Mona está de volta - Parte IV
despertou com uma mão tocando-lhe o ombro nu, pedindo para que acordasse. Lembrou-se que desmaiara enquanto era estuprada por quatro mendigos. Sem nem abrir os olhos, projetou o pé com força em direção àquela voz. Acertou o cara em cheio, no estômago.
- Calma, moça, sou eu! - agora Mona reconheceu quem falava num gemido.
Abriu finalmente os olhos e viu o moreno, seu salvador, tentando normalizar a respiração, com as mãos na barriga, onde tinha sido atingido.
- Folgo em saber que está recuperando as forças. Esse chute foi violento.
Mona pediu-lhe desculpas. Tentou acudi-lo, mas tropeçou num corpo estirado no chão e quase cai nos braços do moreno. Olhou em volta e viu outros três homens caídos ao solo, desacordados. Perguntou o que tinha acontecido.
- Fui pegar umas roupas para você e, quando voltei, vi esses caras estuprando-a. Sinto muito. Não devia tê-la deixado sozinha aqui. Mas ninguém a tinha visto quando te trouxe. Achei que estaria segura...
Mona enrubesceu. Lembrou-se que ela mesma se mostrara, querendo ver o que se passava fora do barraco. Não fosse isso, ninguém a teria descoberto ali. Perguntou se ele havia vencido os quatro caras sozinho.
- Sim, já fui lutador de boxe. Disputei algumas lutas clandestinas, pra ganhar algum dinheiro - disse o sujeito, pegando umas roupas femininas de cima de uns caixotes que serviam de mesa.
- Tome, vista-se e saiamos daqui. Esses caras são perigosos, e não quero estar presente quando acordarem. São assaltantes procurados pela Polícia e andam sempre armados - disse isso e levantou a camisa suja de um deles, retirando dali uma pistola metida na cintura.
Mona pegou a calça Jeans e a blusa de malha vermelha que ele estendia-lhe com uma das mãos, enquanto guardava a arma que retirara do outro na própria cintura. Vestiu-se apressadamente, estranhando não sentir mais aquela fraqueza nas pernas. Seu salvador recolhia uns poucos pertences do barraco e os guardava num saco de estopa.
- Como é seu nome? - perguntou Mona.
- Aldo, madame. E a senhora, quem é?
- Monalisa. Mas pode me chamar apenas de Mona. Não lembro do meu sobrenome...
- É, percebe-se que saiu de algum hospital. Ainda cheira a éter e veio embrulhada num lençol com o nome de uma clínica conhecida. Quem era o cara que estava no carro com a senhora?
Mona percebeu que Aldo insistia em chamá-la de senhora. Só então, percebeu que tinha uma aliança na mão esquerda. Era casada??? Não conseguia se lembrar de nada mais que seu nome. Não sabia sequer como fora parar naquela clínica. Disse isso ao moreno, que ficou pensativo por uns instantes.
- Vamos embora - disse resoluto - os caras já estão acordando.
Pegou Mona por uma das mão e puxou-a em direção à porta improvisada do barraco. Antes, porém, deu um violento chute no estômago de um dos mendigos que estava despertando. Este gemeu e voltou a dormir. Um bando de curiosos estava do lado de fora. Todos mendigos, como ele. Aldo caminhou até o Corsa branco estacionado perto e voltou-se para eles, dizendo em voz alta:
- Mão volto mais. Quem quiser, pode ficar com o meu barraco e tudo que estiver dentro. Não guardo rancor dos sujeitos que estão lá caídos, mas digam a eles que, se voltar a vê-los, meto bala - disse isso levantando a camisa e mostrando a arma que carregava na cintura.
Sem esperar resposta, abriu a porta do carro e pediu que Mona entrasse. Depois, ele mesmo sentou-se no banco do motorista e deu partida. Já haviam saído da favela quando Mona falou:
- Esculhambei sua vida, não é? Perdeu sua moradia por causa de mim.
- Não se preocupe, já estou acostumado. Mulheres sempre me trazem problemas - disse ele sem olhá-la, concentrado em dirigir - E eu já estava mesmo querendo sair dali.
Para onde estamos indo? - indagou a mulher.
- Relaxe. Vamos para um lugar melhor.
- Desculpe, mas não tem medo de ser parado pela polícia, num automóvel roubado?
- Já disse para relaxar, dona. Troquei a placa por uma que achei no lixão, dia desses. A polícia, mesmo que esteja procurando, não desconfiará deste carro.
Mona, finalmente, relaxou. O cara sabia bem o que fazia. Era bem inteligente, como ela avaliara assim que o viu pela primeira vez. Continuou calada durante todo o percurso, até que ele dobrou numa trilha estreita, no meio de um matagal. O carro sacolejava nos buracos na terra batida, ladeada por árvores enormes, e ela soltava gritinhos a cada solavanco. Até que, minutos depois, vislumbrou uma clareira. Havia uma casa em construção, sem nenhum reboco aparente, bem no meio do mato. Perto, corria um rio estreito e Mona achou o lugar lindo. Ele parou bem na frente do imóvel. Ambos desceram. Ele foi abrir a porta, carregando o saco de estopa com os pertences recolhidos do barraco.
- Que lugar maravilhoso. Dá pra escutar o barulho das águas e o canto dos pássaros. É seu?
- Sim. Faz tempo que venho construindo. Nem sempre fui mendigo, dona. Apesar de que ganho bastante dinheiro vendendo lixo. Ou pedindo uns trocados nos cruzamentos, de dia, e nos bares, à noite.
Abriu a porta e pediu que ela entrasse na frente. Mona ficou maravilhada com o luxo da pequena casinha no meio da mata. Toda rebocada e pintada por dentro. Mobília de muito bom gosto, uma TV digital de 32 polegadas na sala, cerâmica em todo o piso e gesso por todo o estuque. Só precisava de um toque feminino.
- Posso colocar algumas flores? - perguntou ela.
- Esteja à vontade. Mas não preciso de plantas dentro de casa, com toda essa natureza aí fora - respondeu ele sem fitá-la.
Aldo jogou o saco que carregava num canto da sala e foi tirando a camisa. Tinha um corpo musculoso, mas sem exageros. O tórax era perfeito, sem barriga proeminente. Mona fitava-o com admiração. Desatando o nó de uma corda de varal, que lhe servia de cinto, disse a Mona:
- Vou tomar um banho, estou precisando. Assim que eu acabar, pode se lavar também. Mas terá que vestir a mesma roupa, pois não tenho outra.
- Podemos nos banhar juntos? - perguntou Mona, sem nem pensar no que estava dizendo.
O mendigo parou de despir-se, olhando fixamente para ela. Fitou-a dos pés à cabeça, mas não havia desejo em seus olhos. Deu de ombros, respondendo:
- Se está pensando em sexo, devo dizer que não faz o meu tipo, dona.
- É sempre grosso assim com as mulheres? - rebateu Mona, visivelmente decepcionada com o que ouviu. Aquele fogo repentino começava a queimar-lhe as entranhas novamente.
- Sou sincero. Já disse que as mulheres sempre me trazem problemas. Por outro lado, gosto de mulheres mais gordinhas. Essas são melhores sexualmente e parecem estar sempre dispostas a não perder qualquer oportunidade de transar. Têm a mente bem mais aberta do que as que acham que apenas sua beleza excita um homem. Eu gosto de sexo pleno. Procuro dar prazer, mas quero ter prazer também. Por isso, não me importo muito com beleza de rosto ou de corpo.
Enquanto ele falava, Mona autoavaliava-se. Realmente, estava muito magra. As costelas sobressaiam-se da pele. Pudera, estivera hospitalizada até então. Decerto não se alimentava direito, ou fazia muito tempo que estava internada. Mas a vontade de fazer sexo era quase sufocante. Não convenceu nem a ela mesma quando rebateu:
- Não estou querendo sexo. Pensei em te ajudar a tirar essa sua sujeira do corpo, em agradecimento ao que tem feito por mim...
Aldo já se livrara das roupas que vestia e caminhava em direção ao banheiro. Disse sem olhar para ela:
- Então venha. Vou precisar mesmo que alguém me esfregue as costas.
Quando Mona terminou de se despir, jogando as roupas sobre um sofá da sala e indo atrás dele, deparou-se com um banheiro todo em cerâmica, com espelho tomando toda uma parede e vaso sanitário e pia de luxo. Tudo de muito bom gosto. O moreno já se banhava numa ducha de água morna. Seu corpo molhado era escultural. Seu sexo era o maior que Mona já tinha visto. Pendia-lhe entre as pernas, em descanso. Mesmo assim, media cerca de trinta centímetros. O fogo que lhe ardia na bacorinha aumentou imediatamente. Ele, banhando-se de olhos fechados, virou-se de costas quando pressentiu a presença dela.
A bunda pronunciada e redonda também deixou Mona mais excitada. Aproximou-se e tomou-lhe a bucha com a qual se esfregava das mãos. Ensaboou-a novamente e começou a passar nas costas dele. Mas estava muito mais alisando-o do que propriamente banhando. Dominou com esforço a vontade de ensaboá-lo entre as pernas. Virou-o de frente e ajoelhou-se, começando a lavar-lhe os pés, depois as pernas. Cada vez que ia subindo com as mãos, ofegava de ansiedade. Até finalmente tocar-lhe o sexo. Ele não reagiu, continuando de olhos fechados. Mona ensaboou-lhe as bolas, depois arregaçou o prepúcio, limpando ali. O pênis não deixou seu estado flácido. Nem quando Mona enxaguou, manipulando-o como quem bate uma punheta. Então, com o corpo pegando fogo, resolveu ser mais atrevida.
Meteu a mão entre as pernas dele e ensaboou-lhe as nádegas. A princípio ele não reagiu, mas quando ela tocou-lhe o ânus com seus dedos finos, ele contraiu a bunda. O pau, a menos de vinte centímetros do rosto de Mona, deu um pulo mas voltou novamente a ficar em descanso. Ousada, meteu um dedo ensaboado, delicadamente, no ânus dele. Aldo abriu os olhos e a encarou com o cenho frangido. Ela retirou o dedo, mas tornou a colocá-lo, massageando suavemente seu buraquinho. Ele voltou a fechar os olhos.
Incentivada por ele não ter brigado com ela, ousou tocar a glande com a boca. A peia cresceu um pouco, mas para baixo. Agachou-se mais entre suas pernas, sem parar de massagear o ânus dele. E o cacete cresceu mais um pouco, ainda em direção ao joelho. Aí Mona pegou-o com uma das mãos e ajeitou-o dentro da boca. Seu fogo interno devia estar saindo pelos lábios, pois ele gemeu assim que a glande tocou a goela de Mona. Então o pênis animou-se, tornando-se rígido imediatamente. Mona retirou o dedo do cu dele, pegando o membro com as duas mãos, mas ele pediu que ela continuasse massageando ali. Voltou a introduzir, dessa vez, dois dedos. Ele gemeu, contraindo as nádegas. Ela começou a movimentar os dedos dentro dele, suavemente, enquanto chupava e lambia a glande. Começou a sair um líquido viscoso. Mas aí ela já não aguentava mais de tanto tesão.
Retirou a mão dos fundos dele e levantou-se, plantando-se à sua frente. Ficou nas pontas dos pés para beijá-lo na boca, tal era a altura dele. Ele pegou-a pela cintura, com as duas mãos, e suspendeu-a. Deixou-a com o rosto ao mesmo nível do seu, beijando-a de língua. Ela sentiu sua glande tocar-lhe a vagina e gemeu. Abraçou-lhe o flanco com as pernas, ficando mais confortável. Então ele foi baixando-a aos poucos, ajeitando a pontaria na sua xota. Mona facilitou-lhe o intento. Aí foi deslizando no pau dele, eretíssimo, grande, grosso, escorregadio, maravilhoso. Dessa vez não sentiu dor. Apenas seu fogo sendo aplacado a cada estocada. Urrou, quando a glande pressionou seu útero. Não, não tinha mais útero. Lembrou-se que o havia extirpado em uma cirurgia recente. A sensação de ter uma rola invadindo suas entranhas tão profundamente, como se quisesse despontar lá na sua goela, lhe era familiar. Adorava quando alguém lhe dava esse prazer. Mas quem? Não conseguia se lembrar...
Então o moreno começou a apressar o coito, ofegante. Estava por gozar. Mas Mona queria mais. Prendeu sua cintura, pressionando com as pernas, no intuito dele diminuir as estocadas. Ele agarrou-a pelas nádegas, com as duas mãos, e enfiou sem aviso um dedo longo e grosso no cu dela. Ela começou a ter um orgasmo. Agora, não queria mais que ele parasse. Urrou de gozo ao mesmo tempo que ele. Sentiu uma grande quantidade de esperma inundar-lhe as entranhas. Agarrou-se mais a ele, sem deixar um centímetro sequer daquele mastro fora da sua boceta. Então, tudo rodou à sua volta e ela perdeu os sentidos.
Fim da quarta parte.