Anselmo

Um conto erótico de Garoto Virgem
Categoria: Homossexual
Contém 1758 palavras
Data: 20/10/2015 02:54:12
Assuntos: Fetiches, Gay, Homossexual

– Já engoliu porra?

Ele me pergunta e eu fico nervoso. Seria isso um convite? Ele estava mandando uma indireta? O que aquela pergunta significava?

– Pensei que você já tivesse engolido porra – ele diz quando eu respondo que não.

Estamos no quarto dele. Eu estou no quarto do Anselmo, o garoto mais gostoso da minha sala. Não pude acreditar quando ele me chamou pra ir pra casa dele, eu praticamente me tremi de tanta felicidade. Tudo bem que se tratava de um trabalho que nossa professora resolveu juntar nós dois numa dupla pra que a coisa rendesse mais. Afinal eu sou do grupo dos estudiosos da turma enquanto o Anselmo deve comer a diretora pra continuar seguindo os anos sem repetir.

O Anselmo é tão gostoso.

Eu diria que ele é o mais gostoso de toda a escola.

Não por que ele é o mais bonito, eu diria que existem garotos bem mais bonitos. Mas é que o Anselmo além de ser atraente sabe manter o seu charme. Imagine o cara mais cafajeste que você conheça. O Anselmo é no mínimo três vezes pior.

Ele tem aquele jeito de menino largado, que não liga pra nada a não ser ele mesmo. Eu sei que isso pode soar contra ele, mas quando se trata de um garoto bonito isso pode ser irresistível. Você sabe que ele só vai te usar. Que todas aquelas palavras bonitas são só um meio pra te comer. Mas mesmo assim você cede e por quê? Porque ele é o Anselmo.

– Você já deu o cu, não deu?

Ele diz e eu me pergunto se ele percebe como eu fico nervoso com cada bomba dessas que ele joga em mim.

Eu nunca imaginei que pudesse ter chances com o Anselmo. Pra começar não tenho boceta. Só isso já me descarta completamente do cardápio dele. Anselmo é hétero convicto, daqueles que foi criado pra devorar o máximo de vaginas que conseguir. E desde que ele entrou na escola eu sabia que ele não era pro meu bico. Mas isso não me impediu de fantasiar com ele. Inúmeras vezes.

Gostava de imaginar nós dois transando no banheiro masculino. Na minha imaginação devassa ficávamos ali fazendo no perigo de sermos flagrados, mas pouco nos importando. Na minha mente ele é quem queria aquilo e eu só o obedecia. Porque ele é o Anselmo.

– Não... – respondo sem saber se ele ouviu. Ainda bem que estou de costas pra ele. Finjo que estou escrevendo qualquer coisa no meu caderno enquanto ele está deitado na sua cama.

De cueca.

Anselmo é alto. Mas não é tanto. O meio termo pra ser exato e tem um corpo perfeito. Desde que ele começou a malhar a alguns meses o que eu pensei ser impossível se tornou real. Anselmo ficou ainda mais gostoso. Sabe quando a camisa fica colada no peito não porque ela é apertada, mas porque o peitoral é saliente? Pois é. E por mais que eu não me veja comendo nem mesmo um homem eu acho uma bunda extremamente sexy. A do Anselmo hipnotizava a todos quando ele passava com seu andar de marmanjo safado.

– Por que não?

Fico sem saber o que responder.

Não porque eu não saiba o motivo, eu sei. Ninguém me quer, não sou atraente o suficiente e o pior: só me sinto atraído por caras héteros. O que explica perfeitamente a pergunta dele. Mas não quero responder a verdade, é patético e triste demais. Apesar de eu ser não quero que ele me veja como um fracassado. No entanto por mais que eu busque respostas, não sei o que responder.

– Você curte boceta?

Balanço a cabeça em negativo. Não sei de onde tirei coragem pra fazer isso, mas faço. Ele ri. Ficamos em silêncio enquanto eu me pergunto quando ele vai decidir falar sobre o trabalho. Ele não o faz e me sinto incomodado com o silêncio que só se prolonga. Então a camapinha toca.

– Deve ser ela.

Tenho vontade de perguntar quem, mas antes mesmo que eu possa cogitar fazer a pergunta ele se levanta num salto e sai do quarto. Enquanto ele se ausenta me pergunto como ele teve a cara de pau de chamar mais alguém quando devíamos fazer a porcaria do trabalho. Eu vim de ônibus pra isso. Meu subconsciente me diz que nem de longe ir pra casa do Anselmo seria um grande esforço, nem que eu tente me convencer disso. Fico com raiva quando constato que é verdade.

Anselmo retorna com uma garota. Ele me apresenta e ela me cumprimenta com um sorriso e um aceno de mão. Eles deitam na cama e de onde estou consigo ver os fundos da garota que traja um vestido de barra solta, no entanto minúsculo. Fico constrangido e volto a atenção para o caderno. Mas a curiosidade me provoca então meus olhos retornam aos dois. Eles estão se beijando. Intensamente. Anselmo acaricia a bunda da moça e quando ele puxa a barra do vestido pra cima, pra apertar as nádegas dela eu sinto minhas bochechas queimarem.

Por um motivo estranho eu fico excitado.

– Anselmo olha a cara dele! – A garota começa a gargalhar e eu quase torço o pescoço quando tento disfarçar fingindo não estar os observando o tempo todo.

– Ele diz que não gosta de mulher, mas estou começando a duvidar – ele me olha com um sorriso malicioso e eu sinto um arrepio percorrer meu corpo todo.

– Será que é certo a gente... – ela não se atreve a terminar a frase.

– E por que não?

– Sei lá, ele parece tão inocente... Olha só pra ele.

Posso sentir que eles me observam e meus dedos suam enquanto eu finjo escrever. Torço pra que Anselmo não olhe os rabiscos que faço naquele momento, seria embaraçoso.

Então sem se importar com a minha presença eles começam a transar. Aos poucos. Sem parar de se beijarem eles vão se livrando de suas roupas. O vestido em questão de segundos vai embora. Depois o sutiã que é jogado longe. Sequer posso acreditar quando Anselmo puxa a calcinha dela pra baixo e eu posso ver aquela estranha completamente nua.

Ela é bonita.

Então ele tira a cueca. Posso sentir meus olhos quase saltarem da cara.

Ela está deitada sobre ele e consigo ter uma visão bem detalhada quando os orgãos deles dois se fundem. É pronográfico. Ginecológico até. É basicamente informação demais.

E eu gosto disso.

De longe isso é a coisa mais sexual que eu já vivenciei. Assistir a esses dois selvagens transarem tão íntima e intensamente. Ele dá tapinhas na bunda dela enquanto eles fazem movimentos frenéticos nos quadris. Vejo o pênis de Anselmo a penetrando e ela o recebe numa facilidade que me impressiona.

Então eles mudam de posição. Volto ao caderno, mas eles sequer se importam comigo. Então volto a observá-los.

Agora ele a come de quatro. Ela geme, mas não muito. Apesar da intensidade a garota é até bem discreta. Tudo o que eu ouço são tapas, o som típico das bombadas e respiração acelerada.

De repente o celular dela toca.

Ela para imediatamente e atende. Depois de falar algumas coisas durante um instante ela procura pelas suas peças de roupa pelo quarto.

– O que foi?

– Minha mãe está em casa.

– Você não disse que ela ia trabalhar até mais tarde?

– Foi o que eu pensei. Merda, tenho que inventar alguma desculpa.

– Mais cinco minutos.

Ela finalmente põe o vestido. Ela joga os cabelos que entraram pela gola pra trás.

– Não dá. Tenho que ir. A gente se fala.

Ela me olha antes de sair porta afora:

– Tchau pra você também.

Vejo os dois seguirem porta afora. Fico pensando no bumbum branquinho de Anselmo. Ele é um Adônis nu. Olho para a cama vazia e sinto um instinto estranho de deitar sobre aquelas cobertas. É óbvio que eu não faço isso.

Então Anselmo retorna ao quarto. Ele está nu, bem na minha frente.

Congelo.

– Gosta?

Ele faz um movimento com o pênis e sorri. Desvio o olhar e me sinto humilhado. É claro que eu gosto.

Ele chega mais perto e eu começo a sentir meu corpo tremer. É uma mistura de desejo e medo. Fico tonto. Aquilo estava mesmo acontecendo?

O pênis dele está quase encostando no meu ombro. Estou com o rosto virado na direção oposto e penso que se virar posso acabar encontrando com o pau dele bem na minha frente. Tento me acalmar e é isso que faço. Viro. Então eu olho pra ele. Anselmo me encara com uma expressão sádica, um sorriso de canto de boca, safado.

Ergo minha mão para pegar no pau dele, mas assim que eu tomo coragem ele se afasta.

– Tá louco? – ele sorri. – Não gosto disso.

Sinto vontade de sair correndo. Que humilhação.

Mas ele continua parado, na minha frente. Eu devia saber, o pênis dele nem sequer estava ereto. Como ele é miserável, se divertindo em saber o quanto ele é atraente. Desgraçado. Sinto vontade de chorar.

– Você disse que nunca engoliu porra...

Meus olhos arregalam.

Quando o vejo Anselmo começa a se masturbar.

Ele me olha com uma expressão indescritível. É como se ele estivesse me torturando, ou me punindo. Ele sente prazer, mas não é óbvio. É como um serial killer a dilacerar sua vítima, é totalmente diferente da expressão dele com a garota.

O pênis dele endurece e triplica de tamanho. O movimento faz os músculo do peito dele se contraírem e logo eu também estou prestes a explodir em êxtase. Espero que ele não consiga ver minha ereção ou o tanto que meus joelhos tremem. Eu quero Anselmo, eu o quero dentro de mim. Eu quero que ele me puxe pelos cabelos e me tome em sua cama. Que termine o que começou com a garota, do jeito que quisesse.

Interrompendo minhas fantasias Anselmo se aproxima. Ele projeta os quadris pra frente e começa a arquejar. Sua respiração é superacelerada. Ele faz uma careta que se assemelha a dor. E então ele faz.

Goza.

O sêmen não chega direto no meu rosto, apenas respinga. De leve. Não sei exatamente o que sinto, mas meu coração parece que vai sair pela boca.

Ele termina e dá um grunido.

– Então... Nunca engoliu porra, não é...

Passo a língua num vestígio de esperma na minha bochecha.

– Sempre tem uma primeira vez pra tudo.

Eu respondo.

E por que eu deixei que isso acontecesse? Por que eu deixei que uma coisa como essa houvesse comigo? O que havia na minha cabeça? Por que?

E eu sabia o porquê. Simples.

Ele era o Anselmo.

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Comentários

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Caaarraaalhoooo!!!!

Seu conto é foda, muito, muito bom. Continua por favor, esse conto tem que ter uma continuação.

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