Descobrindo o Amor Cap.9

Um conto erótico de gustavinho
Categoria: Homossexual
Contém 1398 palavras
Data: 19/10/2015 06:11:56

Bem gente, significado de tempo segundo o dicionário Michaëlis : Uma época, um lapso de tempo futuro ou passado. Portanto, a palavra tempo não significa anos, meses apenas. Pode significar também segundos e minutos. Mas como não quero perder leitores por causa de uma besteira como essa, vou tentar indicar plenamente o tempo que se passa. Mas caso eu coloque apenas a palavra tempo por hábito, relevem. Eu escrevo desta forma a muito tempo, desde quando usava outra conta aqui na CDC

Cap.9

Imediatamente ao ver seu rosto tão perto, virei o meu. Não, não podia acontecer isso. Eu não podia sentir algo por ele. Esse coração teria que me obedecer de qualquer forma. Não por ele ! Não !

- Vem, eu te carrego... - falou, tentando me levantar.

- Não precisa, eu posso andar - dizia eu, tentando me afastar dele. Mas ele não me escutou.

- Eu irei te carregar. Você não vai conseguir andar com esse pé doendo - disse ele, me levantando da mesma forma que faziam aqueles lindos e fortes atores de teatro.

- Tudo bem - falou. Durante alguns poucos segundos ele olhou nos meus olhos, e então seu olhar perdeu o rumo. Eu não podia deixar isso acontecer. Uma paixão... Não podia acontecer. Não por ele.

MINUTOS DEPOIS

Subia a escada comigo nos braços. Quando minha mãe viu aquilo, se desesperou.

- O que houve ? O que aconteceu ? - perguntou, rapidamente se levantando da mesa do café.

- Acho que ele torceu o pé - falou, me colocando no sofá.

- Estávamos correndo e eu não vi um buraco no gramado.

- Mas eu avisei ao jardineiro que ele tinha que nivelar esse gramado ! Agora vou ter que chamar o médico para ele fazer uma imobilização...

MINUTOS DEPOIS

O médico morava quase na saída do ramal que ligava a estrada a nossa casa, portanto não demorava muito a chegar.

- E então ? O que houve dessa vez ?

- Ele torceu o pé doutor

- Deixe-me ver - o médico olhou o meu pé, mexeu levemente - está bem dolorido ?

- Sim doutor

- Não parece haver sangramento. Acho que uma imobilização por um mês apenas deve ajudar na cicatrização.

- Mas, como o Senhor vai fazer essa imobilização ?

- Aqui está ela - dizia ele, tirando um material de dentro da bolsa, bem parecido com as atuais imobilizações, porém bem menos moderna. Havia sido elaborado para ajudar aos soldados feridos na Guerra - acabou de chegar da Europa - logo ele colocou no lugar e meu pé ficou imobilizado. Tirou três frascos da bolsa - tome esses remédios. Vão ajudar na cicatrização e para que a dor passe. Caso ela não passe ou depois desse prazo você ainda não consiga andar, me chame novamente. E... Eu sugeriria que alguém o ajudasse no banho, já que ele não pode molhar a imobilização e... - Maurice interrompeu o médico.

- Eu o ajudo doutor.

- Bem... sendo assim eu não tenho mais nada a fazer aqui. Passar bem Dona Cristina.

- Passar bem doutor - ela foi o acompanhar até a saída e nos deixou a sós.

- Você já me desculpou por ter te feito correr ?

- Já disse que não tem nada o que desculpar seu francês bobo ! Você não imaginava que haveria um buraco no meio do gramado.

- É. Isso é verdade. Mas mesmo assim me sinto culpado. Me sinto culpado de tudo o que já fiz para você - falou, olhando a imobilização.

- Tudo o que ?

- Tudo o que eu disse... - falou. Não nego que tudo aquilo ainda doía dentro de mim, mas eu não guardava rancor.

- Eu nem lembro mais que você falou algo para mim

- Sério ?

- Sim !

MAIS TARDE

Durante todo o dia ele ficou na minha cola o tempo todo. Parecia preocupado, me ajudava em tudo o que eu precisava.

- Trouxe um bolo de Milho que a cozinheira fez.

- Oba, que delícia ! -falei, sorrindo.

- Aí, tenho vontade de comer aquelas delícias francesas que se acham em Paris. Ou então um chocolate belga.

- Você sente muita falta do seu país, não é verdade ?

- Sinto. Pena que com a guerra, a maioria dos bons confeiteiros foram para o campo de batalha lutar com a França. Além disso, sinto muita falta da minha mãe. Morro de preocupação, sem saber como ela tá realmente, se não mente nos telegramas, sem saber como está realmente Paris.

- Tenho certeza que está tudo bem com ela.

- Como tem tanta certeza ? - abri a minha gaveta e tirei de dentro um telegrama

- Minha mãe recebeu ontem no Correio, porém você ainda dormia, então ela não quis incomodar. Eu me esqueci de entregar a você quando acordou, mas aqui está.

- Obrigado - ele abriu com uma rapidez imensa o envelope, estava realmente com saudade dela - lerei em voz alta para você. Está em Francês, mas eu traduzo.

- Tudo bem...

- Querido filho. Perdoa- me por não ter te escrito antes, porém estava bem ocupada. Hindenburg e seu exército estão recuando e saindo da França. Desde que os Estados Unidos entraram na Guerra, finalmente parece que este tormento está perto de acabar. Gostaria muito de saber como estão as coisas aí no Brasil, de seu próprio punho. Cristina disse que você tem se comportado bem e que fez amizade com Antônio. Espero que continue assim até o momento em que você tenha que regressar a França... - ouvir isso me deu calafrios. Eu já não queria que ele retornasse a França. Já tinha me acostumado com a sua presença... Sua partida me aterrorizava, por algum motivo.

HORAS DEPOIS

Entravamos os dois de sunga no banheiro. Como havia determinado o doutor, eu não conseguia me apoiar por muito tempo no outro pé. Precisava da sua ajuda para quando tirasse a imobilização.

- Vamos lá ? - perguntou, terminando de pendurar a toalha. Me sentei ,tirei a imobilização. E então ele me ajudou a levantar. Lentamente caminhamos para debaixo do chuveiro. Ele ligou, e então comecei a tomar o meu banho, muito com a ajuda dele. Me molhei, deixei ele se molhar... Não resisti. Parecia que algo dentro de mim clamava, mesmo eu não querendo, para que eu olhasse para ele e o seu corpo bem definido. Olhei, não sou de ferro. Já não tinha mais dúvida, não era igual aos outros meninos. Aquilo me chamava atenção como nada mais.

- Você namorou muito na França ? - perguntei.

- Um pouco... Não muito porquê as garotas parecem que não gostam de mim. E também, em alguns momentos eu... Paro de ver algo interessante nelas. Porquê a pergunta ?

- Curiosidade apenas... - continuamos o nosso banho, e de vez em quando ele olhava para mim, me fazendo mudar o rumo do olho. É, estava acontecendo o que eu menos queria. Já não conseguia controlar plenamente os meus impulsos.

MINUTOS DEPOIS

Já estava me preparando para dormir. Lia um livro quando de repente Maurice invade o meu quarto.

- Antoine, acorda !

- O que foi ? Eu não estou dormindo !

- Olha para o céu !

- Ué, mas está de noite, que graça tem olhar para o céu - soltei o livro e fui para a beira da janela e assim como ele. Quando olhei para cima, arregalei os olhos - ué, cadê a Lua ?

- Ela está ali ! - apontou.

- Mas... Porquê está escura ?

- Ué, você não sabe o que é esse fenômeno ?

- Não...

- Chamam isso de eclipse. Eu já ouvi falar muito, mas nunca presenciei um.

- Mas, porquê isso acontece ?

- Eu não sei. Tem um louco ai, um tal de Einstein que diz que sabe a explicação. Nunca li nada do que ele escreve, e nem lerei. Dizem que ele não tem como provar o que diz. Mas ele diz que sabe o porquê.

- Entendo. Mas que estranho e... Bonito !

- É, muito bonito mesmo ! - passamos diversos minutos olhando para o céu, admirando a Lua escura, fenômeno esse que foi explicado pouco tempo depois.

- Minha mãe dizia que, quando ocorre um eclipse, muitos casais de namorados se formam no mundo, pois o mesmo tem poder de aflorar o amor que existe dentro das pessoas.

- Sério ?

- Sim... - por alguns segundos, tirei meu olhar da Lua e olhei para ele. Percebi então que ele não estava olhando o fenômeno, e sim me olhava. Não entendia o que aquele olhar queria dizer, mas era um olhar brilhante e diferente. Meu coração palpitou pois ele não tirava o olhar de mim.

- Porquê está me olhando assim ?

- Eu não sei... - falou, ruborizando. Baixou a cabeça, ergueu o olhar novamente em seguida. Foi quando ele fez algo que marcaria de vez a minha vida, ou melhor, as nossas vidas. Ele me beijou.

Continua

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Comentários

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Awnn! Q lindo cap! Finalmente rolou. ..E não se preocupa c o que os outros dizem, ñ deixe ninguém influênciar sua forma de escrever! P mim ta perfeita! Bjss

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Até que enfim kk já tava mais que na hora de começar a guerra deles com o resto do mundo... quero só ver agora... rsrs bjs e continua logo...

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Cara, não liga pra isso não, escreva do jeito que você sempre escreveu. Não mude seu jeito por causa de outras pessoas. E sobre o conto: eu acho muito fofo como sempre o Maurice fala o nome do Antônio errado ❤😂

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Olhaaa Que Bonito Cara Adorei Foi Bem Fofo O Momento rsrsrs. . . Mais volte logo!

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Finalmente o gato saiu da toca ahahahaha. Abraços :)

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