?

Nuno: - Não sei.

Suzana: (ligando para o pai) - Espera.

Nuno: - Eu...

Suzana: - Se pensar em se mexer eu taco esse Iphone na sua cabeça.

Nuno: - Você não teria coragem. É um iphone 6...

Suzana: - Experimenta. Alô? Papai. O que o senhor fez com o seu Hugo? Com assim? Matou as rosas da mamãe? Vish. Tá bom. O jardineiro novo é esquisito. Papai. Mas papai? Ele ficou me olhando e... alô?

Nuno: - Deixa eu ir trabalhar que eu ganho mais. (saindo)

Suzana: - Ei garoto. Ei. Que ódio!

Fui sozinho para casa. Cheguei e não havia ninguém. Fiquei perdido com meus pensamentos e com as coisas que Silvia me falou. Por parte eu entendia, mas algo dentro de mim me dava medo. Peguei alguns albuns de família e chorei bastante, sentia muita saudade da minha mãe. Crescer sem uma me fez ficar um pouco travado em algumas questões, meu pai era ótimo, mas a mamãe era tudo. Vi o violão do Gustavo encostado na parede, sei o básico quando se trata de instrumentos de corda, lembrei e uma canção que a minha mãe sempre tocava comigo. Dedilhei algumas notas e comecei a cantar.

Thiago:

Nosso encontro aconteceu como eu imaginava

Você não me reconheceu, mas fingiu que não era nada

Eu sei que alguma coisa minha, em você ficou guardada

Como num filme mudo antes da invenção das palavras

Afinei os meus ouvidos pra escutar suas chamadas

Sinais do corpo eu sei ler nas nossas conversas demoradas

Mas há dias em que nada faz sentido

E os sinais que me ligam ao mundo se desligam

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Lembrei da minha mãe. Ela era linda. Recordo dela me colocando na cama e cantando para mim. Dos seus olhos que sempre me acalmavam. Me sentia protegido com ela, em todos os sentidos. Consigo ouvir a risada dela, contagiava a todos.

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Thiago:

Eu sei que uma rede invisível irá me salvar

O impossível me espera do lado de lá

Eu salto pro alto eu vou em frente

De volta pro presente

Gustavo:

Sozinho no escuro, nesse túnel do tempo

Sigo o sinal que me liga à corrente dos sentimentos

Onde se encontra a chave que me devolverá

O sentido das palavras ou uma imagem familiar

Mas há dias em que nada faz sentido

E os sinais que me ligam ao mundo se desligam

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Gustavo lembra de todos os momentos que viveu com Thiago até aquele momento. O encontro na ponte, o primeiro beijo, as lágrimas e principalmente os sorrisos

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Gustavo:

Eu sei que uma rede invisível irá me salvar

O impossível me espera do lado de lá

Eu salto pro alto eu vou em frente

De volta pro presente

(Solo de Guitarra)

Thiago e Gustavo:

Eu sei que uma rede invisível irá me salvar

O impossível me espera do lado de lá

Eu salto pro alto eu vou em frente

De volta pro presente

No outro dia tivemos aula com o Pierre. De acordo com ele, a nossa banda tinha jeito, mas precisaria melhorar muito para se tornar boa. O cara era ranzinza e escroto. Todos nós achávamos isso dele. Nos intervalos, ele gostava de tomar chimarrão e era o momento que tínhamos para falar mal dele.

Suzana: - Sério. Quando tudo isso acabar vou mandar matar esse homem.

Bruno: - Estou acabado. Ele é pior que o treinador. (deitado no chão)

Kim: - Sou muito jovem para morrer de infarto. (sentando próximo ao ar condicionado)

Thiago: - Qual é gente. Vamos lá. Na semana que vem faremos um coreografia.

Gustavo: - Quer que eu dance longe de você?

(todos olhando para Thiago)

Thiago: - Como.. como assim?

(todos olhando para Gustavo)

Gustavo: - Desde que a gente começou o programa você me evita de todas as formas.

(todos olhando para Thiago)

Thiago: - Ora. Isso... isso... não é assunto para conversar aqui. (olhando em volta)

Ludmila: - Acho que o Pierre tá me chamando (saindo da sala)

Suzana: - Ludmila querida vou com você. (seguindo Ludmila)

Kim: - Com licencinha. (saindo)

Bruno: - Não levanto daqui nem a pau.

Kim, Suzana e Ludmila: - Bruno!!!!

Bruno: (levanta em um pulo) - Já vou. Já vou. (saindo da sala)

Thiago: - Qual é o problema com você?

Gustavo: - Tô suado, com dor nas costas e a minha perna tá destruída.

Thiago: - E a culpa é minha?

Gustavo: - Não é isso.

Thiago: - Então é de quem?

Gustavo: (respirando fundo) - Parece que você tem vergonha de nós.

Thiago: - Gustavo. Não é isso.

Gustavo: - Então fala que eu tô começando a ficar sem entender. (indo para o outro lado da sala) - Nossa vida estava melhor sem esse concurso.

Thiago: - Ei. (se aproximando e pegando na mão de Gustavo) - Desculpa. Eu sei que estou sendo um cretino, mas tem paciência. Por mim, por nós. (beijando a nuca do namorado)

Gustavo: - Você sabe mesmo ganhar uma discussão. (virando e beijando o namorado na boca)

Meu pai decidiu colocar seu plano em ação. Escolhemos um restaurante para a noite do noivado. Ele parecia um adolescente.

Hélio: - Acha que ela vai gostar? Será que ela vai aceitar?

Alex: (olhando para o vidro) - Vai pai. Ela já é obrigada a morar com você.

Thiago: (batendo na cabeça do irmão) - Pai. Claro que vai. Não se preocupe. Já estou conversando com um amigo meu que é decorador e...

Gustavo: - Que amigo?

Thiago: - Um amigo que fiz no facebuddy.

Gustavo: - Sim. Eu conheço ele?

Alex: - Huuuummmm. Problemas no paraíso?

Thiago: - Vai conhecer. Vai conhecer.

Hélio: - Podem focar no meu problema?

Thiago: - Papai relaxa. Sua única obrigação vai ser ficar bonito e atraente.

Alex: - Se depender disso ele tá lascado. (rindo)

Hélio: - Quer ficar sem mesada?

Alex: - (parando de rir)

Começamos a planejar todos os passos do pedido de casamento do meu pai. Encontramos um restaurante lindo, convidamos algumas poucas pessoas para fazer parte da surpresa e preparamos uma apresentação musical para o momento do pedido.

Elizabeth, Renan e Samira chamaram Silvia para uma conversa. A menina ficou feliz quando soube que o Comitê LGBT ganhou a aprovação da diretora Flora.

Silvia: - Vocês estão de brincadeira comigo?

Samira e Elizabeth: ( se olham e sorriem)

Renan: - Claro que não.

Silvia: - Que maravilha! Sério, mesmo?! (sentando na cadeira) - Vou começar a fazer os convites agora mesmo e...

Renan: - Convites? Que convites?

Silvia: - Para a festa de abertura do Comitê LGBT da escola.

Samira: (pegando nos ombros de Silvia) - Querida. Já foi maior dificuldade de convenser a cob... digo... a diretora Flora. Não vamos forçar.

Elizabeth: - Podemos marcar uma reunião de abertura. Nada muito chamativo.

Silvia: - Professora Elizabeth? Acha que a senhora convence o Thiago a participar do comitê?!

Elizabeth: - Bem. Eu não sei. Preciso perguntar dele.

Silvia: - Tudo bem. Obrigada. (saindo da sala)

Samira: - Acha que ele vai querer?

Elizabeth: - Realmente não sei.

Renan: - Ele passou por muita coisa.

Elizabeth: - Ultimamente ele tá até mais alegre. O Hélio disse que não se preocupa, pois, ele tem uma familia que está sempre ao lado dele.

Bruno era uma rapaz que eu realmente admirava. Ele tinha bolsa na escola, jogava futebol, tocava na banda e ainda conseguia cuidar dos irmãos. Ele tinha quatro irmãos, todos menores que ele. Um dia, a Kim chegou sem avisar e encontrou o namorado dançando ao som de Xuxa.

Kim: - Que lindo. (olhando Bruno que dançava em cima do sofá)

Bruno: (caindo do sofá) - Kim?!

Crianças: (gritando) - Kim!!! (correndo em direção a namorada de Bruno)

Kim: - Oi?! (abraçando as crianças) - Dançando sem mim? Que feio.

Bruno: - Você é incrível.

Kim: - Eles são incríveis. (rindo) - Trouxe lanche!

Crianças: (gritando e batendo palmas)

Bruno: - Não precisava amor. Fiz um mingau delicioso. (indo até a cozinha e pegando uma panela)

Kim: - Isso?

Bruno: - Sim. Oras.

Suzana chegou das compras e encontrou a sala toda bagunçada. Seu cachorro, um poodle estava cheio de barro e fez a festa no local. O pior, quase tudo era branco. Ela viu que a porta de acesso ao jardim estava aberta.

Suzana: - Floco de neve. O que você fez? (saindo da casa)

Nuno: - Floco de neve? Sério? (agachado perto de uma moita)

Suzana: - Foi você? Você deixou o floco de neve coberto de lama.

Nuno: - (rindo)

Suzana: - O que foi?

Nuno: - Imaginei um sorvete de floco de neve coberto de lama. (cortando a vegetação com uma grande tesoura)

Suzana: - Não tem graça. Floco de Neve é um cachorro dos Estados Unidos. Ele vai ficar cheio de bactérias e germes.

Nuno: - Vamos dar um banho nele então...

Suzana: - Boa ideia. Temos que fazer isso antes que a lama fique grudada no corpinho dele. (entrando na casa e voltando) - Qual o look para dar banho em cachorro?

Numo: - Qualquer um. (levantando, deixando a grande tesoura no chão) - Vou ajeitar a mangueira. Consegue sabão, shampoo e uma toalha limpa.

Suzana: - Tá. Entendi. (voltando para casa)

Decidi praticar um pouco no teclado. Do nada, Elizabeth apareceu e me assustou.

Elizabeth: - Desculpa querido.

Thiago: - Tudo bem. Eu estou bem.

Elizabeth: - Acho lindo quando você toca.

Thiago: - Sério? Obrigado.

Elizabeth: - Querido? Tá tudo bem?

Thiago: - Sim. A minha cabeça tá meio cheia, sabe, o concurso, as aulas.

Elizabeth: - Sabe que não é obrigado a participar do programa, né?

Thiago: - Sim. Sei lá. Desde que a minha mãe morreu, eu... (respirando fundo)

Elizabeth: - (se aproximando) - Ei. Você pode conversar comigo. O que você quiser. (sentando ao lado de Thiago) - Você é praticamente meu filho. Eu quero muito fazer parte da sua vida. Poder contribuir para o seu crescimento. Você é um menino tão lindo, talentoso e generoso. Sei que a sua mãe está orgulhosa de você.

Thiago: (abraçando Elizabeth e chorando)

Elizabeth: - Pode chorar. (tentando não se emocionar)

Thiago: - Eu tento esquecer, eu juro, mas não consigo. Eu tenho medo. Medo das pessoas, de coisas. Eu tenho sido um babaca com o Gustavo.

Elizabeth: - Eu preciso te contar uma coisa.

Thiago: - (limpando as lágrimas)

Elizabeth: - Já fui violentada. (chorando)

Thiago: - Nossa. Eu... sinto muito...

Elizabeth: - Foi a muito tempo atrás. Fiquei duas semanas no hospital. Depois de um mês descobri que estava grávida.

Thiago: - Quer dizer que o...

Elizabeth: - Sim. Eu não tive coragem de fazer o aborto. Ele não teve culpa. Eu o tive e coloquei para adoção. Passei três anos da minha vida morta por dentro. Até que encontrei um grupo de apoio e consegui deixar muitas mágoas para trás.

Thiago: - Tem uma menina. O nome dela é Silvia. Ela quer fazer um clube LGBT, mas no fundo eu acho que isso vai virar bagunça.

Elizabeth: - Eu sei. (limpando as lágrimas) - Vou ser uma das coordenadoras do Comitê LGBT. Escuta Thiago, você pode fazer parte de algo grande. O seu exemplo pode atingir vários jovens nessa cidade.

Thiago: - Eu não quero lembrar. Faz meu coração doer.

Elizabeth: - Mas se tiver alguém para carregar o fardo com você, a cada dia ele vai diminuir de tamanho. Hoje as coisas podem estar cinzentas, e você pode achar que o sol nunca vai brilhar. Quando deixei o Gustavo no orfanato, cantei uma música no ouvido dele. (olhando e abraçando Thiago que continuava chorando)

Elizabeth:

Bobo a chorar, nada a temer

Aposto que onde vivem é melhor do que aqui

Acredito que tudo ficará bem

Olhando daqui da pra perceber

O sol vai brilhar amanhã

Você pode apostar que amanhã vai ter sol

Eu sei que amanhã, certeza

Vai limpar as teias da tristeza, vai ver só

Quando o dia cinzento vem com a solidão

Eu me ponho a sorrir pra dizer

O sol vai brilhar amanhã

Tenha garra, então até a amanhã

Como será?

Amanhã, amanhã, te amo amanhã

Você sempre a frente esta

(Thiago e Elizabeth se abraçam)

Thiago: - Obrigado...

Elizabeth: - Pode dizer.

Thiago: - Mãe.

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